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9_Exercicio pratica trabalhista - questões 04 11 2021 - Estágio Supervisionado Trabalhista - questoes 04 11 2021

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SAMARA MARTENSEN ANDRADE 
RA: 6666737 
TURMA: 3109A02 
 
 
EXERCÍCIO PRATICA TRABALHISTA – QUESTÕES 04/11/2021 
 
 
Questão 01 – Edmilson fora contratado pela empresa Simione limpeza 
Ltda. de maneira verbal para prestar serviços de limpeza industrial em 
contato com produtos nocivos a sua saúde, sem receber qualquer 
acréscimo ao seu salário. Inicialmente foi proposto para o empregado que 
ele passaria por período de experiência de 90 dias prorrogáveis por mais 
90 dias. Passados 180 dias Edmilson fora desligado da empresa sem 
justa causa e nada recebeu de verbas indenizatórias por este 
desligamento, pois a empresa Simione limpeza Ltda. alegou que o 
empregado não passara pelo período de experiência e teve seu contrato 
devidamente cumprido. Diante dos fatos pergunta-se: 
a) O contrato firmado está de acordo com a legislação trabalhista 
(contrato de experiência)? Esse contrato poderia ser prorrogado? Como 
foi? Responda, explique e justifique juridicamente e legalmente sua 
resposta. 
b) Edimilson deveria receber algum acréscimo ao seu salário devido ao 
contato com produtos nocivos a sua saúde? Caso positivo identifique o 
adicional a ser pago, a possível porcentagem indicando os dispositivos 
legais pertinentes ao caso. 
 
A) De acordo com o artigo 451 da CLT o contrato de experiência poderá ser 
prorrogado uma única vez sob pena de se tornar um contrato por tempo 
indeterminado. E, conforme o artigo 445 da CLT em seu parágrafo único, o 
contrato de experiência não poderá exceder 90 dias, sendo assim no caso em 
questão os 180 dias cumpridos por Edimilson caracterizam desacordo com a 
legislação trabalhista vigente. 
 
B) Sim, são devidos direitos trabalhistas a Edimilson com o advento da 
rescisão contratual. No caso em questão, o colaborador tem o direito a saldo 
do salário, aviso prévio, férias proporcionais, seguro desemprego, FGTS e 
multa de 40%. 
 
C) Sim, Edimilson vai receber acréscimo salarial decorrente do adicional de 
insalubridade na porcentagem que a perícia determinar, sendo o máximo 
permitido de 40%. Temos, de acordo com o artigo 192 da CLT que, o trabalho 
em condições insalubres assegura ao colaborador adicional de 40% ou 20% ou 
10% do salário mínimo dependendo se for de grau máximo ou médio ou 
mínimo. 
 
Questão 02 – Um vigilante trabalha numa empresa do seguinte modo: das 
7:00 às 19:00 h, folgando o restante daquele dia e o dia seguinte, voltando 
à escala 2 dias após, para nova jornada das 7:00 às 19:00 h – ou seja, 12 
horas de trabalho seguidas por 36 horas de descanso. Esse acerto está 
previsto na convenção coletiva da categoria do empregado. 
Diante do exposto, responda: 
A) Esse acordo somente pode ser firmado através de negociação 
coletiva? 
B) Caso nessa escala de serviço o dia de trabalho seja considerado 
feriado nacional como fica o pagamento? Ele deve receber algum 
acréscimo? 
 
A) O regime apresentado trata-se de trabalho em jornada 12 x 36, comum em 
serviços de vigilância. Tal regime é considerado válido, em caráter excepcional, 
pela Jurisprudência, nos termos da Súmula 444 do TST, em que é previsto que 
o esse acordo deverá ser firmado exclusivamente mediante acordo coletivo de 
trabalho ou convenção coletiva de trabalho. 
 
B) Ainda, segundo a sumula 444 do TST, acerca da remuneração oriunda do 
dia de trabalho exercido em dia de feriado nacional, é assegurado ao 
empregado o direito à remuneração em dobro. 
 
Súmula 444 TST - JORNADA DE TRABALHO. NORMA COLETIVA. LEI. 
ESCALA DE 12 POR 36. É valida, em caráter excepcional, a jornada de doze 
horas de trabalho por trinta e seis de descanso, prevista em lei ou ajustada 
exclusivamente mediante acordo coletivo de trabalho ou convenção coletiva de 
trabalho, assegurada a remuneração em dobro dos feriados trabalhados. O 
empregado não tem direito ao pagamento de adicional referente ao labor 
prestado na décima primeira e décima segunda horas. 
 
 
Questão 03 – Ana Lívia foi demitida da empresa sem justo motivo e 
dispensada do cumprimento de aviso prévio nos termos da lei. Acontece 
que Ana Lívia descobre através de exames que ficou gravida no 14º dia 
após ser demitida. A empregada ainda não recebeu as verbas rescisórias 
e procura seu escritório para saber sobre seus direitos face aos fatos 
ocorridos (gravidez e possível estabilidade). 
Como Advogado oriente a cliente fundamentando jurídica e legalmente 
sua resposta quantos aos direitos da empregada face a gravidez e 
possível estabilidade. 
 
Ana Lívia faz jus à estabilidade provisória garantida à gestante, rege o artigo 
391-A da CLT, que “a confirmação do estado de gravidez advindo no curso do 
contrato de trabalho, ainda que durante o prazo do aviso prévio trabalhado ou 
indenizado, garante à empregada gestante a estabilidade provisória prevista no 
art. 10, II, "b" do ADCT. Bem como disposto na Súmula 244 do TST, que 
reconhece que, o desconhecimento da gravidez não afasta o direito ao 
pagamento da indenização decorrente da estabilidade, uma vez que, no caso 
em tela, a gravidez se deu durante o período referente ao cumprimento do 
aviso prévio. 
 
Súmula nº 244 do TST - GESTANTE. ESTABILIDADE PROVISÓRIA 
I - O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o 
direito ao pagamento da indenização decorrente da estabilidade (art. 10, II, "b" 
do ADCT). 
 II - A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der 
durante o período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos 
salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade. 
 III - A empregada gestante tem direito à estabilidade provisória prevista no art. 
10, inciso II, alínea “b”, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, 
mesmo na hipótese de admissão mediante contrato por tempo determinado.