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Infecção

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UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL
Infecção é a permanência no organismo de um agente infeccioso (bactéria, fungo, vírus, ou parasita) capaz de se multiplicar e desencadear sérios danos, como doenças ou alterações patológicas de maior ou menor gravidade. Sendo que o agente infeccioso é aquele causador de qualquer infecção, podendo ser denominado também de agente patógeno.
	
Infecções Comunitárias são aquelas constatadas no ato da admissão do paciente, não sendo relacionada com internações anteriores. Sendo associada a complicações ou extensões de uma infecção já presente, mesmo que haja troca dos agentes infecciosos, com sinais sugestivos à uma nova infecção.
Infecção Hospitalar é um agravo de causa infecciosa adquirido pelo paciente após internação em hospital. Manifestando-se durante este período ou após a alta. Sempre sendo relacionada a internação ou aos processos hospitalares.
Para o controle da infecção na assistência ambulatorial, é preciso não haver exposição desnecessária do paciente a riscos inerentes à internação e à microbiota hospitalar.
Antibacterianos: A escolha dos antimicrobianos derivam do tipo de cirurgia, organismos presumivelmente presentes, localização dos mesmos, condições do paciente, farmacocinética, eficácias microbiológicas e farmacológica-clínica e efeitos adversos. Sendo que os melhores resultados são perceptíveis quando se seleciona o agente que atua em uma espécie bacteriana ou grupo limitado de agentes infecciosos, com baixo grau de resistência, de baixo custo, e restrito potencial tóxico.
A resistência bacteriana, por vezes é uma preocupação acrescida nos centros de saúde. As bactérias se tornam resistentes, por existirem na natureza antes da utilização de antibióticos pelo homem. O emprego destas substâncias, sobretudo intensivamente, favorece a seleção de estirpes resistentes e é a causa da transformação de populações bacterianas sensíveis em populações resistentes. Tornando uma infecção extremamente perigosa, quando constatada, pelo motivo de que as bactérias se tornaram extremamente resistentes a ação dos antibióticos, pelo seu uso descontrolado e desenfreado pela população.
-Betalactâmicos: O mecanismo de ação dos antimicrobianos Betalactâmicos resulta pela sua capacidade de diminuir a resistência bacteriana, ao interferir na síntese do peptideoglicano (responsável pela integridade da parede bacteriana). Para que isso ocorra estes devem penetrar na bactéria através das porinas presentes na membrana externa da parede celular bacteriana; não devem ser destruídos pelas Betalactamases produzidas pelas bactérias; devem se ligar e inibir as proteínas que ligam a penicilina (PLP), responsável pelo passo final da síntese da parede bacteriana.
São exemplos de Antibióticos Betalactâmicos: Benzilpenicilina, Fenoximetilpenicilina, Ampicilina e Amoxicilina.
-Macrolideos: Sua ação ocorre através da inibição da síntese proteica dependente de RNA, através da ligação em receptores localizados na porção 50S do ribossoma, particularmente na molécula 23S do RNA, impedindo as reações de transpeptidação e translocação. 
São exemplos de Antibióticos Macrolideos: Azitromicina, Diritromicina, Claritromicina, Lactobionato e Gluceptato de eritromicina.
-Aminoglicosideos: Possuem um mecanismo de ação multifatorial, onde penetram na bactéria inicialmente por processo passivo, através de canais de proteínas da parede, sendo assim transportado internamente por processo ativo, com gasto de energia. Após ligam-se à fração 30S dos ribossomos inibindo a síntese proteica ou produzindo proteínas defeituosas. Para atuar, o aminoglicosídeo deve primeiramente ligar-se à superfície da célula bacteriana e posteriormente deve ser transportado através da parede por um processo dependente de energia oxidativa.
São exemplos de antibióticos Aminoglicosideos: Gentamicina, Tobramicina, Netilmicina e Amicacina.
-Fluorquinolonas: Inibem a atividade da DNA girase ou topoisomerase II, enzima essencial à sobrevivência bacteriana. A DNA girase torna a molécula de DNA compacta e biologicamente ativa. Ao inibir essa enzima, a molécula de DNA passa a ocupar grande espaço no interior da bactéria e suas extremidades livres determinam síntese descontrolada de RNA mensageiro e de proteínas, determinando a morte das bactérias. Também inibem, in vitro, a topoisomerase IV, porém não é conhecido se este fato contribui para a ação antibacteriana.
São exemplos de medicamentos: Ciprofloxacina, Enoxacina, Norfloxacina, Ofloxacina e Pefloxacina.
-Glicopeptídeos: Apresentam um múltiplo mecanismo de ação, inibindo a síntese do peptideoglicano, além de alterar a permeabilidade da membrana citoplasmática e interferir na síntese de RNA citoplasmático. Desta forma, inibem a síntese da parede celular bacteriana.
Exemplos de Glicopeptídeos: Vancomicina, Teicoplanina e Linezolida.
-Oxazolidinonas: Exerce sua atividade por inibição da síntese proteica, porém, em etapa distinta daquela inibida por outros antimicrobianos. Dessa maneira, não ocorre resistência cruzada com Macrolideos, estreptograminas ou mesmo Aminoglicosideos.
Exemplos de Oxazolidinonas: Vancomicina, e Linezolida.
 Antiparasitários: São os medicamentos usados contra os parasitas dos seres humanos e animais. AS doenças parasitárias mais prevalentes no Brasil são: Malária e emblemática, Chagas, Esquitossomiase, Ascaridíase.
Os principais antiprotozoários são: 
	REPRESENTANTE
	INDICAÇÃO
	DOSE EM ADULTO (TOTAL DIÁRIO)
	DOSE EM CRIANÇA (TOTAL DIARIO)
	INTERVALO DE DOSE (h)
	VIA DE ADMINISTRAÇÃO
	TEMPO DE TRATAMENTO
	CLOROQUINA
	Malária; Profilaxia e Supressão; Malária; tratamento.
	300mg
600 mg +300 mg (1º dia), após 300 mg.
14 mg\kg
	10 mg\kg (1º 
Dose) + 5 mg\ kg
14 mg\kg
	7 dias
24
6
	ORAL
ORAL
IM
	
3 dias
	DAPSONA
	PNEUMOCISTOSE:
TRATAMENTO
	100 mg
	Não recomendada
	6
	ORAL
	21 dias
	IODOQUINOL
	AMEBÍASE
	1,95mg
	30-40mg\kg
	8
	ORAL
	20 dias
	
Principais Anti-helmínticos:
	PARASITAS
	1º ESCOLHA
	ALTERNATIVAS
	Ancylostoma duodenale 
	MEBENDAZOL
	PAMOATO DE PIRANTEL, ALBENDAZOL
	Ascaris Lumbricoides
	MEBENDAZOL
	PAMOATO DE PIRANTEL, ALBENDAZOL
	Diphyllobotrium latum
	PRAZIQUANTEL
	NICLOSAMIDA
	Echinococcus granulosus
	ALBENDAZOL
	PRAZIQUANTEL
Antifúngicos: - São medicamentos com agentes antifúngicos, que tem por objetivo combater a ação de fungos patogênicos e oportunistas.
Principais Antifúngicos:
	SISTÊMICOS
	INDICAÇÕES DE USO
	Anfotericina B
	Controle de infecções graves profundas, incluindo fungos patogênicos e oportunistas
	Flucitosina
	É ático contra Criptococcus neoformans, Candida sp., alguns fungos causadores de cromoblastomicose e algumas cepas de Sporothrix e Aspergillus.
	Sulfonamidas
	Eficazes na paracoccidioidomicose, porém seus níveis de recaídas são altos
	TÓPICOS
		INDICAÇÕES DE USO
	Nistatina
	Restrita a tratamentos de infecções cutâneas e mucosas superficiais por Candida.
	Terbinafina
	Eficaz no tratamento de micoses superficiais e de unhas
	Haloprogim
	Eficaz no tratamento das dermatofitoses e da pitiríase versicolor.
 Antivirais:
São medicamentos com agentes antivirais que tem como alvo as múltiplas etapas dos ciclos de replicação viral. Os principais vírus que acometem a população: HIV, Herpes Simplex (HSV), Varicela-zoster, Epstein-Barr. 
Principais Antivirais: 
	AGENTES
	VÍRUS-ALVO
	Aciclovir
	Herpes Simplex e varicela-zoster
	Adefovir
	Herpes Simplex, Hepatite B, HIV 1 e 2
	Cidofovir
	Citomegalovírus
 
CONCLUSÃO: 
Compete a todo profissional da área da saúde, ter domínio do conhecimento sobre os agentes patológicos, como vírus, bactérias, fungos, parasitas, que podem causar prejuízos à saúde humana. E os mecanismos de defesa para o combate destas patologias.
Concluindo-se que profissionais que possuam conhecimento sobre equipamentos de proteção individuais, que tenham precauções, e planejam suas ações em seus atendimentos, e localde trabalho, enfrentam menos problemas a respeito de infecções e patologias adquiridas por agentes patológicos.
REFERÊNCIAS: 
LIVROS:
FUCHS, Flávio D., WANNMACHER, Lenita. Farmacologia clínica: fundamentos de
terapêutica racional. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.
SITES: 
http://portal.anvisa.gov.br/wps/portal/anvisa/home
http://www.insa.pt/sites/INSA/Portugues/AreasCientificas/DoencasInfecciosas
http://www.insa.pt/sites/INSA/Portugues/AreasCientificas/DoencasInfecciosas/AreasTrabalho/ResistencAnti/Paginas/inicial.aspx

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