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Alteração Legislativa Crimes Militares

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Originalmente, essa alteração legislativa deveria vir na forma de uma lei temporária, haja vista o grande número de militares das forças armadas atuando em grande eventos, como foi a copa do mundo e as olimpíadas. Contudo, o projeto posteriormente veio com a mudança de competência da justiça criminal comum para a militar, nos casos de homicídios dolosos cometidos por militares das forças armadas quando em função de policiamento ostensivo, conforme a jurisprudência do STM.
Durante o processo legislativo, chegou ao texto legal onde se encontram as situações do cumprimento de atribuições que lhes forem estabelecidas pelo Presidente da República ou pelo Ministro de Estado da Defesa; de ação que envolva a segurança de instituição militar ou de missão militar, mesmo que não beligerante; ou de atividade de natureza militar, de operação de paz, de garantia da lei e da ordem ou de atribuição subsidiária, realizadas em conformidade com o disposto no art. 142 da Constituição Federal e na forma dos seguintes diplomas legais:
Lei no 7.565, de 19 de dezembro de 1986 - Código Brasileiro de Aeronáutica; (Incluída pela Lei nº 13.491, de 2017)
Lei Complementar no 97, de 9 de junho de 1999; (Incluída pela Lei nº 13.491, de 2017)
Decreto-Lei no 1.002, de 21 de outubro de 1969 - Código de Processo Penal Militar; e (Incluída pela Lei nº 13.491, de 2017)
Lei no 4.737, de 15 de julho de 1965 - Código Eleitoral.
Observa-se dessa forma que a competência será transferida para a justiça militar somente se o militar for federal, nos casos de militares estaduais a competência continua sendo da justiça criminal comum.
Tem-se ainda que a grande alteração legislativa foi realizada no caput do inciso II, quando dispôs que tantos os crimes previstos no CPM quanto os crimes previstos na legislação penal comum (CP e legislação extravagante) serão crimes militares se cometidos nas situações das alíneas do mencionado dispositivo legal. Nesse ponto, vale tanto para os militares federais quanto para os militares estaduais.
Crimes que estão sendo julgados na justiça criminal comum terão sua competência alterada para a justiça militar, salvo os processos que já tiverem julgamento de mérito, mesmo que não transitado em julgado.
Contravenção penal continua sendo julgada pela justiça criminal comum, uma vez que o Código Penal só trata de crimes.
Todos os crimes hediondos cometidos nas circunstâncias do artigo nono, inciso II, passam a ser considerados crimes militares também. Todavia, somente os dois últimos crimes hediondos poderão ser crimes militares que são: falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais (art. 273, caput e § 1o, § 1o-A e § 1o-B, com a redação dada pela Lei no 9.677, de 2 de julho de 1998).
VIII - favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável (art. 218-B, caput, e §§ 1º e 2º).
O tráfico de drogas previsto na lei de drogas não poderá ser crime militar, tem-se que a conduta de traficância está prevista no CPM como crime militar autônomo. 
Diferentemente da tortura e do terrorismo que não constam no código penal militar como crime autônomos. Estão em legislação penal comum extravagante. E, portanto, serão considerados como crimes militares.

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