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Aula vitaminas.pdf Produção de Vitaminas Cianocobalamina • O radical DBI (5,6 dimetilbenzimidazol) é preponderante na atividade e deve ser fornecido ou preexistir na formação. Microorganismos • Mais utilizados: Propionibacterium freundenreichii e P. shermanii e Pseudomonas (cepas especiais de P. denitrificans). • Rhodopseudomonas protamicus (engenharia genética) – alto rendimento sem adição de DBI ou estimulantes Separação • Solubilização das cobalaminas e conversão em cianocobalamina com cianeto. • Separação do substrato fermentado por centrifugação, lavagem com água e lise celular a 100°C na presença de H2SO4 diluído (pH=5). Vitamina na fase aquosa, secagem a vácuo, manter o pH 5 com sulfito de sódio. • Sólido microcristalino amarelo-alaranjado, amargo e inodoro. • Pouco solúvel em água e etanol (higroscópica) praticamente insolúvel em solventes orgânicos. Pouco mais solúvel em soro fisiológico do que em água. • Resistente a ácido e ao calor, mas decompõe-se em meio alcalino ou na presença de luz. • Pode-se usar riboflavina-5-fosfato de sódio: mais hidrossolúvel e mais de dois terços da atividade original. Outras vitaminas • β-caroteno (provitamina A), biotina (vitamina H) e ergosterol (vitamina D2) • Muitos estudos no sentido de encontrar métodos microbiológicos mais econômicos que os químicos. Obtenção de β-caroteno • Usualmente síntese química ou extração. • Puro: cristais de cor vermelha, praticamente insolúvel em água. Moderadamente solúvel em éter etílico, de petróleo e óleos. Pouco solúvel em etanol e metanol. Solúvel em benzeno, clorofórmio e sulfeto de carbono. • Fermentação: Ninet e Renault (1979) usando formas sexuadas de Blakeslea trispora. Blakeslea trispora NRRL 2456 (+) Blakeslea trispora NRRL 2457 (-) Cultura em ágar inclinado Cultura em ágar inclinado Pré-cultura Pré-culturas misturadas Cultura para produção Pré-cultura • Estocagem dos inóculos (esporos) em solo fértil. • Culturas em ágar inclinado: 27°C, 168h • Pré-culturas: 26°C, 48h, 400mL (g/L) água de milho 70, amido de milho 50, fosfato diácido de potássio 0,5, sulfato de manganês 0,1, cloridrato de tiamina 0,01; em erlen 2L agitação em “shaker”. • Mistura das pré-culturas (400mL de cada) com 120L do meio anterior em fermentador de 170L a 26°C, 170rpm, aeração, 40h. • Fermentação 320L (g/L): destilados solúveis 70, amido de milho 60, farinha de soja 30, óleo de algodão 30, antioxidante 0,35, sulfato de manganês 0,2, cloridrato de tiamina 0,5, isoniazida 0,6, querosene 20mL e água; pH 6,3. Mosto esterilizado a 122°C por 55min, isoniazida e querosene separados. • Acrescentar 22L da mistura de pré-culturas, 26°C, 210rpm, aeração, 55min, fermentador de 800L. • Após 48h do início add 1g/L de b-ionona e 5mL/L de querosene. Continua e lentamente add 4,2g/L de glicose até o final. • Isoniazida e b-ionona são ativadores, querosene solubilidade substrato hidrofóbico, antioxidante – baixa estabilidade do β-caroteno dentro da célula. Separação • Separar o micélio, introduzir metanol para retirar a água e extrair com cloreto de metileno • 75-90% do produto bruto que pode ser purificado Biotina • Processos clássicos não mais utilizados hoje. • Bacillus sphaericus e Rhodotorula glutinis. • Rendimentos baixos. • B. sphaericus pode produzir um análogo (Detiobiotina) que pode ser transformado em biotina por Aspergillus oryzae. Separação • Filtrar o caldo fermentado para tirar os microrganismos e absorver a biotina em carvão vegetal ativo, eluir e purificar por cromatografia em coluna de troca iônica. • O eluído é evaporado até a secura, a biotina bruta é recuperada, enxaguando com éter e purificando por recristalização com água ou álcool em pH 3,5 Ergosterol • Por volta de 2% da biomassa seca em leveduras e fungos (na superfície das células) selecionados. • Transforma-se em vitamina sob ação da luz ou especificamente dos raios ultravioleta. Cristais brancos praticamente insolúveis em água e muito pouco solúveis em etanol. Razoavelmente solúveis em éter e principalmente em clorofórmio. • Fusarium sp. IFO 8889 (ATCC 20192), Cephalosporium coremioides IFO 8579, ou Trichoderma sp. IFO 635 – 0,65g/L palmitato de ergosterol e 0,2g/L ergosterol livre. Separação • Centrifugar para separar a biomassa, extrair a fase líquida com ciclohexano, concentrar e diluir com clorofórmio, cromatografia em coluna de sílica, eluir com éter de petróleo, concentrar e cristalizar em etanol. Outras espécies • Johnson et al. (1994) – Rhodotorula glutinis IIP-3 (4%). • Dulaney et al. (1954) – Saccharomyces cerevisiae MY 813: 3,8g/L. (OUT 7882) Separação • Nas leveduras o ergosterol está mais intimamente ligado à parede. • Tratar a biomassa com amoníaco quente ou com uma amina, add metanol (remover impurezas), secar e filtrar. Extrair a massa com éter ou acetato de etila, após evaporação extrato com 90% de ergosterol e outras gorduras e outros esteróis. Saponificar e extrair os esteróis do insaponificável com éter etílico, recristlizar e separar por cromatografia. Aula05.pdf PRODUÇÃO DE ETANOL Fermentação, Destilação e Desidratação Importância e Vias de Obtenção Utilização: fins farmacêuticos, produção de derivados químicos, bebidas, como combustível, solvente, etc... Obtenção: • destilatória (pouca importância econômica); • sintética (a partir de hidrocarbonetos derivados de petróleo – grandes reservas e indústria petroquímica avançada); • fermentativa. Via Fermentativa Preparo: tratamento da matéria-prima para extração de açúcares fermentescíveis. Fermentação: transformação de açúcares em etanol e CO2. Destilação: separação do etanol. Primeiro do substrato fermentado e depois para separar impurezas. Matérias-primas Açucaradas – diretamente e não diretamente fermentescíveis. (Cana-de-açúcar, beterraba, milho, mel, melaços) Amiláceas e feculentas – grãos amiláceos, raízes e tubérculos. Celulósicas – palhas, madeiras, resíduos agrícolas e resíduos sulfíticos de fábricas de papel. Preparação dos meios Pequenas porções de álcool de milho e vínico. A quase totalidade produz-se com cana-de-açúcar e melaço. Mosto – substratos açucarados Dornas – recipientes de fermentação Matéria - prima Extração Suco bruto Purificação Água de extração SÓLIDOS Carbonatação e filtração EVAPORAÇÃO (suco concentrado) CRISTALIZAÇÃ O MELAÇO AÇÚCAR BRUTO AÇÚCAR MASCAVO REFINO Dissolução, clarificação AÇÚCAR REFINADO PROCESSO DE FABRICAÇÃO DO AÇÚCAR Mosto de melaço Diluição com água (com vinhaça para alguns tipos de rum). + diluído - diluído Fermentação rápida lenta Sujar aparelhos suja - suja + Vol. útil da dorna > < Espaço > < Consumo de vapor > < Água > < Período de safra > < Infecções > < Perda de açúcares < > Temperatura < > Caldo de cana-de-açúcar Esmagamento + diluição (água) Prática comum – clarificação (aquecimento, decantação e filtração) Caldo mais limpo: fermenta melhor espuma menos suja menos as colunas de destilação Mosto de materiais amiláceos Sacarificação – transformação do amido ou fécula em açúcares fermentescíveis. Tipos: química (pouco utilizada) biológica (adição de fungos) (+ comum) enzimática (pelo malte) Sacarificação pelo malte Malte – cereal germinado Cervejas e uísque – cevada Destilaria de álcool – milho Preparação do malte – etapas: limpeza maceração germinação (ativação de várias enzimas) Sacarificação – (formar goma) moagem, hidratação e cozimento + leite de malte Sacarificação biológica Fungos aminolíticos mais usados: Amylomyces rouxii, Aspergillus oryzae, Rhizopus japonicus e Mucor delemar. Preparo do inóculo – 20g/1L água, autoclavar (2atm – 20min), resfriar, add suspensão de esporos, incubar 3-4 dias a 35-38ºC – qsp 100.000L Mosto – formar goma, autoclavar, inocular o fungo, 24h de agitação e aeração. Fermentação alcoólica Geração de energia (ATP) pela metabolização anaeróbica da glicose. CO2, etanol e outros produtos (glicerol, ácidos orgânicos) são produtos de excreção – podem ser transformados em + ATP em aerobiose. Aparecimento de rotas alternativas com outras utilidades para a levedura – rendimento da fermentação pode cair! Fatores que afetam a fermentação Agente de fermentação Nutrição mineral e orgânica Temperatura pH Inibidores da fermentação Concentração de açúcares Concentração de inóculo Contaminação bacteriana Anti-sépticos Antibióticos Preparo do inóculo Leveduras de panificação – 10 a 20g/L de mosto diluído, fermentação, divisão em vários recipientes a realimentação com mostos diluídos. Leveduras selecionadas – tubos de cultura, aumentando o volume de meio em 1:5 ou 1:10 até atingir o volume útil para fermentação (10% vol da dorna) Prática da fermentação Fase preliminar (lag-fase): inicia-se no contato do lêvedo com o mosto – multiplicação celular Fase tumultuosa: elevação da % de álcool e acidez, +Tº, -densidade, espuma. Fase complementar: -CO2, - agitação, -Tº, [açúcar] = 0 Velocidade = fermento/mosto Verificação prática da pureza das fermentações Tempo de fermentação Odor da fermentação Aspecto da espuma Drosófilas Temperatura Densidade do mosto Açúcares no mosto Acidez no substrato em fermentação Sistemas descontínuos de fermentação Sistemas de cortes Sistema de reaproveitamento do inóculo Sistema de cultura pura Sistema de recuperação de leveduras Fermentação contínua Entrada e saída constantes do fermentador – vários desenhos Processo Biostil Salas e dornas de fermentação Destilação Líquidos miscíveis – mistura de vapores com predominância do mais volátil Mistura azeotrópica Vinho – meios açucarados após fermentação. Constituição: 88 a 93% - água 12 a 7% - etanol Destilação descontínua Alambiques – aguardentes (50% etanol) ou bebidas alcoólicas de vinhos Colunas de baixo grau Destilado de cabeça Destilado de coração Destilado de cauda Água fraca Destilação contínua Alimentação contínua com vinho e retirada contínua de vinhaça pela base e do destilado no topo. Coluna de baixo grau – deflegmação pelo topo Coluna de alto grau – deflegmação pela altura média do aparelho Retificação Flegma – líquido alcoólico mais rico, mas ainda impuro Separação se substâncias voláteis Não se consegue fazer purificação completa do etanol por vários fatores: marcha imperfeita, dificuldade de separar as cabeças, variação da temperatura, pureza das fermentações, oscilações na composição dos vinhos, reações de esterificação, combinação e decomposição. Desidratação do etanol Destilação: álcool 97,2% em volume – mistura azeotrópica Processos industriais: químicos – substâncias que absorvem a água do álcool (óxido de cálcio, acetato de sódio, carbonato de potássio, ...) físicos – variação de pressão, destilação de misturas hiperazeotrópicas, absorção de vapores por corpos sólidos, atmólise, destilação em presença de um terceiro corpo, uso de absorventes regeneráveis e separação por membranas (peneiras moleculares) Uso de arrastadores Mais utilizada pelas destilarias Formação de uma substância azeotrópica de 3 componentes 3º componente – insolúvel em um dos 2 componentes iniciais – duas frações Destilação de líquidos mutuamente insolúveis – temperatura de ebulição é inferior a dos dois componentes Add 50% benzol a uma mistura de etanol-água 95% Mistura ternária PE 64,85ºC, mistura azeotrópica benzol-etanol PE 68,24ºC, álcool anidro PE 78,35ºC Ciclohexano, tricloroetileno, formiato de etila e cloreto de butila Substituição do benzol (cancerígeno) por ciclohexano Absorvente regenerável Processo Mariller ou da glicerina Absorventes: glicóis, glicerina e solução de carbonato de potássio em glicerol. Etanol 99,9% a 100% Peneiras moleculares Passagem dos vapores de álcool entre camadas de resinas capazes de reter as moléculas de água. Patente de Hunt/Phoenix Mais rápido e mais eficiente que os arrastadores e substâncias absorventes (99,9%) Curiosidade!!! Como acontece o Metabolismo do álcool no organismo?