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caso concreto 6

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MARCELO SÁTYRO TAVARES DE OLIVEIRA – 201702135462
DIREITO PENAL I 
CASO CONCRETO AULA 6
Leia a notícia abaixo e responda às questões formuladas.
'Pena já foi a morte', diz delegado sobre pai que esqueceu filho em carro
Menino de dois anos morreu após passar 5 horas trancado em carro em MT
.
Causa da morte foi asfixia por confinamento, segundo laudo do IML.
28/01/2016 18h18 - Atualizado em 28/01/2016 18h24
A Polícia Civil acredita que a Justiça deverá aplicar o perdão judicial após o envio do inquérito que apura a morte de uma criança de dois anos que foi esquecida dentro de um
carro em Cuiabá. Frederico era filho do delegado Geraldo Gezoni, da Delegacia de
Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), e morreu na última terça-feira (26). O caso será investigado pela Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do
Adolescente (Deddica). Segundo o delegado Eduardo Botelho, o procedimento de
investigação é comum na polícia e, após o fim da apuração do caso, o inquérito será
encaminhado ao Poder Judiciário.
O delegado disse que aguarda apenas o encaminhamento do expediente por parte da DHPP, que atendeu o caso, e o resultado do exame de necropsia da criança para realizar a abertura do inquérito.
A partir da situação narrada e dos estudos realizados sobre as teorias da conduta,responda às questões formuladas:
a) Qual a distinção entre as condutas comissivas e omissivas?
Crime comissivo exige uma atividade concreta do agente, uma ação, isto é, o agente faz que a norma proíbe (ex: matar alguém mediante disparos). O crime omissivo distingue-se em próprio e impróprio (ou impuro). 
Crime omissivo próprio é o que descreve a simples omissão de quem tinha o dever de agir (o agente não faz o que a norma manda. Exemplo: omissão de socorro – CP, art. 135). Crime omissivo impróprio (ou comissivo por omissão) é o que exige do sujeito uma concreta atuação para impedir o resultado que ele devia (e podia) evitar. Exemplo: guia de cego que no exercício de sua profissão se descuida e não evita a morte da vítima que está diante de uma situação de perigo. O agente responde pelo crime omissivo impróprio porque não evitou o resultado que devia e podia ter evitado.
b) Qual o fundamento para a responsabilização penal do denominado agente
garantidor?
A omissão culposa imprópria, traduz no seu cerne, que o sujeito, signatário do dever de impedir o resultado, deve atender a um cuidado relativo quanto à maneira e ao modo de efetuar sua atividade em razão do perigo da produção do resultado. Assim sendo o pai do menino que era o responsável pelo seu bem estar foi negligente ao deixar-lo por 5 horas trancado no carro.
Questão objetiva.
A respeito da omissão própria e da omissão imprópria (também denominada crime comissivo por omissão), é correto afirmar que
a) um dos critérios apontados pela doutrina para diferenciar a omissão própria da omissão imprópria é o tipológico, segundo o qual, havendo norma expressa criminalizando a omissão, estar-se-ia diante de uma omissão imprópria.
b) nos termos do Código Penal, possui posição de garantidor e, portanto, o dever de impedir o resultado, apenas quem, por lei, tem a obrigação de cuidado, proteção ou vigilância.
c) a ingerência, denominação dada à posição de garantidor decorrente de um comportamento anterior que gera risco de resultado, não está positivada no ordenamento brasileiro, tratando-se de uma construção dogmática.
d) o crime praticado por omissão, segundo o Código Penal, é apenado de forma atenuada ao crime praticado por ação.
e) segundo o Código Penal, a omissão imprópria somente terá relevância penal se, além do dever de impedir o resultado, o omitente tiver possibilidade de evitá-lo.
RESPOSTA: OPÇÃO A

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