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DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL Profa Paula Mota Agradecimentos: Profa Júlia Souki Diniz DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL • Sistema linfático -anatomia e fisiologia; • Drenagem linfática manual – princípios e métodos; • Drenagem linfática manual corporal e • Drenagem linfática manual facial. SISTEMA LINFÁTICO - HISTÓRICO • Hipocrátes (460-377 a. C.): dissecação, vasos quilíferos • Winiwarther (1848-1917): bases das manobras manuais para tratar das patologias linfáticas - informações descritivas específicas • Alex Carrel (1912): premio Nobel • Emil Vodder (1896-1986): DLM • Foldii, Leduc, Casley Smith... � A. Leduc (1970- atual): Comprovações científicas. Inúmeras investigações a partir do homem in vivo, cadáveres e animais SISTEMA LINFÁTICO Sistema Vascular Capilares linfáticos Vasos coletores Troncos linfáticos Órgãos linfóides Tonsila Baço Timo Linfonodos O QUE É O SISTEMA LINFÁTICO? • GRANDE CIRCULAÇÃO (circulação arterial e venosa) • PEQUENA CIRCULAÇÃO • CIRCULAÇÃO LINFÁTICA: – PARALELA À VENOSA – LINFÁTICO NÃO TEM BOMBA – FILTRAÇÃO – REABSORÇÃO = LINFA – F > R SISTEMA LINFÁTICO - FUNÇÕES •Retorno do liq. intersticial para corrente sanguínea •Homeostase (proteínas → S. circulatório) •Transporte: lipídeos e proteínas lipossolúveis •Destruição de microorganismos e partículas estranhas da linfa •Resposta imune: produção de anticorpos SISTEMA LINFÁTICO - Vasos linfáticos � Capilares linfáticos, vasos pré-coletores e vasos coletores �Unidirecional (Distal- proximal) Superficial (80%), profundo(20%) � Válvulas Linfangion Fibras colágenas: •Contractilidade •Alongamento LINFA METABOLISMO Nos capilares teremos uma FILTRAÇÃO para fora do SISTEMA CAPILAR ARTERIAL. A CÉLULA DO TECIDO FAGOCITA a partir do líquido de filtração: H2O, vitaminas e minerais. CATABOLISMO Excreção de metabólitos. CA (c. arterial) = CV (c. venosa) + CL (c. linfática) COMO O LÍQUIDO PENETRA? • Edemas, hematomas: preferencialmente absorvido pelo sistema linfático • Vasos iniciais existem dentro do tecido e estão em intermédio ao tecido pelos filamentos de colágeno. • Quando a pele movimenta traciona os vasos e aumenta a absorção, aumenta o calibre do vaso. • Cria dentro do vaso uma pressão negativa, que enche o vaso. • Mobilização dos vasos: aumenta e diminui o calibre • Pressão: aumenta absorção, favorece a reabsorção SISTEMA LINFÁTICO - Linfonodo LINFONODOS Nodos/gânglios 1. Dúcto linfático 2. Nodos axilares 3. Dúcto torácico 4. Nodos ilíacos 5. Nodos ingnais 6. Nodos poplíteos Cortesia: Dr. Fábio Prosdócimi SISTEMA LINFÁTICO - Transporte • Fluxo lento • Gravidade • Movimentos passivos • Contração muscular • Pulso arterial • Peristaltismo • Movimentos respiratórios A pressão hidrostática nos capilares tende a forçar o líquido e as substâncias nele dissolvidas, através dos poros capilares, para os espaços intersticiais. O sistema linfático é uma via acessória onde o líquido flui do espaço intersticial para o sangue. Transporta, portanto, proteínas e grandes partículas que não foram removidas por absorção direta dos capilares sangüíneos. É uma função essencial, sem a qual morreríamos em 24 horas. Linfoterapia • Linfodrenagem manual (D.L.M) • Enfaixamento compressivo funcional • Cinesioterapia específica • Cuidados com a pele • Automassagem linfática • Contenção elástica Prevenção e tratamento do linfedema, baseada na fisiopatologia do sistema linfático* *Sociedade Internacional de Linfologia DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL - DEFINIÇÃO • Técnica complexa, que utiliza um conjunto de manobras específicas, que atuam sobre o sistema linfático superficial, visando drenar o excesso de líquido acumulado no interstício, nos tecidos e dentro dos vasos. • Manobras obedecem o sentido da D.L. fisiológica. • 2 processos: evacuação e captação Áreas de drenagem dos linfonodos regionais Aspecto dorsolateralAspecto ventrolateral Linhas de delimitação topográfica MAMA: Drenagem centrífuga DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL • REABSORÇÃO • EVACUAÇÃO • CAPTAÇÃO (chamada) DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL • O objetivo da técnica de REABSORÇÃO é mobilizar o tecido e favorecer a entrada de líquido exterior nos linfáticos. • A manobra deve ser repetida em quantidade suficiente para diminuir o tônus do edema. • Até a dureza do edema diminuir, de acordo com a palpação. DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL • EVACUAÇÃO • Os vasos iniciais vão encher o sistema linfático inicial (linfonodos), através do intermédio de vasos maiores e com válvulas. • Proporciona aumento na mobilidade (contração) dos linfangions e fluxo linfático, para receber liquido proveniente da região afetada DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL Evacuação: transporta e remove a linfa que corre longe das regiões de edema •Pré-coletores e coletores, transporta linfa captada pelos capilares DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL • Captação: absorção do líquido do edema, capilares linfáticos iniciais e intersticial • Manobras de captação: Favorece aumento da permeabilidade capilar, alterações de pressão intersticial e capilar DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL • Vias linfáZcas da pele e subcutâneo → sem direção de fluxo definida/ capilares • SenZdo do fluxo superficial → depende de forças externas Princípios Fisiológicos: • D.L.M.→ aumento da absorção, transporte e fluxo linfáticos superficiais, deslocamento da linfa. • Estimulo de pequenos capilares inativos e aumento na motricidade da unidade linfática (linfangion). Princípios Fisiológicos: Efeitos da D.L.M • Respostas Imunes: estimula a produção e renovação das células de defesa • Velocidade de filtração da linfa: ↑ a velocidade com que a linfa passa pelo linfonodo • Filtração e absorção dos capilares sanguíneos: captação= ↑ absorção • ↑ da quanZdade de linfa processada nos gânglios: ↑ do fluxo linfático • Musculatura lisa dos vasos: efeitos tônicos • Motricidade do intestino: efeitos sobre a evacuação • Sistema nervoso autônomo: efeito de relaxamento → liberação de substâncias simpaticolíticas Influência direta: Efeitos da D.L.M • Aumento da quantidade de líquido excretado • Melhora da nutrição celular: melhor irrigação sangüínea • Melhora da oxigenação dos tecidos • Desintoxicação dos tecidos • Eliminação de ácidos láticos da musculatura esquelética • Absorção de nutrientes pelo trato digestivo Influência indireta: DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL - INDICAÇÕES • Edemas e linfedemas • Paniculopatia Edemato Fibro Esclerótica (PEFE), Fibroedema gelóide (celulite) • Pré-cirurgico/ pós-cirurgico imediato e tardio • Insuficiência venosa crônica • Obesidade • Mastodinia • Retenção hídrica (Pré-menstrual, gestante) • Acne • Revitalização cutânea/ melhora do trofismo e elasticidade cutânea • Algias musculares • Desintoxicação geral do organismo DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL – CONTRA- INDICAÇÕES • Tumores malignos • Tuberculose • Reações alérgicas agudas • Edema sistêmico de origem cardíaca ou renal • Insuficiência renal • Estado febril • Flebite, trombose, tromboflebite e erisipela Absolutas DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL – CONTRA- INDICAÇÕES • Insuficiência cardíaca descompensada • Arteriosclerose em processo avançado • Hipo ou hipertensão descompensada • Afecções da pele (dermatite, dermatose) • Transtornos de baixo ventre • Renais crônicos • E qualquer contra-indicação que o médico especifique. DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL – CONTRA- INDICAÇÕES• Hipertireoidismo • Menstruação abundante • Asma e bronquite • Flebite e trombose venosa profunda • Hipotensão arterial • Afecções de pele Relativas REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • Ross, M. H.; Rowrell, L.J. Histologia – texto e Atlas. Panamericana, 2ª ed., São Paulo, 1993. • BORGES, Fábio dos Santos. Modalidades Terapêuticas nas Disfunções Estéticas. São Paulo: Phorte editora, 2006. • GUIRRO, Elaine Caldeira de; GUIRRO, Rinaldo Roberto de J. Fisioterapia em estética: fundamentos, recursos e patologias. 3ª ed. rev. e ampl. São Paulo: Manole, 2004. • LEDUC, A.; LEDUC, O. Drenagem linfática: teoria e prática. São Paulo: Manole, 2000. • www.lympho.net
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