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Mediação e Arbitragem

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Mediação e Arbitragem 
- Arbitragem: A arbitragem, antes de tudo, se caracteriza pela explícita manifestação da vontade das partes, através da convenção de arbitragem, de encontrar uma solução para o conflito estabelecido.
Para tanto, as partes nomearão aquele que irá auxiliá-los nessa equação – o Árbitro – pessoa de confiança, dotada de profundo conhecimento sobre o tema conflitado e que irá respeitar a vontade de ambas, porém buscando, por intermédio de um espírito conciliador, o seu entendimento.
Entretanto, não havendo a conciliação, o Árbitro terá, por força de lei, a permissão e a capacidade de decidir sobre o conflito, obrigando às partes envolvidas, o seu cumprimento, sob pena de execução daquela Sentença Arbitral, visto que faz coisa julgada, sem possibilidade de recurso, caracterizado por um título executivo extrajudicial. Esta modalidade é uma hipótese de jurisdição privada sem a intervenção estatal, e sua duração é em média 18 meses. 
Jurisdição Privada: As partes dão jurisdição ao arbitro. 
Jurisdição Pública: O estado da jurisdição ao Juiz. 
> O que é necessário para a adoção da arbitragem como mecanismo extrajudicial de conflito¿
Basta que as partes, sendo capazes de contratar, prevejam, em contrato ou documento a ele vinculado, a cláusula compromissória ou na ausência desta, firmem o compromisso arbitral.
> Eu posso obrigar a parte a adotar a arbitragem como resolução de conflito¿
Não, somente se ambas as partes acordarem, OU houver um contrato com cláusula compromissória assinada por ambas as partes.
> O que é a cláusula compromissória¿
É uma modalidade de convenção de arbitragem, mediante a qual as partes se obrigam, em um contrato, a submeter ao Juízo Arbitral os conflitos que venham a surgir relativamente a ele. Como é de fácil constatação, quando da inclusão em contrato da cláusula compromissória, o conflito ainda não se verificou, já que a previsão de tal clausula em contrato a ele preexiste. Em equivalência de palavras, antes mesmo de o conflito referente ao conflito ocorrer, as partes já estipulam que, em sua eventual ocorrência, será ele dirimido por um Juízo Arbitral.
	MEDIAÇÃO
	ARBITRAGEM
	É Estabelecido um acordo.
Nasceu no Brasil pela lei 13.140\15
Há uma terceira pessoa a fim de estabelecer um acordo: Mediador.
As partes necessitam conversar para se ter um acordo bem sucedido, mediado pelo terceiro. 
Este modelo é para litígios com relações mais profundas e continuas. Exemplo: Separação do Casal.
	É estabelecido um acordo.
Nasceu no Brasil pela lei 9.307\96
Há uma terceira pessoa a fim de apresentar uma proposta: Arbitro.
As partes somente aceitam o acordo proposto pelo arbitro.
Este modelo é para litígios com relações dos quais não possui interesse em relações continuas. Exemplo: Empresas. 
- Características dos métodos alternativos de soluções de conflitos (Mediação e Arbitragem):
Informalidade: Mediação e conciliação não necessitam de uma formalidade como nos processos judiciais públicos.
Autonomia da Vontade: As partes convencionam o que é melhor para elas, podendo escolher seu mediador ou arbitro, a forma de conciliação ou arbitragem, seu tempo, local, exercendo seu direito de autonomia. 
Confidencialidade: Este é o principio claro de que ninguém poderá ter conhecimento do processo a não ser as partes que integram o processo, sendo totalmente sigiloso.
Custo processual: A mediação dentro do âmbito privado possui um custo muito alto comparado ao âmbito público, isto porque sua celeridade é maior, e o litígio é analisado especialmente. O custo precisa compensar para determinar onde serão as soluções de conflito. Havendo viabilidade da celeridade processual e da especialidade, compensando o custo processual dos litígios alternativos, sendo mais viável escolher esses modelos. 
Celeridade processual: Apesar do alto custo, os processos de mediação são julgados com mais rapidez e segurança do que no judiciário. Não há recurso nessa modalidade, e para tanto, aumenta a celeridade processual.
Especialidade: Cada arbitro ou mediador é especialista para determinados assuntos, tornando mais vantajoso para esses modelos as especialidades que cada um trás, é a especialidade que faz com que as formas alternativas sema realizadas, com ambiente adequado e profissionais adequados, tornando o litígio mais profissional. 
- Mediação: é uma nova modalidade em que se tornou obrigatória no Novo CPC. Neste modelo há a presença de um terceiro, chamado mediador, escolhido pelas partes envolvidas no conflito, atua como facilitador da interação e do diálogo entre as partes. As pessoas envolvidas são conduzidas a uma maior compreensão das respectivas posições e interesses, o que contribui para que elas mesmas, de forma cooperativa, encontrem as melhores soluções para satisfazer os seus respectivos interesses, preservando o relacionamento. 
O Mediador busca sempre ser imparcial e neutro, estabelecendo atitudes de respeito e cooperação entre as partes, de maneira que estas possam criar, avaliar e escolher as melhores alternativas para a solução do conflito
O mediador tem o dever de conduzir o processo da mediação, mas às partes cabe a incumbência de buscar suas próprias soluções para o conflito. O mediador não decide nem sugere, mas promove um processo de reflexão das partes para que elas tenham a melhor compreensão do conflito e, uma vez este compreendido, possam buscar alternativas de solução em ações cooperativas.
Mediação Judicial: na mediação judicial quem realiza as audiências é um mediador indicado pelo tribunal, ou seja, o juiz é quem designa não estando este condicionado a uma prévia aceitação das partes. O prazo de duração do procedimento é até 60 dias, contados da primeira sessão, exceto se houver pedido de prorrogação feita pelas partes. E, caso as partes comprovem insuficiência de recursos, elas poderão ser assegurado pela Defensoria Pública. Sendo assim, o juiz designará a audiência de mediação quando receber a petição inicial, numa tentativa pré-processual de solução do litígio. Caso contrário, o processo seguirá em curso normal. Os mediadores judiciais são os advogados com pelo menos três anos de efetivo exercício de atividades jurídicas capacitados, devidamente selecionados e inscritos no registro de mediadores das seccionais da OAB.
Mediação Extrajudicial: A mediação extrajudicial deve ser buscada espontaneamente pelas partes que estão envolvidas no problema e que não conseguem resolvê-lo. Dessa forma, o mediador, com técnicas de pacificação, facilitará o diálogo para que as partes envolvidas no conflito evidenciem esforços para encontrar solução ao impasse – assim preserva os relacionamentos que precisam ser mantidos. Nesses casos, o mediador será escolhido pelas partes. Sobre ele recaem as mesmas hipóteses legais de impedimento ou suspeição que incidem sobre os magistrados, previstas no art. 145, do novo CPC.
Características: 
- Ambiente privado: É realizada em ambiente privado, sendo convencionado e escolhido pelas partes ou pelo próprio mediador. 
- Convencionalidade: somente há uma audiência arbitral se as partes consentirem, não podem ser submetidas à mediação sem a vontade das partes, ou uma clausula contratual assinada por ambas submetendo-as a este processo. Portanto, a mediação é para quem quer, ou quem assinou anteriormente que participaria de um processo alternativo para a resolução de conflitos. 
- Autonomia da Vontade: As partes podem escolher um mediador para cuidar e julgar determinado litígio, é escolhido aquele que tenha uma percepção para mediar e conciliar. 
- Procedimento: Neste modelo o mediador possui liberdade maior para mediar e conduzir o litígio, o tempo é “indeterminado”, postergando o acordo até uma definitiva solução, diferentemente da mediação pública.
- Especialidade: O mediador é especialista em determinado assunto, o que ajuda para o acordo.
- Sede: As partes podem definir o local para serem realizadas as mediações, podendo ser hotéis, salas de reunião, a própria sede das câmaras de mediaçãoe arbitragem. 
- Custo: O custo em comparação com os litígios públicos, são caros demais, entretanto, sua celeridade e especialidade colocados em uma balança, pesam mais para a escolha dos métodos alternativos de resolução de conflitos. 
Administração do Procedimento da Mediação:
- Ad Hoc: Neste modelo de procedimento para a mediação, o próprio mediador contratado para o litígio que organiza e administra o procedimento do processo e ainda media e auxilia as partes. Os custos para este modelo são GERALMENTE mais acessíveis, entretanto, não há previsibilidade de custos, podendo se tornar onerosos. 
- Institucional: Neste modelo há uma instituição privada que oferece ao mercado os serviços de administração para a mediação, estas são especializadas dando mais segurança as partes. Os custos para este modelo são mais caros, pois se paga o mediador e mais a instituição da qual cuidou do processo. Entretanto, a que pese em ser mais caras, é a mais comum a ser contratada, pela sua previsibilidade de custos, dos quais são tabelados aos clientes. 
Inicio do procedimento:
No âmbito privado da mediação necessita ter obrigatoriedade convencional, ou seja, ambas as partes precisam convencionar. As partes quando contratam, em regra, estipulam uma clausula contratual de mediação, surgindo assim, a mútua obrigação de ambos realizarem o processo em âmbito da mediação. Entretanto, há contratos sem estipulação de cláusulas contratuais, onde a solução para esse fato é propor a parte um processo em âmbito de mediação para fins de acordo, mesmo que não haja clausula contratual a parte podem acordar, POR CONVENCIONAR. 
Com Cláusula: Realizar uma cláusula contratual no contrato para ambas as partes, de tal forma que ambos aceitem, facilitando a convencionalidade dos litigantes, trazendo previsibilidade e segurança jurídica. 
Sem Cláusula: Não há previsão legal no contrato, ou seja, ambas as partes não convencionaram no contrato os procedimentos que seriam adotados, para haver então convencionalidade para ambos realizam a as intermediações por meio do procedimento de mediação, infringindo com o principio de convencionalidade das partes. Somente é possível haver mediação entre as partes, nesse caso, se ambos aceitarem por livre e espontânea vontade requererem o procedimento de mediação, havendo para tanto, uma convencionalidade informal. 
Cláusula de Mediação: 
a) Prazo para a 1º Reunião
b) Local
c) Critério de escolha do mediador
d) Penalidade para a parte que não compareceu a reunião
- Estes requisitos não são condições obrigatórias para a mediação, pois não havendo previsão contratual destas clausulas, a lei prevê em seu art. 22 parágrafo 2º da lei 13.140\15, sendo:
a) Prazo mínimo de 10 dias e máximo de 3 meses para a 1º Reunião
b) Local apropriado para realizar a reunião
c) O critério de escolha do mediador é usado por meio de uma lista que possui 5 nomes para a escolha de 1
d) A penalidade é a multa de 50% das custas (honorários sucumbências).
Caso não definam os procedimentos de mediação, a lei estipula e convenciona para a realização das mediações de maneira convencional. 
Todas as instituições dos quais forem contratar possuem regulamentos para a mediação. Portanto, escolhendo uma dessas instituições não há necessidade de realizar um contrato com cláusulas contratuais de maneira completa com todos os regulamentos, pois as instituições que irão regulamentar estas cláusulas. 
> Há alguma possibilidade de uma cláusula contratual infringir os regulamentos das instituições¿ 
Sim, pela autonomia da vontade, as partes regulam o contrato da forma que bem entendem, ou seja, da forma mais conveniente de solucionar o litígio, independentemente se for “contra” os regulamentos institucionais. Portanto, será seguido primeiramente as cláusulas contratuais das partes e posteriormente usa-se o regulamento das instituições a fim de complementar algo faltante nas cláusulas particulares. 
> As cláusulas de mediação são vinculantes¿
Não, pois as partes podem escolher não realizar, não comparecer a audiência, entretanto, será aplicado uma multa para a parte que infringiu as cláusulas. A obrigação é em decorrência da aplicação da multa, portanto, não é TOTALMENTE vinculante. (Art. 23 da lei).
> Quais são as semelhanças de uma mediação judicial e extrajudicial¿
Confidencialidade, o seu procedimento é confidencial, somente as partes e o mediar tomam conhecimento, e no caso da judicial, o juiz e os advogados conjuntamente.
Informalidade do procedimento, pois este não é amarrado, não agravará a situação das partes, não servem como confissão, não poderá ser levado ao processo como meio de prova. Pois o intuito é que as partes acordem. 
> Como será definido o método de solução de conflitos entre mediação e conciliação¿
Na mediação é quando as partes tem uma relação, e querem preserva-la mesmo após o litígio, ou seja, tem o interesse dessa relação continuar. (Casos de separação envolvendo menores). O mediador vai auxiliar as partes para chegarem em um acordo, havendo uma conversa. Na conciliação é quando as parte não possuem uma relação, e estás não tem o interesse de preserva-las mesmo após o litígio. (Empresas X consumidor). O conciliador irá sugerir soluções para resolver o litígio.
> Como é designada a audiência de conciliação ou mediação no método judicial¿
O autor obrigatoriamente terá que se manifestar na petição inicial seu interesse na audiência de mediação ou conciliação, ou seu desinteresse na designação da audiência, tornando o Juiz ciente de sua escolha. Caso uma das partes manifestem o desinteresse na audiência de mediação ou conciliação, não significa necessariamente que não irá acontecer, pois este requisito dependerá se as DUAS PARTES acordaram pela desistência da audiência, tornando o Juiz ciente. A audiência de conciliação ou mediação só não irá acontecer em duas hipóteses, que estão previstos no artigo 334, parágrafo 4. 
- Se ambas as partes manifestarem desinteresse na audiência.
- Quando não se admitir autocomposição.
Artigo 334, NCPC: 
Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência.
§ 1º O conciliador ou mediador, onde houver, atuará necessariamente na audiência de conciliação ou de mediação, observando o disposto neste Código, bem como as disposições da lei de organização judiciária.
§ 2º Poderá haver mais de uma sessão destinada à conciliação e à mediação, não podendo exceder a 2 (dois) meses da data de realização da primeira sessão, desde que necessárias à composição das partes.
§ 3º A intimação do autor para a audiência será feita na pessoa de seu advogado.
§ 4º A audiência não será realizada:
I - se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual;
II - quando não se admitir a autocomposição.
§ 5º O autor deverá indicar, na petição inicial, seu desinteresse na autocomposição, e o réu deverá fazê-lo, por petição, apresentada com 10 (dez) dias de antecedência, contados da data da audiência.
§ 6º Havendo litisconsórcio, o desinteresse na realização da audiência deve ser manifestado por todos os litisconsortes.
§ 7º A audiência de conciliação ou de mediação pode realizar-se por meio eletrônico, nos termos da lei.
§ 8º O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de conciliação é considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa de até dois por cento da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da União ou do Estado.
§ 9º As partes devem estar acompanhadas por seus advogados ou defensores públicos.
§ 10. A parte poderá constituir representante, por meio de procuração específica, com poderes para negociar e transigir.
§ 11. A autocomposição obtida será reduzida a termo e homologada por sentença.
§ 12. A pauta das audiênciasde conciliação ou de mediação será organizada de modo a respeitar o intervalo mínimo de 20 (vinte) minutos entre o início de uma e o início da seguinte.

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