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Aula 3 Dentística Materiais Restauradores na Odontopediatria

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Núcleo de Telessaúde Técnico-Científico do Rio Grande do Sul 
Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS 
Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia - PPGEPI 
Faculdade de Medicina - FAMED 
Curso de Odontopediatria 
Dentística – decisão de tratamento - Módulo 2 
Materiais Restauradores na Odontopediatria 
Silvana Gonçalves Bragança | Jonas de Almeida Rodrigues 
 
Materiais Restauradores 
A evolução dos materiais restauradores com características 
adesivas é de suma importância na abordagem da mínima 
intervenção, fazendo com que sejam os mais empregados na 
clínica odontopediátrica. São eles, os sistemas adesivos, as resinas 
compostas, os cimentos de ionômero de vidro (CIV) convencionais 
e os modificados por resina. 
 
A escolha do material para ser usada em uma determinada 
situação, entretanto, nem sempre é simples e não deve basear-se 
apenas em considerações técnicas. 
Materiais Restauradores 
Outros fatores de durabilidade podem ser igualmente importantes 
na escolha do material, particularmente em crianças. 
 
São eles: a idade da criança, que vai determinar a sua capacidade 
de cooperar com os procedimentos e também por quanto tempo 
a restauração é obrigada a permanecer satisfatória; o risco de 
cárie, pois restaurações feitas em crianças com alto risco de cárie 
podem ter que cumprir diferentes objetivos daqueles usados em 
crianças que têm baixo risco de cárie; e a cooperação da criança, 
pois a criança que não coopera pode tornar o atendimento mais 
difícil e, por isso, materiais com técnica sensível, por exemplo, 
devem ser evitados. 
A Escolha do Material Restaurador: 
Atualmente, temos uma grande quantidade de materiais 
restauradores disponível, porém cada um com as suas 
especificidades que devem ser consideradas no momento da 
escolha do tratamento restaurador. 
 
A tabela a seguir mostra as vantagens e desvantagens dos 
principais materiais restauradores usados na odontopediatria. 
MATERIAL VANTAGENS DESVANTAGENS 
Cimento de ionômero de vidro 
convencional 
Adesividade. 
Certo grau de estética. 
Simples de manusear. 
Liberação de flúor. 
Biocompatibilidade. 
Absorção de água. 
Estética não tão satisfatória quanto das 
resinas. 
Baixas propriedades mecânicas. 
Menor tempo de trabalho. 
Cimento de ionômero de vidro 
modificado por resina 
Adesividade. 
Certo grau de estética. 
Simples de manusear. 
Liberação de flúor. 
Controle da polimerização. 
Biocompatibilidade. 
Maior tempo de trabalho. 
Absorção de água. 
Estética não tão satisfatória quanto das 
resinas. 
Baixas propriedades mecânicas. 
 
Resina composta 
Adesividade. 
Estética. 
Razoáveis propriedades de desgaste. 
Controle de polimerização. 
Melhores propriedades mecânicas. 
Menor desgaste da estrutura dentária. 
Técnica sensível. 
Necessita de isolamento absoluto. 
Alto custo. 
Contração de polimerização. 
 
Amálgama 
Fácil manipulação. 
Baixo tempo operatório. 
Mínima mudança dimensional após 
cristalização. 
Adaptação marginal.Reistência ao desgaste. 
Longevidade clínica. 
Baixo custo. 
Não há adesão. 
Estética. 
Maior desgaste da estrutura dentária. 
Toxicidade. 
Exige retenção mecânica. 
Adaptado de CAMERON AC, 2012. 
Os CIVs utilizados na odontopediatria são o convencional e o 
modificado por resina. Os CIVs apresentam grandes vantagens no seu 
uso, onde destacam-se adesividade à estrutura dental, o coeficiente de 
expansão térmica linear semelhante ao dente, a biocompatibilidade e 
a liberação de flúor. 
 
Quanto à liberação de flúor, esta ocorre tanto pelos ionômeros 
convencionais como pelos modificados por resina; é maior nas 
primeiras 24 horas e estabiliza com o passar do tempo. Ainda, a 
liberação de flúor é interessante em Odontopediatria, pois os 
pacientes são despreparados do ponto de vista comportamental para o 
controle da doença cárie, e o flúor liberado apresenta capacidade de 
remineralizar a estrutura dental e paralisar o processo de cárie. 
Cimentos de Ionômero de Vidro 
(CIVs): 
Como propriedades desfavoráveis, encontra-se a alta so-
lubilidade inicial e risco de perda e a incorporação de água 
(sinérese e embebição) que podem resultar em alterações 
dimensionais, perda das propriedades mecânicas e formação de 
trincas e rachaduras. 
 
Portanto, a proteção da superfície, após a presa inicial do 
material, é de fundamental importância, sendo, para isso, 
utilizados vernizes, sistemas adesivos, vaselina sólida ou esmalte 
cosmético. 
 
Cimentos de Ionômero de Vidro 
(CIVs): 
O uso de CIVs é indicado: 
- Selamento de fóssulas e fissuras. 
- Material de proteção (forramento). 
- ART (tratamento restaurador atraumático). 
- Restauração de dentes decíduos (provisórias ou definitivas). 
- Cimentação de bandas e colagem de acessórios ortodônticos. 
- Uso em endodontia. 
Cimentos de Ionômero de Vidro 
(CIVs): 
Atualmente, os CIVs também podem ser considerados materiais 
restauradores definitivos na odontopediatria, e não apenas 
provisórios. Entretanto, vale lembrar que cada caso deve ser 
avaliado individualmente antes da tomada desta decisão e, 
como já falamos anteriormente, fatores fundamentais devem ser 
avaliados, como: 
 
- Idade da criança - cooperação. Os CIVs são materiais mais 
fáceis e rápidos de trabalhar. 
- Tempo de permanência do dente na boca, relacionado ao 
tempo de restauração satisfatória e necessidade de substituição 
ao longo do tempo. 
Cimentos de Ionômero de Vidro 
(CIVs): 
- Valor estratégico do dente, especialmente relacionado às 
propriedades mecânicas do material. 
- Estágio do desenvolvimento da oclusão (mista, decídua). 
- Tamanho da cavidade, os CIVs não têm seu uso indicado em 
grandes cavidades pela fragilidade que a estrutura dentária pode 
apresentar. 
 
Sendo assim, não é possível estabelecer situações onde os CIVs 
serão sempre utilizados como materiais provisórios ou definitivos. 
Esta decisão será individual sempre, considerando a situação do 
paciente. Cabe ao profissional realizar a avaliação e eleger a 
melhor conduta. 
Cimentos de Ionômero de Vidro 
(CIVs): 
As resinas compostas passaram por muitas modificações desde o 
seu surgimento. A evolução desse material tem sido gradual e 
constante para a melhoria da sua longevidade, com o 
aprimoramento de suas propriedades físico químicas. A resina 
composta possibilitou realizar restaurações adesivas 
minimamente invasivas e estéticas. 
 
Este material apresenta união adesiva ao esmalte e à dentina, 
manutenção da cor e do brilho superficial ao longo do tempo e é 
resistente ao desgaste e à fratura. 
Resinas Compostas: 
A resina composta tem como características: 
- Preservar estrutura dental, não necessitando de grandes 
preparos e possibilitando a técnica minimamente invasiva. 
- Redução da microinfiltração, reduzindo assim a sensibilidade 
pós-operatória e do manchamento marginal. 
- Melhor distribuição do stress funcional no dente. 
- Reforço da estrutura dental, e por isso indicada para cavidades 
maiores e em situações onde existe esmalte sem sustentação de 
dentina. 
- Pode ser usada para pequenos reparos. 
- Oferece proteção pulpar e estética com mínimo desgaste. 
 
Resinas Compostas: 
Historicamente, devido à simplicidade do seu uso, o amálgama 
foi um dos materiais restauradores mais populares. Ele possui 
excelentes propriedades físicas e sua utilização em dentes 
posteriores resulta em restaurações altamente bem-sucedidas a 
longo prazo. 
 
No entanto, existem muitas desvantagens no uso do amálgama. 
O amálgama não é adesivo e, portanto, o preparo da cavidade 
precisa incluir algumas formas de retenção mecânica, resultando 
em restaurações maiores que são, inevitavelmente, maispróximas à polpa e desgastando mais estrutura dental sadia. 
Amálgama: 
- Atualmente, o amálgama de prata não é o material restaurador mais 
comumente utilizado e sua popularidade provavelmente continuará 
diminuindo enquanto outros materiais restauradores, como a resina 
composta e os CIVs, demonstrarem-se adequados e com longevidade 
clínica em dentes permanentes. 
 
- O singular sucesso clínico do amálgama durante 150 anos está associado 
a muitas características. Sabe-se que o excelente desempenho clínico, 
mesmo sob condições adversas, é atribuído à tendência de diminuição da 
microinfiltração com o passar do tempo na cavidade bucal. Embora ele 
não apresente união à estrutura dental e as margens da restauração 
pareçam abertas, a interface dente-restauração torna-se preenchida por 
produtos da corrosão que inibem a microinfiltração. 
Amálgama: 
O amálgama é o único a ter tal capacidade. A microinfiltração ao 
redor dos materiais restauradores normalmente aumenta com o 
passar do tempo. Ele também apresenta menor sensibilidade 
técnica quando comparado aos demais materiais. Um dos fatores 
que diminuem a indicação de compósitos, como a resina 
composta, para a restauração de dentes posteriores é a 
necessidade de uma técnica muito precisa a ser utilizada, assim 
como o tempo clínico requerido. 
 
Outra propriedade única do amálgama é a estabilidade 
dimensional durante a cristalização do material que, obviamente, 
tem grande impacto sobre a microinfiltração. 
Amálgama: 
Contudo, o amálgama não é um material estético e isso, muitas 
vezes, é bastante importante para o paciente. Além disso, s 
falhas nestas restaurações estão geralmente associadas a dois 
fatores: preparo cavitário impróprio e manipulação incorreta do 
material. Sendo assim, a degradação das restaurações em 
amálgama também pode estar associada à negligência dos 
princípios fundamentais do preparo cavitário ou a manipulação e 
inserção do material restaurador. 
 
O amálgama de prata é indicado para restaurações de dentes 
permanentes posteriores, classes I, II e V. 
Amálgama: 
Isolamento do campo operatório. 
• Remoção do tecido cariado com instrumento manuais e/ou rotatórios 
em baixa rotação. 
• Limpeza da cavidade. 
• Condensação: esta deve ser iniciada com condensadores de menor 
diâmetro seguido pelos de maior diâmetro. Não esqueça de, em 
restaurações classe II, sempre utilizar matriz metálica e cunha 
devidamente preparada e sempre iniciar condensação pela proximal. 
• Brunidura. 
• Escultura. 
• Verifica-se a oclusão. 
• O polimento deve ser realizado em outra sessão. 
 
Técnica de Restauração do 
Amálgama: 
Nesses casos, a tomada da decisão clínica deve considerar: 
• O tempo de trabalho relacionado com o comportamento da criança, ver 
se ela vai cooperar a ponto de podermos realizar uma boa restauração 
com resina composta, que exige mais tempo e paciência da criança. 
• A sensibilidade técnica do material, pois a falta de cooperação pode 
influenciar na qualidade final da restauração. 
• O número de dentes ou lesões a serem restauradas. Algumas vezes, em 
uma situação crítica, com alta atividade de cárie e presença de inúmeras 
lesões ativas, o ideal seja realizar a adequação do meio bucal com 
restaurações de CIV, reduzindo a atividade e propiciando melhores 
condições de higiene ao paciente. 
• Ainda devemos considerar o restabelecimento funcional e o valor 
estratégico do dente e a necessidade ou possibilidade de recuperação 
estética. 
 
Mas afinal, que material devo 
utilizar? 
Os selantes são materiais com características adesivas que têm 
por objetivo proteger mecanicamente fóssulas e fissuras do 
acúmulo de biofilme e restos alimentares e, consequentemente, 
prevenir o surgimento de lesões cariosas nestas superfícies e, 
atualmente, têm sido utilizados também como agente 
terapêutico no selamento de lesões ativas não cavitadas em 
esmalte. 
 
O sistema de fóssulas e fissuras são suscetíveis ao 
desenvolvimento de lesões de cárie devido a sua anatomia, que 
favorece a retenção da placa e a sua maturação. 
Selantes de fóssulas e fissuras: 
Os selantes são substâncias que apresentam capacidade de escoar 
nas fóssulas e fissuras, penetrando nas microporosidades do esmalte 
previamente condicionado por um ácido, formando projeções de 
resina, chamadas “tags”. Após a sua polimerização, formam uma 
película fina e resistente que, quando perfeitamente adaptada e 
retida, é capaz de fornecer essa barreira mecânica que impede o 
acúmulo de biofilme e, concomitantemente, permite uma melhor 
higienização. 
 
INDICAÇÕES: 
Para a decisão de uso de selante, o profissional deve levar em 
consideração a experiência de cárie, o histórico sobre o uso de flúor, a 
higiene bucal do paciente e a anatomia da fissura. 
Selantes de fóssulas e fissuras: 
Vale lembrar que o uso de selantes não é indicado para lesões 
que já se encontram em dentina. Como falamos anteriormente, 
seu uso tem sido indicado para prevenção da cárie devido a 
anatomia dentária e a todas as demais questões envolvidas com 
o risco de desenvolvimento de lesões ou para paralisação de 
manchas brancas em esmalte. 
Selantes de fóssulas e fissuras: 
Recomenda-se, sempre que possível, o isolamento absoluto do 
campo operatório com dique de borracha, pois uma eventual 
contaminação por umidade, seja por saliva, fluido gengival ou 
sangue, poderá diminuir o potencial de adesão do selante à 
superfície do esmalte. 
 
Caso este procedimento não seja possível de ser realizado, pode 
ser utilizado o isolamento relativo, sendo, entretanto, 
imprescindível que este seja realizado de maneira a impedir a 
contaminação do campo operatório. 
Aplicação do Selante: 
Não esqueça que, apesar de todas as questões técnicas 
abordadas, em uma criança com atividade de cárie e com 
necessidade de tratamento invasivo, o planejamento do 
tratamento restaurador propriamente dito deverá ser elaborado 
em conjunto com um programa terapêutico (direcionado ao 
controle dos fatores etiológicos), com objetivo principal de 
reverter a atividade cariosa, que envolve não só a inativação das 
lesões ativas, sejam elas cavitadas ou não, mas também o não 
surgimento de novas lesões, além de atender às necessidades 
individuais do paciente, funcionais e estéticas. 
 
Considerações Finais

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