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Melanie Klein estudou relações objetais na primeira etapa da vida; dinâmica da vida emocional da criança pequena e os mais primitivos mecanismos de defesa. Melanie Klein não existe fases de desenvolvimento que se sucedem, mas ‘posições’ que se alternam pela vida afora e que, portanto, não ‘terminam’ e tampouco se sucedem. Primeiros anos de vida criança sofre desilusões, experimenta angústias e impulsos sexuais. Começo da vida duas fontes de ansiedade na criança: uma interna e outra externa. A fonte da ansiedade externa se dá no ato de nascer; a angústia do nascer seria o padrão de todas as futuras angustias. A dor e incômodo da perda do espaço intrauterino são vividos como forças que atacam, são hostis. Por isso a angústia persecutória está presente desde o começo da vida e da relação da criança com o mundo extrauterino. A fonte da ansiedade interna é resultante da ação da pulsão de morte que atua no interior do organismo do individuo, que fundamenta o temor de aniquilação. Primeiros meses de vida criança passa por estádios de angústia persecutória ligada a fase de exacerbação do sadismo; bebe experimenta sentimentos de culpa por seus impulsos destrutivos e fantasias dirigidos contra seu primeiro objeto – seio da mãe. Sentimentos de culpa surge a tendência a fazer reparações ao objeto. Primeira relação objetal da criança é a amamentação e presença da mãe; mas relação objetal parcial; essa relação é objetal tanto para impulsos de vida e morte. Primeira relação do bebê é com o seio materno, que é o seio bom (amado) e o seio mau (odiado); esta separação é decorrência da imaturidade do ego. Seio é bom porque o amamenta, e é mau porque se ausenta. Tudo se concentra nessa relação de amor e ódio. Diante do objeto essencial, o seio, e a possibilidade de ausência, o bebê aciona o mecanismo de defesa primitivo, a clivagem. Clivagem mecanismo de defesa mais primitivo contra a angústia, onde há uma cisão tanto a nível do ego, como ao nível do objeto primário. A clivagem do objeto opera particularmente na posição paranoide e incidesobre um objeto parcial. Serve para afastar o "mau". Alteração do equilíbrio entre instinto de vida e de morte desperta emoção oral chamada avidez. Avidez emoção de tipo oral que consiste em desejo veemente impetuoso e insaciável que excede o que o sujeito necessita e que o objeto pode dar; aumento na avidez faz bb ficar sensível as frustrações e aumenta agressão. A raiz do Ego pode ser entendida pelos mecanismos de introjeção e projeção. Projeção é o ato que a criança irá desferir contra o seio materno, como quando projeta sua agressão oral no seio mau Introjeção permite proteger o objeto bom contra as pulsões destrutivas representadas pelos objetos maus externos e pelos objetos maus interiorizados. Relação da criança com o seio mau nas fantasias a criança tem impulsos destrutivos, então projeta sua agressão oral no seio mau. Na fantasia objeto é influenciado pela avidez devido impulso oral, então seio passa a ser elemento essencial da angústia persecutória; seio mau quer devorá-la e exterminá-la assim como ela lhe quer fazer. Relação da criança com a mãe satisfação e amor que recebe da mãe ajudam a criança a neutralizar ansiedade paranoide e os sentimentos de perda e perseguição despertados pelo trauma do nascimento. No primeiro ano de vida a criança já alterna as posições esquizoparanóide e depressiva em seu psiquismo, em um comportamento que se repetirá constantemente. Posição esquizoparanóide engloba as ansiedades de natureza persecutória; combate de forma ilusória, mas violenta, toda a perda; Ao nascer, o bebê experimenta a posição esquizoparanóide, a única que conhece até os seis meses de idade. Posição esquizoparanóide estádio em que predominam os impulsos destrutivos e as angustias persecutórias (do nascimento até 3, 4 ou 5 meses de idade). A criança tem a visão de pessoa não como objeto total, mas sim parcial. A presença da angustia provocada pelos instintos de morte fazem com que o Ego desvie essa angústia transformando-a em agressão. Posição depressiva dá origem a todas as ansiedades provenientes do estado depressivo; a perda é realmente comprovada. Posição depressiva fase onde a criança é capaz de reconhecer o objeto por inteiro e não mais parcialmente; criança experimenta sentimento de ambivalência em relação à mãe detentora de coisas boas e más; A angústia, originalmente paranoide, transforma-se em angústia depressiva (primeiras vivências de culpa e de luto). Somente o equilíbrio entre as duas posições pode equacionar o psiquismo. Complexo de Édipo se inicia sob domínio do sadismo e do ódio, quando a criança se volta para um segundo objeto – o pai- com sentimentos de amor e ódio. Criança vê nos sentimentos depressivos do medo de perder a mãe – como objeto externo e interno – um impulso importante para os primeiros desejos edípicos. Relação da criança com a mãe satisfação e amor que recebe da mãe ajudam a criança a neutralizar ansiedade paranoide e os sentimentos de perda e perseguição despertados pelo trauma do nascimento. Melanie Klein afirma que o Complexo de Édipo inicia-se nos primeiros anos de vida, e que possui um começo semelhante em ambos os sexos, sendo o seio materno a marco primeiro para a situação edípica. Concluiu que o seu início ocorre na “Posição Depressiva”. Para Klein, as tendências edipianas são liberadas como consequências (sic) da frustração sentida pela criança com o desmame, e que se manifestam no final do primeiro e começo do segundo ano de vida; reforçadas pelas frustrações anais sofridas durante os treinamentos dos hábitos de higiene. Impulsos edípicos da criança liberados pelas frustrações orais e que o superego começa simultaneamente a se formar. Complexo edipiano precoce na criança por volta de um ano de idade pelo fato da ansiedade causada pelo temor de ser devorado e destruído, então esta deseja destruir o objeto libidinal. Inveja emoção muito arcaica que remonta ao nascimento; surge no momento em que o bebê percebe-se impotente perante sua mãe (ou cuidador), no que concerne ao seu bem-estar, ou seja: quando ele precisa de cuidados ou alimento e seu cuidador não o gratifica de imediato. Segundo Klein a criança na posição esquizoparanóide deseja destruir esse seio que ora lhe parece bom, ora lhe parece mau, para não ter de passar novamente por situações de frustração. Esquema frustração -> raiva -> destruição Frustração ausência de gratificação; um desejo contrariado. Raiva sentimento natural que somos ensinados a reprimir. Destruição desejo de destruição incomoda, pois ao perceber que o outro tem algo que não se pode ter e que muito se deseja pode haver uma tendência a destruir este objeto apenas não para lidar com a sua falta. Desejo de destruição existe para eliminar os parâmetros de comparação. Inveja pode ser caracterizada por negação e racionalização.
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