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LINHA DE PRODUTOS CONCEITOS

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Desenvolvimento do produto
 Linha de Produto
As empresas formam uma linha de produtos ao vender
itens com certa relação entre si.
Ou seja, uma linha de produtos é um grupo de produtos
intimamente relacionados porque satisfazem uma classe
de necessidade, são usados em conjunto, vendidos para
o mesmo conjunto de clientes, distribuídos pelo mesmo
tipo de lojas ou então dentro de uma determinada faixa
de preço.
Há linhas baseadas na categoria de produto.
HIERARQUIA DE PRODUTO
Existem seis níveis nesta hierarquia, que inclui desde
necessidades básicas até itens específicos:
1. Família de necessidade: necessidade central.
2. Família de produtos: todas as classes de produtos que satisfazem esta
necessidade.
3. Classe de produtos: grupo de produtos dentro da família que têm coerência
funcional.
4. Linha de produtos: grupo de produtos fortemente relacionados dentro de uma
classe; desempenham função similar.
5. Tipo de produto: grupo dentro da linha de produtos, que compartilham uma das
diversas formas possíveis do mesmo.
6. Item: unidade distinta dentro de uma marca que se distingue pelo tamanho, preço,
aparência, entre outros.
•Uma empresa pode classificar os produtos em quatro tipos, 
que produzem margens distintas:
Produto central: produto com alto volume de vendas e promoção, porém, com 
baixa taxa de lucro, pois são vistos como commodities. 
Produto básico: produto com volume de venda menor e com margens 
ligeiramente maiores. 
Especialidades: produto com menor volume de venda, mas que podem
absorver grandes promoções e ainda gerar renda por serviços.
Itens de conveniência: itens periféricos com alto volume de vendas, permite
menos promoções. Os consumidores tendem a comprá-lo no mesmo lugar onde
compram o produto central pois é mais conveniente.
http://www.bibliotecas.sebrae.com.br
DEFINIÇÃO DA LINHA 
E 
DO TIPO DE MODA
A linha de produtos estabelece grupos de
peças criadas por uma empresa ou
designer.
Os grupos são formados por peças que
desempenham a mesma função e ajudam a
determinar e identificar o mercado-alvo, o
tipo de canal de distribuição e até a faixa de
preço.
Os tops são as peças cuja a função é 
vestir a parte superior do corpo
Cada Linha de Produto subdivide-se em Tipos de 
Produtos, ou seja, especificamente as peças que 
compõem a Linha.
As linhas de produtos são classificadas em:
Tops peças cuja função é vestir a parte superior do corpo
Bottoms peças cuja função é vestir a parte inferior do corpo
Dress vestidos
Sets conjuntos (de calças ou saias), compostos pelo menos por duas 
peças
Coats /Outwear peças exteriores, usadas por cima com função de proteção
Overall roupa inteiriça, que une as partes de cima e de baixo da cintura
Bodysuits peça de roupa ajustada que cobre o tronco até o gancho
Lingerie peças íntimas
Acessories acessórios, que adornam o corpo
Complements os complementos são itens conjugados com a roupa
Manufactures elementos adicionais ao visual, cuja utilidade é facilitar o uso da 
roupa ou do próprio usuário
One piece Peças únicas (macacões, vestidos...).
MIX DE PRODUTO 
NA COLEÇÃO DE MODA
:
_
Cronograma quinzenal
É conhecido como Mix de Produto a variedade de produtos oferecidos por uma 
empresa. 
•Abrangência: quantas linhas diferentes de produtos a empresa oferece. 
•Extensão: refere-se ao número total de itens do mix.
•Profundidade: é a quantidade de itens distintos existentes, ou seja, refere-se
a quantas opções são oferecidas em cada linha.
•Consistência do mix refere-se à quão estreita é a relação entre as várias
linhas de produtos em termos de uso final, canais de distribuição ou qualquer
outro critério.
Ao elaborar um mix de produto, leva-se em consideração o 
segmento da loja e/ou marca, se a empresa já possui um 
mix definido e se vai alterá-lo, reduzi-lo, ampliá-lo ou não, se 
for alterado, qual a justificativa para tal alteração, sempre 
baseada no público.
O desenvolvimento de uma coleção de moda deve, além
de diversos outros aspectos, compreender três categorias de
produtos: Básicos, Fashion e Vanguarda.
O entendimento do conceito de cada uma dessas categorias
está diretamente relacionado ao perfil do público-alvo,
uma vez que sendo esses conceitos abstratos, tornam-se
relativos, ou seja, àquilo que é básico para um grupo
psicográfico pode ser considerado muito arrojado para
outro.
Em linhas gerais podemos entender que
os produtos Básicos são peças funcionais, com
pouco apelo de moda e design, usadas
geralmente para compor looks.
Pelo menos de 10% a 20% da coleção deve
concentrar-se nessa categoria, pois ajudam nas
vendas complementares e agradam clientes mais
conservadores.
Os produtos Fashion são modelos que atendem a moda
do momento por suas formas, cores e padronagens.
São modelos com vida útil curta, já que logo novas
tendências surgirão.
Em torno de 70% da coleção concentra-se nessa categoria,
já que as empresas precisam estimular a rotatividade dos
produtos.
Produtos de Vanguarda são peças que carregam
o conceito chave da coleção, permitindo-se, assim,
extravasar no design.
Por serem mais elaboradas, criativas e com tecidos,
aviamentos e processos especiais, tendem a ter Preço de
Custo e de Venda mais elevados.
Esses produtos geralmente são destaques em desfiles e
editoriais por ter valor iconográfico.
Pelo menos de 10% a 20% da coleção deve concentrar-se
nessa categoria a fim de manter evidente o apelo de moda
da marca.
Mix de moda: Coleção de moda 
Primavera-Verão 2007 – Mario Queiroz
A distribuição do Mix de Moda deve variar conforme o estilo
da empresa.
Confecções voltadas ao público jovem e ávido por
novidades costumam aumentar a quantidade de produtos
Vanguarda.
Já empresas que trabalham com consumidores mais
clássicos investem mais em produtos Básicos.
O importante é sempre manter produtos das três
categorias na proporção adequada ao seu mercado.
Para isso o histórico de vendas é um excelente
recurso de consulta.
Outra orientação é apresentar as peças de vanguarda
no começo da estação, atendendo o público ávido pelas
novidades, enquanto os modelos básicos devem
concentrar-se para o final da coleção, momento que os
consumidores tradicionalmente esperam liquidações – e
a margem de lucro é mais comprometida.
Ao definir o mix de produtos, deve-se levar em consideração
alguns fatores determinantes neste processo, visto que
movimentam o planejamento da empresa, como:
• CLIENTE 
Que tipo de produto o cliente tem necessidade ou está 
disposto a comprar.
• LUCRO
Quão lucrativo será determinado produto e se é viável
disponibilizá-lo para venda.
• DEMANDA
Qual é a procura, por parte dos clientes, por determinado
produto, ou seja, ter na loja o que o cliente quer comprar é
mais importante que seguir regras de definição de mix de
produtos. No entanto, fique atento ao ciclo de vida do
produto.
PREÇO 
O preço deve ser aquele que o cliente está disposto a pagar 
por aquele tipo de produto, dentro de um nicho ou público 
escolhido; visto que, produto que não vende, é dinheiro mal 
investido.
CONCORRÊNCIA 
O que a concorrência oferece ao consumidor que pode ser 
introduzido na sua loja para atrair determinado cliente.
Os erros mais comuns ocorridos no mix de produto
são:
- número excessivo de modelos, gerando dificuldade no
controle de compra, visto que deve-se considerar tamanho,
cores e tecidos;
- ampla gama de tecidos, em consequência, grande número
de fornecedores, aumentando o risco de grandes estoques
devido a diversidade;
- excesso de uma determinada linha de produto e,
consequentemente, falta ou insuficiência de outra.
Rabolt e Miler (1997, p. 91) caracterizamainda o mix de
produto de acordo com os estilos apresentados e que pode
ser descrito como:
- extenso (muita variedade de produto);
- estreito (pouca variedade de produto);
- profundo (muitas cores e tamanhos);
- superficial (poucas cores e tamanhos).
Mas pode, também, ser caracterizado por combinações tais 
como:
- estreito e profundo (poucos estilos, muitas cores e 
tamanhos);
- extenso e superficial (muitos estilos, poucas cores e 
tamanhos).
Segundo a pesquisa do IEMI - Instituto de
Estudos e Marketing Industrial (Inteligência de
Mercado):
• elaborada no ano de 2013
• com mais de 3.000 consumidores de ambos os
sexos,
• com idades entre 15 e 70 anos,
• de todas as classes sociais (A E) e
• estados do País:
CARDOSO, Marina Xavier e DEMARCHI, Ana Paula P. O Processo de Desenvolvimento de Produtos de 
Moda baseado no Design Thinking: um estudo de caso. Londrina: Projética - Revista Científica de Design 
V.3, N.2, 2012. 
COBRA, Marcos. Marketing e Moda. São Paulo: SENAC, 2007. 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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