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Meu nome é Radio (ANALISE)

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Esta dissertação vem com o objetivo de fazer a assimilação entre o filme “Meu nome é Rádio” (Titulo original: Radio) de 2003 com alguns textos acadêmicos que abordaram a questão da deficiência no contexto atual, especificando os conceitos atribuídos a esta questão.
Segundo Sá e Rabinovich (2006, p.68-69) 10% da população mundial é composta por pessoas portadoras de alguma(s) deficiência(s), tendo a divisão das deficiências em: 5% de deficiência intelectual; 2% de deficiência física; 1,5% de deficiência auditiva; 1% de múltiplas deficiências e 0,5% de deficiência visual. Sendo 32% mulheres e 28% crianças que contem alguma deficiência.
O indivíduo portador de deficiência passa muitas dificuldades no decorrer de seu desenvolvimento, principalmente em fatores de aceitação e inclusão social, como evidencia o filme em diversos momentos que o menino portador de deficiência se encontra segregado do restante da população considerada normal.
De acordo com Franco (200-) a deficiência desde as sociedades primitivas tinha um caráter depreciativo atribuído a ela, tendo seus portadores punidos de diferentes formas, de acordo com a civilização e a época. Em geral esta punição podia ser tanto por abandono ou por morte. Tendo a variação da mesma no decorrer dos anos, sendo esta punição a eliminação deste individuo desta sociedade pela “não participação”, ou seja, segregar estes indivíduos portadores de deficiência(s) da sociedade, excluindo assim o mesmo de inúmeras atividades por não estar no padrão de normalidade.
Esta exclusão por “não participação” é fortemente praticada pela sociedade que Radio (o menino portador de deficiência da trama) convive, sendo evitado, subjugado, depreciado, ameaçado, explorado e até agredido por estas pessoas, por apenas apresentar uma deficiência intelectual.
O filme é uma adaptação de uma história real que ocorreu nos EUA, na pequena cidade de Hanna no estado de Illinois, que mostra a trajetória de Harold Jones um treinador de futebol americano e Radio, um jovem portador de deficiência intelectual, para uma não premeditada inclusão do jovem, no ambiente escolar de Hanna.
Em “Meu nome é Rádio” o treinador começa a convidar o até então excluído pela cidade, para os treinos, após um episódio agressivo de bullying por parte de seus jogadores, que amarraram Radio e o deixaram num quarto escuro, o que, evocou a memória da infância de Harold, da qual por dois anos via alguém que era provavelmente portador de uma deficiência trancado num porão e nunca fez nada quanto a isso. 
Apesar de ter uma compreensão maior que as dos outros moradores da cidade, das possibilidades de Radio, e acreditar na capacidade de convívio escolar e de aprender certas habilidades, o que move Harold não é apenas o que ele discursa, “a coisa certa a se fazer”, mas o sentimento de culpa vindo da vivência de sua infância. 
Ao desenrolar da trama mostra-se a aproximação vagarosa do técnico de futebol americano com Radio. Aos poucos o técnico foi dando um grande respaldo a Radio com intuito principal de incluir e de desestigmatizar este portador de deficiência, mostrando que a deficiência não é a essência do individuo, mas sim apenas uma de suas inúmeras características. Ou seja, deficiência pode causar algum tipo de incapacidade no portador, mas não quer dizer que o mesmo seja completamente incapaz. (Bernardes et. al,2008,p.33)
Por Radio ter esse apoio do técnico ele ganha a possibilidade de ter uma melhor interação, aceitação e inclusão na sociedade que antes o rechaçava, tendo um melhor desenvolvimento de suas potencialidades antes negligenciadas.
Se o técnico não tivesse feito tal aproximação e tal ato de inclusão de Radio, o mesmo iria acabar levando uma vida mais estigmatizada e isolada socialmente do que já vivia. Não desenvolvendo potencialidades que poderia desenvolver.
A questão da rotulação está muito presente no filme, como expõe CAMPOS (200-) o rótulo pouco favorece o aprendizado, ele limita ações e possíveis interações entre pessoas, como é bem demonstrado no decorrer do filme. Pela imagem que aquela cidade fazia de Radio, foi-lhe negado o convívio social, impossibilitando, até então, um melhor desenvolvimento de suas habilidades sociais e linguísticas. Após sua inclusão no meio escolar Radio recebeu várias funções dentro da escola, o que acabou promovendo uma maior autoestima, um aumento exorbitante de suas habilidades sociais e grande melhora de sua fala.
Bibliografia
BERNARDES, L.C.G. et .al. Pessoas com deficiência e politicas de saúde no Brasil: reflexões básicas. Ciência&SaúdeColetiva, Rio de Janeiro, p.31-38, ago.2008.
FRANCO, J. (200-) A trajetória da pessoa com deficiência na civilização ocidental- FSP- Avaré, SP
RICH, M. (2003) Meu nome é Rádio (Radio)- Columbia Pictures
SÁ, S.M. P; RABINOVICH, E.P. Compreendendo a família da criança com deficiência física. Revista Brasileira do Crescimento e do Desenvolvimento Humano, p.68-84, fev. 2006

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