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Prova 2 quest_es b

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Discuta a importância da tecnologia na: (1) formação do sistema centro-periferia; (2) reprodução 
dinâmica do sistema centro-perfiferia. 
O modelo centro-periferia criado pela CEPAL preocupava-se em descrever os fatores determinantes das 
especificidades do desenvolvimento latino-americano. Segundo o modelo, o desenvolvimento econômico se 
expressa no processo de acumulação de capital estreitamente ligado ao progresso técnico, mediante o qual se 
obtém a elevação gradual da densidade do capital e o aumento da produtividade do trabalho e do nível médio de 
vida. Os países que compõe os centros e a periferia apresentariam um desenvolvimento desigual originário pelo 
fato de a industrialização ter chegado a esses blocos de países em diferentes momentos históricos, determinando 
diferentes inserções na economia mundial. A forma pela qual a tecnologia ou, o progresso técnico, se difunde na 
economia mundial leva à constituição ao longo da história dos centros e periferias conformados por estruturas 
diferentes. A estrutura periférica confere uma desvantagem a esta na geração e incorporação do progresso técnico, 
ao mesmo tempo em que contribui para a superabundância de força de trabalho. Esses dois problemas fazem com 
que a estrutura periférica tenda a se perpetuar, perpetuando-se também as diferenças que são a base do sistema 
centro-periferia. 
Nos centros, os métodos indiretos de produção que ele gera se difundem em um lapso relativamente breve para a 
totalidade do aparelho produtivo. Na periferia parte-se de um atraso inicial e, ao transcorrer o período de 
desenvolvimento para fora, as novas técnicas só são implantadas nos setores exportadores de produtos primários e 
em algumas atividades econômicas diretamente relacionadas à exportação, as quais passam a coexistir com setores 
atrasados, no que toca à penetração de novas técnicas. Ao se constituir mediante o desenvolvimento para fora a 
estrutura periférica adquire dois traços fundamentais: especialização e heterogeneidade (elevado gap de 
produtividade entre os setores). Por outro lado, a estrutura do centro se mostra diversificada e homogenia. 
A especialização existente no ponto de partida faz com que a chegada da industrialização na periferia comece por 
setores tecnologicamente simples, e avance lentamente para a elaboração de bens de consumo ou intermediários 
de maior complexidade do ponto de vista tecnológico. Esse padrão não facilita a diversificação das exportações da 
periferia, que tendem, pois a conservar o seu caráter primário por períodos prolongados. Além disso, a 
especialização inicial e o padrão de industrialização gerado sobre essa base trazem consigo um ritmo de progresso 
técnico mais lento na periferia. A heterogeneidade, por outro lado, afeta os níveis médios da produtividade do 
trabalho, como resultado da considerável mão de obra ocupada em atividades tecnologicamente atrasadas e da 
persistência deste fenômeno, na medida em que são justamente esses setores mais atrasados que tendem a se 
expandir em razão do padrão de industrialização da periferia. Dessa forma, a desvantagem na geração e 
incorporação da tecnologia leva ao menor crescimento da produtividade do trabalho na periferia. 
A heterogeneidade, ou o gap tecnológico entra as atividades diversas, ainda contribui à superabundância de força 
de trabalho na medida em que implica na existência de um contingente de subempregados rurais e urbanos que 
não condizem com as possibilidades de absorção das atividades modernas. Ainda, a introdução de tecnologias 
intensivas em capital e economizadoras de mão de obra nas atividades modernas, embora ocorra a um ritmo mais 
lento que no centro, desfavorece ainda mais a absorção. 
A superabundância de mão de obra e um crescimento reduzido da produtividade do trabalho na periferia levam à 
diferenciação do ganho real médio das atividades exportadoras. São geradas então, restrições à capacidade da 
economia periférica e ao dinamismo de sua acumulação que por sua vez, restringe a margem de possibilidade de se 
alterar de forma significativa as estruturas das economias periféricas fazendo com que estas tendam a se perpetuar. 
1. Discuta a importância da tecnologia na: (i) formação do sistema Centro-Periferia; (ii) 
reprodução dinâmica do sistema Centro-Periferia. 
 
André 
 
Formação do sistema Centro-Periferia 
Na concepção do estruturalismo latino-americano do sistema de Centro-
Periferia, as economias dos centros são as que primeiramente adotam as 
técnicas capitalistas de produção, enquanto que as economias periféricas 
são aquelas cuja produção, inicialmente, apresenta um atraso tanto 
tecnológico quanto organizacional. O caráter diversificado das economias 
centrais permite que as técnicas ali surgidas sejam difundidas rapidamente por 
todo seu aparelho produtivo (“desenvolvimento para dentro”), ao passo que 
a periferia, de economia especializada e ainda na fase do “desenvolvimento 
para fora” (baseada na expansão das exportações), adota a utilização dessas 
novas técnicas somente nos setores exportadores de produtos primários e 
em algumas atividades relacionadas. 
Pode-se dizer, nesse sentido, que as estruturas produtivas das 
economias periféricas são heterogêneas (presença de setores com 
diferenças gritantes de produtividade), muito embora, o “desenvolvimento para 
dentro” (ampliação da produção industrial nacional) tenha sido objetivo de 
políticas estaduais e por limitações externas, tais como, guerras mundiais, em 
oposição à homogeneidade das estruturas produtivas dos países centrais. 
O estruturalismo latino-americano entende que, em condições de imobilidade 
internacional do trabalho, o desenvolvimento da economia mundial se 
encarregaria de levar a cabo a industrialização da periferia, pois nos países 
periféricos, a absorção da oferta de mão-de-obra gerada pelo crescimento 
populacional e pelo progresso técnico resultaria em níveis tão altos de 
produção que, se esta fosse posta no mercado, causaria prejuízos das 
relações dos preços de troca. 
 
Reprodução dinâmica do sistema Centro-Periferia 
 No referente à dinâmica do sistema Centro-Periferia, a especialização 
inicial das estruturas produtivas periféricas em produtos primários faz com que 
a industrialização tenha início com atividades simples do ponto de vista 
tecnológico, com a introdução de atividades mais complexas ocorrendo apenas 
gradualmente. Some-se isso ao fato de que a intensidade do progresso 
técnico é menor nas atividades primárias que nas industriais, o mesmo 
podendo ser dito das atividades industriais com a qual a industrialização 
periférica se inicia em relação às atividades mais elaboradas já difundidas nos 
centros. Os resultados são baixas taxas de crescimento da produtividade 
do trabalho em comparação aos países centrais, com baixo nível de 
acumulação atingido (não sendo alto o suficiente para facilitar a incorporação 
do próprio progresso técnico). Logo, a complementaridade intersetorial e a 
integração vertical permanecem limitadas, assim como o nível de 
diversificação das exportações. 
 Sendo o produto real por pessoa ocupada, em qualquer atividade, 
equivalente à produtividade na produção do bem multiplicada pelo preço 
desse bem, podemos observar que, dada a constância dos termos de troca, 
o menor crescimento da produtividade do trabalho nas atividades primárias 
implicará uma diferenciação dos ganhos médios em relação às atividades 
industriais. Na prática, porém, aumentos de produtividade resultam em 
elevação dos preços dos bens no longo prazo, ocorrendo isto com maior 
intensidade nos setores industriais do que nos setores primários. Como são 
justamente de origem industrial e primária os bens exportados por países 
centrais eperiféricos, respectivamente, a citada tendência é reforçada, 
contribuindo para a perpetuação do sistema centro-periferia. 
 
 
Rafael 
O modelo centro-periferia criado pela CEPAL preocupava-se em descrever os 
fatores determinantes das especificidades do desenvolvimento latino-
americano. Segundo o modelo, o desenvolvimento econômico se expressa no 
processo de acumulação de capital estreitamente ligado ao progresso técnico, 
mediante o qual se obtém a elevação gradual da densidade do capital e o 
aumento da produtividade do trabalho e do nível médio de vida. Os países que 
compõe os centros e a periferia apresentariam um desenvolvimento desigual 
originário pelo fato de a industrialização ter chegado a esses blocos de países 
em diferentes momentos históricos, determinando diferentes inserções na 
economia mundial. A forma pela qual a tecnologia ou, o progresso técnico, se 
difunde na economia mundial leva à constituição ao longo da história dos 
centros e periferias conformados por estruturas diferentes. A estrutura 
periférica confere uma desvantagem a esta na geração e incorporação do 
progresso técnico, ao mesmo tempo em que contribui para a superabundância 
de força de trabalho. Esses dois problemas fazem com que a estrutura 
periférica tenda a se perpetuar, perpetuando-se também as diferenças que são 
a base do sistema centro-periferia. 
Nos centros, os métodos indiretos de produção que ele gera se difundem em 
um lapso relativamente breve para a totalidade do aparelho produtivo. Na 
periferia parte-se de um atraso inicial e, ao transcorrer o período de 
desenvolvimento para fora, as novas técnicas só são implantadas nos setores 
exportadores de produtos primários e em algumas atividades econômicas 
diretamente relacionadas à exportação, as quais passam a coexistir com 
setores atrasados, no que toca à penetração de novas técnicas. Ao se 
constituir mediante o desenvolvimento para fora a estrutura periférica adquire 
dois traços fundamentais: especialização e heterogeneidade (elevado gap de 
produtividade entre os setores). Por outro lado, a estrutura do centro se mostra 
diversificada e homogenia. 
A especialização existente no ponto de partida faz com que a chegada da 
industrialização na periferia comece por setores tecnologicamente simples, e 
avance lentamente para a elaboração de bens de consumo ou intermediários 
de maior complexidade do ponto de vista tecnológico. Esse padrão não facilita 
a diversificação das exportações da periferia, que tendem, pois a conservar o 
seu caráter primário por períodos prolongados. Além disso, a especialização 
inicial e o padrão de industrialização gerado sobre essa base trazem consigo 
um ritmo de progresso técnico mais lento na periferia. A heterogeneidade, por 
outro lado, afeta os níveis médios da produtividade do trabalho, como resultado 
da considerável mão de obra ocupada em atividades tecnologicamente 
atrasadas e da persistência deste fenômeno, na medida em que são 
justamente esses setores mais atrasados que tendem a se expandir em razão 
do padrão de industrialização da periferia. Dessa forma, a desvantagem na 
geração e incorporação da tecnologia leva ao menor crescimento da 
produtividade do trabalho na periferia. 
A heterogeneidade, ou o gap tecnológico entra as atividades diversas, ainda 
contribui à superabundância de força de trabalho na medida em que implica na 
existência de um contingente de subempregados rurais e urbanos que não 
condizem com as possibilidades de absorção das atividades modernas. Ainda, 
a introdução de tecnologias intensivas em capital e economizadoras de mão de 
obra nas atividades modernas, embora ocorra a um ritmo mais lento que no 
centro, desfavorece ainda mais a absorção. 
A superabundância de mão de obra e um crescimento reduzido da 
produtividade do trabalho na periferia levam à diferenciação do ganho real 
médio das atividades exportadoras. São geradas então, restrições à 
capacidade da economia periférica e ao dinamismo de sua acumulação que 
por sua vez, restringe a margem de possibilidade de se alterar de forma 
significativa as estruturas das economias periféricas fazendo com que estas 
tendam a se perpetuar. 
 
André 
1) Na concepção do estruturalismo latino-americano de sistema Centro- Periferia, 
as economias dos centros são as que primeiramente adotam as técnicas capitalistas de 
produção, enquanto que as economias periféricas são aquelas cuja produção, 
inicialmente, apresenta um atraso tanto tecnológico quanto organizacional. O caráter 
diversificado das economias centrais permite que as técnicas ali surgidas sejam 
difundidas rapidamente por todo seu aparelho produtivo, ao passo que a periferia, de 
economia especializada e ainda na fase do “desenvolvimento para fora” (baseada na 
expansão das exportações), adota a utilização dessas novas técnicas somente nos setores 
exportadores de produtos primários e em algumas atividades relacionadas. Pode-se 
dizer, nesse sentido, que as estruturas produtivas das economias periféricas são 
heterogêneas (presença de setores com diferenças gritantes de produtividade), em 
oposição à homogeneidade das estruturas produtivas dos países centrais. Ainda que, 
historicamente, o chamado “desenvolvimento para dentro” (baseado na ampliação da 
produção industrial) tenha sido estimulado nos países periféricos por dificuldades 
impostas pelas duas guerras mundiais e pela crise dos anos 30, o estruturalismo latino-
americano entende que, em condições de imobilidade internacional do trabalho, o 
próprio desenvolvimento da economia mundial se encarregaria de levar a cabo a 
industrialização da periferia. Afinal, em tais países, a absorção da oferta de mão-de-obra 
gerada pelo crescimento populacional e pelo progresso técnico resultaria em níveis tão 
altos de produção que, caso esta fosse posta no mercado, causaria prejuízos das relações 
dos preços de troca. 
 No referente à dinâmica do sistema Centro-Periferia, a especialização inicial das 
estruturas produtivas periféricas em produtos primários faz com que a industrialização 
tenha início com atividades simples do ponto de vista tecnológico, a introdução de 
atividades mais complexas ocorrendo apenas gradualmente. A isso se soma o fato de 
que a intensidade do progresso técnico é menor nas atividades primárias que nas 
industriais, o mesmo podendo ser dito das atividades industriais com a qual a 
industrialização periférica se inicia em comparação às atividades mais elaboradas já 
difundidas nos centros. Os resultados, na periferia, são taxas de crescimento da 
produtividade do trabalho inferiores às dos países centrais, com o nível de acumulação 
atingido não sendo alto o suficiente para facilitar a incorporação do próprio progresso 
técnico. Logo, a complementaridade intersetorial e a integração vertical permanecem 
limitadas, assim como o nível de diversificação das exportações. 
 Sendo o produto real por pessoa ocupada, em qualquer atividade, equivalente à 
produtividade na produção do bem multiplicada pelo preço desse bem, podemos admitir 
que, supondo-se constantes os termos de troca, o menor crescimento da produtividade 
do trabalho nas atividades primárias implicará uma diferenciação dos ganhos médios em 
relação às atividades industriais. Na prática, por outro lado, aumentos de produtividade 
resultam em elevação dos preços dos bens no longo prazo, ocorrendo isto com maior 
intensidade nos setores industriais do que nos setores primários. Como são justamente 
de origem industrial e primária os bens exportados pelos países centrais e periféricos, 
respectivamente, a diferenciação dos ganhos médios é reforçada, contribuindo para a 
perpetuação do sistema Centro-Periferia.

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