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aula 4 vigilância epidemiológica [Modo de Compatibilidade]

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Estácio Faculdade São Luís
Vigilância Epidemiológica
Profª Rafiza Lago
Conceitos e definições
Epidemiologia – de origem grega, significa:
epi = sobre
demo = população
logia = estudo
EPIDEMIOLOGIA é a ciência que estuda o processo saúde-
doença na sociedade, analisando a distribuição e os
fatores determinantes das doenças, danos à saúde e
eventos associados à saúde coletiva, propondo medidas
especificas de prevenção, controle ou erradicação de
doenças e fornecendo indicadores que sirvam de
suporte ao planejamento, administração e avaliação
das ações de saúde.
Vigilância Epidemiológica
Lei Orgânica da Saúde 
(Lei 8.080/90)conjunto de atividades
reunir a informação 
indispensável
conhecer, A QUALQUER 
MOMENTO
história natural das doenças
Vigilância Epidemiológica
Lei Orgânica da Saúde 
(Lei 8.080/90
detectar ou prever alterações 
fatores condicionantes
recomendar medidas indicadas e 
eficientes
prevenção e ao controle de 
determinadas doenças.
Vigilância Epidemiológica
• Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SNVE)
é um subsistema do SUS, baseado na informação-
decisão-controle de doenças e agravos específicos. Seus
principais objetivos são elaborar, recomendar e avaliar
as medidas de controle e o planejamento.
• A Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) objetiva o
estabelecimento de sistemas de informação e análises
que permitam o monitoramento do quadro sanitário do
país.
Vigilância Epidemiológica no Mundo
• 430 a 427 a.C - Praga de Atenas:
– Relato de doença desconhecida dizimou 
aproximadamente um terço da população 
daquela cidade.
• Antigo Testamento:
– Adoção de medidas de isolamento para impuros. 
• Idade Média:
– Práticas de isolamento das
pessoas doentes, 
principalmente leprosos 
e acometidos pela peste.
Vigilância Epidemiológica no Mundo
• 1384 – Veneza, o porto da Europa:
– Quarentena para tentar impedir que a 
Morte Negra, chegasse até a Europa.
– Instituída, pela primeira vez, a 
notificação obrigatória dessa doença.
– Estabelecidas medidas de isolamento 
para as pessoas, as embarcações e as 
mercadorias, fazendo surgir a vigilância
exercida sobre as pessoas doentes.
• Final da Idade Média:
– Governos começam a adotar medidas de monitoramento sobre
as doenças transmissíveis e a aplicação de normas sobre
cemitérios e mercados, áreas consideradas de alto risco para o
surgimento e a propagação das doenças contagiosas.
Vigilância Epidemiológica no Brasil
• Século XVII – Adoção de medidas para conter uma 
epidemia de febre amarela no porto de Recife.
• 1808 – Quarentena devido à transferência 
da Coroa Portuguesa.
• 1889 – Primeira Regulamentação dos Serviços de 
Saúde dos Portos, para tentar prevenir a 
chegada de epidemias e possibilitar um 
intercâmbio seguro de mercadorias.
Vigilância Epidemiológica no Brasil
• 1903 – Oswaldo Cruz assume a Direção Geral 
de Saúde do país.
• 1904 - O Governo Federal assume responsabilidades:
– Coordenar as ações de prevenção e 
controle das doenças transmissíveis; 
– Criar o Serviço de Profilaxia da Febre Amarela; 
– Instituir obrigatoriedade da vacina antivaríola.
• 1941 – Programas sob a forma de campanhas, com 
serviços de saúde escassos e concentrados, quase 
exclusivamente, nas áreas urbanas.
Vigilância Epidemiológica no Brasil
• 1968 – Criação do Centro de Investigações Epidemiológicas (CIE) 
que aplica moderna vigilância
• 1969 – Primeiro sistema nacional de notificação regular para um 
conjunto de doenças.
• 1975 – V Conferência Nacional de Saúde 
propôs a criação do Sistema Nacional de 
Vigilância Epidemiológica (SNVE).
• 1976 – Ministério da Saúde institui a notificação compulsória de 
casos e/ou óbitos de 14 doenças.
• A partir de 1990 – Incorporação da vigilância
de DANT e a municipalização do sistema 
(descentralização de responsabilidades e 
integralidade da prestação de serviços.)
Funções da vigilância epidemiológica
Coleta de dados;
Processamento dos dados coletados;
Análise e interpretação dos dados 
processados;
Recomendação das medidas de controle 
apropriadas;
Promoção das ações de controle indicadas;
Avaliação da eficácia e efetividade das 
medidas adotadas;
Divulgação de informações pertinentes.
1.Coleta de dados e informações
• O SVE trabalha diversos tipos de dados.
• Sua base é a notificação de casos suspeitos
e/ou confirmados de doenças, objetos de
notificação compulsória, embora ele possa,
também, utilizar dados de mortalidade ou
dados de prontuários médicos.
� A coleta de dados serve para subsidiar o
processo de produção de INFORMAÇÃO PARA A
AÇÃO.
Notificação compulsória
Consiste na comunicação obrigatória à autoridade
sanitária da ocorrência de determinada doença ou
agravo à saúde ou surto, feita por profissional de
saúde ou qualquer cidadão, visando à adoção das
medidas de intervenção.
Notificação compulsória
Ela possibilita:
• constatação de qualquer indício de elevação do
número de casos de uma patologia
• introdução de outras doenças não incidentes no
local diagnóstico de uma situação epidêmica
inicial
• adoção imediata das medidas de controle.
Aspectos da notificação
• Notificar a simples suspeita da doença
• A notificação tem de ser sigilosa
• Instrumentos de coleta de notificação
• Notificar a não-ocorrência de doenças de 
notificação compulsória (Notificação negativa )
Aspectos da notificação
A listagem das doenças de notificação nacional é
estabelecida pelo Ministério da Saúde entre as
consideradas de maior relevância sanitária para o
país. Os dados correspondentes compõem o Sistema
de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
PORTARIA Nº 104, DE 25 DE JANEIRO DE 2011
• Define a relação de doenças, agravos e
eventos em saúde pública de notificação
compulsória em todo o território nacional e
estabelece fluxo, critérios, responsabilidades e
atribuições aos profissionais e serviços de
saúde.
• ANEXO I
• Lista de Notificação Compulsória – LNC
• 1 Acidentes por animais peçonhentos;
• 2. Atendimento antirrábico;
• 3. Botulismo;
• 4. Carbúnculo ou Antraz;
• 5. Cólera;
• 6. Coqueluche;
• 7. Dengue;
• 8. Difteria;
• 9. Doença de Creutzfeldt-Jakob;
• 10. Doença Meningocócica e outras Meningites;
• 11. Doenças de Chagas Aguda;
12. Esquistossomose;
13. Eventos Adversos Pós-
vacinação;
14. Febre Amarela;
15. Febre do Nilo 
Ocidental;
16. Febre Maculosa;
17. Febre Tifóide;
18. Hanseníase;
19. Hantavirose;
20. Hepatites Virais;
21. Infecção pelo vírus da 
imunodeficiência humana –
HIV em gestantes e crianças 
expostas ao risco de 
transmissão vertical;
22. Influenza humana por 
novo subtipo;
• ANEXO I
• Lista de Notificação Compulsória – LNC
• 23. Intoxicações Exógenas (por substâncias químicas, incluindo 
agrotóxicos, gases tóxicos e metais pesados);
• 24. Leishmaniose Tegumentar Americana;
• 25. Leishmaniose Visceral;
• 26. Leptospirose;
• 27. Malária;
• 28. Paralisia Flácida Aguda;
• 29. Peste;
• 30. Poliomielite;
• 31. Raiva Humana;
• 32. Rubéola;
• 33. Sarampo;
• 34. Sífilis Adquirida;
• 35. Sífilis Congênita;
36. Sífilis em Gestante;
37. AIDS;
38. Síndrome da Rubéola 
Congênita;
39. Síndrome do 
Corrimento Uretral 
Masculino;
40. Síndrome Respiratória 
Aguda Grave associada ao 
Coronavírus (SARS-CoV);
41. Tétano;
42. Tuberculose;
43. Tularemia;
44. Varíola; e
45. Violência doméstica, 
sexual e/ou outras 
violências.
PORTARIA Nº 104, DE 25 DE JANEIRO DE 2011
• ANEXO II
Lista Nacional de Compulsória Imediata – LNCI
• ANEXO III
Lista de Notificação Compulsória em Unidades 
Sentinelas - LNCS
Critérios para seleção de doenças e 
agravos prioritários 
a) Magnitudeb) Potencial de disseminação
c) Transcendência
- Severidade
- Relevância social
- Relevância econômica
d) Vulnerabilidade
e) Compromissos internacionais
f) Epidemias, surtos e agravos inusitados
Uso da Notificação Compulsória
• Considerar a notificação compulsória como um 
conceito e não como uma listagem de doenças. 
• Isso porque para alcançar o status de notificação 
compulsória é imprescindível que exista uma política 
pública de controle ou de ações com relação à 
doença
• É totalmente desprovida de senso lógico a vigilância 
de uma doença sem que isso deflagre, ou pelo menos 
subsidie, um conjunto de medidas de saúde pública.
Importância da Notificação
Notificação – obrigação dos profissionais de saúde!
O desconhecimento de sua importância leva a não-
notificação e descrédito nas ações que dela devem
resultar.
Sensibilização dos profissionais e das comunidades,
visando melhoria dos dados coletados mediante o
fortalecimento e ampliação da rede.
Uso adequado das informações recebidas ���� bom
funcionamento do sistema ���� conquista a confiança
dos notificantes.
Fontes de Dados da 
Vigilância Epidemiológica
a) Dados demográficos, ambientais e socioeconômicos
b) Dados de morbidade
c) Dados de mortalidade
d) Dados de ações de controle de doenças e de 
serviços de saúde
e) Dados de laboratório
f) Dados de uso de produtos biológicos, 
farmacológicos, químicos
g) Rumores vindo da comunidade, notícias de jornais 
e outros meios de comunicação
2.Investigação de casos e epidemias
Seus objetivos principais são:
Identificar fonte e modo de 
transmissão
Identificar grupos expostos a maior 
risco
Identificar fatores determinantes
Confirmar o diagnóstico
Determinar as principais 
características epidemiológicas
3.Interpretação dos dados e
análise de informações
Os dados coletados são consolidados e ordenados de
acordo com as características de pessoa, de lugar e de
tempo em tabelas, gráficos, mapas da área em estudo
etc.
A partir do processamento dos dados, deve-se realizar
uma análise criteriosa, de maior ou menor
complexidade, a depender da sua disponibilidade e da
formação profissional da equipe, transformando-os em
informação, capaz de orientar a adoção das medidas de
controle.
4.Recomendações e 
Medidas de controle
Logo após a identificação das fontes de infecção, dos modos
de transmissão e da população exposta a elevado risco de
infecção, dever-se-ão recomendar as medidas de controle.
Devem ser implementadas imediatamente, pois esse é o
objetivo primordial da maioria das investigações
epidemiológicas. Essas medidas podem ser direcionadas
para qualquer elo da cadeia epidemiológica – quer seja o
agente, a fonte ou os reservatórios específicos, visando à
interrupção da cadeia de transmissão ou à redução da
suscetibilidade do hospedeiro.
5. Avaliação das medidas de controle
• O impacto das ações de controle adotadas na
ocorrência de novos casos pode ser avaliado
relacionando-se a medida dessas ocorrências
com alguns parâmetros, que variam com as
ações desenvolvidas, como vacinação contra
tétano e diminuição de casos da doença.
5. Avaliação do sistema de 
vigilância epidemiológica
• A avaliação de um sistema de vigilância
epidemiológica deve-se iniciar pela análise da
sua utilidade. Esta será estimada pela forma de
o sistema gerar, como resposta, ações que
propiciem o controle ou a prevenção de eventos
adversos à saúde.
Investigação Epidemiológica 
de casos e epidemias
• Quando deve ser iniciada?
A investigação epidemiológica deve ser iniciada
imediatamente após a notificação de casos isolados ou
agregados de doenças/agravos, quer sejam suspeitos,
clinicamente declarados ou mesmo contatos, para os
quais, as autoridades sanitárias considerem necessário
dispor de informações complementares.
Investigação Epidemiológica de casos e
epidemias
A investigação epidemiológica deve ser realizada sempre 
que ocorrer:
a)Doença de 
notificação 
compulsória
b) Número de 
casos que exceda 
à freqüência 
habitual
c) Fonte comum 
de infecção
d) Evolução 
severa
e) Doença 
desconhecida na 
região
Investigação Epidemiológica 
de casos e epidemias
Epidemia X Surto
– Epidemia – elevação do número de casos de
uma doença ou agravo, em determinado
lugar e período de tempo, caracterizando de
forma clara um excesso em relação à
freqüência esperada.
– Surto – tipo de epidemia em que os casos se
restringem a uma área geográfica pequena e
bem delimitada ou a uma população
institucionalizada (creches, quartéis,
escolas, etc.).
Investigação Epidemiológica 
de casos e epidemias
Planejamento do trabalho de campo:
• Apreender o conhecimento acerca da doença que se 
suspeita estar causando a epidemia;
• Verificar o material e equipamentos necessários para 
realizar a investigação;
• Prever a necessidade de viagens, insumos e outros 
recursos que dependam de aprovação de terceiros
• Definir, junto aos superiores, seus papéis no processo de 
investigação;
• Constituir equipes multiprofissionais, se necessário. 
• A equipe deve partir para o campo com informações acerca 
do encaminhamento de pacientes para tratamento, material
para coleta de amostras biológicas, roteiro de procedimento 
de coletas, e transporte de amostras, laboratórios de 
referências, etc.
Etapas de investigação de casos
1. Coleta de dados sobre os casos
2. Busca de pistas
3. Busca ativa de casos
4. Processamento e análises parciais dos 
dados
5. Encerramento de casos
6. Relatório final
Etapas de investigação de 
epidemia ou surto
1. Confirmação do diagnóstico da doença e 
existência de epidemia ou surto
2. Caracterização da epidemia e formulação de 
hipóteses preliminares
3. Análises parciais
4. Busca ativa de casos e de dados adicionais
5. Análise final
6. Medidas de controle
7. Relatório final e Divulgação
Sistema de informação em 
vigilância em saúde
• SINAN
Sistema de Informação de Agravos de Notificação
• O mais importante sistema para a vigilância epidemiológica;
• Tem o objetivo de coletar e processar dados sobre agravos de 
notificação em todo o território nacional, desde o nível local;
• O sistema é alimentado, 
principalmente, pela notificação
e investigação de casos de 
doenças e agravos que constam 
da lista nacional de doenças de 
notificação compulsória.
Pode-se melhorar sua eficiência tomando-se as seguintes medidas:
• Organização de uma rede de notificação nos serviços de saúde do 
Município (descentralização);
• Identificação de serviços de saúde sentinelas;
• Capacitação de serviços de saúde para 
responder às notificações;
• Treinamento dos profissionais de saúde 
envolvidos com a notificação;
• Implementação da busca ativa de casos.
• Estímulo ao uso da informação e da informática
como subsídio à implantação do SUS no país.
Melhorias nos Sistemas

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