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Aula 1 Raças Bovinas

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Aula 1: Raças Bovinas 
Produção Animal 2 
Professor: Sabrina
Máximo de 8 faltas
Prova 1: 09/09
Bovinocultura de corte e de Leite
Prova 2: 15/12
Caprino, bubalino e ovino
Segunda Chamada de ambas as provas: 18/12 e Optativa 22/12
Raças no sistema de produção animal de corte 
→ O carro chefe para a produção animal para corte é o Nelore, no Brasil. Isto porque esta raça impõe uma boa estrutura corporal e é bem adaptado ao clima tropical brasileiro, além de possuírem uma rusticidade conhecida, impondo, por fim, uma produtividade significativa. São animais zebuínos, que quando comparados com raças europeias taurinas têm exigências diferenciadas, uma vez que são animais de estrutura maior e por fim com maiores exigências. Isso foi influenciado fortemente com os programas de seleção que se focaram em produzir animais cada vez maiores afim de depositarem maior quantidade de musculatura e gordura por carcaça. 
→ Adaptabilidade e rusticidade são as principais características do Nelore. As três características ou fatores que definem o desenvolvimento são: comprimento corporal, profundidade de costelas e altura dos membros. As raças britânicas e taurinas no geral possuem um menor comprimento corporal, maior profundidade de costelas e menor altura dos membros. E as raças zebuínas possuem, no geral maior comprimento corporal, menor profundidade de costelas e maior altura de membros. A consequência disso está no que diz respeito ao tempo em que o animal permanece no sistema, ou seja, o tempo que ele leva até o fim da terminação. 
→ Animais zebuínos por serem mais pernaltas, demoram mais para depositarem musculatura e gordura, principalmente a gordura subcutânea, que é a demandada pela indústria. Com isso, animais zebuínos demoram mais tempo no sistema de produção e mais tempo para alcançarem a terminação, já que precisam de mais tempo para depositarem esses tecidos de forma que fiquem aptos ao abate (em torno de 470 – 490 kg). 
→ Para tanto, essas comparações só devem ser feitas entre animais de raças diferentes porém com a mesma idade, ou seja, entre seus contemporâneos, com uma diferença de no máximo 45 dias. Animais jovens possuem pontos de depósito de gordura característicos e limitados a algumas áreas, como no peito, escápula e base da cauda. 
→ Raças zebuínas: originaram-se na Índia, caracterizando-se pela adaptação ao calor dos trópicos, às grandes variações na disponibilidade de alimentos e ao alto número de parasitas internos e externos. Por milhares de gerações, a seleção natural para sobrevivência na presença destes estresses ambientais resultou em raças rústicas que têm alta resistência à endo e ectoparasitas, adaptação ao calor, umidade e radiação solar. São eles: Nelore, Guzerá, Tabapuã.
→ Raças britânicas: sua origem deu-se nas Ilhas Britânicas. A finalidade principaldessas raças têm sido, por muitos séculos, produzir carne para o consumo humano. Elas foram selecionadas para velocidade de crescimento, precocidade sexual, fertilidade e qualidade de carne. São eles: Aberdeen Angus, Red Angus, Hereford. 
→ Raças continentais: As raças continentais de carne foram selecionadas originalmente para tração na Europa Continental. Essa seleção com menor ênfase em outras características de produção provocou o aumento da massa muscular e do peso adulto. As raças continentais são conhecidas pelo elevado peso ao nascimento, grande potencial de crescimento (ganho de peso), alto rendimento de carcaça com menor porcentagem de gordura. São eles: Limousin, Charoles, Blonde, Marchigiana, Piemontês, Simental, Pardo suíço.
→ Raças taurinas: As raças taurinas adaptadas também evoluíram em regiões tropicais. Comparadas com as européias, tais raças desse grupamento têm maior resistência para calor e carrapatos ambiente com restrição alimentar. Devido a sua maior rusticidade e características de adaptação, as raças adaptadas tem um potencial de crescimento mais baixo e menores exigências de alimento e de manutenção que outras raças taurinas. Para todas as raças taurinas adaptadas, as características de qualidade de carne, incluindo a maciez, estão mais próximas daquelas das raças européias do que das raças indianas. Raças mais usadas no Brasil: Bonsmara, Caracu e Senepol. Outras são: Bonsmara, Tuli, Romosinuano.
→ As raças compostas incluem: Canchin (5/8 Charoles + 3/8 Zebu), S. Gertrudis (5/8 Shortorn + 3/8 zebu), Braford (5/8 Hereford + 3/8 zebu), Bragus (5/8 Angus + 3/8 zebu). São também de raças sintéticas, oriundas do cruzamento entre uma raça europeia e um zebu. A finalidade é garantir a qualidade da carne, a produtividade e a precocidade da raça europeia com a adaptabilidade do zebu. 
→ O cruzamento de uma raça ocidental com Nelore leva ao desenvolvimento da musculatura do traseiro, com cortes de carne mais nobres, mais visados pela indústria. Estudos comprovam que a maciez entre carne a carne de um meio sangue Senepol e Nelore e o Senepol puro não possui diferença. Logo, em termos de qualidade do produto, o cruzamento atende bem ao consumo, havendo portanto melhor maciez devido a diminuição das fibras de colágeno. O amaciamento da carne provém de enzimas que promovem o afrouxamento da contração muscular decorrente do rigor mortis. O zebu possui maior quantidade do inibidor endógeno de umas dessas enzimas responsáveis por esse processo de afrouxamento, que é a calpastatina, o que gera uma carne menos macia. 
→ A escolha da raça deve ser feita mediante o objetivo da produção a fim de o produtor sustentar tanto um animal de raça quanto um animal meio-sangue. 
→ O gráfico abaixo mostra a curva de crescimento em relação pesoxtempo durante as fases que são consideradas pontos-chave do animal de produção, que incluem a concepção (fecundação), nascimento, puberdade e maturidade. É importante observar que ocorre um crescimento rápido entre o nascimento e puberdade, o qual é representado basicamente pelo crescimento muscular e ósseo. Esse é o momento em que o animal está ganhando estrutura e esta é preenchida com tecido muscular. A partir da puberdade até a maturidade a deposição muscular e óssea cessa consideravelmente e o ganho de gordura é evidente. É importante salientar também que a gordura ela é depositada de dentro pra fora, ou seja, em um primeiro momento p tecido adiposo se deposita entre os órgãos e por último tende a se depositar na região subcutânea. Esta protege a carne durante o resfriamento, o qual é obrigatório, e evita a degradação da carne pelo frio
→ A diferença entre raças Nelore e Angus reside principalmente, sob aspecto da produção, no tempo em que o animal alcança a puberdade, que reflete a precocidade do animal. Como o Nelore possui uma estrutura maior para depósito de musculatura, ele tende a alcançar a puberdade mais tardiamente que a raça Angus, que é menor e menos pernalta. Além disso, como as características de comprimento corporal e peso do animal são de alta herdabilidade, ou seja, fortemente influenciadas pela genética, é natural esperar que haja diferença dessas características entre os grupamentos genéticos considerados. 
→ Os principais fatores que levam a diminuição do peso do bezerro ao nascer são: 
Restrição alimentar da vaca: a vaca prenhe demanda mais nutrientes que outras categorias, principalmente no terço final da gestação, uma vez que ela precisa não para sua própria mantença quanto para um bom desenvolvimento do bezerro. A restrição alimentar da vaca pós-parto também prejudicial uma vez que com isso ela irá produzir menor leite e o bezerro demora mais para se desenvolver no pós-parto até a desmama. 
 Aumento da temperatura: a manutenção da temperatura dentro da faixa de normalidade para a vaca faz com eu ela aumente a circulação periférica afim de dissipar calor e menor quantidade de sangue alcança o feto;
 Sanidade: importante afim de evitar o aparecimento de doenças que prejudiquem tanto a mãe quanto o feto; 
Manejo: um bom manejo irá garantir as condições necessárias para o bem-estardo animal, evitando estresses de qualquer natureza, o qual leva a um desequilíbrio na homeostase desse animal; 
Idade da vaca: vacas muito velhas tendem a parir bezerros com menor peso devido a características fisiológicas inerentes ao aumento da idade dos animais; 
→ O confinamento para o meio-sangue é a melhor forma de dar condições para que o animal alcance o abate mais cedo. O ideal é levar ao confinamento quando o animal está próximo da puberdade ainda na fase de recria. Porém, na maior parte das propriedades, o confinamento é feito na terminação quando se faz, já que normalmente a fase de terminação é a pasto em 95% do sistema. 
→ O animal inteiro, ou seja, não castrado no confinamento tem a vantagem de depositar carne e gordura mais rapidamente devido à testosterona (hormônio anabólico), mas a desvantagem está no que diz respeito ao manejo, já que é comum haver brigas pela hierarquia que há entre os animais. A fêmea deposita gordura mais rapidamente que o macho já que ela é menor, e há menor estrutura a ser preenchida. Os machos castrado, por sua vez, quando castrado logo à desmama antes de ocorre o ímpeto de crescimento, o animal tende a depositar gordura em detrimento ao músculo. 
→ O Um dos principais desafios da cadeia produtiva de carne no Brasil consiste principalmente na falta de pagamento diferenciado por qualidade, com a implementação de programas de tipificação e classificação de carcaças. Além disso, outros desafios incluem o controle sanitário eficiente na fazenda e na indústria. Algumas poucas indústrias possuem programas de bonificação para pagamento de carcaças bovinas, os quais incluem algumas metas para o produtor.São elas: 
1. Peso: estímulo para animais com amis de 17 arrobas; 
2. Acabamento: gordura de cobertura com mais de 4 mm (máximo 10mm); 
3. Idade: preferência para animais com até 4 dentes permanentes; 
4. Volume: quanto maior o lote melhor (volume de gado no ano); 
5. Uniformidade do lote; 
6. Certificações; 
7. Fidelidade: premiação pelo comprimento de escalas de abates previamente acordados; 
8. Qualidade do couro. 
→ Apesar de o Brasil exportar sua carne para outros países como EUA, e possuir o maior rebanho comercial do mundo e o 2º maior rebanho mundial, a carne brasileira é considerada uma carne dura. Isso se deve principalmente ao maior tempor que os animais permanecem no sistema de produção. 8

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