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LOGÍSTICA NO SETOR PUBLICO

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Prévia do material em texto

Professor Esp. Danilo José Assini
Professor Esp. Fabio Oliveira Vaz
Professor Esp. José Roberto Tiossi Junior
Professor Esp. Julio Cesar Bueno Alves
Professor Esp. Luis Fernando Otero
LOGÍSTICA NO SETOR 
PÚBLICO
GRAduAçãO
GESTãO PÚBLICA
MARINGÁ-PR
2012
Reitor: Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor: Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de Administração: Wilson de Matos Silva Filho
Presidente da Mantenedora: Cláudio Ferdinandi
NEAd - Núcleo de Educação a distância
diretoria do NEAd: Willian Victor Kendrick de Matos Silva
Coordenação Pedagógica: Gislene Miotto Catolino Raymundo
Coordenação de Marketing: Bruno Jorge
Coordenação Comercial: Helder Machado
Coordenação de Tecnologia: Fabrício Ricardo Lazilha
Coordenação de Curso: Ariane Maria Machado de Oliveira
Supervisora do Núcleo de Produção de Materiais: Nalva Aparecida da Rosa Moura
Capa e Editoração: Daniel Fuverki Hey, Fernando Henrique Mendes, Jaime de Marchi Junior, José Jhonny Coelho, Robson 
Yuiti Saito e Thayla Daiany Guimarães Cripaldi
Supervisão de Materiais: Nádila de Almeida Toledo 
Revisão Textual e Normas: Amanda Polli, Cristiane de Oliveira Alves, Janaína Bicudo Kikuchi, Jaquelina Kutsunugi, Keren 
Pardini e Maria Fernanda Canova Vasconcelos.
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Central - CESUMAR
 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação
 a distância:
C397 Logística no setor público/ Danilo José Assini... [et al.]. - 
 Ma ringá - PR, 2012.
 167 p.
 “Graduação em Gestão Pública - EaD”.
 
 1. Logística. 2. Cadeia de abastecimento. 3. Distribuição 
 física. 4. EaD. I. Título.
 
 CDD - 22 ed. 658.78 
 CIP - NBR 12899 - AACR/2
“As imagens utilizadas neste livro foram obtidas a partir dos sites PHOTOS.COM e SHuTTERSTOCK.COM”.
Av. Guedner, 1610 - Jd. Aclimação - (44) 3027-6360 - CEP 87050-390 - Maringá - Paraná - www.cesumar.br
NEAD - Núcleo de Educação a Distância - bl. 4 sl. 1 e 2 - (44) 3027-6363 - ead@cesumar.br - www.ead.cesumar.br
LOGÍSTICA NO SETOR 
PÚBLICO
Professor Esp. Danilo José Assini
Professor Esp. Fabio Oliveira Vaz
Professor Esp. José Roberto Tiossi Junior
Professor Esp. Julio Cesar Bueno Alves
Professor Esp. Luis Fernando Otero
5LOGÍSTICA NO SETOR PÚBLICO | Educação a Distância
APRESENTAçãO dO REITOR
Viver e trabalhar em uma sociedade global é um grande desafio para todos os cidadãos. 
A busca por tecnologia, informação, conhecimento de qualidade, novas habilidades para 
liderança e solução de problemas com eficiência tornou-se uma questão de sobrevivência no 
mundo do trabalho.
Cada um de nós tem uma grande responsabilidade: as escolhas que fizermos por nós e pelos 
nossos fará grande diferença no futuro.
Com essa visão, o Cesumar – Centro Universitário de Maringá – assume o compromisso 
de democratizar o conhecimento por meio de alta tecnologia e contribuir para o futuro dos 
brasileiros.
No cumprimento de sua missão – “promover a educação de qualidade nas diferentes áreas 
do conhecimento, formando profissionais cidadãos que contribuam para o desenvolvimento 
de uma sociedade justa e solidária” –, o Cesumar busca a integração do ensino-pesquisa-ex-
tensão com as demandas institucionais e sociais; a realização de uma prática acadêmica que 
contribua para o desenvolvimento da consciência social e política e, por fim, a democratização 
do conhecimento acadêmico com a articulação e a integração com a sociedade.
Diante disso, o Cesumar almeja ser reconhecido como uma instituição universitária de referên-
cia regional e nacional pela qualidade e compromisso do corpo docente; aquisição de compe-
tências institucionais para o desenvolvimento de linhas de pesquisa; consolidação da extensão 
universitária; qualidade da oferta dos ensinos presencial e a distância; bem-estar e satisfação 
da comunidade interna; qualidade da gestão acadêmica e administrativa; compromisso social 
de inclusão; processos de cooperação e parceria com o mundo do trabalho, como também 
pelo compromisso e relacionamento permanente com os egressos, incentivando a educação 
continuada.
Professor Wilson de Matos Silva
Reitor
6 LOGÍSTICA NO SETOR PÚBLICO | Educação a Distância
Caro(a) aluno(a), “ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a 
sua produção ou a sua construção” (FREIRE, 1996, p. 25). Tenho a certeza de que no Núcleo 
de Educação a Distância do Cesumar, você terá à sua disposição todas as condições para se 
fazer um competente profissional e, assim, colaborar efetivamente para o desenvolvimento da 
realidade social em que está inserido.
Todas as atividades de estudo presentes neste material foram desenvolvidas para atender o 
seu processo de formação e contemplam as diretrizes curriculares dos cursos de graduação, 
determinadas pelo Ministério da Educação (MEC). Desta forma, buscando atender essas 
necessidades, dispomos de uma equipe de profissionais multidisciplinares para que, 
independente da distância geográfica que você esteja, possamos interagir e, assim, fazer-se 
presentes no seu processo de ensino-aprendizagem-conhecimento.
Neste sentido, por meio de um modelo pedagógico interativo, possibilitamos que, efetivamente, 
você construa e amplie a sua rede de conhecimentos. Essa interatividade será vivenciada 
especialmente no ambiente virtual de aprendizagem – AVA – no qual disponibilizamos, além do 
material produzido em linguagem dialógica, aulas sobre os conteúdos abordados, atividades de 
estudo, enfim, um mundo de linguagens diferenciadas e ricas de possibilidades efetivas para 
a sua aprendizagem. Assim sendo, todas as atividades de ensino, disponibilizadas para o seu 
processo de formação, têm por intuito possibilitar o desenvolvimento de novas competências 
necessárias para que você se aproprie do conhecimento de forma colaborativa.
Portanto, recomendo que durante a realização de seu curso, você procure interagir com os 
textos, fazer anotações, responder às atividades de autoestudo, participar ativamente dos 
fóruns, ver as indicações de leitura e realizar novas pesquisas sobre os assuntos tratados, 
pois tais atividades lhe possibilitarão organizar o seu processo educativo e, assim, superar os 
desafios na construção de conhecimentos. Para finalizar essa mensagem de boas-vindas, lhe 
estendo o convite para que caminhe conosco na Comunidade do Conhecimento e vivencie 
a oportunidade de constituir-se sujeito do seu processo de aprendizagem e membro de uma 
comunidade mais universal e igualitária.
Um grande abraço e ótimos momentos de construção de aprendizagem!
Professora Gislene Miotto Catolino Raymundo
Coordenadora Pedagógica do NEAD- CESUMAR
7LOGÍSTICA NO SETOR PÚBLICO | Educação a Distância
APRESENTAçãO
Livro: LOGÍSTICA NO SETOR PÚBLICO
Professor Esp. Danilo José Assini
Professor Esp. Fabio Oliveira Vaz
Professor Esp. José Roberto Tiossi Junior
Professor Esp. Julio Cesar Bueno Alves
Professor Esp. Luis Fernando Otero
Olá, caro(a) acadêmico(a), seja muito bem-vindo(a) ao livro de Logística no Setor Público. Sou 
o professor Danilo José Assini e, juntamente com outros professores, desenvolvi este livro para 
auxiliá-lo no desenvolvimento das competências e habilidades requeridas ao Gestor Público. 
Sendo assim, é com imenso prazer que apresentamos abaixo a estrutura do livro de Logística 
no Setor Público, na certeza de que esse contribuirá para sua vida acadêmica e profissional.
Na primeira unidade deste livro, discutiremos sobre a introdução da logística, ou seja, o 
que é logística. Segundo Faria e Costa (2005), logística é a parte do processo da cadeia de 
suprimentos que planeja, implementa e controla, de forma eficiente e eficaz, a expedição, 
o fluxo reverso e a armazenagem de bens e serviços, assim como o fluxo de informações 
relacionadas entre o ponto de origem e o ponto de consumo, com o propósito de atender às 
necessidadesdos clientes.
Na segunda unidade, trataremos sobre a importância do processo e cadeia de abastecimento, 
com o objetivo de aprender a conhecer as organizações envolvidas no processo, compreender 
o sistema produtivo e seus formatos, além de analisar os processos das cadeias de 
abastecimentos e canais de distribuição.
O processo de pedidos, ou seja, a compra na administração pública será abordada na 
terceira unidade. O objetivo da unidade será demonstrar que a administração pública 
satisfaz ao interesse público por meio das aquisições. Desta forma, podemos compreender o 
funcionamento de uma central de compras, além de revelar que a implantação de uma central 
de compras maximiza os procedimentos logísticos da Administração Pública.
Na quarta unidade, você aprenderá sobre o almoxarifado central, quais suas vantagens, 
estruturas, funcionamento e controle. Sendo assim, você entenderá que o almoxarifado 
é o setor responsável pelo recebimento, armazenagem e distribuição dos bens e produtos 
8 LOGÍSTICA NO SETOR PÚBLICO | Educação a Distância
adquiridos pela Administração pública.
Por fim, chegamos à última unidade da nossa disciplina, na qual você compreenderá como 
funciona os centros de consumos, ou seja, qual é a importância da distribuição para o processo 
de logística, além de aprender qual será a rota de distribuição e o custo que ela agrega a este 
processo. 
Não se esqueça de que as seções de Saiba Mais e Reflita são para que você extrapole seus 
conhecimentos, portanto leia com atenção e também assista aos vídeos recomendados.
Lembre-se também de que as indicações de leituras são muito importantes para complementar 
seu conhecimento na área, visto que o seu objetivo é tornar-se um profissional cada vez mais 
qualificado e entendedor do assunto.
Um grande abraço!
Professor Danilo José Assini
SuMÁRIO
uNIdAdE I
INTRODUÇÃO À LOGÍSTICA
HISTÓRIA DA LOGÍSTICA ......................................................................................................17
RELAÇÃO ENTRE LOGÍSTICA E COMPETITIVIDADE .........................................................22
SUBSISTEMAS DE ABORDAGEM LOGÍSTICA .....................................................................24
LOGÍSTICA DE ENTRADA, ALIMENTAÇÃO OU SUPRIMENTO ..........................................28
LOGÍSTICA INTERNA OU DE OPERAÇÃO ...........................................................................28
LOGÍSTICA DE SAÍDA OU DISTRIBUIÇÃO ...........................................................................29
LOGÍSTICA NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA CONTEMPORÂNEA .....................................30
ESTRATÉGIA LOGÍSTICA ......................................................................................................36
A LEGISLAÇÃO APLICÁVEL ..................................................................................................37
uNIdAdE II
PROCESSO E CADEIA DE ABASTECIMENTO
CADEIA DE ABASTECIMENTO..............................................................................................47
ORGANIZAÇÕES ENVOLVIDAS ............................................................................................49
O PAPEL DA LOGÍSTICA .......................................................................................................54
CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO ...................................................................................................58
DISTRIBUIÇÃO FÍSICA ...........................................................................................................61
COMPONENTES DO SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO FÍSICA ................................................61
TIPOS BÁSICOS DE DISTRIBUIÇÃO ....................................................................................63
O TRANSPORTE NA DISTRIBUIÇÃO FÍSICA .......................................................................68
ROTEIRIZAÇÃO ......................................................................................................................69
uNIdAdE III
PROCESSAMENTO DE PEDIDOS – COMPRAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
A NECESSIDADE DE COMPRAR ..........................................................................................80
A FORMAÇÃO DE UMA CENTRAL DE COMPRAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA .........81
SETOR DE REGISTRO E DETALHAMENTO DOS OBJETOS A SEREM LICITADOS .........84
SETOR DE CAPTAÇÃO DE PEDIDOS ...................................................................................88
SETOR DE UNIFICAÇÃO DOS PEDIDOS .............................................................................91
SETOR DE PESQUISA DE PREÇOS .....................................................................................91
AS VANTAGENS DA CENTRAL DE COMPRAS ....................................................................95
UNIFORMIZAÇÃO DOS PRODUTOS E SERVIÇOS ADQUIRIDOS .....................................96
OTIMIZAÇÃO DOS RECURSOS ............................................................................................96
uNIdAdE IV
ALMOXARIFADO CENTRAL
PROCEDIMENTOS ANTES DO RECEBIMENTO ................................................................ 110
FUNCIONAMENTO DO ALMOXARIFADO ...........................................................................121
CONTROLE ...........................................................................................................................133
uNIdAdE V
CENTROS DE CONSUMOS: DISTRIBUIÇÃO E CONTROLE
DISTRIBUIÇÃO ..................................................................................................................... 141
SEPARAÇÃO ........................................................................................................................ 141
ROTAS DE DISTRIBUIÇÃO .................................................................................................143
CUSTOS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ..........................................................................147
CONTROLES NOS CENTROS DE CONSUMOS .................................................................152
CASOS QUE REQUEREM LOGÍSTICA ESPECÍFICA .........................................................156
MERENDA ESCOLAR ..........................................................................................................156
KITS ESCOLARES................................................................................................................160
CONCLuSãO .......................................................................................................................163
REFERÊNCIAS .....................................................................................................................166
uNIdAdE I
INTROduçãO À LOGÍSTICA
Professor Esp. Danilo José Assini
Professor Esp. Fabio Oliveira Vaz
Professor Esp. José Roberto Tiossi Junior
Professor Esp. Luis Fernando Otero
Objetivos de Aprendizagem
•	 Conhecer	a	evolução	da	logística.	
•	 Compreender	os	conceitos	de	logística.
•	 Demonstrar	a	realidade	contemporânea	da	logística	na	Administração	Pública	bra-
sileira.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
•	 História	da	logística
•	 Conceitos	de	logística
•	 Logística	no	setor	público
15LOGÍSTICA NO SETOR PÚBLICO | Educação a Distância
NTROduçãO À LOGÍSTICA
Tudo começa com a árvore que cresce, depois com a madeira cortada, mais tarde com o 
transporte, depois armazenamento e, ainda longe do destino final, com a transformação 
em pasta. Virá o papel, que transportado e armazenado, se encontrará algures, pronto 
para impressão. E depois distribuição. É assim que o leitor compra o jornal. No princípio 
o eucalipto. No fim a informação. Numa mistura de fluxos, das mais explosivas, entre o 
produto e a informação (CARVALHO, 1999, on-line).
A partirde agora você irá estudar Logística no setor público, e acredito que muitos se 
perguntarão: o que é logística? Apesar de ser uma palavra do nosso cotidiano, nem todos 
sabem o que significa ao certo, alguns imaginam o que é, mas, se tiverem que definir 
exatamente, poucos definiriam corretamente.
O Novo Dicionário Aurélio define logística como:
Parte da arte da guerra que trata do planejamento e da realização de: a) projeto e 
desenvolvimento, obtenção, armazenamento, transporte, distribuição, reparação, ma-
nutenção e evacuação de material (para fins operativos ou administrativos); b) recru-
tamento, incorporação, instrução e adestramento, designação, transporte, bem-estar, 
evacuação, hospitalização e desligamento de pessoal; c) aquisição ou construção, re-
paração, manutenção e operação de instalações e acessórios destinados a ajudar o 
desempenho de qualquer função militar; d) contrato ou prestação de serviços.
Vários autores dizem que a logística teve origem em atividades militares, isso justifica 
a primeira frase na definição acima “Parte da arte da guerra [...]”, mas não podemos ficar 
apenas com essa ideia. Faria e Costa (2005, p. 15) consideram que a origem da logística não 
deveria ser “associada apenas às operações de guerra, pois, por exemplo, na construção das 
Pirâmides do Egito e em outras obras majestosas foram realizadas, também, muitas atividades 
relacionadas às atividades da logística”.
Uma das definições mais completas de logística é a apresentada pelo Conselho dos 
Profissionais de Gestão da Cadeia de Suprimentos (2005 apud FARIA e COSTA, 2005, on-
line):
Logística é a parte do processo da cadeia de suprimentos que planeja, implementa e 
controla, de forma eficiente e eficaz, a expedição, o fluxo reverso e a armazenagem 
16 LOGÍSTICA NO SETOR PÚBLICO | Educação a Distância
de bens e serviços, assim como do fluxo de informações relacionadas, entre o ponto 
de origem e o ponto de consumo, com o propósito de atender às necessidades dos 
clientes.
Dessa forma, podemos dizer que a logística é o conjunto de atividades relacionadas desde a 
obtenção de materiais até a satisfação dos consumidores de qualquer organização, por meio 
da venda ou do oferecimento de um produto ou serviço.
A logística deve encarregar-se de gerir o processo físico e de informação, de compra da 
organização, receber os produtos ou serviços, organizar e controlar os estoques e distribuir 
esses produtos para o consumidor final (usuário ou cliente).
Percebemos que qualquer organização, independente da sua atividade econômica e de sua 
finalidade lucrativa, precisa ter uma logística eficiente para obter resultados satisfatórios, pois 
nela, além da movimentação física, encontramos o registro das informações necessárias para 
tomar decisões a respeito das compras e consumo de materiais.
Nas instituições públicas, a logística também é utilizada, pois, assim como as instituições 
privadas, elas têm necessidades de adquirir produtos ou serviços, que após as compras 
devem ser recebidos, armazenados e distribuídos para o consumo, possibilitando a prestação 
de um serviço público.
Lamentavelmente nos órgãos públicos, após o processo de compras (licitação), encontramos 
diversas falhas e são raros os casos em que a logística funciona ou é aproveitada para 
melhorar a qualidade dos serviços públicos.
A logística é algo fundamental para a consecução dos objetivos traçados pela Administração 
Pública, por tratar-se de ferramenta necessária para assegurar a boa aplicação dos recursos 
públicos. 
Embora inexistam muitas normas que regulamentem tal funcionalidade no âmbito público, a 
prática vem ensinando e revelando aos gestores como seria o modelo ideal de logística. Novas 
17LOGÍSTICA NO SETOR PÚBLICO | Educação a Distância
técnicas de gestão vêm sendo implantadas, auxiliando a dirimir a problemática encontrada 
pelo setor público. 
A Administração Pública apresenta como fim maior o atendimento ao interesse público. 
Tanto é verdade que a supremacia do interesse público sobre o privado é relevante princípio 
administrativo, visto que a função administrativa é voltada para a coletividade e não para os 
particulares.
Diante dessa indisponibilidade do interesse público, a Administração Pública sofre uma série 
de limitações comparando-se com a atuação de particulares, devendo sujeitar-se à legislação 
e adotar uma postura equânime e impessoal em relação a terceiros, mediante técnicas de 
gestão eficazes.
Trata-se de um tema com poucas posições doutrinárias e de muita inaplicabilidade por parte 
da Administração Pública, revelando-se um tema problemático para ser dirimido.
Dessa forma, importante se faz externar que a utilização da logística na Administração Pública 
é um dever do Estado como o todo, visto ser ferramenta essencial para a satisfação do 
interesse público. 
HISTÓRIA dA LOGÍSTICA
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18 LOGÍSTICA NO SETOR PÚBLICO | Educação a Distância
Considerando a etimologia, a palavra logística é derivada do radical grego logos, que tem o 
significado de razão. É possível entender disso que a logística significa “a arte de calcular” 
ou “a manipulação de uma operação”. Inicialmente, a logística foi desenvolvida na área militar 
para designar atividades de suprimentos, estocagem, movimentação e transporte de bens, tais 
como: remédios, equipamentos, armamentos, uniformes e tropas. A logística teve um maior 
desenvolvimento após a Segunda Guerra Mundial, encontrando novas aplicações, ampliando 
sua atuação para a indústria, comércio e serviços em geral.
A decisão de posicionamento de tropas segundo uma estratégia militar, em que comandantes 
militares precisavam ter sob seu comando um grupo que facilitasse o deslocamento, na hora 
certa, de armamentos, munições, alimentos, equipamentos e material de atendimento médico 
no campo de guerra. Mas isso era considerado um serviço de apoio, sem o status da estratégia 
belicista, as equipes militares responsáveis pela logística ficavam sempre sendo reconhecidas 
em um plano inferior. Isso também aconteceu nas empresas durante um bom tempo. Porém, a 
logística muito se desenvolveu nas últimas décadas, encontrando novas aplicações.
Desde os primórdios da humanidade até o Século XV, a produção de bens era feita por 
artesãos que cuidavam de todo o ciclo produtivo, desde a encomenda até a entrega do pedido 
ao cliente.
Nessa época, a logística era relativamente simples e ficava sob responsabilidade do próprio 
artesão e não tinha grandes complicações, pois os pedidos eram feitos pelos clientes 
diretamente ao artesão que conhecia todas as informações que precisa para executar seu 
trabalho. Ele sabia o tempo que levaria para produzir um produto e quantas encomendas tinha 
na fila de espera. Conhecia também a disponibilidade do estoque de matérias-primas, assim 
como o preço que pagou por esses materiais e quanto de material precisava para fazer cada 
bem. Além disso, também conhecia quanto receberia pelos serviços encomendados e quanto 
gastou para executá-los.
Houve um período de transição em que os artesãos começaram a trabalhar em oficinas e 
19LOGÍSTICA NO SETOR PÚBLICO | Educação a Distância
o dono da oficina deixava de produzir para tornar-se tomador de pedidos de revendedores, 
recebendo destes a matéria-prima para a produção e um valor após a entrega do bem pronto.
Nesse período, os donos de oficinas eram os responsáveis pela logística, eles recebiam as 
matérias-primas dos clientes, as direcionavam para artesãos que trabalhavam na oficina, 
definindo o prazo de entrega pela quantidade de serviço que cada artesão possuía.
O crescimento do consumo aliado à criação da máquina a vapor nos levou a Revolução 
Industrial, revolução não de revolta, mas sim pelo grande impacto que teve sobre a sociedade 
e a tecnologia de produção.
A Revolução Industrialteve lugar na Inglaterra na segunda metade do século XVIII, em que as 
ferramentas foram substituídas pelas máquinas que utilizavam a energia do vapor em lugar da 
energia humana, isso proporcionou um grande aumento de produção.
Essa produção necessitou de novos mercados e junto com isso de melhorar o transporte 
desses produtos, ou seja, precisava-se tornar a logística mais eficiente. O desenvolvimento 
da locomotiva (conhecida como maria-fumaça) e a utilização do vapor nos navios auxiliaram 
nesse processo (PIRES, 2004).
A história da logística continuou sem muitas alterações até a metade do século passado, as 
empresas sabiam da importância, mas na prática as funções da logística eram divididas entre 
diversos departamentos.
A partir de 1960, surgem os primeiros registros de criação de cargos específicos para o setor de 
logística, sendo o seu ocupante o responsável por controlar o fluxo de materiais e transportes.
20 LOGÍSTICA NO SETOR PÚBLICO | Educação a Distância
Na década de 1990, a logística ganha destaque devido à globalização e, principalmente, à 
internet, pois com as compras no comércio eletrônico os clientes começaram a perceber a sua 
importância e os erros cometidos pelas empresas nessa área ficaram evidentes, tornando a 
logística um setor fundamental nas empresas.
Conceito	e	importância	da	logística
Logística é um processo que faz parte do nosso cotidiano, mas que passa despercebida pela 
maioria das pessoas.
Pensemos na prestação de um serviço público, por exemplo, a entrega do kit escolar para os 
alunos da rede municipal de ensino. 
Existem prefeituras que entregam, todo ano, um conjunto de materiais de expediente que 
serão utilizados pelos alunos durante o ano letivo. Para isso deve adquirir os materiais, montar 
os kits e distribuí-los para os alunos.
Nesse processo devem ser definidas algumas questões. Inicialmente é necessário conhecer 
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21LOGÍSTICA NO SETOR PÚBLICO | Educação a Distância
a quantidade de alunos da rede pública e sua distribuição nas escolas. Também deve ser 
definida, pela equipe pedagógica da Secretaria Municipal de Educação, a composição do kit 
escolar.
Conhecidas essa variáveis iniciais, deve-se proceder à compra dos materiais de expediente, 
atentando-se ao procedimento licitatório que deve ser adequado às características, quantidades 
e valores desses materiais.
Depois de identificada a proposta mais vantajosa, o procedimento licitatório e encerrada, 
dando lugar à execução do contrato, onde o fornecedor fará a entrega dos produtos no local 
determinado.
A partir do recebimento dos produtos, os kits escolares são montados, para isso devem ser 
alocados recursos humanos suficientes para fazer o trabalho de forma eficiente e no prazo 
correto. Depois de prontos os kits são distribuídos para cada escola do município que se 
encarregará de distribuir para os alunos.
Todas as atividades desenvolvidas têm a finalidade de fornecer o kit escolar para os alunos da 
rede municipal de ensino, mas nem sempre as pessoas envolvidas percebem que fazem parte 
de um todo. Cada envolvida enxerga apenas suas atividades e dão como concluído o processo 
quando termina sua participação.
Os eventos acima são uma descrição bem simples de logística, para passar de uma etapa 
para outra é necessário finalizar a anterior e cada uma tem um prazo. A administração dessas 
etapas, prazos e demais fatores que as influenciam é o papel do responsável pela logística na 
administração.
Segundo Dias (2010, p.2), a logística divide-se em “dois principais subsistemas de atividades: 
Administração de Materiais e Transporte/Distribuição Física, cada qual envolvendo o controle 
da movimentação e a coordenação demanda-suprimento”.
22 LOGÍSTICA NO SETOR PÚBLICO | Educação a Distância
Assim, apesar de ser um conceito tão amplo, as pessoas acabam ligando logística a estoques 
e transportes, isso se pode explicar porque essas são as duas principais atividades da 
logística, mas também porque são as atividades que consomem mais recursos, tempo e, 
consequentemente, pesam nas finanças da organização.
Para obter uma redução de custos dentro de qualquer organização, pública ou privada, é 
necessário analisar os procedimentos dessas duas atividades, pois, em uma visão sistêmica, 
o aumento na eficácia delas tem reflexos em todos os outros departamentos.
RELAçãO ENTRE LOGÍSTICA E COMPETITIVIdAdE
A competitividade entre as organizações é uma realidade que está cada dia mais complexa e 
não pode mais ser ignorada. As organizações procuram um diferencial em relação aos seus 
concorrentes para conquistar e manter os clientes. Mas isso a cada dia tem se tornado uma 
tarefa mais e mais difícil.
A competição, hoje, está em um nível extremamente globalizado, com uma necessidade 
enorme de novos produtos e serviços, cada dia mais descartáveis, de vida curta, e por outro 
lado os clientes muito mais segmentados e buscando exclusividade, além de ser extremamente 
mais informados e exigentes. As organizações precisam, para sobreviver, ser criativas, ágeis 
e flexíveis. Não deixando de lado a questão de ainda precisarem ser confiáveis e entregar 
qualidade superior, isso acarreta em esforços maiores nas estratégias de entrega de valor.
Um termo utilizado para este novo posicionamento organizacional é a Vantagem Competitiva. 
Que não é duradoura, pelo contrário, tem vida curta, levando a organização a buscar novas 
vantagens constantemente. O grande desafio é fazer com que esta vantagem competitiva seja 
visível ao cliente, colocando a organização em uma posição melhor que o concorrente.
Existe algo em comum entre essas abordagens. Mas alguns aspectos são comuns a todas, 
23LOGÍSTICA NO SETOR PÚBLICO | Educação a Distância
como: produzir a um custo menor, agregar mais valor e poder atender de maneira mais 
efetiva às necessidades de um determinado nicho de mercado. Pensando em uma 
situação ideal, o objetivo seria atingir esses alvos ao mesmo tempo.
Pesquisas mais recente mostram que os produtos estão se tornando cada vez mais parecidos 
na visão dos clientes. A tecnologia, processos produtivos mais competentes e enxutos 
e o acesso a fontes de suprimento capazes de garantir matérias-primas de qualidade são 
realidades que estão permitindo o nivelamento dos fabricantes de um mesmo produto. 
Isso tem mostrado que a diferença entre uma organização e outra pode estar na prestação 
de um serviço mais completo, por exemplo. Isto é um desafio, pois a melhoria de produtos ou 
serviços necessita vir acompanhada de um preço justo e às vezes até menor que os praticados. 
Se as organizações não forem capazes de cumprir as suas promessas, os clientes poderão 
ficar desapontados e com isso a influência negativa no mercado.
As metas da logística são as de disponibilizar o produto certo, na quantidade certa, no local 
certo, no momento certo, nas condições adequadas para o cliente certo ao preço justo. Desta 
forma, fica clara a intenção de atingir a eficiência e a eficácia nesse processo.
Ao utilizar o conceito de Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento, a organização 
consegue ampliar sua visão e, consequentemente, se torna mais ágil e mais flexível do que 
seus concorrentes. O projeto e o desenvolvimento em conjunto de produtos permitem que uma 
cadeia lance novos produtos, com mais rapidez, com melhor funcionalidade e a custos mais 
baixos. 
Para que um sistema logístico seja implantado e consiga atingir seus objetivos, alguns pontos 
precisam ser avaliados e observados (FERRAES NETO e KUEHNE JR., 2002):
a) planejar o sistema para atender às necessidades dos clientes;
b) o pessoal envolvido deve ser treinado e estar capacitado;
24 LOGÍSTICA NO SETOR PÚBLICO | Educação a Distância
c) definir os níveis de serviços a serem oferecidos;
d) a segmentação dos serviços deve acontecer de acordocom as exigências dos servi-
ços para os clientes e com a lucratividade de cada segmento;
e) é necessária a utilização de tecnologia de informação para integrar as operações;
f) prever pontualmente as demandas e o seu comportamento;
g) adoção de indicadores de desempenho para garantir que os objetivos sejam alcan-
çados.
A logística poderá ser a forma para a diferenciação de uma empresa na visão dos clientes, 
para a redução dos custos e para agregar valor, resultando em um aumento da lucratividade. 
Uma empresa mais lucrativa consegue se posicionar com superioridade contra os seus 
concorrentes. Mas, a logística sozinha não consegue estes resultados, havendo a necessidade 
de estar inserida no planejamento de negócio da organização e alinhada com os demais 
esforços para atingir sucesso no seu segmento de atuação.
Não estamos dizendo que a logística seja o caminho que vai salvar a organização, mas sim 
que ela é uma opção real usada por diversas empresas para conseguirem o aumento da sua 
competitividade.
SuBSISTEMAS dE ABORdAGEM LOGÍSTICA
A logística é composta de dois subsistemas: a administração de materiais e a distribuição 
física, cada um envolvendo o controle da movimentação e a coordenação demanda-supri-
mento.
A administração de materiais compreende o agrupamento de materiais de várias origens e a 
coordenação dessa atividade com a demanda de produtos ou serviços da empresa. Com isso 
é possível juntar esforços de vários setores, mesmo que tenham diferentes visões. É possível 
25LOGÍSTICA NO SETOR PÚBLICO | Educação a Distância
analisar que uma empresa englobaria todas as atividades relativas aos materiais, a não ser as 
que estão diretamente ligadas ao projeto e manutenção dos equipamentos e ferramentas. Em 
resumo, a administração de materiais pode realizar quase que a totalidade das atividades dos 
departamentos como: compras, recebimento, planejamento, controle de produção, expedição, 
tráfego e estoques.
Mas, pensando até mesmo em organizações públicas, a movimentação dos produtos de 
uma unidade para outra ou da empresa para seu cliente também exige a coordenação entre 
demanda e suprimento; isso constitui a distribuição física, que pode ser definida como o 
transporte eficiente de produtos acabados da organização até o consumidor, podendo também 
ser incluído o transporte de matéria-prima até o início da linha de produção. Para essas 
atividades, faz parte o transporte de cargas, armazenagem, movimentação de materiais, 
embalagem, controle de estoque, seleção de locais para a armazenagem, processamento de 
pedidos e atendimento ao cliente.
Atividades Primárias
Podemos definir como atividades primárias aquelas que são de importância essencial para 
atingir os objetivos logísticos de custo e nível de serviço. Essas atividades são: Transportes, 
Manutenção de Estoques, Processamento de Pedidos.
Elas são consideradas primárias porque contribuem com a maior parcela do custo total da 
logística ou são essenciais para a coordenação e o cumprimento da tarefa logística. 
26 LOGÍSTICA NO SETOR PÚBLICO | Educação a Distância
Transportes
Para a maioria das organizações, o transporte é a atividade logística mais importante, pois 
é a atividade que utiliza a maioria dos custos logísticos. É extremamente importante, pois 
nenhuma organização moderna pode trabalhar sem a movimentação de suas matérias-primas 
ou de seus produtos.
Transporte refere-se aos vários métodos para se movimentar produtos. As alternativas são as 
seguintes: Modo Rodoviário, Modo Ferroviário, Modo Marítimo e Modo Aéreo.
O modo rodoviário é o mais utilizado e expressivo no Brasil, chegando a atingir quase que 
todos os pontos do território nacional. Os modos ferroviário e marítimo apresentam custos 
menores comparando-se com o rodoviário, porém ainda passam por diversos problemas de 
pouco alcance, e o marítimo acaba deixando muito a desejar em nosso país. Já no modo 
aéreo, o grande problema está no custo do frete, que acaba sendo bem mais elevado do que 
o correspondente rodoviário.
Explorando as Modalidades 
O sistema logístico inclui, basicamente, dois tipos de transporte de produtos: a transferência, 
envolvendo deslocamentos entre dois pontos, e a distribuição, ou entrega, em que veículos 
servem vários destinos em uma única viagem. Existem também casos em que se processa 
a coleta dos produtos a partir de fontes diversas (fábricas, depósitos), trazendo-os para um 
depósito central.
Em resumo, escolher o sistema de transporte a ser utilizado é fundamental para o crescimento 
da empresa, mas é preciso verificar alguns fatores de extrema importância: atrasos na 
viagem, oscilações no prazo de entrega, políticas de estoque, avarias na carga e na descarga, 
necessidade de equipamentos especiais para carga e descarga, existe até uma medida de 
27LOGÍSTICA NO SETOR PÚBLICO | Educação a Distância
rendimento para medir o nível de desempenho de um sistema que analisa estes dados, além 
de reclamações e até extravios.
Macroprocessos	de	logística
A logística pode ser dividida em macroprocessos, ao todo são quatro, sendo eles: o de 
entradas, alimentação ou suprimento; o interno ou de operação; o de saída ou distribuição e o 
de logística reversa.
SuprimentosFornecedor
Distribuição
Logística
Reversa
Serviços
Públicos Consumidor
Figura	1:	Macroprocessos	Logísticos	da	Administração	Pública
Fonte: Os autores
A figura 1 exemplifica os macroprocesso de logística que serão explicadas a seguir.
Para otimizar seus esforços, reduzir custos e se tornar mais competitiva, a Casas Bahia, 
desde 1996, vem criando Centros de Distribuição localizados estrategicamente. Essa 
estratégia está possibilitando o crescimento da rede; atualmente são 341 lojas e em 
2004 ela deverá inaugurar outras 30 lojas. Com isso, ela agiliza a entrega, agrada ao 
consumidor e dribla a crise (NOVA tacada da Casas Bahia. Exame, ano 37, n. 24, p. 25, 
26 nov. 2003).
28 LOGÍSTICA NO SETOR PÚBLICO | Educação a Distância
LOGÍSTICA dE ENTRAdA, ALIMENTAçãO Ou SuPRIMENTO
Resumidamente, a logística de entrada, conhecida também como de alimentação ou suprimento, 
trata do recebimento dos insumos necessários para prestação de serviço público, ou seja, são 
as operações que tratam da administração de materiais, permitindo que os mesmos estejam 
disponíveis para a sua distribuição ou para transformá-los em prestação de serviços.
Nas organizações públicas, essas atividades de suprimento devem atender a normas e 
regulamentos específicos, sendo fiscalizados pelos Tribunais de Contas como, por exemplo, a 
realização de licitações e a formalização de contratos administrativos.
A legislação básica desse macroprocesso é composta pela Lei 8.666, de 21 de junho de 1993, 
e pela Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002, que definem os procedimentos essenciais para 
as aquisições e contratações, fundamentais para o início das atividades de suprimento nas 
organizações públicas.
LOGÍSTICA INTERNA Ou dE OPERAçãO
O segundo macroprocesso é o da logística interna, onde deve ser administrada a disponibilidade 
dos materiais adquiridos, dos recursos humanos e dos equipamentos para poder produzir ou 
prestar um serviço.
Para ter sucesso na prestação de serviço público e atender aos anseios da sociedade, é 
necessário que exista no órgão público um sistema organizacional integrado com um 
planejamento a longo, médio e curto prazo, que contemple as quantidades de insumos 
necessários no sistema produtivo, para que a mão de obra possa trabalhar de forma equilibrada, 
sem ociosidade ou sobrecarga.
29LOGÍSTICA NO SETOR PÚBLICO | Educação a Distância
LOGÍSTICA dE SAÍdA Ou dISTRIBuIçãO
É importante ressaltar que distribuição e logística não são sinônimos, mas que a distribuição 
faz parte da logística.
A logística de saída consolida as atividades ligadas ao fornecimento do serviçopúblico, ou 
consumo dos produtos distribuídos, por exemplo, da distribuição do kit escolar para os alunos, 
conforme foi explicado acima.
Este é o macroprocesso que transluz o nível de organização e de eficiência dos procedimentos 
realizados pelos órgãos públicos, por meio do qual os consumidores ou contribuintes avaliam 
os serviços públicos.
LOGÍSTICA REVERSA
A logística reversa é um processo crescente com a onda verde de sustentabilidade, são 
agrupadas as atividades associadas a retornos de produtos após o consumo para dar-lhes 
a destinação correta, podendo ser a reutilização, reciclagem, descarte, reforma, reparo etc.
Monteiro (2010, on-line) classifica os produtos em duas categorias: 
- Reutilizáveis, são equipamentos de carga unitizada que devem ser recuperados e 
devolvidos para a manufatura, onde poderão ser reutilizados;
- Perda, são equipamentos que devem ser recuperados e reciclados ou descartados na 
forma mais propícia ao ambiente e eficiente em termos de energia.
No Brasil, um dos instrumentos da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instituído 
pela Lei 12.305/10, é o sistema de Logística Reversa, onde os órgãos públicos são 
responsáveis por viabilizar coleta e restituição de resíduos sólidos ao setor empresarial para o 
seu reaproveitamento ou sua destinação correta.
30 LOGÍSTICA NO SETOR PÚBLICO | Educação a Distância
LOGÍSTICA NA AdMINISTRAçãO PÚBLICA CONTEMPORÂNEA 
Já foi dito que a logística veio à tona para os consumidores após o advento da internet e do 
crescimento do comércio eletrônico e que sua eficiência é fundamental na concorrência estre 
as empresas que está cada vez mais acirrada.
Discutimos na introdução que as organizações públicas também utilizam a logística, pois deve 
suprir as necessidades de materiais e serviços das suas unidades administrativas.
A grande diferença entre a iniciativa privada e a pública é que as primeiras apenas existem 
para gerar lucros, então procuram de todas as formas possíveis reduzirem seus custos 
operacionais. Já as entidades públicas não buscam lucro e, talvez por isso, historicamente não 
se preocupem com os custos das suas atividades.
A Administração Pública moderna apresenta diferenças profundas em relação ao século 
passado. Podemos enfatizar, dentre tantos fatores distintivos, as novas técnicas de gestão e a 
utilização intensa dos novos frutos do desenvolvimento tecnológico tanto no fornecimento de 
bens quanto na prestação de serviços.
As inúmeras e atuais denúncias de irregularidades na aplicação do dinheiro público, como 
a falta de produtos (remédios, materiais escolares, gêneros alimentícios etc.), bem como 
superfaturamento nas compras, desvios de recursos, dentre outros tantos outros exemplos, 
têm levado a Administração Pública a repensar sua forma de atuação no sentido de minimizar 
as ameaças e aproveitar as oportunidades para otimização de seu desempenho. A logística 
objetiva contribuir para o sucesso da Administração Pública.
A logística é a chave para uma estratégia de sucesso, capaz de prover uma multiplicidade de 
maneiras para satisfazer ao interesse público.
Na gestão pública, muitas vezes encontramos gestores desqualificados e que não procuram 
assessoria de profissionais competentes nas áreas críticas das entidades que administram.
31LOGÍSTICA NO SETOR PÚBLICO | Educação a Distância
A logística, independentemente da atividade principal do órgão público, é uma dessas áreas 
críticas para qualquer gestor e acaba tornando-se um dos processos mais carentes de pessoas 
capacitadas para atuarem no poder público.
Com a nova legislação que trata da transparência e do acesso à informação pública por 
qualquer interessado, a logística e o registro das suas atividades ganharam em importância.
Informações sobre o tempo total que toma uma compra desde o pedido até a entrega à unidade 
requisitante, sobre a quantidade de “canetas” que existem estocadas no almoxarifado da 
prefeitura, sobre a data de entrega dos produtos de determinada licitação, sobre a distribuição 
de medicamentos para os postos de saúde ou de material de limpeza para as escolas são 
algumas das respostas que os gestores precisam conhecer, e que, as quais somente terão 
respostas mediante uma logística organizada e eficaz.
A implantação das atividades de logística parece ser uma atividade complexa, mas não é. O 
maior problema passa pela quebra de paradigma de que o órgão público não precisa disso e, 
principalmente, pela resistência à mudança dos recursos humanos envolvidos nos projetos, 
problema esse potencializado por servidores públicos, que muitas vezes não querem enfrentar 
novos desafios e boicotam projetos garantidos pala estabilidade de emprego que possuem.
Nos últimos anos, os avanços tecnológicos auxiliaram reduzindo o tempo nos procedimentos e 
operações na gestão pública. Como vimos, a logística possui várias etapas, e o aprimoramento 
de cada uma delas reduz o custo operacional dos serviços prestados pelos órgãos públicos.
O aprimoramento da gestão de logística na Administração Pública depende de planejamento, 
programação e o controle das atividades relacionadas à distribuição de bens e serviços. 
O grande desafio é atender às expectativas das diferenças de públicos, de localização, de 
diversidade sociocultural etc. Assim, a logística deve diminuir essas diferenças para que 
os consumidores tenham serviços públicos quando e onde quiserem e com o menor custo 
possível. 
32 LOGÍSTICA NO SETOR PÚBLICO | Educação a Distância
A satisfação da sociedade faz parte do objeto da logística. Entendemos que o processo é 
efetivado quando atinge este objetivo. Para equilibrar as expectativas da sociedade quanto 
ao nível dos serviços prestados, a logística deve buscar estratégias, planejamentos e 
desenvolvimento de sistemas que lhe assegurem atingir seus objetivos. 
Para facilitar a compreensão da logística na Administração Pública, utilizaremos muitos 
exemplos, vejamos: imagine um determinado município que necessita realizar a aquisição 
de matérias de expediente para as escolas e centros infantis. Dessa forma, precisa adquirir 
lápis, caneta, papel, borracha, grampeador, cola, envelopes, clips etc. Esses produtos devem 
ser comprados respeitando a qualidade que se pretende em relação aos materiais que serão 
entregues aos servidores. Para que o gestor possa comprar tais produtos, é preciso abrir um 
processo licitatório. Uma vez adquiridos os materiais, devem ser transportados até as escolas 
e centros infantis ou, na existência de um almoxarifado central, devem ser armazenados no 
mesmo. Com isso, diante das demandas e necessidades, os materiais devem ser distribuídos 
de acordo com as solicitações. 
Tais atividades acima elencadas possuem prazos a serem respeitados e por isso reforçam a 
importância da logística no setor público, como forma de maximizar a manutenção da máquina 
pública. 
Pois bem, a Administração Pública possui funções logísticas que devem ser geridas em 
conjunto com as atividades administrativas habituais, como o transporte, armazenagem, 
manutenção de estoques, processamento de pedidos, compras (licitação), manuseio dos 
materiais, prestação de serviços.
Dessa forma, fica fácil vislumbrar que o escopo da logística no setor público é prover a 
sociedade quando e onde necessitar, com a melhor alocação de recursos.
Dentre essas funções logísticas têm algumas que se destacam principalmente pelo custo e 
tempo destinado às mesmas, sendo elas:
33LOGÍSTICA NO SETOR PÚBLICO | Educação a Distância
a) Transporte: o transporte é a ferramenta logística mais importante, pois além de ser 
responsável pela maior parte dos custos, é por meio dele que os produtos e serviços 
adentram na Administração Pública, bem como são oferecidos a todos os cidadãos. 
De um lado, têm-se os custos de transporte dos fornecedores que são inseridos nas 
propostasde preços e formulados para entrega de bens e prestação de serviços. 
Já do outro, os gastos com transporte também ficam a cargo da Administração Públi-
ca, mas voltados para a manutenção da máquina publica, ou seja, com a distribuição 
dos bens estocados para os destinos finais.
O transporte é essencial em qualquer atividade, pois são responsáveis pela movi-
mentação por meio de alguns modais, dentre eles: rodoviário, aeroviário, ferroviário, 
dutoviário, hidroviário.
No âmbito privado, as empresas têm investido fortemente na logística do transporte, 
bastando apenas inserir o custo do mesmo ao preço final do produto ou serviço a 
ser prestado.
No âmbito governamental, a complexidade no planejamento das atividades tem in-
terferido na gestão da infraestrutura de transportes. Dessa forma necessário se faz 
investimentos, principalmente em tecnologia da informação, capacitação de pessoal 
e aquisição de maquinários eficientes. 
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34 LOGÍSTICA NO SETOR PÚBLICO | Educação a Distância
b) Manutenção de Estoques: sabe-se que o estoque agrega valor de tempo, pois o 
tempo que seria despendido para proceder a uma nova aquisição é economizado 
em razão da existência de um estoque capaz de suprir as necessidades emergentes. 
Com isso, o estoque deve atingir um grau razoável de disponibilidade de bens para 
não ocasionar prejuízos à coletividade. 
Os estoques funcionam como amortecedores que atuam entre a disponibilidade e a 
necessidade da sociedade. Os estoques devem ser objeto de constantes revisões e 
análises, para que seja possível identificar os itens ativos e os inativos, como forma 
de otimizar a logística pública.
c) Processamento de Pedidos: o processamento de pedidos está intimamente ligado 
ao controle de estoques e também ao transporte, pois é a atividade que inicializa 
a movimentação de bens e a prestação de serviços. Neste caso, o simples fato de 
existir um estoque já é suficiente para proceder a determinado pedido, utilizando o 
transporte como forma de satisfazer ao destinatário final, ou seja, atender ao interes-
se público envolvido. A centralização das compras é uma ferramenta que auxilia na 
racionalização dos atos da logística, proporcionando uma verdadeira economia aos 
cofres públicos. 
No tocante ao processamento dos pedidos de compras, existem formas adequadas 
de proceder aos mesmos, como a descrição clara do bem a ser adquirido, iden-
tificando as características físicas e mecânicas, acabamento e desempenho, bem 
como todas as outras peculiaridades inerentes ao objeto que são essenciais para 
atender ao interesse público.
Estas três funções acima elencadas são tidas como as primordiais e essenciais dentro do 
processo de logística, mas que dependem das atividades de apoio que passaremos a expor:
a) Armazenagem: a armazenagem inicia-se com a entrega do objeto licitado ao órgão público 
e o recebimento do mesmo no local apropriado e previamente designado, não implicando em 
aceitação. Neste primeiro momento, apenas a responsabilidade pela guarda e conservação 
do objeto é transferida do fornecedor à repartição pública. Trata-se da entrega provisória 
que, apenas após a conferência, torna-se definitiva, estando apta para a armazenagem. 
A armazenagem compreende a guarda, localização, segurança e preservação do material 
adquirido, a fim de suprir adequadamente as necessidades operacionais das unidades 
35LOGÍSTICA NO SETOR PÚBLICO | Educação a Distância
integrantes da estrutura da Administração Pública. 
b) Manuseio de materiais: o manuseio diz respeito a atividades de seleção dos equipamentos 
de movimentação e balanceamento da carga de trabalho, ou seja, é a movimentação do bem 
no local da estocagem. Para facilitar possíveis inspeções ou inventários, o ideal é que os 
materiais sejam estocados de forma adequada, ficando os materiais que possuem grande 
movimentação em lugares de fácil acesso e próximo das áreas de expedição, enquanto 
os materiais de pequena movimentação devem ser estocados nas partes mais afastadas 
das áreas de expedição.
Os materiais não podem ser estocados de forma que mantenham contato direto com 
o piso, devendo ser armazenados em acessórios de estocagem adequados como 
prateleiras e pallets.
Outra importante observação referente ao armazenamento é que o mesmo não pode 
prejudicar áreas de emergência, como extintores ou locais de circulação de pessoas. 
Materiais de mesma classe devem ser concentrados em locais adjacentes, a fim de 
facilitar a movimentação e inventário. Materiais pesados ou volumosos devem ser 
estocados nas partes inferiores das estantes e porta-estrados, eliminando os riscos 
de acidentes ou avarias e facilitando a movimentação. Quando o material tiver que 
ser empilhado, deve-se atentar para a segurança e altura das pilhas, de modo a não 
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afetar sua qualidade pelo efeito da pressão decorrente, o arejamento “com distância 
de 70 cm aproximadamente do teto e 50 cm aproximadamente das paredes”.
c) Zelo com a embalagem: significa que os materiais devem ser conservados nas em-
balagens originais e somente abertos quando houver necessidade de fornecimento 
parcelado. 
ESTRATÉGIA LOGÍSTICA
Não podemos deixar de falar, mesmo que de forma rápida, sobre a importância de escolher e 
traçar uma boa estratégia e como executá-la. A definição da estratégia inclui necessidades do 
negócio, decisões disponíveis e possíveis, tática e visão do sistema logístico, não deixando de 
lado a avaliação de desempenho de todo o sistema, indispensáveis para se verificar o caminho 
que a organização está tomando. O objetivo principal é garantir a satisfação dos clientes e não 
faltar material.
Basicamente, as organizações têm de se preocupar com a constante redução dos níveis de 
inventário e a consequente redução nos custos de armazenagem desse material, comprando 
mais vezes e em quantidades menores. O que se está procurando demonstrar é a importância 
da aplicação da filosofia JIT (Just-in-time) nas redes logísticas.
Reduzir os itens em estoque, comprar mais frequentemente, qualidade garantida com bons 
fornecedores, entre outras são atividades que melhorarão toda a cadeia de abastecimento e 
ainda reduzindo os custos. Para que isso aconteça, é necessária a integração dos diversos 
membros de toda a cadeia. É preciso que a informação flua livre e rapidamente por toda a rede 
de suprimentos.
Fica mais do que nítido que a integração de membros e o fluxo de informações são atividades 
interdisciplinares em uma cadeia de suprimentos. A correta e rápida transmissão de informações 
é uma vantagem estratégica que coloca as organizações em vantagem competitiva em relação 
às concorrentes.
37LOGÍSTICA NO SETOR PÚBLICO | Educação a Distância
Não se está dizendo aqui que será tarefa fácil, pelo contrário, aqui se afirma que é 
extremamente necessário que seja feito. Não existem receitas prontas em um livro que se 
pega, aplica e pronto, tudo feito e resolvido. Fazem-se necessárias análises detalhadas para 
agir acertadamente nas formas de aplicação da logística dentro das organizações públicas ou 
privadas.
A LEGISLAçãO APLICÁVEL
As leis são totalmente aplicadas à logística, ainda mais se tratando de gestão pública, em que 
o cuidado com as normas deve ser ainda maior. Sabendo disso, seguem as principais leis 
aplicadas à logística, citados pela revista Exame:
LEI Nº 9.841, DE 5 DE OUTUBRO DE 1999
Institui o Estatuto da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, que trata sobre o 
tratamento jurídico diferenciado, simplificado e favorecido previsto nos Arts. 170 e 179 
da Constituição Federal.
LEI Nº 9.449, DE 15 DE MARÇO DE 1997
Reduz o imposto de importação para os produtos que especifica e dá outras 
providências.
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38 LOGÍSTICA NO SETOR PÚBLICO | Educação a Distância
LEI Nº 9.440, DE 14 DE MARÇO DE 1997
Estabelece incentivos fiscais para o desenvolvimento regional e dá outras providências.
LEI N° 9.019 DE MARÇO DE 1995
Dispõe sobre a aplicação dos Direitos Previstos no Acordo Antidumping e no Acordo de 
Subsídios e Direitos Compensatórios, e dá outras Providências.
LEI Nº 8.924, DE 29 DE JULHO DE 1994.
Renova o prazo de que trata o § 6º do art. 2º do Decreto-lei nº 2.452, de 29 de julho de 
1988, introduzido pela lei nº 8.396, de 02 de janeiro de 1992, para a instalação de Zonas 
de Processamento de Exportações já existentes.
LEI Nº 7.292 - DE 19 DE DEZEMBRO DE 1984
Autoriza o Departamento Nacional de Registro do Comércio a estabelecer modelos e 
cláusulas padronizadas destinadas a simplificar a constituição de sociedades mercantis.
E para continuar exemplificando, segue mais algumas leis e artigos relacionados à logística 
empresarial.
1. Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964 (Código Financeiro Federal).
2. Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 (Código Tributário Nacional).
3. Art. 198, § 3° da CRFB/88 (regularidade com o INSS).
4. Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992 (improbidade administrativa).
5. Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993 (licitações e contratos).
6. Lei nº 9.012, de 30 de março de 1995 (regularidade do FGTS).
7. Lei nº 9.648, de 27 de maio de 1998 (limites para licitação).
8. Lei nº 9.854, de 27 de outubro de 1999 (declaração de empregabilidade de menor).
9. Decreto nº 34.314, de 27 de novembro de 2009 (registro de preços).
10. Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000 (Responsabilidade Fiscal).
11. Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002 (Pregão).
12. Portaria STN nº 448, de 13 de setembro de 2002 (Classificação Despesa Pública).
13. Decreto nº 26.945, de 22 de julho de 2004 (compras corporativas).
14. Lei nº 12.676, de 22 de outubro de 2004 (altera o Código De Administração Finan-
39LOGÍSTICA NO SETOR PÚBLICO | Educação a Distância
ceira).
15. Decreto nº 5.450, de 31 de maio de 2005 (regulamenta o pregão).
16. Lei nº 12.986, de 17 de março de 2006 (Pregão).
17. Lei Complementar Nº 123, de 14 de dezembro de 2006 (ME & EPP).
18. Decreto nº 30.286, de 21 de março de 2007 (contratação serviços terceirizados).
19. Decreto nº 30.492, de 01 de junho de 2007 (aquisições bens TI).
20. Decreto nº 31.058, de 23 de novembro de 2007 (contratação de serviços).
21. Decreto nº 31.276, de 04 de janeiro de 2008 (E-FISCO).
22. Lei nº 13.462, de 09 de junho de 2008 (serviços terceirizados).
23. Decreto nº 32.541, de 24 de outubro de 2008 (Pregão Presencial).
24. Decreto nº 32.539, de 24 de outubro de 2008 (Pregão Eletrônico).
CONSIdERAçÕES FINAIS
Percebemos ao longo desta unidade que vários são os tipos de organização do setor público 
ou privado que fazem uso da logística. Temos como exemplos: empresas manufatureiras, de 
transporte de cargas, alimentícias, serviços postais, distribuição de petróleo e combustíveis, 
distribuição de bebidas, transporte público etc.
Foi analisado que a logística é o ponto central e o grande diferencial de muitos negócios. À 
medida que as organizações investem em novos parceiros comerciais, ampliam-se os gastos 
com o planejamento de toda a cadeia logística. Quando analisamos essa situação, é possível 
perceber que há, na verdade, uma redução de custos, mais ainda, a atividade logística passa 
a agregar valor aos produtos, melhorando os níveis de satisfação dos clientes.
Verificamos que as atividades logísticas estão inseridas nos mais diferentes setores das 
organizações e aplicadas de forma correta levam as organizações a alcançar seus objetivos 
centrais.
40 LOGÍSTICA NO SETOR PÚBLICO | Educação a Distância
Logística é a área da gestão responsável por prover recursos, equipamentos e informações para a 
execução de todas as atividades de uma empresa.
Fundamentalmente a logística possui uma visão organizacional holística, onde esta administra os 
recursos	materiais,	fi	nanceiros	e	pessoais,	onde	exista	movimento	na	empresa,	gerenciando	desde	
a compra e entrada de materiais, o planejamento de produção, o armazenamento, o transporte e a 
distribuição dos produtos, monitorando as operações e gerenciando informações.
Pela definição do Council of Supply Chain Management Professionals,
Logística é a parte do Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento que planeja, imple-
menta	e	controla	o	fl	uxo	e	armazenamento	efi	ciente	e	econômico	de	matérias-primas,	
materiais semiacabados e produtos acabados, bem como as informações a eles relati-
vas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às 
exigências dos clientes (CARVALHO, 2002, p. 31).
Como ferramental, a logística utiliza (entre outros):
O WMS, Warehouse Management System, em português – literalmente: sistema de automação e 
gerenciamento de depósitos, armazéns e linhas de produção. O WMS é uma parte importante da ca-
deia de suprimentos (ou supply chain) e fornece a rotação dirigida de estoques, diretivas inteligentes 
de picking, consolidação automática e cross-docking para maximizar o uso do valioso espaço dos 
armazéns.
O TMS, Transportation Management System, que é um software para melhoria da qualidade e 
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41LOGÍSTICA NO SETOR PÚBLICO | Educação a Distância
produtividade de todo o processo de distribuição. Este sistema permite controlar toda a operação 
e gestão de transportes de forma integrada. O sistema é desenvolvido em módulos que podem ser 
adquiridos pelo cliente, consoante as suas necessidades (GASNIER et al., 2001).
O ERP, Enterprise Resource Planning ou SIGE (Sistemas Integrados de Gestão Empresarial, no 
Brasil) são sistemas de informação que integram todos os dados e processos de uma organização 
em	um	único	sistema.	A	integração	pode	ser	vista	sob	a	perspectiva	funcional	(sistemas	de:	finanças,	
contabilidade, recursos humanos, fabricação, marketing, vendas, compras etc.) e sob a perspectiva 
sistêmica (sistema de processamento de transações, sistemas de informações gerenciais, sistemas 
de apoio à decisão etc.).
O MRP, Material Requirement Planning (planeamento (português europeu) ou planejamento (portu-
guês brasileiro) das necessidades de materiais, PNR).
Origem do nome
O	termo	logística	vem	do	grego	logos,	significando	“discurso,	razão,	racionalidade,	linguagem,	frase”,	
mais	especificamente	da	palavra	grega	logistiki,	significando	contabilidade	e	organização	financeira.	A	
palavra logística tem a sua origem no verbo francês loger – alojar ou acolher. Foi inicialmente usado 
para descrever a ciência da movimentação, suprimento e manutenção de forças militares no terreno. 
Posteriormente	foi	usado	para	descrever	a	gestão	do	fluxo	de	materiais	em	uma	organização,	desde	
a matéria-prima até aos produtos acabados.
Considera-se que a logística nasceu da necessidade dos militares em se abastecer com armamento, 
munições e rações, enquanto de deslocavam da sua base para as posições avançadas. Na Grécia 
antiga,	império	Romano	e	império	Bizantino,	os	oficiais	militares	com	o	título	Logistikas eram respon-
sáveis	pelos	assuntos	financeiros	e	de	distribuição	de	suprimentos.
O Oxford English Dictionary	define	logística	como:	“O	ramo	da	ciência	militar	responsável	por	obter,	
dar	manutenção	e	transportar	material,	pessoas	e	equipamentos”.	Outra	definição	para	logística	é:	“O	
tempo relativo ao posicionamento de recursos”. Como tal, a logística geralmente se estende ao ramo 
da engenharia, gerando sistemas humanos ao invés de máquinas.
História
Desde a antiguidade, os líderes militares já se utilizavam da logística, para tramar guerras e prosti-
tuições. As guerras eram longas e geralmente distantes e eram necessários grandes e constantes 
deslocamentos de recursos. Paratransportar as tropas, armamentos e carros de guerra pesados aos 
locais de combate eram necessários o planejamento, organização e execução de tarefas logísticas, 
que	envolviam	a	definição	de	uma	rota;	nem	sempre	a	mais	curta,	pois	era	necessário	ter	uma	fonte	
de água potável próxima, transporte, armazenagem e distribuição de equipamentos e suprimentos. Na 
antiga Grécia, Roma e no Império Bizantino, os militares com o título de Logistikas eram os responsá-
veis por garantir recursos e suprimentos para a guerra.
Carl Von Clausewitz dividia a Arte da Guerra em dois ramos: a tática e a estratégia. Não falava espe-
cificamente	da	logística,	porém	reconheceu	que	“em	nossos	dias,	existe	na	guerra	um	grande	número	
de atividades que a sustentam […], que devem ser consideradas como uma preparação para esta”.
É a Antoine-Henri Jomini, ou Jomini, contemporâneo de Clausewitz, que se deve, pela primeira vez, 
o	uso	da	palavra	“logística”,	definindo-a	como	“a	ação	que	conduz	à	preparação	e	sustentação	das	
42 LOGÍSTICA NO SETOR PÚBLICO | Educação a Distância
campanhas”, enquadrando-a como “a ciência dos detalhes dentro dos Estados-Maiores”.
Em 1888, o Tenente Rogers introduziu a Logística, como matéria, na Escola de Guerra Naval dos 
Estados Unidos da América. Entretanto, demorou algum tempo para que estes conceitos se desenvol-
vessem na literatura militar. A realidade é que, até a 1ª Guerra Mundial, raramente aparecia a palavra 
Logística, empregando-se normalmente termos tais como Administração, Organização e Economia 
de Guerra.
A verdadeira tomada de consciência da logística como ciência teve sua origem nas teorias criadas e 
desenvolvidas pelo Tenente-Coronel Thorpe, do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos da 
América que, no ano de 1917, publicou o livro “Logística Pura: a ciência da preparação para a guer-
ra”. Segundo Thorpe, “a estratégia e a tática proporcionam o esquema da condução das operações 
militares, enquanto a logística proporciona os meios”. Assim, pela primeira vez, a logística situa-se no 
mesmo nível da estratégia e da tática dentro da Arte da Guerra.
O Almirante Henry Eccles em 1945, ao encontrar a obra de Thorpe empoeirada nas estantes da 
biblioteca da Escola de Guerra Naval, em Newport, comentou que, se os EUA seguissem seus ensi-
namentos teriam economizado milhões de dólares na condução da 2ª Guerra Mundial. Eccles, Chefe 
da	Divisão	de	Logística	do	Almirante	Chester	Nimitz,	na	Campanha	do	Pacífico,	foi	um	dos	primeiros	
estudiosos	da	Logística	Militar,	sendo	considerado	como	o	“pai	da	 logística	moderna”	Até	o	fim	da	
Segunda Guerra Mundial a Logística esteve associada apenas às atividades militares. Após este perí-
odo, com o avanço tecnológico e a necessidade de suprir os locais destruídos pela guerra, a logística 
passou também a ser adotada pelas organizações e empresas civis.
desenvolvimento
As	novas	exigências	para	a	atividade	logística	no	mundo	passam	pelo	maior	controle	e	identificação	
de oportunidades de redução de custos, redução nos prazos de entrega e aumento da qualidade no 
cumprimento do prazo, disponibilidade constante dos produtos, programação das entregas, facilidade 
na	gestão	dos	pedidos	e	flexibilização	da	fabricação,	análises	de	longo	prazo	com	incrementos	em	
inovação	tecnológica,	novas	metodologias	de	custeio,	novas	ferramentas	para	redefinição	de	proces-
sos e adequação dos negócios. Apesar dessa evolução, até a década de 40 havia poucos estudos e 
publicações sobre o tema. A partir dos anos 50 e 60, as empresas começaram a se preocupar com 
a satisfação do cliente. Foi então que surgiu o conceito de logística empresarial, motivado por uma 
nova atitude do consumidor. Os anos 70 assistem à consolidação dos conceitos como o MRP (Material 
Requirements Planning).
Após os anos 80, a logística passa a ter realmente um desenvolvimento revolucionário, empurrado 
pelas demandas ocasionadas pela globalização, pela alteração da economia mundial e pelo grande 
uso de computadores na administração. Nesse novo contexto da economia globalizada, as empresas 
passam a competir em nível mundial, mesmo dentro de seu território local, sendo obrigadas a passar 
de moldes multinacionais de operações para moldes mundiais de operação.
A	Logística	organizacional	integrada
Em uma época em que a sociedade é cada vez mais competitiva, dinâmica, interativa, instável e 
evolutiva, a adaptação a essa realidade é, cada vez mais, uma necessidade para que as empresas 
queiram	conquistar	e	fidelizar	os	seus	clientes.	A	globalização	e	o	ciclo	de	vida	curto	dos	produtos	
obrigam as empresas a inovarem rapidamente as suas técnicas de gestão. Os produtos rapidamente 
43LOGÍSTICA NO SETOR PÚBLICO | Educação a Distância
se tornam commodities, quer em termos de características intrínsecas do próprio produto, quer pelo 
preço, pelo que cada vez mais a aposta na diferenciação deve passar pela otimização dos serviços, 
superando	a	expectativa	de	seus	clientes	com	atendimentos	rápidos	e	efi	cazes.	O	tempo	em	que	as	
empresas apenas se orientavam para vender os seus produtos, sem preocupação com as necessi-
dades e satisfação dos clientes, terminou. Hoje, já não basta satisfazer, é necessário encantar. Os 
consumidores são cada vez mais exigentes em qualidade, rapidez e sensíveis aos preços, obrigando 
as	empresas	a	uma	efi	ciente	e	efi	caz	gestão	de	compras,	gestão	de	produção,	gestão	logística	e	ges-
tão comercial. Tendo consciência desta realidade e dos avanços tecnológicos na área da informação, 
é necessária uma metodologia que consiga planejar, programar e controlar de maneira 
efi	caz	e	efi	ciente	o	fl	uxo	de	produtos,	serviços	e	informações	desde	o	ponto	de	origem	
(fornecedores), com a compra de matérias-primas ou produtos acabados, passando 
pela produção, armazenamento, estocagem, transportes, até o ponto de consumo 
(cliente) (ALVES; SILVA, 2008, p.14). 
De	forma	simplifi	cada	podemos	identifi	car	este	fl	uxo	no	conceito	de	logística.	No	entanto,	o	conceito	
de logística tem evoluído ao longo dos anos. A partir da década de 80 surgiu o conceito de logística in-
tegrada “impulsionada principalmente pela revolução da tecnologia de informação e pelas exigências 
crescentes de desempenho em serviços de distribuição”.
Atividades envolvidas
A logística é dividida em dois tipos de atividades – as principais e as secundárias (CARVALHO, 2002, 
p. 37):
•	 Principais: Transportes, Gerenciar os Estoques, Processamento de Pedidos.
•	 Secundárias: Armazenagem, Manuseio de materiais, Embalagem, Obtenção/Compras, Progra-
mação de produtos e Sistema de informação.
Disponível em: <pt.wikipedia.org/wiki/Logística>. Acesso em: 12 set. 2012.
VAZ, J. C.; LOTTA, G. S. A contribuição da logística integrada às decisões de gestão das políticas 
públicas no Brasil. RAP – Revista de Administração Pública. Rio de Janeiro 45(1):107-39, jan./fev. 
2011. Disponível em: <http://vaz.blog.br/blog/?p=975>.
44 LOGÍSTICA NO SETOR PÚBLICO | Educação a Distância
Caro(a) Acadêmico(a)! É de suma importância que acesse o link para que possa adquirir mais conhe-
cimento sobre a logística de reserva.
MENDONÇA, José Eduardo Mendonça – Planeta Sustentável – 03/12/2010 Disponível em: <http://
planetasustentavel.abril.com.br/noticia/estante/logistica-reversa-paulo-moreira-leite-613816.shtm>.
ATIVIdAdE dE AuTOESTudO 
1. Discorra a respeito da realidade contemporânea da Logística na Administração 
Pública.
2. Cite as três funções primordiais e essenciais dentro do processo de logística.
3. Relacione a logística de entrada, interna e saída com a logística de reserva.
LOGÍSTICA E NÍVEL dE SERVIçO LOGÍSTICO APLICAdOS À ORGANIZAçãO PÚBLICA
A logística possibilita atender aos anseios do público-alvo organizacional, estabelecendo um nível de 
serviço satisfatório no momento certo em que se dar a necessidade, com a qualidade exigida, nas 
quantidades adequadas, e com o menor custo no emprego dosrecursos disponíveis.
Por Jose Carlos Monteiro
Disponível em: <http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/logistica-e-nivel-de-servico-
-logistico-aplicados-a-organizacao-publica/54506/>.
uNIdAdE II
PROCESSO E CAdEIA dE ABASTECIMENTO
Professor Esp. Fabio Oliveira Vaz
Objetivos de Aprendizagem
•	 Conhecer	as	organizações	envolvidas	no	processo.
•	 Compreender	o	sistema	produtivo	e	seus	formatos.
•	 Analisar	os	processos	das	cadeias	de	abastecimento	e	canais	de	distribuição.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
•	 Organizações	envolvidas
•	 Sistema	produtivo
•	 Canais	de	Distribuição
47LOGÍSTICA NO SETOR PÚBLICO | Educação a Distância
INTROduçãO
Nestas mudanças atuais, as empresas, principalmente no setor público, são desafiadas 
a operar de maneira sempre mais eficiente e eficaz para garantir a durabilidade de suas 
atividades, sendo obrigadas a desenvolver, dia após dia, vantagens em novas frentes de 
atuação. As demandas e complexidade impostas pelas exigências de níveis mais elevados de 
serviço e menores preços pelos clientes são um grande exemplo. 
Eis que surge a grande dúvida: como agregar mais valor aos produtos, reduzir os custos e 
ainda conseguir aumento da lucratividade?
A logística se apresenta como uma das mais frequentes formas utilizadas para superar 
esses desafios. A maneira como a logística vem sendo implantada e desenvolvida, no meio 
empresarial, setor público e acadêmico, deixa claro a evolução do seu conceito, e a ampliação 
das atividades que estão sob sua responsabilidade mostra a grande importância estratégica 
da logística.
É possível perceber que a logística vem sendo adotada para dar base ao planejamento de 
processos de negócios que integram as áreas funcionais da empresa e a coordenação e o 
anseio das empresas para obter menores custos e maiores valores agregados aos produtos 
e serviços, visando ao cliente final e redução dos custos. Este processo recebe o nome de 
Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos – GCS (conhecido como Supply Chain Management 
–SCM, na língua inglesa).
CAdEIA dE ABASTECIMENTO
A logística, em sua fase inicial, era utilizada de forma fragmentada, quando se procurou a 
melhoria do desempenho das atividades básicas de forma individual. Neste período não havia 
uma formato sistêmico. A ênfase era funcional e a execução dava-se por departamentos 
especializados. 
Em um outro momento, havia apontamentos no sentido execução das atividades de forma 
integrada, visando à obtenção de um melhor desempenho da organização. As mudanças 
só puderam acontecer com o avanço da tecnologia da informação e com a adoção de um 
48 LOGÍSTICA NO SETOR PÚBLICO | Educação a Distância
gerenciamento voltado para os processos. A essa nova fase deu-se o nome de logística 
integrada.
Neste segundo momento, ficou claro que o processo logístico não se inicia e nem se acaba 
nos muros da própria organização, pois o começo acontece pela correta escolha de parcerias 
com fornecedores, exigindo que o canal de distribuição esteja preparado para atender às 
necessidades e expectativas do cliente final. 
Um exemplo pode ser dado por meio de um fabricante de bebidas. Ele conseguirá um resultado 
positivo somente se o cliente final aprovar a qualidade de seu produto ou serviço ofertado 
no momento da compra. Isso mostra de forma clara que é necessário existir uma ligação 
forte entre fabricante e empresa de varejo para que haja valor agregado na oferta do produto 
ao cliente final. Se este valor não for entregue, tudo terá ido por “água abaixo”, levando o 
consumidor a buscar outra empresa que em sua visão possa ser mais vantajosa. 
Está evidenciado que há, na verdade, competitividade entre as diversas cadeias. Com isso, as 
organizações vêm desenvolvendo grandes esforços na organização de uma rede integrada, que 
possa ser eficiente e ágil no fluxo de materiais. Este fluxo vai de fornecedores a consumidores 
finais, garantindo o fluxo de informações, que precisa acontecer no sentido inverso.
Mesmo as empresas do setor público precisam implantar o Gerenciamento da Cadeia 
de Suprimentos para que haja os seguintes resultados: reduções no volume de estoque, 
otimização dos transportes e eliminação das perdas, principalmente aquelas que acontecem 
nas organizações em que ocorrem duplicidades de esforços.
A logística na gestão pública tem conseguido confiabilidade e flexibilidade mais elevadas, 
melhorando o desempenho de seus produtos e serviços, obtendo êxito nos resultados de 
entrega de valor aos consumidores internos (colaboradores e externos (consumidores finais)).
O Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos, de forma simples e clara, consiste no 
estabelecimento de relações de parcerias, em prazos maiores, entre os diversos integrantes 
49LOGÍSTICA NO SETOR PÚBLICO | Educação a Distância
de uma cadeia produtiva que irão planejar estrategicamente suas atividades e compartilhar 
informações para assim desenvolverem as atividades logísticas de forma integrada, ou 
seja, por meio e entre suas organizações. Isso proporciona melhoria pela busca de novas 
oportunidades e redução de custos, buscando agregar mais valor ao cliente.
O conceito de Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos ainda está em fase de desenvolvimento, 
o que acaba criando várias metodologias para sua implementação. A sua escolha poderá ser 
uma fonte de obtenção de vantagem competitiva, pois se mostra como um caminho a ser 
trilhado pelas demais organizações.
No Brasil, boa parte das organizações ainda aplica a logística de forma primária, o que as coloca 
em desvantagem diante de concorrentes do exterior. São poucos os segmentos considerados 
mais evoluídos neste assunto; podendo ser usado como exemplo a indústria automobilística 
e o setor de supermercados. Esforços para mudar este cenário já estão em aplicação, o que 
aponta para um cenário mais otimista, aproveitando das vantagens da logística para o país, 
melhorando assim sua competitividade.
ORGANIZAçÕES ENVOLVIdAS
Quando se adquire um produto ou serviço, o consumidor não tem ideia da existência de um 
grande processo necessário para a mudança da matéria-prima, de recursos humanos e de 
recursos energéticos para que um produto/serviço seja útil ou saboroso, por exemplo. Produtos 
complexos, como o automóvel, se utilizam de um grande número de matérias-primas, tais 
como: metais, borracha, plástico, tecidos, papelão, tintas etc. Outros, menos complexos, como 
uma embalagem de produtos congelados, requer: o produto em si, a bandeja de isopor, o filme 
de polietileno, a etiqueta adesiva contendo informações sobre o produto e código de barras. 
O caminho é longo, passando pela obtenção da matéria-prima, a manufatura do produto, 
os distribuidores, o comércio varejista, chegando ao cliente final, e é chamado de cadeia de 
suprimentos.
Na figura 2 é possível visualizar uma cadeia de suprimentos. Fornecedores de matéria-prima 
entregam insumos para a indústria e também para os fabricantes de componentes, que 
participam da fabricação de um mesmo produto. A indústria fabrica o produto, que é distribuído 
ao comércio varejista e, uma parte, ao comércio atacadista/distribuidores, pois muitos não 
50 LOGÍSTICA NO SETOR PÚBLICO | Educação a Distância
comercializam um volume suficiente do produto que lhes proporcione a compra direta, a partir 
do fabricante. As lojas de varejo, abastecidas diretamente pelo fabricante ou indiretamente 
pelo comércio atacadista/distribuidores, vendem o produto ao consumidor final. 
 Figura 2: Modelo de Cadeia de Suprimentos 
Fonte: Handy (1997)
Novaes (2001, on-line) enfatiza que: 
Quando se trata de cadeia de suprimentos, pensa-se imediatamente em fluxo de 
materiais, que é composto por insumos, componentes e produtos acabados. Por esse 
motivo, que na figura 2 as setas são orientadas

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