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Memorial de formação Gilmar

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
PEDAGOGIA – 2º SEMESTRE
GILMAR LIMA VERDE DO NASCIMENTO
MEMORIAL DE FORMAÇÃO
Cruzeiro do Sul
2014
GILMAR LIMA VERDE DO NASCIMENTO
MEMORIAL DE FORMAÇÃO
	Trabalho do Portfólio Interdisciplinar Individual apresentado ao curso de Pedagogia da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, como requisito parcial para a obtenção da nota referente às disciplinas do segundo semestre.
	Orientadores: prof. Wilson Sanches, Edilaine Vagula, Marlizete Stainle, Raquel Lemos, Cyntia Simioni, Vilze Vidotte, Rosely Montagnini, Fabiane Musardo, Okçana Battini, Sandra Reis e Fábio Luís da Silva.
Cruzeiro do Sul
2014
Memorial de formação
Memórias da vida escolar
	Segundo (LARROSA, 1995) Como seres humanos somos contadores de histórias. Vivemos vidas relatadas e aprendemos com as histórias que ouvimos. De fato, quem nunca ouviu histórias dos mais velhos ou quem nunca contou algumas histórias que se tornaram marcantes? Esse é o objetivo desse trabalho, voltar no tempo, relembrar os momentos marcantes de minha infância na escola e durante toda a educação básica, bem como relatar como se deu a escolha pelo curso de pedagogia e abordar as concepções de educação e pedagogia.
	Como a maioria dos alunos da cidade onde moro, estudei a educação básica em escola pública, segundo meus pais sempre gostei de ir à escola e ficava chateado quando não era possível freqüentar a aula. Confesso que não lembro perfeitamente das séries iniciais, mas me recordo que na escolinha em que estudava as professoras demonstravam vocação para atuar com crianças, pois eram pacientes e carinhosas. As lembranças que me assaltam com mais clareza são as da quarta série (fundamental de oito anos), lembro-me que a professora dessa série era simples, não tinha muita formação acadêmica, porém tinha uma prática realmente comprometida com o desenvolvimento das habilidades necessárias para seguir na vida escolar. Minhas experiências nessa série foram as melhores possíveis.
	Ingressei então nas últimas séries do ensino fundamental, o primeiro ano dessa etapa foi de adaptação, pois era um universo muito diferente das primeiras séries, visto que triplicou o número de disciplinas, de professores e meus antigos amigos ficaram em outras turmas, era um ambiente bastante desafiador para mim. Minha primeira impressão foi que não conseguiria avançar para as séries seguintes, ou seja, tinha quase certeza que ficaria reprovado, porém me esforcei bastante e me sai melhor do que imaginava.
	Nos anos seguintes do fundamental meu ensino aprendizagem era bom, tirava boas notas, exceto em Português e Matemática, essas duas disciplinas eram as que me desafiavam mais, minhas notas não eram tão boas assim. Aliás minha maior experiência negativa foi vivenciada na sétima série, onde o professor de Matemática chamou alguns alunos para resolver umas operações no quadro e eu fui o único que não consegui fazer, todos riram de mim e o professor ainda me olhou com um certo desprezo e disse que eu era o único a não compreender algo tão simples. Naquele momento me senti totalmente incapaz de dominar a disciplina. Foi uma experiência frustrante, porém com o passar do tempo superei esse trauma e comecei a me entender com a ciência dos números.
	Nesse período percebi que alguns professores não buscavam motivar seus alunos, não os induziam a buscar conhecimentos, a aprimorar os que já possuíamos. Hoje, vejo que um bom professor faz toda diferença na vida escolar do aluno, o acompanhamento engajado no desenvolvimento do educando e a boa interação entre aluno, professor e conhecimento são aspectos imprescindíveis na construção de um processo ensino aprendizagem de qualidade.
	Encontrei nessa jornada excelentes professores, sobretudo no ensino médio. A professora de Matemática que me acompanhou durante os três anos do curso de formação, me fez esquecer todos os meus traumas, pois era totalmente diferente daquela da sétima série. Ela nos incentivava, nos mostrava o quanto éramos capazes de aprender. Essa educadora realmente sabia como nos motivar, ministrava suas aulas de forma clara e concisa, objetivando realmente nosso aprendizado, sem pressa ela explicava quantas vezes fosse necessário os conteúdos, as atividades, sem gritos conseguia prender nossa atenção. Soma-se a isso o bom relacionamento que ela tinha com cada um de nós.
	Não posso deixar de ressaltar o excelente domínio de conteúdo que ela sempre teve em cada ano do ensino médio, o que diminuía muito nossas dificuldades, pois sempre havia uma relação entre o que ela ensinava e a realidade que nos cerca, sempre usava exemplos retirados do nosso cotidiano, pois ela nos mostrava que a matemática está presente em praticamente todos os momentos da nossa vida, desde momentos mais simples aos mais complexos, seja no olhar das horas ou nas compras no supermercado. Hoje vejo que quando compreendemos essa relação entre a disciplina e a realidade torna-se mais fácil a aprendizagem.
	Tive a oportunidade de estudar com outros professores tão bons quanto a professora de matemática, com exceção de alguns, todos mostraram que lecionavam não só pelo dinheiro ou status social, mas porque acreditavam no poder transformador da educação e também em nossa capacidade de nos tornarmos cidadãos capazes de atuar ativamente em nosso meio social.
	Com experiências boas e ruins conclui a educação básica, foi uma caminhada de desafios e aprendizados, as situações positivas serão guardadas para o resto da vida e as negativas servirão como estímulo para que eu possa me superar a cada dia. Então terminei o ensino médio em 2008 com o desejo de cursar uma faculdade, mas as opções eram bastante reduzidas, pois a universidade só dispunha de três cursos Letras Português e Inglês e Pedagogia. 
Por que Pedagogia?
	No final de 2008 prestei o vestibular para Inglês, mas não consegui passar, então passei os anos seguintes meio parado, fazendo algumas atividades remuneradas. Em 2012 prestei o ENEM para Ciências Biológicas, consegui a média necessária e em 2013 comecei a estudar, mas como era integral e distante tornou-se muito difícil para mim, pois não tinha como trabalhar e os custos eram altos. Então tive a oportunidade de ser contemplado com uma bolsa na UNOPAR, tranquei o curso que estava fazendo e decidi estudar na nova universidade, pois poderia estudar e trabalhar, já que iria estudar a noite, trabalharia durante o dia.
	Optei então, pelo curso de pedagogia, pois sempre tive uma atração pela profissão de educador, confesso que não era a profissão dos meus sonhos, mas nunca descartei a possibilidade, pois como já ministro a palavra na igreja que congrego, tenho facilidade em me expressar, expor meus conhecimentos, atuar em público e transmitir o pouco conhecimento que tenho. Portanto se estou me formando pedagogo quero ser um grande profissional, farei o que estiver a meu alcance para desenvolver um bom trabalho, me esforçarei para ser um educador ideal. Mas, o que seria um educador ideal?
	No meu ponto de vista o que torna o pedagogo um professor ideal primeiramente é o dom de ensinar, de lecionar, de transmitir o conhecimento ao próximo, de acreditar naquilo que ensina de ver na educação o poder de transformar a realidade que nos cerca, além disso, o bom professor não pode se mostrar desmotivado, embora as lutas sejam constantes em seu cotidiano. Segundo, é aquele que ensina para a vida, tendo em vista objetivos de formação humana, de modo a desenvolver em seus alunos a liberdade para pensar, para aprender de forma conjunta, mostrando a seus educandos o caminho para formular opiniões críticas capazes de fazer diferença em seu meio social.
	Posso dizer ainda que um bom educador precisa ter carisma, criatividade para que suas aulas não se tornem desinteressantes, sem nenhum sentido para seus alunos, ele precisa também, em determinados momentos, ser pai, mãe, amigo, psicólogo, conselheiro, em fim, uma pessoa na qual o aluno se espelhepara ter coragem de enfrentar o mundo lá fora. Com profissionais que desenvolvam seu trabalho dessa forma a escola se tornará um ambiente agradável para o aluno e com certeza ele se sentirá mais motivado a buscar o conhecimento que necessita. Espero que o curso de Pedagogia me ofereça subsídios para que eu possa ao longo dos anos me tornar um profissional de qualidade, com requisitos necessários para atuar em qualquer instituição de ensino que compete a minha formação.
3- Concepção de educação e pedagogia 
	Durante muito tempo vi a educação como fruto dos saberes repassados em sala de aula, ou seja, para mim só existia educação na escola, lá era o único lugar onde ela poderia acontecer. Acreditava que se uma pessoa não freqüentasse a escola, não receberia educação, pois em casa não tinha quem a ensinasse. Porém, alguns professores do ensino médio me mostraram que essa era uma visão errada, que a primeira educação nós recebemos em casa das pessoas com as quais convivemos, embora seja diferente da que a escola oferece é tão importante quanto à mesma. Então, hoje tenho a concepção de que a educação vai além da sala de aula, ela transcende o espaço da escola estendendo-se a todos os lugares onde há uma situação de aprendizagem. Na verdade sempre há quem nos ensine algo, da mesma forma sempre há algo que possamos ensinar a alguém, assim em qualquer lugar é possível que a educação aconteça. 
	Partindo para a Pedagogia não posso dizer que sempre compreendi o que designava esse termo, haja vista que praticamente não pensava no significado dessa expressão até começar o curso. Hoje, na minha concepção a pedagogia é o campo do conhecimento que se ocupa da educação, do processo ensino aprendizagem, isto é do ato educativo, da prática educativa concreta que tem sua realização na sociedade como um dos princípios básicos da atividade humana. Dessa forma, a Pedagogia não se limita a educação sistematiza, mas engloba também a educação informal, aquela que resulta da nossa vivência cotidiana, então posso dizer que a mesma tem como objetivo principal a melhoria do ensino aprendizagem dos indivíduos, por meio da reflexão e produção de conhecimentos.
	Muitos teóricos, críticos e estudiosos se posicionaram em relação à concepção de educação, entre eles está o autor BRANDÃO, onde em seu livro “O Que é Educação” aborda a teoria de que a mesma não se restringe a escola, mas acontece em todos os lugares onde o ser humano está presente. Ele cita um exemplo muito interessante de índios que se formaram nas chamadas escolas dos brancos e quando regressaram as tribos não serviam mais para a vida na aldeia, pois por um lado, tinham adquirido uma educação sistematizada e por outro estavam desprovidos dos saberes necessários a vida indígena.
	Com esse exemplo o autor nos mostra que existe diferentes formas de educação, que a escola não é o único lugar onde ela acontece e que o professor não é o único capaz de transmitir conhecimentos, de modo que onde houver troca de saberes, sistematizados ou não, a educação estará presente, seja na escola, em casa, na rua, na igreja, em fim em todas as situações do cotidiano.
	Partindo para uma concepção mais abrangente e mais elaborada de Pedagogia, o autor GHIRALDELLI em seu livro “O que é Pedagogia?” mostra as tendências filosóficas atuais e suas articulações com tendências educacionais e didáticas. Para isso ele aborda três correntes de pensamento: a francesa, na linha da sociologia de Émile Durkheim, a alemã e americana, segundo as filosofias e psicologias de Johann Friedrrick Herbart e Dewey.
	Para Émile Durkheim a Pedagogia está mais voltada ao pensamento utópico, pois está baseada em princípios filosóficos, por conta disso acredita que a mesma deve ser fundamentada em duas ciências: a Sociologia, que determina os meios pelos quais a sociedade renova continuamente as condições de sua própria existência e a Psicologia que procura descrever e compreender o individuo, ações que estão ligadas diretamente a atuação pedagógica.
	O filosofo alemão Herbart é o formulador, em nossos tempos, da idéia da “pedagogia como ciência da educação”, sobriamente organizada, abrangente e sistemática com fins claros e meios definidos, adotando para isso, o pensamento pedagógico vinculado fortemente as teorias de aprendizagem e a psicologia do desenvolvimento. Dewey, por sua vez, advém de uma corrente chamada pragmatismo, desenvolve a idéia de que uma teoria do conhecimento de cunho filosófico pode ser vista como verdadeira a partir de seus resultados práticos, de modo que o melhor lugar para comprovar a veracidade de qualquer teoria são as situações de ensino. Portanto, podemos dizer que a Pedagogia é concebida por essas três correntes como uma utopia educacional, uma ciência da educação e como Filosofia da educação. 
	Chego ao final desse memorial com uma nostalgia agradável da infância, das escolas em que estudei, dos colegas que tomaram rumos diferentes, dos professores que nos abriram novos horizontes, mas com uma grande expectativa quanto a meu futuro profissional.

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