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Profª. Vanessa Teixeira ✓ Apresentação geral da disciplina; ✓ Sistema Linfático. Aula 1 Rio de Janeiro/RJ 2020.1 Conceito de DLM Segundo GALLEGO e EXPÒSITO (1993), é uma técnica especial de massagem destinada a melhorar as funções essenciais do sistema linfático (SL), por meio de manobras precisas, leves, suaves, lentas e rítmicas, que obedecem o trajeto desse sistema superficialmente. Para VIÑAS (1998), se difere de outros métodos de massagem, especialmente da massagem clássica, por não produzir vasodilatação arteriolar superficial (hiperemia), com pressões manuais extremamente suaves (de até 30-40 mmHg) e lentas (em média de 12 vezes/min). MARX e CAMARGO (2000) defendem que a técnica de massagem que desloca a linfa na direção dos gânglios linfáticos, cujo objetivo é criar um diferencial de pressão a fim de promover deslocamento da linfa e do fluido intersticial, visando sua recolocação na corrente sanguínea consequentemente, a diminuição do edema do membro ou do local tratado. Ação da DLM Estiramento e enchimento dos linfangions→ ↑ fluxo linfático ↑ entrada de líquido intersticial → ↑ produção de linfa e filtração nos linfonodos Estimula o sistema imunológico → Redução dos mediadores inflamatórios Formação de anastomoses nos capilares Reequilíbrio neurovegetativo (SNAP) = FC e FR, relaxamento ↑ do peristaltismo intestinal Efeitos Fisiológicos da DLM Aumento da produção de linfa: Alongamento dos filamentos de ancoragem Entrada no SL de proteínas de alto peso molecular Aumento da linfangiomotricidade: Melhora da contração dos linfangions Aumento do transporte linfático Desvio do fluxo linfático: Direcionamento do fluxo linfático Circulação Sanguínea Objetivo geral: Manter um ambiente apropriado a função celular; Transporte de nutrientes aos tecidos; Transporte de hormônios e outras substâncias essenciais a função celular; Remoção de produtos de excreção dos tecidos. Fisiologia Linfática Componentes Artérias (aa): transportam o sangue do coração → tecidos. Arteríolas: terminações das artérias, que lançam sangue até os capilares. Capilares: efetua a troca de líquidos, nutrientes, eletrólitos, hormônios e outras substâncias entre o sangue e o líquido intersticial. Vênulas: coletam o sangue dos capilares → veias Veias (vv): transportam o sangue dos tecidos para o coração. Assim, está formada a circulação sistêmica com um órgão central bombeador: o coração. Microcirculação É a menor unidade anatomo-funcional do sistema vascular, onde ocorre a função mais objetiva da circulação, o transporte de nutrientes para os tecidos e a remoção dos produtos de excreção das células. Filtração: processo da saída de H2O, O2 e nutrientes do capilar em direção do interstício celular, dada pela pressão hidrostática. Reabsorção Venosa: entrada de H2O, CO2 pequenas moléculas e catabólitos do interstício para o interior do capilar venoso, por difusão, determinada pela pressão oncótica. Reabsorção Linfática: entrada de líquido intersticial com proteínas de alto peso molecular e pequenas células no capilar linfático. Sistema Artério-Venoso X Sistema Linfático Componentes do Sistema Linfático Outras nomenclaturas: Capilares linfáticos = Linfáticos Iniciais; Pré coletores: apenas citados algumas literaturas; Vasos Linfáticos = Coletores; Linfonodos = Gânglios Linfáticos (em desuso). Componentes do Sistema Linfático Início do SL. Localização: derme. Avalvulares → a linfa circula em ambos os sentidos. Intensa rede de anastomose linfática. Quase todos os tecidos do corpo têm capilares linfáticos que drenam o excesso de líquido do interstício. Exceções: Epiderme, sistema nervoso central, partes mais profundas dos nervos periféricos, endomísio dos músculos e os ossos. Possuem pequenos canais (pré-linfáticos), por onde o líquido flui para os vasos linfáticos, ou no caso do cérebro, para o líquor e daí diretamente para o sangue. Componentes do Sistema Linfático: Capilar Linfático Estrutura dos capilares Linfáticos Componentes do Sistema Linfático: Capilar Linfático Funcionamento dos filamentos de ancoragem: Entrada do líquido intersticial no interior de um capilar linfático (abertura das fenestrações). Componentes do Sistema Linfático: Capilar Linfático Equilíbrio entre as pressões Fechamento das paredes do capilar, impulsionando a linfa. SL: Linfa A linfa é formada a partir da entrada do líquido intersticial no capilar linfático. Lympha do latim quer dizer, limpo, claro. Circula 3 ou 4 litros diários no sistema linfático. Composição: semelhante á do sangue (ausência de hemácias), 80-90% de água, com ligeiro tom amarelado. Contém restos celulares e outras substâncias estranhas. Transporta grandes partículas, inclusive bactérias, que são removidas e destruídas ao passar pelos linfonodos. Bomba Linfática: As válvulas dos canais linfáticos impulsionam a linfa sempre que é comprimido por pressão exercida por qualquer fonte. Os vasos linfáticos podem ser comprimidos por: Contração das paredes dos linfáticos Contração muscular (respiração) Pulsação arterial Compressão dos tecidos por objetos externos OBS: a bomba linfática se torna muito mais ativa durante o exercício, com freqüência aumentando o fluxo linfático em até 5 a 15 vezes. Nos períodos de repouso, o fluxo linfático se torna muito vagaroso. Fluxo Linfático A intensidade do fluxo da linfa é determinada por dois fatores: 1. Pressão do líquido intersticial 2. Grau de atividade da bomba linfática A DLM nos possibilita potencializar esses dois fatores. OBS: Obstrução do SL -→ Desvio do fluxo linfático Fluxo Linfático Transportam a linfa reabsorvida pelos capilares linfáticos, percorrendo longos trajetos sem se anastomosar, entretanto, existe vias alternativas de fluxo linfático que se abrem, apenas em condições patológicas. 80% são superficiais e 20% profundos. Ambos possuem valvas bivalvulares, os espaços entre estas são denominados linfangions. Possui 3 camadas: íntima, média e adventícia. Podem ser: Pré (aferentes) ou Pós-nodais (eferentes). Vaso Linfático (Coletor Linfático) Situa-se entre as válvulas dos vasos linfáticos São envolvidos por finas fibras musculares lisas e receptores nervosos que, quando são tensionados e dilatados, se contraem automaticamente, impulsionando a linfa. Vaso Linfático (Coletor Linfático) Aglomerado de tecido reticulolinfático revestido por uma cápsula fibrosa. O número varia de acordo com a região e com o indivíduo (média: 700). A região com maior quantidade é a abdominal (“Cisterna do Quilo”). Volume também é variável, ocorrendo aumento com a idade, em decorrência dos vários processos patológicos ou agressões que tenham atingido a área de drenagem. Em algumas regiões é distribuído em grupos. Linfonodo 1. Filtração da linfa (resíduos, bactérias, germes, antígenos) 2. Depósito de certa quantidade de linfa 3. Sistema imunológico (produção de linfócitos) Em algumas regiões agrupam-se formando conjuntos Linfonodo Troncos Linfáticos (Coletores Terminais) São os vasos de maior calibre. Troncos Linfáticos (Coletores Terminais) Cisterna do Quilo: Dilatação do tronco linfático Ductos Terminais A imunidade adquirida é produtos do tecido linfóide, localizado principalmente nos linfonodos, mas também em tecidos linfóides especiais, são eles: Baço; Timo; Tonsilas Palatinas; Adenóide; Áreas submucosas do tecido delgado – aparelho gastrointestinal. Em certas zonas do organismo o tecido linfático se localiza sob superfícies mucosas agregados numa forma distinta dos gânglios linfáticos orofaringe (tonsilas palatinas) e nasofaringe (adenóides). Tecidos Linfóides Retorno da linfa à circulação venosa Linfonodos Transporte Linfático Formação da Linfa Quadro Comparativo Diferenças básicas Circulação Sanguínea Circulação Linfática • Circulação fechada: coração - coração • Impulsionada pelo coração• Função: nutrição , oxigenação e remoção do produto do metabolismo celular • Líquido circulante: sangue • Circulação aberta: fundo cego – ângulo venoso • Impulsionada pela contração dos linfangions, respiração e atividades musculares, pulsar das artérias, peristaltismo intestinal, compressão externa • Função: transporte de macromoléculas e remoção de toxinas • Líquido circulante: linfa Sistema Linfático (SL) “Via acessória pela qual os líquidos podem fluir dos espaços intersticiais para o sangue”. “Essa remoção de proteínas do interstício é essencial, sem a qual morríamos em 24 horas”. Funções do SL Reintegrar proteínas ao sangue; Absorção de substâncias não recolhidas pelos capilares venosos (ex: gorduras); Drenar os catabólitos e metabólitos do líquido intersticial; Produzir células de defesa, através dos linfonodos. “O Sistema Linfático não funciona apenas como agente de limpeza, mas também como um aparato de defesa e proteção.” (VODDER, 1936) A drenagem linfática manual está representada principalmente por duas técnicas: De Leduc e Vodder. Ambas são baseadas nos trajetos dos coletores linfáticos e linfonodos, associando basicamente três categorias de manobras: 1 – Manobras de captação; 2 – Manobras de reabsorção; 3 – Manobras de evacuação. Manobras Básicas da Massagem de Drenagem Linfática Leduc Drenagem dos linfonodos Movimentos circulares com os dedos Movimentos circulares com o polegar Movimentos combinados Bracelete Vodder Círculos fixos Movimentos de bombeamento Movimento do “doador” Movimento giratório o de rotação
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