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[ONLINE] 711R - PSICOLOGIA COMPORTAMENTAL 1 - Dentre os comportamentos determinados filogeneticamente estão os padrões fixos de ação. Assinale a alternativa que indica um exemplo destes padrões. A - Tremer quando está com frio. B - (X) Sorriso. C - Contrair a pupila ao acender da luz. D - Salivar ao receber o alimento na boca. E - Tossir ao engasgar Justificativa Nossos padrões fixos são difíceis de identificar, pois são muito modificados por aprendizagem, mas sabemos que o sorrir e alguns movimentos de sobrancelha são exemplos destes padrões de ação no ser humano. 2 - Podemos afirmar que no modelo de aprendizagem oferecido pelo condicionamento respondente: A - Pavlov fala em respostas eliciadas por comportamentos. B - (X) Pavlov fala em respostas eliciadas por estímulos. C - Skinner fala em respostas eliciadas por estímulos. D - Skinner fala em operantes eliciados por estímulos. E - Pavlov fala em estímulos eliciados por respostas. Justificativa Os reforçadores respondentes e operantes são aprendidos quando vinculados a outros estímulos previamente reforçadores. 3 - Sabe-se que o alimento é um importante reforçador. Entretanto, se você toma muito sorvete e alguém lhe oferece mais uma bola, você vai recusar. A este fenômeno dá-se o nome de: A - privação B - punição C - (X) saciação D - reforçamento E - congestão Justificativa A saciação surgiu provavelmente dos fatores de sobrevivência, pois se o organismo não ficasse saciado poderia comer até explodir; ou então, se não fosse sensível à privação poderia morrer de fome. 4 - Para compreendermos a ontogênese do comportamento, devemos considerar as categorias de reforço e punição. Sobre estas categorias, podemos dizer que: A - ambas podem ser positivas e negativas. B - (X) a apresentação destas como consequência da emissão de um comportamento aumenta a probabilidade de ocorrência desta mesma resposta frente ao estímulo específico. C - quando adquirem seu valor de reforço ou punição através de condicionamento respondente recebem a denominação “condicionais”. D - são denominados reforçadores incondicionais aqueles estímulos compreendidos como eventos filogeneticamente importantes. E - reforçadores e punidores condicionais são aqueles que somente têm efeito a partir de uma aprendizagem. Justificativa Quanto mais a ação é reforçada, mais ela tende a ocorrer; quanto mais punida, menos ela tende a ocorrer. 5 - Muitas crianças se comportam de formas diferentes em casa e na escola. Algumas mães acham isso incompreensível e se perguntam: “Como meu filho poderia agir tão diferente assim?”. Segundo analistas do comportamento, esta mudança poderia ser mais bem explicada considerando: A - que a criança pode estar se sentindo insegura na escola. B - as motivações da criança ao longo de sua história de reforço e punição. C - a ausência de controle ambiental em um dos ambientes. D - (x) a existência de diferentes contingências no ambiente familiar e no escolar. E - a ausência de estímulos discriminativos em ambas as situações. Justificativa A abordagem comportamental considera o comportamento como resultado da interação de predisposição orgânica e contingências ambientais. 6 - Muito do controle a que estamos acostumados é coercitivo e de fato a maioria das formas de controle é coercitiva, com exceção de: A - punição positiva. B - punição negativa. C - (X) reforçamento positivo. D - reforçamento negativo. E - extinção. Justificativa Reforçamento positivo é definido a partir da relação entre uma consequência de seu comportamento apresentada ao organismo e a manutenção ou o aumento da frequência do comportamento que produziu a consequência em questão. 7 - João costumava tirar notas baixas na escola durante todos os anos em que estudou. Isso o deixava bastante frustrado, além de levar muitas broncas de sua mãe e de sua professora. Quando completou o ensino fundamental, João sentiu grande alívio. No período de matrícula para o ensino médio, ele não voltou para se inscrever e não retornou mais à escola. Podemos classificar o comportamento de João, de não fazer sua matrícula, como: A - reforçamento diferencial. B - punição. C - fuga. D - (X) esquiva. E - reforço positivo. Justificativa Esquiva e fuga: uma hipótese de efeitos de médio e longo prazo. Toda vez que falamos em controle aversivo do comportamento, estamos falando de fenômenos comportamentais básicos como o reforçamento negativo, a punição (positiva e negativa) e também da extinção operante.8- A análise do comportamento é contrária ao uso de punição e coerção como forma de correção ou modificação do comportamento. Essa posição tem bases em: I - uma visão religiosa, que acredita que a punição e coerção são condenáveis e prega o amor incondicional. II - uma visão filosófico-ética, que parte do princípio que a punição e coerção são efetivas e que devem ser buscadas alternativas mais humanas. III - uma visão estritamente científica, que resulta de dados produzidos em experimentos e em observações controladas do cotidiano. É correto o que se afirma em: A - I. B - II. C - (X) III. D - I e II. E - I e III. Justificativa A análise do comportamento desenvolveu métodos para formular e responder questões importantes sobre a conduta humana, sendo o reforço positivo a marca desta análise. Existem demonstrações em laboratório e fora dele que justificam o uso do reforçamento positivo ao invés da coerção. 9 - Em um prédio, alguém grita “Fogo!”, e todas as pessoas saem correndo. A explicação para isso se deve ao fato de o grito ser um estímulo reforçador para a resposta de sair correndo. Esta explicação é: A - correta, visto que o grito sinaliza para as pessoas o “perigo”. Assim, o comportamento das pessoas de saírem correndo é reforçado negativamente, pois se evitam possíveis queimaduras que seriam ocasionadas se permanecessem no local. B - (X) incorreta, pois o grito é um estímulo discriminativo que evoca a resposta de esquiva das pessoas já que o comportamento de sair correndo é reforçado negativamente pelo fato de evitar queimaduras ou outros perigos. C - incorreta, pois o grito é um estímulo punidor que sinaliza para as pessoas que o comportamento de ficar dentro do prédio será punido por possíveis queimaduras ou até mesmo risco de morte. D - incorreta, pois o grito é um estímulo eliciador condicionado (CS) que faz com que as pessoas saiam correndo após ouvi-lo. Essa propriedade do estímulo foi adquirida ao longo de uma história de vida que tornou um estímulo anteriormente neutro (grito) em algo dotado de funções eliciadoras após pareamento “grito-perigo”. E - correta, porque o grito é um estímulo reforçador positivo para a resposta de sair correndo já que as consequências “conforto/segurança” são adicionadas ao ambiente após a emissão das respostas de sair correndo. Justificativa Estimulo discriminativo (SD) são aqueles apresentados antes do comportamento, as quais sinalizam que uma resposta será reforçada, controlando sua ocorrência. 10 - Sidman (2009), em seu livro “Coerção e suas implicações” propõe que é comum atribuir à outra pessoa a tarefa de solucionar problemas desagradáveis. Não estar preparado para enfrentar uma situação perigosa seria uma justificativa para passar a responsabilidade à outra pessoa com a capacidade de lidar com o problema diretamente. Isso costuma acontecer cada vez mais frequentemente quando: A - a atribuição de tarefas a outros frente à necessidade de solucionar problemas desagradáveis não pode ser considerada como um comportamento de fuga. B - o comportamento de fuga não obtém quaisquer consequências ambientais. C - o comportamento de fuga adia a resolução do problema. D - o comportamento de fuga traz o resultado desejado: a resolução do problema. E - (X) o comportamento de fuga traz resultado inesperado: a não resolução do problema. Justificativa O comportamento de fuga ocorre com frequência em todos os processos produtivos e sociais, e diversos departamentos ehierarquias são criados como forma de passar o problema para outra pessoa, assim o indivíduo se desliga do problema como uma forma de fuga. Com efeito de curto prazo apenas, o problema não se resolve. Bibliografia básica BAUM, W. M. Compreender o behaviorismo: comportamento, cultura e evolução. Porto Alegre: ARTMED, 2006. MARTIN, G; PEAR, J. Modificação de Comportamento - O que é e Como Fazer? São Paulo: Editora Roca, 2009. SIDMAN, M. Coerção e suas implicações. Campinas: Editora Livro Pleno, 2003. Bibliografia complementar BANACO, R. A. Sobre Comportamento e Cognição. Aspectos teóricos, metodológicos e de formação em Análise do Comportamento e Terapia Cognitivista. Santo André: ESETec, 2001, Vol. COSTA. S. E. G. C; MARINHO. M. L. Um modelo de apresentação de analises funcionais do comportamento. Estud. Psicol. (Campinas), v. 19, n. 3, Set./Dez., p. 43-54, 2002. Disponível em: <http://www.puc-campinas.edu.br/centros/ccv/estudospsicologia/artigos/5-19-3.pdf> LOPES, C. E. Uma proposta de definição de comportamento no behaviorismo radical. Rev. bras.ter. comport. cogn. [online]. jun. 2008, vol.10, no.1, p.1-13. Disponível na World Wide Web: <http://pepsic.bvs-psi.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-55452008000100002&lng=pt&nrm=iso>. ISSN 1517-5545. SÉRIO, A.P; ANDERY, M.A; GIÓIA, P.S; MICHELETTO, N. Controle de estímulos e comportamento operante: uma nova introdução. São Paulo: Editora Educ, 2002. SERIO, T. M. A. P. O behaviorismo radical e a psicologia como ciência. Rev. bras.ter. comport. cogn. [online]. dez. 2005, vol.7, no.2, p.247-262. Disponível na World Wide Web: <http://pepsic.bvs-psi.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-55452005000200009&lng=pt&nrm=iso>. ISSN 1517-5545. SKINNER, B. F. Ciência e Comportamento Humano. São Paulo: Martins Fontes, 2000. SKINNER, B. F. Seleção por conseqüências. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva. Belo Horizonte, v. 9, n. 1, 2007. Disponível em: <http://pepsic.bvs-psi.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-55452007000100010&lng=pt&nrm=iso> SKINNER, B. F. Sobre o Behaviorismo. São Paulo: Cultrix e Editora da Universidade de São Paulo, 1995. TEIXEIRA, JR. R; SOUZA, M.A.O. Vocabulário de Análise do Comportamento: um manual de consulta para termos usados na área. Santo André: ESETec, 2006.
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