Buscar

174497060217 MAGISTRATURA DIR INDIV TRAB AULA 02 (1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

www.cers.com.br 
 
 
1 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
 
2 
RELAÇÃO DE TRABALHO E RELAÇÃO DE EMPREGO – DIFERENCIAÇÃO 
 
Relação de trabalho corresponde a qualquer vínculo jurídico por meio do qual uma pessoa natural executa obra 
ou serviços para outrem, mediante o pagamento de uma contraprestação. 
Já a relação de emprego é apenas uma das tantas hipóteses possíveis da relação de trabalho, sendo inconfundí-
vel com as demais por suas características e peculiaridades. 
 
Relação de trabalho autônomo 
Nessa espécie de relação de trabalho não existe dependência ou subordinação jurídica entre o prest ador de ser-
viços e o respectivo tomador 
 
Encontramos a definição de trabalhador autônomo no art. 11, V, h, da Lei 8.212/1991, que o define como: 
Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas: 
(...) 
 
- como contribuinte individual: 
(...) 
h) a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com fins lucrativos ou 
não; 
 
Relação de trabalho avulso 
Podemos definir o trabalhador avulso como aquele que presta serviços urbanos ou rurais, sem vínculo empregatí-
cio a diversos tomadores, com intermediação do OGMO (Órgão Gestor de Mão de Obra) ou do sindicato, sendo 
sindicalizado ou não. 
 
O trabalho avulso portuário regido pela Lei 12.815/13 é aquele prestado na orla marítima por meio de um órgão 
gestor de mão de obra. Este trabalhador participa de uma escala diária de rodízio de acordo com a oferta de tra-
balho em que se respeitam, de forma equitativa e isonômica, as oportunidades de trabalho disponíveis, observan-
do as habilitações exigidas para cada função. 
 
Relação de trabalho eventual 
Trabalho eventual é aquele realizado em caráter esporádico, temporário, de curta duração, em regra, não relacio-
nado com a atividade-fim da empresa. 
 
Relação de trabalho institucional 
É a relação de trabalho de natureza estatutária existente entre os servidores públicos e as pessoas jurídicas de 
Direito Público interno. 
 
Os servidores estatutários não mantêm vínculo de emprego com a administração pública, e sim vínculo institucio-
nal, estatutário. 
 
Suas normas de aplicação não são uniformes em todo o país, variando caso a caso conforme o estatuto do ente 
público que o emprega. 
 
Relação de trabalho – Estágio 
O período durante o qual o estudante exerce uma atividade prática de aprendizagem dos conhec imentos adquiri-
dos na instituição de ensino, em conformidade com os currículos, programas e calendários escolares, podendo 
ser realizado no estabelecimento de ensino, na comunidade em geral ou em empresas públicas ou privadas, sob 
responsabilidade e coordenação/supervisão da instituição de ensino. 
 
O estágio é regido pela Lei 11.788/2008, e, no que couber, pela Resolução 1, de 21 de janeiro de 2004, do Conse-
lho Nacional de Educação. 
 
Lei, 11.788/2008 
Art. 12. O estagiário poderá receber bolsa ou outra forma de contraprestação que venha a ser acordada, sendo 
compulsória a sua concessão, bem como a do auxilio-transporte, na hipótese de estágio não obrigatório. 
§ 1.° A eventual concessão de benefícios relacionados a transporte, alimentação e saúde, entre outros, não carac-
teriza vínculo empregatício. 
§2.° Poderá o educando inscrever-se e contribuir como segurado facultativo do Regime Geral de Previdência So-
cial. 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
 
3 
Art. 13, Lei 11.788/2008. É assegurado ao estagiário, sempre que o estágio tenha duração igual ou superior a 1 
(um) ano, período de recesso de 30 (trinta) dias, a ser gozado preferencialmente durante suas férias escolares. 
§ 1
o
 O recesso de que trata este artigo deverá ser remunerado quando o estagiário receber bolsa ou outra forma 
de contraprestação. 
§ 2
o
 Os dias de recesso previstos neste artigo serão concedidos de maneira proporcional, nos casos de o estágio 
ter duração inferior a 1 (um) ano. 
 
No que se refere à carga horária do estagiário, determina o art. 10 da referida Lei: 
Art. 10. A jornada de atividade em estágio será definida de comum acordo entre a instituição de ensino, a parte 
concedente e o aluno estagiário ou seu representante legal, devendo constar do termo de compromisso ser com-
patível com as atividades escolares e não ultrapassar: 
 
1-4 (quatro) horas diárias e 20 (vinte) horas semanais, no caso de estudantes de educação especial e dos anos 
finais do ensino fundamental, na modalidade profissional de educação de jovens e adultos; 
 
6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais, no caso de estudantes do ensino superior, da educação profis-
sional de nível médio e do ensino médio regular. 
Na prática encontramos verdadeiros contratos de trabalho que preenchem todos os requisitos do art. 3.° da CLT, 
recebendo a falsa chancela de estágio. 
 
OJ 366, SDI-1 - ESTAGIÁRIO. DESVIRTUAMENTO DO CONTRATO DE ESTÁGIO. RECONHECIMENTO DO 
VÍNCULO EMPREGATÍCIO COM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA ou INDIRETA. PERÍODO POSTERIOR 
À CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988. IMPOSSIBILIDADE - Ainda que desvirtuada a finalidade do contrato de 
estágio celebrado na vigência da Constituição Federal de 1988, é inviável o reconhecimento do vínculo emprega-
tício com ente da Administração Pública direta ou indireta, por força do art. 37, II, da CF/1988, bem como o defe-
rimento de indenização pecuniária, exceto em relação às parcelas previstas na Súmula nº 363 do TST, se requeri-
das. 
 
Art. 17, Lei 11.788/2008 - O número máximo de estagiários em relação ao quadro de pessoal das entidades con-
cedentes de estágio deverá atender às seguintes proporções: 
I – de 1 (um) a 5 (cinco) empregados: 1 (um) estagiário; 
II – de 6 (seis) a 10 (dez) empregados: até 2 (dois) estagiários; 
III – de 11 (onze) a 25 (vinte e cinco) empregados: até 5 (cinco) estagiários; 
IV – acima de 25 (vinte e cinco) empregados: até 20% (vinte por cento) de estagiários. 
§ 4
o
 Não se aplica o disposto no caput deste artigo aos estágios de nível superior e de nível médio profissional. 
§ 5
o
 Fica assegurado às pessoas portadoras de deficiência o percentual de 10% (dez por cento) das vagas ofere-
cidas pela parte concedente do estágio. 
 
Relação de trabalho – Trabalho voluntário 
A Lei 9.608/1998, em seu art. 1.°, regulamenta o exercício do trabalho voluntário, excluindo de forma expressa a 
existência de vínculo empregatício nesta hipótese, vejamos: 
 
Art. 1.° Considera-se serviço voluntário, para fins desta Lei, a atividade não remunerada, prestada por pessoa 
física a entidade pública de qualquer natureza, ou a instituição privada de fins não lucrativos, que tenha objetivos 
cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência social, inclusive mutualidade. 
Considerando que o serviço voluntário é prestado a título gratuito, sem o recebimento de qualquer remuneração, 
não será possível reconhecer-se o vínculo empregatício do trabalhador voluntário com o tomador de serviços (Lei 
9.608/1998, art. 1.º, parágrafo único). 
 
A realização do serviço voluntário possui forma prescrita em lei, devendo obrigatoriamente ser realizado um termo 
de adesão entre a entidade pública ou privada e o prestador do serviço voluntário. 
 
Art. 3.° O prestador do serviço voluntário poderá ser ressarcido pelas despesas que comprovadamente realizar no 
desempenho das atividades voluntárias. 
Parágrafo único. As despesas a serem ressarcidas deverão estar expressamente autorizadas pela entidade a que 
for prestado o serviço voluntário. 
 
Trabalho prisional 
O art. 5.°, XLVII, c, da Constituição da República proíbe a condenação de trabalho forçado em nosso país, todavia 
constitui um dever do preso que não esteja ali provisoriamente, prestar serviços internos ou externos, respeitadaswww.cers.com.br 
 
 
4 
suas aptidões e capacidades, sob pena de lhe ser imputada a prática de falta grave, como determinam os arts. 31, 
39, V, e 50, VI, da Lei 7.210/1984 (Lei de Execução Penal). 
 
Art. 39. Constituem deveres do condenado: 
(...) 
 
- execução do trabalho, das tarefas e das ordens recebidas; 
Art. 50. Comete falta grave o condenado á pena privativa de liberdade que: 
(...) 
 
- inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do artigo 39, desta Lei. 
 
Art. 33. A jornada normal de trabalho não será inferior a 6 (seis) nem superior a 8 (oito) horas, com descanso nos 
domingos e feriados. 
Parágrafo único. Poderá ser atribuído horário especial de trabalho aos presos designados para os serviços de 
conservação e manutenção do estabelecimento penal. 
 
Art. 126. O condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semiaberto poderá remir, pelo trabalho, parte do 
tempo de execução da pena. 
§ 1.° A contagem do tempo para o fim deste artigo será feita á razão de 1 (um) dia de pena por 3 (três) de traba-
lho. 
 
Art. 29. O trabalho do preso será remunerado, mediante prévia tabela, não podendo ser inferior a 3/4 (três quar-
tos) do salário-mínimo. 
 
Associado de cooperativa 
O legítimo associado de cooperativa não possui vínculo de emprego com sua cooperativa nem com seus t omado-
res de serviço, haja vista o que dispõe o parágrafo único do art. 442 da CLT e o art. 90 da Lei 5.764/1971. 
 
Entretanto, para que não se caracterize o vínculo de emprego, é indispensável que não estejam presentes os 
requisitos do art. 3.° da CLT, pois se isto ocorrer estaremos diante de uma verdadeira relação de emprego. 
Com o advento da Lei 12690/12, restou expressamente proibida a contratação de cooperativa para a realização 
de moa de obra subordinada, sendo devida uma multa de R$ 500,00 ( quinhentos reais ) para cada trabalhador 
flagrado nesta condição 
 
Lei 12.690/2012 
Art. 5º - A Cooperativa de Trabalho não pode ser utilizada para intermediação de mão de obra subordinada. 
 
Art. 7
o
 - A Cooperativa de Trabalho deve garantir aos sócios os seguintes direitos, além de outros que a Assem-
bleia Geral venha a instituir: 
II - duração do trabalho normal não superior a 8 (oito) horas diárias e 44 (quarenta e quatro) horas semanais, ex-
ceto quando a atividade, por sua natureza, demandar a prestação de trabalho por meio de plantões ou escalas, 
facultada a compensação de horários; 
 
Art. 17. Cabe ao Ministério do Trabalho e Emprego, no âmbito de sua competência, a fiscalização do cumprimen-
to do disposto nesta Lei. 
§ 1
o
 A Cooperativa de Trabalho que intermediar mão de obra subordinada e os contratantes de seus serviços 
estarão sujeitos à multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) por trabalhador prejudicado, dobrada na reincidência, a 
ser revertida em favor do Fundo de Amparo ao Trabalhador - FAT. 
 
Cabo eleitoral 
Para essas hipóteses, com o intuito de se furtarem das responsabilidades trabalhistas aplicáveis a qualquer cida-
dão, a classe política brasileira determinou, no art. 100 da Lei 9.504/1997, que não gera vínculo de emprego a 
prestação de serviços para o candidato ou partido. 
 
Art. 100. A contratação de pessoal para prestação de serviços nas campanhas eleitorais não gera vínculo empre-
gatício com o candidato ou partido contratantes. 
 
 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
 
5 
Médico-residente 
Trata-se de um curso de pós-graduação com ingresso obrigatório por meio de processo seletivo dest inado à es-
pecialização do profissional, tendo regulamentação própria pela Lei 6.932/1981 e pelo Decreto 80.281/1977. 
 
JOGO DO BICHO 
 
A exploração do jogo do bicho é uma contravenção penal, assim sendo, não é possível reconhecer o vínculo entre 
o contraventor e aquele que lhe presta serviços (apontador). 
 
OJ-SDI1-199 TST - JOGO DO BICHO. CONTRATO DE TRABALHO. NULIDADE. OBJETO ILÍCITO - É nulo o 
contrato de trabalho celebrado para o desempenho de atividade inerente à prática do jogo do bicho, ante a ilicitu-
de de seu objeto, o que subtrai o requisito de validade para a formação do ato jurídico. 
Art. 1
o
 A Lei n
o
 12.592, de 18 de janeiro de 2012, passa a vigorar acrescida dos seguintes arts. 1
o
-A, 1
o
-B, 1
o
-C 
e 1
o
-D: 
“Art. 1
o
-A Os salões de beleza poderão celebrar contratos de parceria, por escrito, nos termos definidos nesta Lei, 
com os profissionais que desempenham as atividades de Cabeleireiro, Barbeiro, Esteticista, Manicure, Pedicure, 
Depilador e Maquiador. 
§ 11. O profissional-parceiro não terá relação de emprego ou de sociedade com o salão-parceiro enquanto perdu-
rar a relação de parceria tratada nesta Lei.” 
 
“Art. 1
o
-C Configurar-se-á vínculo empregatício entre a pessoa jurídica do salão-parceiro e o profissional-parceiro 
quando: 
I - não existir contrato de parceria formalizado na forma descrita nesta Lei; e 
II – o profissional-parceiro desempenhar funções diferentes das descritas no contrato de parceria.”

Continue navegando