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Erro de Tipo e Induzimento ao Suicídio

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QUESTÃO 1:
com fulcro no art. 20. §3°
art. 20. O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei.
§ 3°. o erro quando a pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. não se considera, neste caso, as condições ou qualidades da vitima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime.
logo regina responderia pelo crime de Infanticídio
art. 123.Matar, sob a influência do estado puerperal, próprio filho durante o parto ou logo após.
Pena. Detenção de dois a seis anos
Nessa questão houve Erro de Tipo Acidental, uma vez que houve erro sobre o alvo pretendido que era seu próprio filho, ou seja, a pessoa que ela visava logo nota-se que houve (error in persona): é quando o agente pratica o ato contra pessoa diversa da pessoa visada, por confundi-la com a pessoa que deveria ser o alvo do delito. Assim diante de tais evidencias, o erro é irrelevante, pois o agente responde como se tivesse praticado o crime CONTRA A PESSOA VISADA.
Art. 20, §3° do CP. Aqui o sujeito executa perfeitamente a conduta, ou seja, não existe falha na execução do delito. O erro está em momento anterior (na representação mental da vítima). Neste caso o agente responderá como se tivesse praticado o delito contra a pessoa visada. Trata-se da teoria da equivalência.
Não poderá ser reconhecida a agravante, pois o fato de o crime ser cometido contra descendente já configura elementar do tipo penal de infanticídio, do contrário estaria configurado o bis in idem.
Desclassificação para o crime de infanticídio
"Se a mãe mata outra criança imaginando que é o próprio filho, responde por infanticídio, uma vez que não se consideram, nesse caso, as condições ou qualidades da vítima (vítima real), senão as da pessoa (vítima virtual) contra quem o agente queria praticar o crime"_ Alexandre Salim e Marcelo André de Azevedo.
Agravante
Não poderá ser reconhecida a agravante, pois o fato de o crime ser cometido contra descendente já configura elementar do tipo penal de infanticídio, do contrário estaria configurado o bis in idem.
QUESTÃO 2:
Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio ou a automutilação   
Art. 122. Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou a praticar automutilação ou prestar-lhe auxílio material para que o faça:   
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos.   
§ 1º Se da automutilação ou da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, nos termos dos §§ 1º e 2º do art. 129 deste Código:   
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos.   
§ 2º Se o suicídio se consuma ou se da automutilação resulta morte:    
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos.   
§ 3º A pena é duplicada:   
I - se o crime é praticado por motivo egoístico, torpe ou fútil;   
II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência.   
§ 4º A pena é aumentada até o dobro se a conduta é realizada por meio da rede de computadores, de rede social ou transmitida em tempo real.   
§ 5º Aumenta-se a pena em metade se o agente é líder ou coordenador de grupo ou de rede virtual.   
§ 6º Se o crime de que trata o § 1º deste artigo resulta em lesão corporal de natureza gravíssima e é cometido contra menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência, responde o agente pelo crime descrito no § 2º do art. 129 deste Código.   
§ 7º Se o crime de que trata o § 2º deste artigo é cometido contra menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência, responde o agente pelo crime de homicídio, nos termos do art. 121 deste Código.   
Essa questão atualmente possui um erro atualmente com a alteração da lei 13.968 de 2019.Inclusive há professores sustentando outro raciocínio .
Vamos lá:
O artigo 122 do CP. Prevê Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio ou a automutilação   
Art. 122. Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou a praticar automutilação ou prestar-lhe auxílio material para que o faça:   
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos.   
§ 1o Se da automutilação ou da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, nos termos dos §§ 1o e 2o do art. 129 deste Código:   
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos.   
§ 3o A pena é duplicada:   
II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência.   
nduzimento, instigação ou auxílio a suicídio ou a automutilação   
Art. 122. Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou a praticar automutilação ou prestar-lhe auxílio material para que o faça:   
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos.   
§ 1º Se da automutilação ou da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, nos termos dos §§ 1º e 2º do art. 129 deste Código:   
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos.   
§ 2º Se o suicídio se consuma ou se da automutilação resulta morte:    
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos.   
§ 3º A pena é duplicada:   
I - se o crime é praticado por motivo egoístico, torpe ou fútil;   
II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência.   
§ 4º A pena é aumentada até o dobro se a conduta é realizada por meio da rede de computadores, de rede social ou transmitida em tempo real.   
§ 5º Aumenta-se a pena em metade se o agente é líder ou coordenador de grupo ou de rede virtual.   
§ 6º Se o crime de que trata o § 1º deste artigo resulta em lesão corporal de natureza gravíssima e é cometido contra menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência, responde o agente pelo crime descrito no § 2º do art. 129 deste Código.   
§ 7º Se o crime de que trata o § 2º deste artigo é cometido contra menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência, responde o agente pelo crime de homicídio, nos termos do art. 121 deste Código.   
QUESTÃO 3:
Carla e Vitor estão na posição de garantidor – a primeira, por ter se comprometido a cuidar da criança, e o último por ser o salva-vidas do local -, razão pela qual respondem pelo resultado naturalístico que deveriam ter evitado e não evitaram. David, não obstante também seja garante (já que pai da vítima), estava preso em uma sala e impossibilitado de agir.
Fonte: Estratégia
+
(CP)
Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.
 § 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem:
       a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância;
       b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; 
       c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado
Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.
 § 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem:
    a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância;
    b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; 
    c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado
Crimes omissivos impróprios ou comissivos por omissão - estes tipos de delitos estão intimamente ligados a uma característica específica de determinada pessoa, que tinha o dever de evitar queo resultado viesse a ocorrer e se omitiu-. É o caso da mãe que deixa seu filho recém-nascido morrer por que não amamentou. Fica claro que ela tinha o dever de amamentar e com a prática de uma conduta negativa (não amamentar) acabou cometendo o crime. Note-se que nos delitos comissivos por omissão a pessoa que se omitiu tinha o dever de evitar o resultado. É importante salientar que, para que alguém responda pelo crime comissivo por omissão é preciso que tenha um dever jurídico de impedir o resultado, que pode existir em 3 casos distinto. 1°) quando advém de um mandamento legal específico. 2°) quando o sujeito de outra maneira tornou-se garantidor da não ocorrência do resultado. 3°) quando um ato precedente determina essa obrigação.
OBS: Vale lembrar que os dois crimes, omissivos próprios e comissivos por omissão não se confundem, pois nesse último a pessoa que se omitiu tinha o dever de impedir o resultado enquanto que no primeiro não.
Questão facilmente respondida pela lógica e compreensão. Vejamos:
Temos três pessoas e uma vítima.
Das três pessoas, uma, o pai estava impossibilitado de socorrer a vítima (filha) no momento do afogamento, os outros dois que deveriam prestar atenção em seu derredor como nítidos garantidores da integridade dos seus pares, ESTAVAM NO MUNDO DA LUA.
Pensando dessa forma, quem deveria responder de fato pelo acontecido com a criança? CARLA e VICTOR.
Pronto, só isso e chega-se ao gabarito facilmente.
Direito Penal segue uma lógica meus amigos...Ou melhor, todos os outros ramos do direito, às vezes o que falta é o domínio da base para se observar toda a lógica por trás dessa ciência.
Fundamentação Jurídica:
Carla e Vitor estão na posição de garante – a primeira, por ter se comprometido a cuidar da criança, e o último por ser o salva-vidas do local -, razão pela qual respondem pelo resultado naturalístico que deveriam ter evitado e não evitaram. David, não obstante também seja garante (já que pai da vítima), estava preso em uma sala e impossibilitado de agir.
Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.
 § 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem:
       a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância;
       b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; 
       c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado
Carla e Vitor estão na posição de garante – a primeira, por ter se comprometido a cuidar da criança, e o último por ser o salva-vidas do local -, razão pela qual respondem pelo resultado naturalístico que deveriam ter evitado e não evitaram. David, não obstante também seja garante (já que pai da vítima), estava preso em uma sala e impossibilitado de agir.
QUESTÃO 4:
Na verdade a resposta dessa questão encontra-se no artigo 258 do CP, vejamos :
CAPÍTULO I
DOS CRIMES DE PERIGO COMUM
    Incêndio
    Art. 250 - Causar incêndio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem:
    Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa
Art. 258 - Se do crime doloso de perigo comum resulta lesão corporal de natureza grave, a pena privativa de liberdade é aumentada de metade; se resulta morte, é aplicada em dobro. No caso de culpa, se do fato resulta lesão corporal, a pena aumenta-se de metade; se resulta morte, aplica-se a pena cominada ao homicídio culposo, aumentada de um terço.
É exatamente o que ocorre no presente caso, o crime de incêndio foi praticado de maneira dolosa, devendo a pena ser aplicada em dobro, já que culposamente causou a morte de uma criança.
Tudo se inicia pelo dolo
Isso diferencia o fato de não responder por homicídio culposo.
como o agente tinha a intenção de colocar fogo cairá no art. 250
Como existe tipificação para resultado morte ou lesão corporal de natureza grave responderá nos moldes do art.258.
A questão requer conhecimento sobre os crimes de perigo comum, tipificados no Título VIII, Capítulo I do CP, mais especificamente no art. 250 c/c o art 258, onde se lê:
art. 250- Causar incêndio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem: pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.
art. 258- Se do crime doloso de perigo comum resulta lesão corporal de natureza grave, a pena privativa de liberdade é aumentada de metade; se resulta morte, é aplicada em dobro. No caso de culpa, se do fato resulta lesão corporal, a pena aumenta-se de metade; se resulta morte, aplica-se a pena cominada ao homicídio culposo, aumentada de um terço.
Comentário: Gabarito letra D.
Vamos pensar um pouco...
Primeiramente, cabe observamos que para falar em HOMICÍDIO DOLOSO OU CULPOSO, preciso de um ser humano como objeto.
Pela leitura do enunciado, qual o objetivo e objeto alvo da pretensão de Frederico? Veja:
Atear “fogo no jardim da residência de seu chefe de trabalho, causando perigo ao patrimônio deste”.
Objetivo: atear fogo.
Objeto: Patrimônio.
Pronto, com esse raciocínio já eliminaríamos a alternativa A e C que falam de homicídio.
Agora, continuemos. Fabrício queria ou não atear fogo no jardim? SIM. Queria, e se queria, configura a intenção que chamamos de DOLO. Veja:
“Frederico, de maneira intencional, colocou fogo”.
Pronto, não há que se falar em incêndio culposo, e, sim, DOLOSO.
Fundamentação Jurídica:
DOS CRIMES DE PERIGO COMUM
       Incêndio
       Art. 250 - Causar incêndio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem:
       Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa
Art. 258 - Se do crime doloso de perigo comum resulta lesão corporal de natureza grave, a pena privativa de liberdade é aumentada de metade; se resulta morte, é aplicada em dobro. No caso de culpa, se do fato resulta lesão corporal, a pena aumenta-se de metade; se resulta morte, aplica-se a pena cominada ao homicídio culposo, aumentada de um terço.
Sobre o homicídio:
O homicídio doloso está previsto no artigo 121, p. 1-2 do Código Penal Brasileiro.
O homicídio culposo é quando uma pessoa mata outra sem a intenção, quando a culpa é inconsciente. As causas do homicídio culposo são norteadas pela negligência, imprudência ou imperícia.
QUESTÃO 5:
Existiu o erro de tipo acidental, na modalidade, erro sobre o nexo causal, o resultado pretendido pelo agente se produz, porém de outra maneira. Nesse caso não se exclui o dolo nem a culpa, respondendo pelo homicídio doloso consumado.
Existiu o erro de tipo acidental, na modalidade, erro sobre o nexo causal, o resultado pretendido pelo agente se produz, porém de outra maneira. Nesse caso não se exclui o dolo nem a culpa, respondendo pelo homicídio doloso consumado.
 Art. 121. Matar alguem:
  Homicídio qualificado
 § 2° Se o homicídio é cometido:
 IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossivel a defesa do ofendido;
DOLO GERAL ou dolus generalis: dá-se quando o sujeito pratica uma conduta objetivando alcançar um resultado e, após acreditar erroneamente tê-lo atingido, realiza outro comportamento, o qual acaba por produzi-lo.
Exemplo: para matar seu inimigo, alguém o golpeia fortemente, de modo que a vítima desmaia, fazendo o agente pensar equivocadamente que ela faleceu; em seguida, com a finalidade de simular um suicídio, deixa o ofendido suspenso em uma corda amarrada ao seu pescoço, asfixiando-o.
Não se pode confundir o dolo geral com o erro sobre o nexo causal ou com a figura da consumação antecipada.
No erro sobre o nexo causal, realiza-se uma só conduta pretendendo o resultado, o qual é alcançado em virtude de um processo causal diverso daquele imaginado.
Exemplo: uma pessoa joga seu inimigo de uma ponte sobre um rio (conduta), pretendendo matá-lo (resultado) por afogamento (nexo de causalidade esperado), mas a morte ocorre porque, durante a queda, o ofendido choca sua cabeça contra os alicerces da ponte (nexo de causalidade diversodo imaginado).
A diferença fundamental entre o dolo geral e o erro sobre o nexo de causalidade reside no fato de que no dolo geral há duas condutas, enquanto no erro sobre o nexo de causalidade há somente uma.
A consumação antecipada é, pode-se dizer, o oposto do dolus generalis, porquanto se refere a situações em que o agente produz antecipadamente o resultado esperado, sem se dar conta disso.
Exemplo: uma enfermeira ministra sonífero em elevada dose para sedar um paciente e, após, envenená-lo mortalmente; apura-se, posteriormente, que o óbito foi decorrência da dose excessiva de sedativo, e não da peçonha ministrada a posteriori. Nesse caso, responderá por homicídio doloso.
Art. 2º, 4º 14, 15 e 16 CP
Lei penal no tempo
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.  
Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado.  
Tempo do crime
 Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado.
Art. 14 - Diz-se o crime: 
Crime consumado 
I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal;
Tentativa 
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. 
Desistência voluntária e arrependimento eficaz 
Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados.
Arrependimento posterior 
Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços.
Dessa forma, no caso Vinícius consumou o crime de homicídio, não havendo que se falar em tentativa, razão pela qual a alternativa "D" está incorreta.
Além disso, como Vinícius não impediu que o resultado se produzisse, já que Clara morreu, nem desistiu de prosseguir na execução, já que realizou os disparos, verifica-se que as alternativas "A" e "C" estão incorretas.
Com relação à alternativa "B", cabe ressaltar que pela lei nº 11.104 ser posterior ao crime, já que esse se consumou com a ação (realização de disparos), bem como por ser mais maléfica por prever uma qualificadora, essa não pode retroagir.
Código Penal adota a teoria da atividade (ação ou omissão) para o tempo do crime, por este motivo não se aplica a qualificadora para o caso em questão.
Método mnemônico para guardar as teorias adotadas para o tempo do crime e o lugar do crime:
LUTA
LU= ("L" DE LUGAR E "U" DE UBIQUIDADE) LUGAR É ADOTADO A TEORIA DA UBIQUIDADE
TA= ("T" DE TEMPO DO CRIME E "A" DE ATIVIDADE) NO TEMPO DO CRIME É ADOTADO A TEORIA DA ATIVIDADE.
SSERTIVA CORRETA É A LETRA ''B''
A lei penal a ser aplicada ao caso concreto deve ser aquela que estava vigente ao tempo do crime, desde que mais benéfica que posterior, nesse caso há uma criação de lei maléfica, tendo em vista o PRINCÍPIO DA IRRETROATIVADADE DA NORMA MALÉFICA esta não pode ser aplicada ao fato, pois ela veio após o injusto penal.
Deve ser recordado também em relação ao TEMPO DO CRIME, onde no Brasil é adotado a TEORIA DA ATIVIDADE, é considerado como o tempo do crime o momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. Vide artigo 4º, CP.
QUESTÃO 7:
Erro na execução
    Art. 73 - Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, ao invés de atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde como se tivesse praticado o crime contra aquela, atendendo-se ao disposto no § 3º do art. 20 deste Código. No caso de ser também atingida a pessoa que o agente pretendia ofender, aplica-se a regra do art. 70 deste Código.    (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
EX: (A) DESFERE UM SOCO C/ INTENÇÃO DE CAUSAR LESÃO CORPORAL EM (B), PORÉM, (A) ACERTA (C) QUE FINDA FALESCENDO EM VIRTUDE DA AGRESSÃO DE (A). (CASO DE ERRO NA EXECUÇÃO, HOMICIDIO CULPOSO)
    Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
    Erro sobre a pessoa (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
    § 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 74, CP Fora dos casos do artigo anterior, quando, por acidente ou erro na execução do crime, sobrevém resultado diverso do pretendido, o agente responde por culpa, se o fato é previsto como crime culposo; se ocorre também o resultado pretendido, aplica-se a regra do art. 70 deste Código.  
ABERRATIO CRIMINIS: PESSOA / COISA
O professor Luiz Flávio Gomes, na aberratio ictus há sempre o erro de pessoa/pessoa, justamente o contrário da aberratio criminis anteriormente descrita, cujo erro é de pessoa/coisa. 
Vejamos, no caso apresentado, estamos diante de crime preterdoloso, conforme dispõe o art. 19, do Código Penal:
"Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver causado ao menos culposamente.".
Isso porque, há dolo no antecedente (dano) e culpa no consequente (homicídio). Importante destacar que a doutrina majoritária entende que não se admite a tentativa no crime preterdoloso, o que é diferente de afirmar que não existe dano tentado.
A PRINCÍPIO, É ISSO QUE SE DEVE LEVAR PARA AS PROVAS E CONCURSOS.
Entretanto, alguns doutrinadores entendem ser possível se falar em tentativa em crime preterdolo, desde que a não consumação do crime por motivos alheios à vontade do agente seja em relação ao crime antecedente, aquele em que há dolo.
Ex: o agente querendo provocar aborto em terceiro, não consegue a consumação, por motivos alheios - já que a gestante é levada ao hospital a tempo de salvar o bebê, entretanto, a gestante acaba por falecer em decorrência do aborto provocado.
Neste sentido, segundo essa corrente, estaríamos diante de um crime preterdoloso com tentativa - o dolo era de abortar, o que não se consumou por circunstâncias alheias à vontade do agente, havendo, consequentemente, o homicídio culposo. Neste exemplo, o agente responderia por tentativa de aborto e homicídio culposo.
A presente questão é respondida com base no que dispõe o art. 74 do Código Penal:
Art. 74 - Fora dos casos do artigo anterior, quando, por acidente ou erro na execução do crime, sobrevém resultado diverso do pretendido, o agente responde por culpa, se o fato é previsto como crime culposo; se ocorre também o resultado pretendido, aplica-se a regra do art. 70 deste Código.
QUESTÃO 8:
ALTERNATIVA LETRA "C" 
 
TENTATIVA: QUANDO INICIADA A EXECUÇÃO E NÃO SE CONSUMA POR CIRCUNSTÊNCIAS ALHEIAS À VONTADE DO AGENTE. ART. 14, II, CP 
 
ENUNCIADO: Em razão do forte cheiro exalado, quando ambos já estavam desmaiados, os seguranças do hotel invadem o quarto e resgatam o casal. 
 
Agente: MARIA. 
 
Tentativa 
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. 
CRIME DE HOMICÍDIO 
Art. 121, CP  
Matar alguém: Homicídio qualificado  
§ 2° Se o homicídio é cometido: 
 
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum; 
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido; 
 
ENUNCIADO: Márcia, então, querendo dar fim à vida de ambos, ingressa no banheiro do quarto e liga o gás, aproveitando-se do fato de que Plínio estava dormindo. 
 
Considerando as informações narradas, o advogado de Plínio deverá esclarecer que a conduta de Márcia configura crime de tentativa de homicídioqualificado, apenas. 
..............................................................................................................................................................
 
NÃO CABE "TENTATIVA SUICÍDIO" 
 
POR 2 MOTIVOS: 
 
A) TENTANTIVO SE RESULTAR LESÃO CORPORAL GRAVE, LESÃO CORPORAL LEVE NÃO É PUNIVEL CRIME. 
 
LESÃO GRAVE OU GRAVISSIMA: TENTATIVA. 
LESÃO CORPORAL LEVE: ATIPICIDADE. 
 
A.1) TENTATIVA DE INDUZIMENTO, INSTIGAÇÃO OU AUXÌLIO A SUICÍDIO OU AUTOMUTILAÇÃO: Artigo 122, § 1o, CP Se da automutilação ou da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima 
 
B) AUTO-LESÃO NÃO É CRIME: Ato de se automutilar, machucar-se a si mesmo, o que, consoante o código penal brasileiro não é punido, em razão do princípio da ofensividade. 
Sempre que você se deparar com um crime que não se consumou, a primeira coisa a ser observada é a razão, se foi por 1.vontade do agente ou 2.condições alheias a ela, no primeiro caso pode ser tentativa ou crime impossível (ineficácia absoluta do meio ou absoluta impropriedade do objeto, e se for ineficácia relativa é tentativa); no segundo caso será desistência voluntária (para durante a execução, poderia ter ido além) ou arrependimento eficaz (esgota a execução e com uma nova conduta impede a consumação), onde ele só responderá pelos atos já praticados, abstraindo o dolo inicial. Resumo, a tentativa é apenas 25% das chances de ser a resposta final, e raramente eles colocam esse caso por ser mais fácil de identificar, então é necessária muita atenção.
A) INCORRETA. O dolo da agente era de matar, que só não se consumou, por circunstâncias alheias a sua vontade.
 
B) INCORRETA. A tentativa de suicídio não é punida no Brasil, mas sim o comportamento de convencer alguém a se matar.
 
C) CORRETA. Como a intenção da agente era provocar a morte dela e a morte de Plínio, que só não houve a consumação por intervenção dos seguranças do hotel, Márcia deve responder por tentativa de homicídio qualificado (art. 121, III e IV, CP c/c art. 14, II, CP).
 
D) INCORRETA. A tentativa de suicídio não é punida no Brasil, mas sim o comportamento de convencer alguém a se matar:
Art. 122, CP: induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. se o suicídio se consuma; ou reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, se da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave.
QUESTÃO 9:
COMO NÃO HOUVE DECISÃO TRANSITADA EM JULGADO, NÃO PODEMOS APLICAR A PRESCRIÇÃO DO ART. 110 (PRESCRIÇÃO DEPOIS DE TRANSITAR EM JULGADO A SENTENÇA FINAL CONDENATÓRIA  - PRESCRIÇÃO RETROATIVA). NA QUESTÃO EM COMENTO, TEMOS QUE ULTILIZAR A REGRA DO ARTIGO 111, I, DO CP, PRESCRIÇÃO ANTES DE TRANSITAR EM JULGADO A SENTENÇA FINAL, OU SEJA, O LAPSO TEMPORAL DO DIA QUE O CRIME SE CONSUMOU  ATÉ A DATA DA PUBLICAÇÃO, NÃO DEIXANDO DE LEBRAR A CONTAGEM DE PRAZO (ART. 10, CP), QUE DIZ QUE A CONTAGEM É FEITA INCLUINDO O DIA DO COMEÇO, JUNTAMENTE COM O ARTIGO, 117 QUE NO RECEBIMENTO DA DENÚNCIA INTERROMPE A PRESCRIÇÃO E O ART. 115 QUE REDUZ PELA METADA O PRAZO DA PRESCRIÇÃO PARA MENORES DE 21 ANOS.
RESUMINDO: DIA DO FATO 28/08/2011, RECEBIMENTO DA DENÚNCIA 28/08/2013, DOIS ANOS E UM DIA DE DIFERENÇA, TEMOS AI ENTÃO A PPP=PRESCRIÇÃO  DA PRETENÇÃO PUNITIVA DO ESTADO CONTA PAULO.
Gabarito: B ✔
Lesão leve - art. 129, CP, tem a pena de detenção de três meses a um ano. Logo, de acordo com o art. 109, inciso V, a prescrição (antes de transitar em julgado) se daria em 4 anos, pois o máximo da pena em abstrato é igual a um ano. 
 
Ocorre que, ainda temos que observar a idade do agente, na data do fato, que era de 20 anos de idade. Dessa forma, de acordo com o polêmico art. 115, CP, os prazos da prescrição devem considerar a redução pela metade, pois o agente era menor de 21 anos. 
 
Assim, no presente caso, o recebimento da denuncia deveria acontecer até dia 27/08/2013, pois ainda temos que considerar o art. 10 do código penal: "O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum."  
A extinção da punibilidade se deu : Pena de detenção de 1 a 2 anos que prescreve em 4. Conforme o artigo 129 do código penal, lesão leve pena de detenção 3 meses a 1 ano. Entre a data do fato 28/08/2011e o recebimento da denúncia 28/08/2013 prescreveu o prazo no dia 27/o8/2013. E considerando que na data do fato o agente com idade de 20 anos era menor de 21,dispondo o artigo 115 do código penal ,neste caso, reduz se o mprazo da prescrição pela metade . Oi Pessoal espero que considerem meu comentário ,ainda aprendendo obrigada .
Lesão leve - art. 129, CP, tem a pena de detenção de três meses a um ano. Logo, de acordo com o art. 109, inciso V, a prescrição (antes de transitar em julgado) se daria em 4 anos, pois o máximo da pena em abstrato é igual a um ano. 
Ocorre que, ainda temos que observar a idade do agente, na data do fato, que era de 20 anos de idade. Dessa forma, de acordo com o polêmico art. 115, CP, os prazos da prescrição devem considerar a redução pela metade, pois o agente era menor de 21 anos. 
Assim, no presente caso, o recebimento da denuncia deveria acontecer até dia 27/08/2013, pois ainda temos que considerar o art. 10 do código penal: "O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum."  
QUESTÃO: 11
O novo entendimento sobre este delito começa pela sua nomenclatura:
Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio ou a automutilação
A punição acontece  Se da automutilação ou da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima.
atualmente, a ocorrência dos resultados naturalísticos lesão grave ou morte tornará o crime qualificado, ou seja, com novos limites mínimo e máximo de pena abstratamente
Não esquecer que com este advento é possível até falar em tentativa.
tentativa só é punida em duas situações : ¹se o suicídio se consuma, ou ²Se da tentativa de suicídio resultalesão corporal de natureza grave.
Só houve escoriação, ou seja, não há previsão no código para essa situação, então não há que se falar em punição, muito menos em conduta típica.
C - CORRETA - Art. 122 - Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça 
Pena - reclusão, de dois a seis anos, se o suicídio se consuma; ou reclusão, de um a três anos, se da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave.
A tentativa só é punida em duas situações : ¹se o suicídio se consuma, ou ²Se da tentativa de suicídio resultalesão corporal de natureza grave.
Só houve escoriação, ou seja, não há previsão no código para essa situação, então não há que se falar em punição, muito menos em conduta típica.
C - CORRETA - Art. 122 - Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça 
Pena - reclusão, de dois a seis anos, se o suicídio se consuma; ou reclusão, de um a três anos, se da tentativa de suicídio resultalesão corporal de natureza grave.
QUESTÃO 12:
CP
Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio
Art. 122 - Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça:
Pena - reclusão, de dois a seis anos, se o suicídio se consuma; ou reclusão, de um a três anos, se da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave.
Parágrafo único - A pena é duplicada:
Aumento de pena
I - se o crime é praticado por motivo egoístico;
II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência.
Se a vítima induzida, instigada ou auxiliada busca se matar, porém sofre apenas lesão leve (ou não sofre qualquer lesão), o fato é atípico (um indiferente penal). O mesmo raciocínio se aplica no caso de a vítima nem sequer tentar se matar.
Apenas pessoa capaz (voluntariedade + consciência = capacidade de discernimento) pode ser sujeito passivo deste crime. "Tratando-se de 'suicida' incapaz de entender o significado de sua ação e de determinar-se de acordo com esse entendimento, deixa de haver supressão voluntária e conscienteda própria vida, logo, não há suicídio. Nesse caso, estaremos diante de um delito de homicídio, encarando-se a incapacidade da vítima como mero instrumento daquele que lhe provocou a morte."
Quando, entretanto, a vítima será incapaz (possível homicídio) e quando ela será menor (majorante do art. 122)? Há 3 (três) correntes:
- "Menor" é apenas a pessoa com idade compreendida entre 14 e 18 anos, isso porque a menor de 14, se não tem capacidade nem mesmo para consentir num ato sexual (art. 217-A), certamente não a terá para a eliminação da própria vida, configurando-se, então, o crime de homicídio (analogia que pode eventualmente prejudicar o reú).
- "Menor" é o adolescente, considerado aquele entre 18 e 12 anos, conforme o ECA. Antes dos 12 anos é criança (analogia que pode eventualmente prejudicar o reú).
- "Menor" é todo aquele com idade inferior a dezoito anos, que não tenha suprimida, por completo, a sua capacidade de resistência, devendo o juiz analisar sua existência tendo em vista o caso concreto. (Nelson Hungria, Fragoso, Rogério Sanches)
*quando o legislador quer desconsiderar a idade do menor abaixo dos 14 anos, ele é expresso (art. 126, parágrafo único e art. 217-A)
QUESTÃO 13:
cuidado para não confundir TORTURA QUALIFICADA PELA MORTE vs HOMICIDIO QUALIFICADO PELA TORTURA
TORTURA QUALIFICADA PELA MORTE= a intenção do agente é apenas torturar( intenso sofrimento fisico, mental, psicológico), mas por circunstâncias inesperáveis o sujeito passivo do crime morre devido a tortura ( crime preterdoloso= dolo na tortura + culpa no homicidio) 
 
HOMICÍDIO QUALIFICADO PELA TORTURA= a intenção aqui é matar, mas ele decide usar da tortura para o resultado fim ( homicídio), será um crime qualificado pela tortura.
LETRA---A: INCORRETA-Lesão corporal ,Art. 129 - Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano. 
LETRA---B:CORRETA-lei 9.455/97; depreende-se, pois, que, nessa linha de raciocínio, haverá um concurso de crimes: de um lado, um dos delitos previstos no art. 1º , I e II, e § 1º da lei 9.455/97 e, de outro, um dos crimes dos arts. 148, 159 e 219, todos do Código Penal, dependendo do fim último em que atua o agente.
O crime de tortura absorve as penas dos crimes de lesão corporal leve (art. 129 do CP), de maus tratos (art. 136 do CP), de constrangimento ilegal (art. 146 do CP), de ameaça (art. 147 do CP), e de abuso de autoridade (arts. 322 e 350 do CP e lei 4.898/95)
A prática do seqüestro consistirá num crime autônomo, em concurso com a tortura, denotando, também, uma causa especial de aumento de pena deste último crime.
LETRA---C:INCORRETA- Homicídio qualificado pela tortura, a intenção do agente é animus necandi, mas para tanto o agente comete a tortura (crime subsidiário). O segundo, tortura qualificada pela morte, há o animus laedendi, vontade de torturar e não o animus necandi, portanto a morte torna-se um “imprevisto” pelo autor. .
LETRA---D:INCORRETA- Abuso de autoridade é quando um servidor público civil ou militar faz que a lei não permite fazer, ou obriga a alguém a fazer algo que a lei não obriga a fazer. No caso do vídeo da matéria, os adolescentes foram submetidos a ‘vexame ou a constrangimento não autorizado em lei”.As penas são pequenas: multa, detenção de 10 dias a 6 meses e perda do cargo e impossibilidade de voltar a ser servidor público por até 3 anos, e, no caso de policial, não poder voltar a ser policial por até 5 anos.
NO CRIME DE TORTURA:
 Se da tortura resultar morte, incide qualificadora que aumentará o preceito secundário do crime ( 8 a 16 anos). 
Se o crime de tortura é cometido por agente público, contra criança idoso etc ou mediante sequestro, incidirá causa de aumento de pena.( 1/6   a 1/3)
Diferança de  Tortura e Constrangimento ilegal
Constrangimento ilegal
Art. 146 – Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda:
Pena – detenção, de três meses a um ano, ou multa.
Lei  9455/97- Lei de Tortura
Art. 1º Constitui crime de tortura:
I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental:
a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;
§ 3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, a pena é de reclusão de quatro a dez anos; se resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis anos. (QUALIFICADA PELA MORTE)
§ 4º Aumenta-se a pena de um sexto até um terço:
I - se o crime é cometido por agente público. (COM CAUSA DE AUMENTO)
uidado para não confundir  TORTURA QUALIFICADA PELA MORTE vs HOMICIDIO QUALIFICADO PELA TORTURA
TORTURA QUALIFICADA PELA MORTE= a intenção do agente é apenas torturar( intenso sofrimento fisico, mental, psicológico), mas por circunstâncias inesperáveis o sujeito passivo do crime morre devido a tortura ( crime preterdoloso= dolo na tortura + culpa no homicidio) 
 
HOMICÍDIO QUALIFICADO PELA TORTURA=  a intenção aqui é matar, mas ele decide usar da tortura para o resultado fim ( homicídio), será um crime qualificado pela tortura.
QUESTÃO 16:
rime de Dano - Consumação e tentativa:
O dano se consuma quando o agente, efetivamente, destrói, inutiliza ou deteriora coisa alheia, seja ela móvel ou imóvel.
Por se tratar de crime material e plurissubsistente, admite-se a possibilidade de tentativa. (Rogério Greco - Código Penal Comentado)
 CORRETA - Art. 18 - Diz-se o crime. II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia.  Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente.  Art. 121. Matar alguém: § 3º Se o homicídio é culposo
Segue abaixo de forma simples e didática o fundamento do gabarito, bons estudos.
O resultado diverso do pretendido, também chamado de aberratio criminis ou aberratio delicti, representa a situação em que o agente, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, atinge bem jurídico distinto daquele que pretendia atingir (art. 74 do CP).
Trata-se de situação em que o agente provoca lesão em bem jurídico diverso do pretendido (coisa x pessoa). Exemplo: “A” quer danificar o carro que “B” está conduzindo, entretanto, por erro na execução, atinge e mata o motorista. Queria praticar dano, mas acaba produzindo morte. A consequência para o agente não poderá ser a isenção de pena. Neste caso, responderá pelo resultado diverso do pretendido, porém a título de culpa (se houver previsão legal). No nosso exemplo, “A”, responderá por homicídio culposo (ficando absorvida a tentativa de dano).

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