Buscar

direito do trabalho 2

Prévia do material em texto

Andressa Borges Pedrosa – 2108893
NOÇÕES DE DIREITO DO TRABALHO
Duque de Caxias
2017
Estudo de caso
Maria é empregada doméstica e descobriu, após ser demitida, que está grávida de dois meses. Pergunta-se:
Ela tem direito a algum tipo de licença? Se sim, de quanto tempo?
Resposta: A estabilidade da empregada gestante independe de conhecimento prévio, ou seja, se após o desligamento da empresa for comprovado que ela estava grávida no momento da dispensa, haverá o direito à reintegração. A estabilidade vai desde a confirmação da gravidez até 5 meses após o parto, salvo condições mais benéficas previstas em acordo ou convenção coletiva. Sendo assim, a empregada demitida nessas condições terá direito à reintegração ou, caso isso não seja possível, a uma indenização pelo período estabilitário.
Maria poderia ser demitida durante a gravidez? Como fica sua situação uma vez que já foi dispensada?
Resposta: Ao tomar conhecimento que foi demitida grávida, a empregada deve comunicar/comprovar o fato à empresa, para que possa ser feita a sua reintegração às atividades normais. Se a empresa não quiser reintegrá-la espontaneamente, será necessário ingressar com uma Reclamação Trabalhista, a fim de que o juiz determine essa reintegração. A norma que regula a garantia de emprego da gestante diz que seu direito à estabilidade se inicia com a confirmação da gravidez, o que deve ser interpretado de forma ampla e não restritivamente. Dessa forma, se a gravidez se confirmou mesmo após a dispensa, entende-se que a garantia no emprego também deva ser reconhecida.
O que ocorre com o contrato de trabalho de Maria após o nascimento da criança?
Resposta: A gestante possui garantia de emprego desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto, nos termos do artigo 10, inciso II, alínea “b”, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição Federal de 1988 (ADCT da CF/88). Sendo assim, a colaboradora tem a estabilidade gestacional garantida desde o conhecimento da gravidez até cinco meses após o parto. Como a licença maternidade legal é, em regra, de 120 dias, quando a leitora voltar ao trabalho ainda restará um mês de estabilidade – devendo ser mantida no emprego pelo menos por este período.
4) A empregadora de Maria não assinou sua carteira de trabalho, então, ainda assim ela terá direito às garantias contidas na CLT? Fundamente sua resposta.
Resposta: O colaborador sem registro na carteira de trabalho tem os mesmos direitos que um funcionário regular. Assim, ele poderá recorrer à justiça para reivindicá-los caso o empregador se recuse a conceder os direitos do empregado. Para fazer essa reivindicação, é necessário procurar imediatamente um advogado trabalhista ou o sindicato da categoria.
Nessa situação, o funcionário poderá requisitar os mesmos direitos de quando há uma demissão sem justa causa: salário, 13º salário, férias, FGTS, seguro-desemprego e licença maternidade. Para dar início ao processo, o trabalhador deverá selecionar toda a documentação que comprove seus vínculos com a empresa – crachás, holerites, registros de entrada e saída, entre outros – e entregá-los ao advogado responsável pelo caso (ou ao sindicato), que deverá entrar com uma petição na justiça. Não é possível determinar um prazo para a conclusão do processo, que pode tramitar durante alguns meses ou até anos no judiciário. Esse tempo depende dos recursos interpostos, dos procedimentos burocráticos e das análises judiciárias.
Bibliografia
http://exame.abril.com.br/carreira/posso-ser-despedida-logo-apos-a-licenca-maternidade/
https://wptoni.jusbrasil.com.br/artigos/340804671/descobri-que-estava-gravida-depois-que-fui-demitida-como-proceder
http://www.pediatriaemfoco.com.br/posts.php?cod=71&cat=8
http://www.direitodoempregado.com/posso-ser-demitida-gravida/
http://grosman.adv.br/areas-de-atuacao/trabalhista/quais-os-direitos-trabalhador-sem-registro-em-carteira/
2
Núcleo de Educação a Distância

Continue navegando