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RESENHA CRÍTICA DO FILME “O OPERÁRIO” DE BRAD ANDERSON

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA – UEPB
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE – CCBS
CURSO DE PSICOLOGIA
RESENHA CRÍTICA
Resenha crítica elaborada como requisito de avaliação correspondente a I unidade do componente curricular Psicologia, Indústria e Organizações II, ministrado no semestre 2016.2 pela professora Silvânia da Cruz Barbosa.
CAMPINA GRANDE, MARÇO
2017
RESENHA CRÍTICA DO FILME “O OPERÁRIO” DE BRAD ANDERSON[1: Cineasta, produtor e escritor americano. Diretor de filmes de terror e projetos de televisão. Mais conhecido por ter dirigido The Machinist (O operário) – 2004, estrelado por Christian Bale, e The Call (2013), estrelado por Halle Berry. Ele também produziu e dirigiu várias parcelas da série de televisão FOX ficção científica Fringe. Acesso em: Wikipedia]
Jônatas Kleyton de Oliveira Silva[2: Graduando no curso de Psicologia da Universidade Estadual da Paraíba – UEPB / E-mail: kleytonjonatas@gmail.com ]
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
ANDERSON, Brad; O Operário. Brasil, 2004. Duração: 102 minutos
	“O operário”, escrito por Scott Kosar e dirigido por Brad Anderson, conta a historia de Travor Reznik (Christian Bale), um homem solitário que trabalha em uma fábrica de máquinas e sofre insônia crônica há um ano. Desde então, o cansaço vem destruindo sua integridade física e mental. Após um acidente de trabalho, aparentemente causado por sua desatenção, sua vida torna-se uma grande paranoia. 
	O filme apresenta-se de forma fragmentada, repleta de cenas sem coerência, mas que tem seus espaços "cortados" preenchidos ao fim do quebra-cabeça como um processo de memória recuperada. Até que os fatos sejam descobertos o filme se passa num ritmo um tanto “paradoxal e frenético”, sendo difícil diferenciar o que é realidade ou alucinação. 
	Fazendo uma ponte com o homem no trabalho, vale salientar que os seres humanos participam simultaneamente e integralmente dos processos e da organização da empresa ou grupo em que trabalham assim expressa Limongi-França (2008), e continua ao afirmar que as camadas do sistema biopsicossocial que compreendem o integral da pessoa estão indissociadas e comprometidas com o processo de vida e funcionamento da empresa ou instituição. 
	O trabalhador se empenha não apenas fisicamente, pois, há um engajamento de subjetividade, inteligência do seu próprio eu na atividade que este executa; isso é chamado de mobilização subjetiva por Dejours apud Mendes. O dinamismo humano fruto da interação do ser (seus sistemas, sua razão, sua mente) com o meio que o circunda pode acarretar em impactos graves desde estresse a somatizações e doenças mentais, Limongi-França (2008). E no discurso dessa totalidade de participação e compreensão do homem na sua complexidade que se pode localizar o Reznik no filme, assim sendo, ele permite a visualização do surgimento de um “eu psíquico” no seu ambiente de trabalho, nesse (no ambiente) ainda se manifestam muitos dos seus receios relacionados à história de vida, recentemente marcada pela negação de si mesmo. 
	Pode-se dizer que o filme inicia-se com a imagem de uma espécie de crime e então surge uma pergunta norteia toda a história que se segue: “Quem é você?”. É possível observar que o personagem Reznik, entorno do qual as cenas circulam, está gozando de uma esquisitice e de uma degradação física notadamente percebida pelos seus colegas de trabalho, vindo, pois, a ser chamado pelo administrador que o alerta sobre cuidados para com a saúde. Algo que também pode ser percebido tendo por base Spector (2010), é que seu ambiente de trabalho não era muito favorável à saúde, isso por vários motivos, entre eles, no ambiente - viam-se ruídos excessivos e quase constantes, movimentações repetitivas e monotonia, respectivamente. 
	O autor afirma que ruídos não apenas ampliam a possibilidade de perca de audição, como também diz ter alguma relação com um futuro problema cardíaco; o problema dos movimentos repetitivos e monotonia é possível a partir desses desenvolver alguma lesão por esforço repetitivo e ainda desenvolver um estresse, uma vez que o fator estressor pode ser não só a monotonia ou a repetitividade de estar sempre operando uma máquina, mas também é estressor o ambiente sombrio intensamente perigoso, cujo um descuido pode resultar em mutilação de um membro. 
	Por último, a excessiva cobrança e fiscalização (do filme) é um fator estressor relevante a partir das pesquisas de Jacques (2003), o Reznik, sendo visto como “esquisito” pelos seus colegas de trabalho, logo que não frequentava o jogo de baralho com os mesmos, sofria de insônia a um ano e estava ou era solitário; tudo o aqui mencionado aumenta a possibilidade de um estresse biológico, psicológico e social. Tanto afetado estar o Reznik, que se percebe outro até então desconhecido; e torna-se vítima de ilusões auditivas e visuais – como também sintoma tinha transtorno obsessivo compulsivo – lavava sempre as mãos e na primeira oportunidade limpava cerâmica ou o banheiro com alvejante independente do horário à noite. 
	Não se percebeu por parte da empresa um aparato de apoio no mínimo psicológico, emocional, e nem sequer era perceptível uma relação mais próxima interpessoal entre empresa e o trabalhador, há sim um questionamento sobre a saúde de Reznik, não tendo em vista a saúde nela mesmo, mas sim o maior desempenho no serviço e mais produtividade.

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