Plano da eficacia

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Teoria da Relação Jurídica
>> Plano da Eficácia
Interessa identificar se o Negócio Jurídico repercute juridicamente no plano social, isto é, a eficácia da declaração negocial manifestados como queridos depende somente da vontade das partes. Esses acessórios são uma autolimitação da vontade. São clausulas que apostas a negócios jurídicos por declaração unilateral ou vontade das partes, acarretam modificações em sua eficácia. Os elementos que compõem são acidentais,uma vez que sua presença é indispensável, são eles:
Condição: 121 ao 130 Código Cível
É uma cláusula acessória que deriva exclusivamente da vontade das partes e o efeito do negocio jurídico está subordinado a evento futuro e incerto. Assim um ato negocial é condicional quando seu efeito, total ou parcial, depende de um acontecimento futuro e incerto. Apesar de o código civil alegar que há somente a vontade das partes, há também no elemento acidental condição negócios jurídicos unilaterais, como testamento. Suas características são: incerteza, futuridade e voluntariedade, ou seja, é necessário que a cláusula seja voluntária​, que o acontecimento a que se subordina a eficácia ou a resolução do ato jurídico seja futuro​ e que esse acontecimento também seja incerto​
 Condição se divide em:
Condição suspensiva: enquanto a condição não se verificar, não se terá adquirido o direito a que ele visa. Há a subordinação tanto da eficácia jurídica quanto dos direitos e obrigações decorrentes do negocio, ou seja, impede que o ato produza efeitos até a realização do evento futuro e incerto. EXEMPLO: Te dou o outro livro se você terminar esse.
Condição Resolutiva: enquanto a condição não se realizar, vigorará o negócio jurídico, sendo exercido desde a conclusão deste o direito por ele estabelecido. Uma vez que verificada a condição para todos os efeitos o direito a que ela se opõe extinguem, ou seja, é a que extingue, resolve o direito transferido pelo negócio jurídico, ocorrido o evento futuro e incerto. 
EXEMPLO: Te dou uma casa se você não cursar medicina.
 Estados de condição:
Pendência: Enquanto o evento futuro e incerto ainda não ocorreu.
Implemento: Quando a condição é verificada, ou seja, o evento ocorreu.
Frustração: Quando não se verificou a condição, ou seja,o evento não ocorreu.
	
	Condição Suspensiva
	Condição Resolutiva
	Pendência
	Não produz efeitos
	Produz efeitos
	Implemento
	Produz efeitos
	Cessam os efeitos
	Frustração
	Não produz efeitos
	Os efeitos são produzidos e se tornam definitivos.
Termo: ​É o dia ou momento em que começa ou se extingue a eficácia do negócio jurídico, podendo ser medida em horas, dias, meses ou anos.
 Nesse elemento acidental o efeito do negocio jurídico esta subordinado a acontecimento futuro e certo, sua verificação se subordina o começo ou o fim dos efeitos dos negócios jurídicos. O termo inicial não suspende a aquisição do direito, ao contrário do que ocorre na condição. No termo somente é suspendido o exercício do direito, sendo assim, dono a pessoa já é, contudo somente ira praticar os atos quando advier o termo. Característica do termo: certeza (fatalidade, inevitabilidade) e futuridade. Termo se divide em:
Termo suspensivo ou inicial\ dias a quo: Ele da inicio aos efeitos do negocio jurídico, ou seja, a sua eficácia, atente que o termo suspensivo suspende apenas o exercício do direito e não a aquisição como no caso da condição suspensiva.
Termo resolutivo ou final\dias ad quem : é quando as partes determinam quando um negócio jurídico cessará os efeitos esperados pelas partes, no caso, a vigência do contrato celebrado entre locatário e locador.
​Considerações: 
O termo difere da condição, pois esta subordina a eficácia do negócio jurídico a um evento futuro e incerto. È o acontecimento certo, no qual inexiste a pendência. O titular do direito a termo pode exercer atos conservatórios sobre ele. Pode-se conjugar uma condição e um termo em um mesmo negócio jurídico. Ex: Se você se formar em direito em 5 anos, montarei um escritório de advocacia para você. Nem todos os negócios jurídicos permitem o termo, como por exemplo, a renúncia ou aceitação de herança, a adoção, o casamento, entre outros. Termo é diferente de prazo,​uma vez que este é o intervalo entre o termo inicial e o termo final.
Encargo: 
O encargo é uma restrição a certa liberalidade que foi concedida. Por exemplo, quando um pai dá um dinheiro como presente a um filho,mas diz que ele precisa usar parte deste dinheiro para comprar livros (encargo).
Geralmente o encargo é colocado em doações, mas nada impede que se refira a qualquer ato de índole gratuita. Modo ou encargo é a determinação acessória acidental do negócio jurídico que impõe ao beneficiário um ônus a ser cumprido, em prol de uma liberalidade maior. A designação de encargos não suspende a aquisição do direito, nem o seu exercício, salvo quando imposta como condição suspensiva por declaração expressa do disponente. 
Considerações:
Gera direito adquirido a seu destinatário, que pode exercer o direito desde já, ainda que o cumprimento da obrigação imposta esteja pendente. Não podem ser incluídas em negócios a título oneroso, uma vez que equivaleriam a uma contraprestação. È coercitivo e não suspensivo ou resolutivo como as condições, pois não suspende a aquisição nem o exercício do direito e nem conduz, por si só, à revogação do ato. Pode ser imposto como condição suspensiva e com efeitos próprios deste elemento acidental. (art. 136, 2 parte CC) Uma vez imposto, deve ser cumprido, sob pena de revogação ou imposição da liberalidade pelo autor.
 
	 CONDIÇÃO (se)
	 TERMO 
 (quando)
	 ENCARGO
 (desde que)
	EVENTO FUTURO E INCERTO
	EVENTO FUTURO E CERTO
	CLÁUSULA ACESSÓRIA A LIBERDADE
	Quando suspensiva: Suspende a aquisição e o exercício do direito.
	Quando suspensivo: NÃO impede a aquisição do direito, apenas o seu exercício. Gera direito adquirido. 
	NÃO impede a aquisição e nem o exercício do direito. Gera direito adquirido.
	Condição incertus an incertus: Há absoluta incerteza em relação a ocorrência do evento futuro e incerto.
	Termo certus an certus: Há certeza quanto ao evento futuro e quanto ao tempo de duração.
	
	
	
	
>> Prescrição e Decadência
Prescrição: Conceito: Podemos conceituar a prescrição, como sendo a perda da pretensão (poder de cobrar judicialmente) de reparação de um direito violado, em virtude da inércia do seu titular, no prazo previsto em lei. Mas, o que vem a ser essa pretensão? É o poder de exigir de outrem coercitivamente o cumprimento de um determinado dever jurídico. 
Ex: Pagamento
** Para distinguir prescrição de decadência: Os prazos de prescrição estão elucidados taxativamente nos arts 205(regra geral) e 206(regras especiais), e os de decadência, são todos os demais, estabelecidos como complemento de cada artigo que rege a matéria, tanto na parte geral, como na especial.
Art 189º, CC – Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a qual se extingue, pela prescrição, nos prazos que aludem os arts 205 e 206.
**Causas que impedem a prescrição
Art 197º, CC – Não ocorre a prescrição:
Entre cônjuges, na constância da sociedade conjugal. 
Entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar.
Entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou curatela.
Art 198º, CC – Também não ocorre prescrição:
Contra incapazes de que trata o art 3º
Contra os ausentes do País em serviço publico na União, dos Estados ou dos Municípios
Contra os que acharem servidos nas Forças Armadas, em tempo de guerra.
Art 199º, CC - Não ocorre igualmente a prescrição: 
Pendendo condição suspensiva
Não estando vencido o prazo
Pendendo ação de evicção
DICAS:
* Todo prazo prescricional é sempre em ano
*Todos os prazos prescricionais estão previstos nos art 205 e 206 cc
*Todas as ações condenatórias terão prazos prescricionais
*A prescrição sempre admitira hipóteses de suspensão, interrupção erenuncia
*A prescrição sempre deriva da lei
*A prescrição sempre nasce com a violação de um direito
Decadência: Conceito: A decadência, pode ser conceituada, como sendo a perda efetiva de um direito potestativo pela falta de seu exercício, no prazo previsto em lei ou pelas partes. Direito potestativo, é aquele que confere ao titular o poder de provocar mudanças na esfera jurídica de outrem de forma unilateral, sem que exista um dever jurídico correspondente, mas tão somente um estado de sujeição. A decadência pode ser legal, e essa é irrenunciável, ou convencional, que é aquele que foi acordada, fruto de um contrato entre as partes, essa é renunciável.
Ex: contrato de prestação de serviços, negocio jurídico, divorcio.
DICAS:
*Todo prazo decadencial pode aparecer em dia, meses, ano e ano e dia
*Todos os outros prazos com exceção dos art 205 e 206 são decadenciais
*Todas as ações constitutivas e não constitutivos serão prazos decadenciais
*A decadência nunca admitira hipóteses de renuncia, suspensão e interrupção
*Decadência pode ser criada pela lei ou pela vontade das partes
*Decadência nasce juntamente com o direito
Art 207º, CC – Salvo disposição legal em contrário, não se aplicam a decadências normas que impedem, suspendem ou interrompam a prescrição.
Art 208º, CC – Aplica-se a decadência o dispositivo nos arts 195 e 198 inciso I
Art 209º, CC – É nula a renúncia a decadência fixada em lei
Art 210º, CC – Deve o juiz, de ofício, reconhecer da decadência, quando estabelecida por lei.
Art 211º, CC – Se a decadência por convencional, a parte de quem aproveita pode alega-la em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação
>> Das Provas
Conceito: Prova é o meio de que o interessado se vale para demonstrar legalmente a existência de um negócio jurídico.‘A finalidade da prova assenta-se na defesa dos direitos, pois de nada adianta ter um direito se não se conseguir prova-lo.
Ônus da Prova (artigos 333 do CPC) - O ônus da prova incumbe: ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito; ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.Toda convenção que distribui, de maneira diversa, o ônus da prova é nula quando recair sobre direito indisponível da parte ou quando tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito
Art 212º, CC – Salvo o negócio a que se impõe de forma especial, o fato jurídico pode ser provado mediante:
Confissão
Documento
Testemunha
Presunção
Perícia
 Confissão: Ato pelo qual a parte manifesta ou aceita a verdade de um fato, reconhecendo-o, mesmo que contrário aos seus interesses e venha a favorecer o adversário.
Em regra a confissão deve conter:
I – o reconhecimento de um fato alegado pela outra parte;
II – a voluntariedade desse reconhecimento;
III – um prejuízo para o confidente, em decorrência do reconhecimento;
Classificação:
a) Confissão Judicial: Que pode ser provocada (depoimento pessoal) ou espontânea (a parte ou mandatário comparece espontaneamente ao processo, através de petição)
b) Confissão Extrajudicial: Quando formulada fora do processo, através de forma escrita ou oral, perante a parte contrária ou terceiros
 Documentos: É qualquer coisa capaz de demonstrar a existência de um fato. Compreendendo-se em sentido lato, não apenas os escritos, mas também desenhos, fotografias, filmes, gravações sonoras, etc.
Classificação:
a) Particulares b) Públicos
Testemunha: É a que se obtém por meio do relato prestado em juízo, por pessoas, estranhas ao processo, que conhecem o fato litigioso. Toda pessoa física pode depor, desde que capaz, não suspeita ou impedida.
Presunção: A presunção legal, divide-se em ABSOLUTA e RELATIVA. Entende-se que presunção absoluta ou juris et juris é aquela que não cabe prova em contrário e presunção relativa ou juris tantum é aquela que é cabível prova em contrário.
Perícia: A prova pericial consiste em determinar que um sujeito expert no fato a ser provado a realize, tendo em vista o limite de conhecimento do magistrado.
Tipos de Prova
Depoimento pessoal: Determinado de ofício ou a pedido da parte contrária, é o ato pelo qual as partes comparecem em juízo para serem ouvidas pelo juiz. Ressalvam-se o sigilo de certas profissões e a imputação de culpa sobre o depoente.
Confissão: Admissão em juízo da verdade de um fato que beneficia a parte em contrário. Não se aplica em direito disponível, e pode ser aplicada pelo juiz no caso de negativa de depoimento da parte devidamente intimada para tal ato.
Exibição de Documento ou Coisa: Ordem judicial emanada por juiz para que a parte exiba documento ou coisa sob sua guarda.
Prova Documental: São todos os documentos que compõem o corpo probatório do processo, os quais devem acompanhar a inicial ou a contestação, podendo ser juntados aos autos após decorridos os prazos desses, somente quando se tratar de fato novo relativo à causa (fato já existente, cuja prova foi conseguida posteriormente). 
Prova Testemunhal: Consiste na apresentação de testemunhas para serem ouvidas em juízo (no prazo de até dez dias antes da audiência), para fim de complementação de prova anteriormente produzida, ou a ser produzida em audiência.
Prova Pericial: São provas produzidas por meio de exame, vistoria ou avaliação efetivada por perito técnico, que pode ser acompanhado por assistentes nomeados pelas partes.
Inspeção Judicial: Ato pelo qual o juiz, de ofício ou a requerimento da parte, pode, em qualquer fase do processo, inspecionar pessoas ou coisas, a fim de se esclarecer fato que interesse à decisão da causa.
>> Responsabilidade civil: parte do posicionamento que todo aquele que violar um dever jurídico através de um ato lícito ou ilícito, tem o dever de reparar, pois todos temos um dever jurídico originário o de não causar danos a outrem e ao violar este dever jurídico originário, passamos a ter um dever jurídico sucessivo, o de reparar o dano que foi causado.  São pressupostos da responsabilidade civil: 1 -Ato ilícito; 2 -Culpa; 3 -Dano; 4 -Nexo causal; Ato Ilícito – art. 186 CC (é uma cláusula aberta), conduta contrária ao ordenamento
Ato ilícito : Conforme aduzido, este instituto é a regra no Brasil, pois decorre de uma conduta humana (comitiva ou omissiva), eivada de culpa (lato sensu), a qual se faz contrária ao ordenamento jurídico (ilicitude), e que causou dano à outrem. O ato ilícito é a manifestação de vontade, dolosa ou culposa, que viola direito e causa dano à vítima, seja por omissão, negligência ou imprudência, podendo este dano ser moral ou patrimonial.Do ato ilícito que causa dano à outrem, surge o dever de INDENIZAR. Embora o ATO ILICITO tenha um entendimento único, pode receber punição civil e penal, como por exemplo, quando há lesões corporais.