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Prof. Dr. Marcelo R. Guerino É o uso da estimulação elétrica neuromuscular visando atividade funcional, podendo atuar como, executor inicial do movimento, como substituto ortótico ou para produzir movimentos de membros importantes para as AVDs. FES - DEFINIÇÃO Técnica utilizada a mais de 200 anos. Estimulação elétrica neuromuscular; – Procedimento terapêutico não invasivo; – Aplicação de corrente elétrica → contração muscular; • Atualmente: desenvolvimento de novos equipamentos eletroestimuladores, tanto de baixa frequência quanto os de média frequência. Guirro e Guirro, 2002; Evangelista et al. 2003 Neuromuscular Muscle Eletrical Stimulation -NMES Função: Complemento da atividade voluntária; – Ensinar o funcionamento muscular; – Fortalecimento e hipertrofia muscular; – Cura de enfermidades; – Melhora do condicionamento físico; – Melhora estética; • Utilização em sedentários e em atletas. Estimulação elétrica Despolarização da membrana nervosa Potenciais de ação nos motoneurônios Contração muscular •Isso é bom? •Tem limitações? Ativação de todas as unidades motoras simultaneamente • Unidade motora (U.M.) Tipo de Unidade Motora Contração lenta (Fibra I) Contração rápida Resistente à fadiga (Fibra IIA) Contração rápida fatigável (Fibra IIB) Velocidade de contração Lenta Rápida Rápida Contração mantida Longo Curto Curto Resistência à fadiga Muito alta Alta Baixa Frequência de uso Alta Intermediária Baixa Ordem de recrutamento Primeiro Intermediária Última Classificação e características das unidades motoras nos mm esqueléticos • As fibras do tipo I são usadas durante o exercício de baixa intensidade • As do tipo IIA são usadas para uma intensidade mais alta ou para o exercício mais prolongado • As do tipo IIB são para os exercícios de força máxima ou quando os outros tipo fadigam. • Portanto, podemos afirmar que as fibras do tipo I estão relacionadas com a postura ou com os movimentos mais lentos e já as fibras IIA e IIB nas contrações mais rápidas e vigorosas. Qualidade das Fibras • Grastocnêmio 47% a 57% 43 %a 53% • Glúteo máx. 41% a 71% 29% a 59% • Vasto Médial 53% a 80% 20% a 47% • Sóleo 70% a 100% 0 a 30% • Tibial anterior 57% a 80% 20% a 43% FIBRA TIPO I FIBRA TIPO II . vermelha branca RECRUTAMENTO SELETIVO DAS FIBRAS MUSCULARES FREQUÊNCIA TIPO DE FIBRA RESULTADO ABAIXO DE 10 Hz. Tipo I (VERMELHAS) - AUMENTO DA CAPAC. AERÓBICA OXIDATIVA ACIMA DE 20 Hz. Tipo I (VERMELHAS) - TETANIA - AUMENTO DA CAPAC. AERÓBICA OXIDATIVA - AUMENTO DA VASCULARIZAÇÃO *REPOUSO = ESTIMULAÇÃO * MAIOR NOS EXTENSORES. 35 A 70 Hz. Tipo II (BRANCAS) - AUMENTO DA CAPAC. GLICOLÍTICA. ACIMA DE 70 Hz. Tipo II (BRANCAS) DETERIORIZAÇÃO DA RESPOSTA MUSCULAR. Contração voluntária Estimulação elétrica Disparo não sincronizado; Contração suave; Força gradual; Fibras do tipo I (menores); Fibras do tipo II A e B (maiores). Disparo sincronizado de tdos neur. Motores; Ordem de recrutamento: Fibras do tipo II; Fibras do tipo I; Força de disparo é fixa. John Low,2001 • A eletroestimulação (EE) provoca contração por excitação do nervo motor A estimulação elétrica há muito tempo é utilizada para tratar As atrofias por desuso Longos períodos de imobilização FES Pacientes imobilizados Retardar e tratar as atrofias por desuso: • a manter ou ganhar a amplititude dos mov. articulares • combater as contraturas o tempo de recuperação funcional do individuo Estimulação Elétrica Funcional Hemiplégicos Programas de estimulação elétrica neuromuscular diário Minimizar a degeneração neuronal e muscular Lesados medulares Programas de estimulação elétrica neuromuscular diário Minimizar a degeneração neuronal e muscular PRINCIPAIS OBJETIVOS DA FES Restabelecimento da sensação de contração muscular (pós-operatória ou pós-trauma) Aumento da força muscular para melhorar a estabilidade ativa da articulação. Prevenir atrofia muscular Potencializar a força muscular Fortalecimento no músculo normal (inervado) John Low,2001 Efeitos imediatos: • Contração muscular; • Alterações vasculares. Efeitos a longo prazo: • Fortalecimento. Estimulação elétrica Atividade voluntária É mais satisfatória Fortalecimento no músculo normal (inervado) Ganho médio de força: 25% a 50% (mês) Lembre-se Existem diferenças individuais importantes à resposta a estimulação elétrica. Sem suprimento nervoso funcional contração do músculo (estimulação das fibras musculares) É necessário uma carga elétrica maior Usar pulsos de subida lenta - Contração lenta e velocidade menor Recurso para prevenção de atrofia Músculo Desnervado PRECAUÇÕES E CONTRA-INDICAÇÕES Precauções • Região trans- torácica • Gestantes Contra indicações • Marcapassos • Pacientes hipotensos ou hipertensos • Crianças, idosos, indivíduos com transtornos mentais Contra indicações • Distúrbios vasculares periféricos (ex.: trombose ou tromboflebite – risco de embolia • Tumores ou infecções Corrrente de baixa frequência destinada a produzir contrações mediante trens de pulsos em grupos musculares Reestabelecer a função neuromuscular prejudicada ou perdida; MM plégicos ou paréticos do neurônio motor superior FES Parâmetros Largura do pulso músc inervados: • Duração de 0,2 a 0,5ms ou 200 a 500 ms • > 0,5ms são desconfortáveis Frequências + utilizadas: 10 a 90 Hz • < 10Hz= contração ineficiente • > 50Hz= produz fadiga muscular • Tempo: Quanto mais sincrônico for o recrutamento maior será à força de contração do músculo. OFF ON Parâmetros • Parâmetros da eletroestimulação: Tempo ON = ligado - passagem da corrente Tempo Off = desligado – não há passagem de corrente OBS.: Intensidade da corrente deve ser aumentada no tempo ON. SUBIDA e DESCIDA • Quadros patológicos iniciais Trabalho/ repouso: 1 : 3 • Treino de marcha Trabalho/ repouso: 1 : 1 Agne, 2007 PARÂMETROS Padrões de saída da corrente 1. Modo sincrônico (sincronizado), simultâneo ou interrompido: eleva e interrompe todos os canais simultaneamente; 2. Modo alternado ou recíproco: alternância da estimulação entre grupos de canais impares e pares; 3. Estimulação sequencial: corrente é emitida num canal, em seguida no canal vizinho... e assim por diante... 4. Estimulação progressiva: eleva e matem a dose do canal 1, em seguida repete o mesmo processo para o canal 2, 3 e 4. Agne, 2007 Sempre usar o ventre mm mais próximo do ponto motor Posicionamento dos eletrodos Algumas aplicações do FES Em casos de ADM passiva diminuída Em casos de ADM ativa diminuída Controle da espasticidade(estimulação da mm antagonista) Auxílio na dorsiflexão durante a marcha. Subluxação do ombro (EE do supra-espinhoso e deltóide posterior) • Ficar de pé, andar, coordenação de movimentos, preensão palmar, etc... Agne,2007 Movimentos e atividades de vida diária no momento e forma que desejar • Osteoporose • Calcificação articular • Baixo Q.I. • Idade: < 15 – 50 < anos; • Intolerância ao estímulo. Contra-indicações: PROTOCOLOS • Obejetivo: aumentar o movimento e facilitar a reaprendizagem motora • Freqüência: menor que 20 Hz. • Intensidade: suficiente para produzir um estímulo “gatilho”, para auxiliar o início do movimento ou para completar seu arco total, amplificando o esforço voluntário do paciente. • Tempo On : variável em forma de “gatilho”. Pode ser disparado manualmente pelo fisioterapeuta ou paciente, de forma a se conseguir iniciar ou completar o movimento. • Tempo OFF: suficientemente grande para permitir uma nova participação ativa do paciente. • Duração (sessão): curta, várias vezes ao dia (Max. 15 minutos). FACILITAÇÃO NEUROMUSCULAR • Objetivo: permitir que uma articulação seja mobilizada em toda sua excursão disponível. • Intensidade:: suficiente para produzir uma contratura ampla e uniforme do músculo, que movimente a articulação em todo seu arco disponível. • Freqüência: maior que 20 Hz. • Tempo On: aproximadamente 06 segundos. • Tempo Off.: aproximadamente 12 segundos. • Relação On/Off: 1 / 2 • Duração (sessão): para manter ADM – 30 à 60 minutos; para ganhar ADM – 1 à 2 horas, realizadas em várias sessões curtas, durante o dia (15 a 30 minutos) AMPLITUDE DE MOVIMENTOS E CONTRATUAIS • Objetivo: fortalecer um músculo ou grupo muscular debilitado por desuso. • Intensidade: suficiente para vencer uma carga adequada. • Freqüência: entre 20 e 50 Hz. • Tempo On: aproximadamente 4 a 6 segundos. • Tempo Off: aproximadamente 12 a 18 segundos. • Relação On/Off: 1 / 3 • Duração (sessão): 30 a 60 minutos FORTALECIMENTO MUSCULAR • Objetivo: controlar a espasticidade, ainda que temporariamente, permitindo a realização de programas de treinamento funcional, facilitação e fortalecimento muscular. • Intensidade: moderada. • Tempo On: de 10 à 15 segundos, mobilizando a articulação em todo o seu arco. • Tempo Off: 50 à 60 segundos, para evitar a fadiga. • Relação On/Off: 1 / 5 • Duração da Sessão: 30 minutos CONTROLE DA ESPASTICIDADE • Objetivo: aumentar trofismo muscular (volume da musculatura) • Freqüência: acima de 50 Hz • Intensidade: Forte • Tempo On: de 6 à 10 segundos • Tempo Off: 40 à 60 segundos, para evitar a fadiga. • Relação On/Off: 1 / 5 • Duração da Sessão: 15 minutos HIPERTROFIA MUSCULAR Jones E. Agne “Não tratamos doenças e sim doentes, portanto, não nos devemos ater a regras fixas e conceitos imutáveis” Ótima semana a todos
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