Buscar

Aula 2 Sono e envelhecimento

Prévia do material em texto

02/08/2016 
1 
Sono 
 e 
Envelhecimento 
 
 
ENVELHECIMENTO 
SONO 
E 
SONO 
Ritual particular para dormir 
Etapas entre a vigília e sono 
• Corpo vai ficando mole 
• As pálpebras se fecham 
• A percepção do mundo vai ficando pálida 
• Aos poucos tudo se apaga 
• Ao final de algumas horas o indivíduo acorda e 
o ciclo recomeça 
02/08/2016 
2 
SONO 
Registro polissonográfico 
• Sala climatizada 
• Boa cama e decoração aconchegante 
• Visor com vidro unidirecional 
• Equipamentos de vídeo 
• Eletroencefalograma 
• Eletrocardiograma 
• Eletromiograma 
• Eletrooculograma 
Vigília x Sono 
Vigília 
• Pessoa responde a estímulos sensoriais 
• Comportamento ativo 
• Postura dinâmica 
 
Sono 
• Diminuição da reatividade aos estímulos externos 
• Redução da atividade motora 
• Postura esteriotipada 
• Eletromiograma e eletrooculograma menos ativos 
 
SONO 
FENÔMENOS AUTONÔMICOS 
• Diminuição da frequência cardíaca 
• Diminuição da frequência respiratória 
• Diminuição da pressão arterial 
• Diminuição da motilidade gastrintestinal 
• Temperatura corporal diminui (1-2o) 
• Redução da atividade metabólica dos órgãos e tecidos 
• Grandes alterações na atividade cerebral 
02/08/2016 
3 
SONO 
Década de 50 / Nathaniel Kleitman e seus alunos 
 
O sono não é o mesmo durante toda a noite. 
 
 
 
Sono de ondas lentas (com 4 estágios) / universal 
 
Sono paradoxal ou sono REM (rapid eye movements) / aves e 
mamíferos 
 
Dois estados 
SONO 
Animais maiores dormem menos que os menores 
• Bois, elefantes e girafas = 4 a 5h / 24h 
• Primatas pequenos e morcegos = 18h / 24h 
• Aves marinhas se mantêm voando dias e dias ininterruptos / 
dormem durante o vôo (alguns segundos) 
• Alguns mamíferos marinhos (golfinhos e baleias) / adormecem um 
hemisfério cerebral enquanto o outro permanece acordado 
• Variações comum entre os seres humanos 
• Dormem durante a noite homem 
• Sono monofásico dos seres humanos adultos 
• Sono polifásico dos bebês humanos e idosos 
SONO 
Razoável regularidade na noite de sono dos seres humanos adultos 
 
• Em 1h de sono estágios 1 a 4 (ondas lentas) 
• 30 min. alternará entre os estágios 3 e 4 
• 20 min. sono paradoxal 
• 90 em 90 min. alternância entre o sono de ondas 
lentas e paradoxal 
 
02/08/2016 
4 
Sonhos 
Experiência subjetiva que temos durante o sono 
Tomamos conhecimento completo quando acordamos 
Sonho (ondas lentas) / menos vívidos, menos emocionais, mais lógicos 
Sonho (sono paradoxal) / estranhos, surrealistas, ilógicos e emocionais, 
indivíduo acorda frequentemente com forte emoção 
 
Significado dos sonhos e relação do seu conteúdo com a vida cognitiva e 
emocional. 
 
Material dos nossos sonhos é a nossa própria vida, esse material é 
fragmentado e distorcido de modo ilógico 
 
SONO 
Sistemas moduladores envolvidos com a iniciação, manutenção e interrupção da vigília e sono? 
Fréderic Bremer (fisiologista Belga) / década de 30 
Experimento em gatos: 
Transecção completa do tronco encefálico na altura do limite entre o bulbo e a medula = encéfalo 
isolado (o animal acordava e dormia normalmente apesar da paralisia e outros sintomas da 
lesão) 
Transecção pelo meio do mesencéfalo = cérebro isolado (animal em coma, uma espécie de sono 
permanente, sem conseguir mais acordar) 
Foi atribuído as regiões do tronco encefálico a função de manter a vigília 
Conclusão = sono permanente do cérebro isolado era devido a interrupção da maioria das vias 
sensoriais (exceto visuais e olfatórias), algo que ocorria em menor grau no encéfalo isolado 
(núcleo dos nervos cranianos permaneciam conectados aos níveis superiores) 
Sono = desligamento dos sistemas sensoriais / responsáveis pela manutenção da vigília 
Bremer interpretou mal seus experimentos 
 
VIGÍLIA E SONO 
SISTEMAS NEURAIS ESPECÍFICOS PARA: 
• Manutenção do indivíduo alerta e ativo durante a vigília 
• Início do fenômeno sono e controle da transição 
gradual pelos estágios do sono de ondas lentas 
• Disparar os fenômenos do sono paradoxal 
• Possibilitar o despertar 
 
 
02/08/2016 
5 
Manutenção da Vigília 
Neurônios-relés (tálamo-corticais) / núcleos específicos do tálamo 
Modo de transmissão Modo de disparo em salva 
• Vigília 
• Permanente ativação das vias tálamo-
corticais 
• Neurônios tálamo-corticais mantidos 
ligeiramente despolarizados 
• Potencial de membrana próximo ao limiar 
de disparo 
• Transmissão sináptica muito eficaz 
• EEG dessincronizado 
 
• Sono 
• Neurônios relés menos excitáveis / disparam 
potenciais de ação de tempo em tempo (salvas 
periódicas) e não constantemente de acordo 
com a chegada de impulsos aferentes 
• Neurônios tálamo-corticais ficam 
hiperpolarizados 
• Potencial de membrana longe do limiar 
• Transmissão sináptica menos eficaz 
• Neurônios talâmicos disparam ocasionalmente 
• EEG sincronizado 
 
SONO 
DISTÚRBIOS DO SONO 
• Causas secundárias: insônia provocada por dor, 
depressão, ansiedade ou mudança de fuso horário. 
• Causas primárias: provenientes de alterações 
neurológicas dos mecanismos do sono 
• Insônia: dificultam o início ou manutenção do sono (15%) 
• Hipersônias: sonolência exagerada e crises de sono durante a 
vigília 
• Parassônias: distúrbios do acordar (ex. sonambulismo) 
 
Insônia 
• Definida como dificuldade em iniciar ou 
manter o sono, e pode ser classificada em 
inicial, intermediária e final. 
 
• O sono não é reparador. Prejuízos durante o 
dia. 
 
• É mais prevalente em mulheres. 
 
• Atentar para a sonolência diurna. 
 
 International Classification 
of Sleep Disorders, 1997 
02/08/2016 
6 
Sistema Nervoso Autônomo nas Insônias 
• Durante o sono existe um balanço da 
atividade dos componentes do SNA. 
 
• São fatores exógenos e endógenos 
associados com aumento da atividade 
simpática: cafeína, nicotina, exercício 
intenso, calor, ruídos, preocupações, 
fome, dor, medo. 
 
 Despertar do sono 
Consequências da Insônia 
• Irritabilidade. 
 
• Redução do desempenho. 
 
• Alteração da concentração, queixas de 
memória. 
 
• Fadiga. 
 
• Aumento da ocorrência de acidentes. 
 
 
Insônia 
• Pacientes com insônia apresentam 2x mais 
risco para doenças isquêmicas cardíacas. 
 
• Diminuem a imunidade. 
 
• A insônia grave, em idosos, aumenta em 3x a 
probabilidade de mortalidade em um período de 
3 anos e meio. 
 
• Estudo Balter et al : 9000 indivíduos > 65 anos 
– 2/3 destes têm problemas com insônia. 
02/08/2016 
7 
Parassonias 
• São distúrbios motores ou autossômicos durante o 
sono 
– Sonambulismo e Terrores noturnos: são 
distúrbios da fase REM 
– Mioclonias Noturnas: Movimentos involuntários 
ocorrem assimétrica e assincronicamente na face, 
braços e pernas. 
– Síndrome das Pernas Inquietas: Intenso 
desconforto nas pernas ao entardecer ou durante 
a noite: com movimentos involuntários dos MsIs 
 
 
Parassonias 
 
Síndrome das Pernas Inquietas 
– Primária ou idiopática 
 
• Secundária: deficiência de ferro, uremia, diabetes, 
gravidez, neuropatia periférica, Parkinson, 
medicações. 
• 34% das pessoas com > 60 anos apresentam essa 
síndrome. 
 
• História familiar 
Hiperssonia 
• É um transtorno que se manifesta pelo fato de 
dormir demais. (Ballone, 2001) 
 
– A hipersonia é secundária à insônia noturna. 
 
– A principal queixa é a sonolência excessiva 
diurna. 
 
02/08/2016 
8 
Síndrome da Apnéia do Sono 
• É maiscomum no sexo masculino, em obesos 
(agravante) e acomete 43% dos idosos. 
 
• Parece estar relacionada à depressão, à cefaléia, prejuízo 
da memória na demência e ao excesso de sonolência 
diurna. 
 
• Quadro Clínico: ronco simples, intenso e contínuo por 
quase toda a noite, que melhora no decúbito lateral + 
apnéia. 
 
Tratamento dos Distúrbios do Sono 
• Regras Básicas ( Reynolds et al ): 
– Ter horários regulares para dormir e para acordar. 
– Redução ou retirada total da nicotina, álcool, ou ingestão 
excessiva de líquidos ou alimentos à noite, incluindo cafeína. 
– Atividades físicas diárias. 
– Ambiente bom para dormir. 
– Evitar estresse. 
– Tratamento não-farmacológico adequado quando indicado 
Sonambulismo 
02/08/2016 
9 
Terror noturno 
Apnéia do sono 
www.unifran.edu.br 
 
Av. Dr. Armando Salles Oliveira, 201 
14404 600 
Franca SP Brasil 
T 55 16 3711 8888 
F 55 16 3711 8886

Continue navegando