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DIREITO PENAL - CAUSALIDADE

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DIREITO PENAL 
RELAÇÃO DE CAUSALIDADE 
1. Art. 13° do código penal 
1.1. O resultado de que depende a existência do crime somente é imputável a quem lhe deu causa 
1.1.1. Causa = ação ou omissão, de modo que sem àquele o crime não teria ocorrido. 
1.2. Superveniência de causa independente  pratica de conduta com o objetivo de que ocorra 
um resultado, no entanto à conduta é somada outra circunstância e assim o resultado se 
efetiva. 
1.2.1. “eu quero matar meu desafeto, revolvo envenena-lo, então vou ao Google e procuro 
como envenena-lo. ‘compre o veneno X e coloque tal quantidade de veneno na bebida 
dele que ele morrerá’. Entretanto meu vizinho também não gosta da mesma pessoa e 
realiza o mesmo processo para matar a mesma pessoa que eu mataria assim ambos 
fazemos isso. No entanto a receita se encontrava errada e era necessário que houvesse X 
+ Y gotas de veneno, sendo que eu coloquei X gotas de veneno e o meu vizinho realiza o 
mesmo processo. Sendo assim a pessoa vem a falecer por que X + Y = / < X + X = Morte, 
portanto com a soma das causas ocorre a morte do individuo, sendo ambas as condutas 
causas do crime.” 
1.2.1.1. Paragrafo 1° do art. 13  superveniência de causa relativamente independente 
exclui a imputação quando por si só, produziu fatos anteriores, entretanto, 
imputam-se a quem praticou. 
1.2.2. “ambulância salva um homem que estaria ferido por um tiro que eu realizei, entretanto 
no trajeto do hospital a ambulância causa um acidente, capota e o ferido morre.” 
1.2.2.1. O caso da ambulância não é algo previsível, portanto aquele que atirou não 
responde por homicídio e sim por tentativa de homicídio (cada atitude mostra o 
inicio de um nexo de causalidade no caso). 
1.2.3. “quero matar meu desafeto que possui um irmão gêmeo, entretanto dou-lhes um tiro no 
mesmo local e causo ferimentos semelhantes. Após 10 dias ambos morrem no hospital, 
no entanto o individuo que se encontra em recuperação no quarto A morre por infecção 
hospitalar, enquanto o do quarto B morre por um erro da enfermeira que injetou leite ao 
invés de soro, como deveria ocorrer.” 
1.2.3.1. Ambos os indivíduos estavam internados por um ferimento causado por mim, 
entretanto a morte ocorre por um problema externo. Infecção hospitalar é algo 
que acontece com alguma frequência (previsível), enquanto a troca do soro pelo 
leite é extremamente atípica (imprevisível). Diferença expressa no paragrafo 1° do 
artigo 13 do código penal. 
1.2.3.1.1. Enfermeira que erra leva a uma quebra do nexo de causalidade, enquanto a 
infecção mantem esse nexo. 
1.2.3.1.2. NÃO SE RESPONDE PELA MORTE CAUSADA PELO ERRO DA ENFERMEIRA, 
ENQUANTO NA INFECÇÃO HOSPITALAR SE SOMA AO MEU EFEITO, ASSIM SE 
RESPONDE PELO HOMICIDIO. 
1.3. Se por descaso próprio a vitima não cuida de um ferimento causado por outro, há uma briga 
jurisprudencial e doutrinaria sobre quem é o culpado da morte, ou amputação de um membro 
do corpo.

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