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Prova de Direito Social e Trabalhista discursiva

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Prova de Direito Social e Trabalhista - Avaliação Discursiva - Tentativa 1 de 1
Questão 1 de 1
Leia a seguinte situação hipotética: Maria trabalha como caixa no Supermercado “Tem de Tudo”, há 5 anos e 7 meses. Faltou ao serviço, foi ao médico, que realizou um teste rápido para gravidez e constatou que Maria estava grávida e lhe conferiu um atestado de 1 dia, referente aquela consulta. No outro dia, ao voltar ao trabalho, entregou o atestado médico ao gerente e feliz da vida comentou com ele que estava grávida. No final do expediente, o gerente chama Maria para uma conversa. Diz a ela que iriam aceitar o atestado e justificar a falta ao trabalho, porém pelo fato dela ser caixa e estar grávida, em função da pandemia por Covid-19, para que ela não corra risco na sua saúde e nem ao filho que está em seu ventre, vão demiti-la sem justa causa, indenizar o aviso prévio e pagar todos os direitos trabalhistas. O gerente ressalta que essa é uma vantagem, pois poderá ter mais tempo para se preparar para o nascimento do filho, sacar o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e ainda receber o seguro desemprego. Maria vai para casa pensativa, sem ter a certeza de que sua demissão está correta e procura você para trocar uns conselhos, do que ela deve fazer. 
Com base no caso fictício apresentado, faça opinativo sobre os seguintes pontos: agiu certo o gerente e Maria pode ser dispensada sem justa causa? Ela tem direito a estabilidade no emprego garantida pela CLT, mesmo no caso da pandemia do COVID-19? O que diz o art. 391-A da CLT e o inciso II da Súmula 244 do TST a esse respeito? 
O texto deve ser autoral e responder todos os questionamentos. Ao usar algum material de pesquisa, da internet ou outra fonte para embasar a sua opinião, deve apresentar as referências. Assista a videoaula sobre o assunto e leia o Capítulo 7, do livro da disciplina Legislação Social e Trabalhista (FAEL, 2020) em especial o item 7.1.2 e 7.1.3. 
Resposta:
De acordo com o que eu compreende do assunto aplicado o gerente não agiu de forma correta com Maria, pois ela tem direito a estabilidade, desde a confirmação da gravidez,
até cinco meses após o nascimento do bebê , a 
licença maternidade de 120( cento e vinte dias )sem prejuízo do salário e do emprego (ART.392 da CLT).
No caso da pandemia COVID19 a lei n°14.151/2021 que possui, no seu art.1°,que,durante a emergência de saúde pública de importância nacional decorrente do novo corona vírus, a empregada gestante deverá permanecer afastada das atividades de trabalho presencial, sem prejuízo de sua remuneração.(https://jus.com.br/artigos/93904/a-empregada-gestante-e-a-pandemia-do-covid-19)
Assim o gerente não poderia dispensa-la, sob pena de ter que recontratar ou indeniza-la pelo tempo que teria à estabilidade.
O gerente poderia trocar Maria de função, sem prejudicar o salário dela, considerando as questões de saúde, assegurando a retomada da função anterior exercida logo após o retorno ao trabalho e dispensa pelo tempo necessário para realizar no mínimo 06(seis) consultas médicas e exames complementares.
De acordo com o livro da disciplina n° 144 e 145. O ART.391-A.diz a confirmação do estado de gravidez advindo no curso do contrato de trabalho, ainda que durante o prazo do aviso prévio trabalhado ou indenizado, garante a empregada gestante a estabilidade provisória prevista da alínea b do inciso II do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.(Incluído pela Lei n° 12.812 ,de 2013).
A sumula N°244 do TST II-Diz que a garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direitos correspondidos ao período de estabilidade.

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