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1 DESAFIO PROFISSIONAL CURSO: ADMINISTRAÇÃO 6ª SÉRIE DISCIPLINAS NORTEADORAS: ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA; ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES; ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS; SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS; PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO. O Desafio Profissional é um procedimento metodológico de ensino- aprendizagem que tem por objetivos: � Favorecer a aprendizagem; � Estimular a corresponsabilidade do aluno pelo aprendizado eficiente e eficaz; � Promover o estudo dirigido a distância; � Desenvolver os estudos independentes, sistemáticos e o autoaprendizado; � Oferecer diferentes ambientes de aprendizagem; � Auxiliar no desenvolvimento das competências requeridas pelas Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação; � Promover a aplicação da teoria e conceitos para a solução de problemas práticos relativos à profissão; � Direcionar o estudante para a busca do raciocínio crítico e a emancipação intelectual. Para atingir estes objetivos, você deverá seguir as instruções na elaboração do Desafio Profissional ao longo do semestre, sob a orientação do Tutor a Distância, considerando as disciplinas norteadoras. 2 A sua participação nesta proposta é essencial para o desenvolvimento de competências e habilidades requeridas na sua atuação profissional. COMPETÊNCIAS E HABILIDADES Ao concluir as etapas propostas neste desafio, você terá desenvolvido as competências e habilidades que constam nas Diretrizes Curriculares Nacionais descritas a seguir: � Reconhecer e definir problemas, equacionar soluções, pensar estrategicamente, introduzir modificações no processo produtivo, atuar preventivamente, transferir e generalizar conhecimentos e exercer, em diferentes graus de complexidade, o processo de tomada de decisão; � Desenvolver expressão e comunicação compatíveis com o exercício profissional, inclusive nos processos de organização e nas comunicações interpessoais e intergrupais; � Refletir e atuar criticamente sobre a esfera de produção, compreendendo sua posição e função na estrutura produtiva sob seu controle e gerenciamento; � Desenvolver raciocínio lógico, crítico e analítico para operar com valores e formulações matemáticas presentes nas relações formais e causais entre fenômenos produtivos, administrativos e de controle, expressando-se de modo crítico e criativo diante dos diferentes contextos organizacionais e sociais; � Desenvolver capacidade para realizar consultoria em gestão e administração, pareceres e perícias administrativas, gerenciais, organizacionais, estratégicos e organizacionais. OBJETIVO DO DESAFIO Refletir sobre a estratégia de verticalização na indústria. Elaborar um plano para a implantação de uma unidade para a fabricação de suco de laranja. A decisão de integrar o processo produtivo de extração e envasamento do suco de laranja já foi tomada pela diretoria, o objetivo de sua equipe é o de identificar a melhor alternativa para a implantação desta unidade de produção. 3 PRODUÇÃO ACADÊMICA A Acadêmica Agropecuária possui 460 hectares (ha) onde são realizadas diversas atividades. Atualmente, a empresa possui um pomar de laranja-pera com aproximadamente 200 ha cultivados. Os pés de laranja estão com idade de 7 anos e apresentam produtividade média mensal de 1,2 toneladas por hectare nos meses de janeiro a março; e 2,1 t/ha nos meses de abril a dezembro. A produção é vendida in natura para indústrias de sucos e supermercados. A unidade de medida é a caixa com 40,8 kg e o preço varia em torno de R$ 19,90 por caixa. Existe na propriedade um barracão que será reformado e adaptado para a nova atividade. Os custos da reforma estão orçados em aproximadamente R$ 300.000,00 e estará disponível para a instalação dos equipamentos até dezembro do corrente ano. Os equipamentos necessários para a implantação da linha de produção para a extração do suco de laranja são: • Máquina de lavagem de frutas; • Extratores; • Centrífugas; • Evaporadores; • Envasadora (dosa, envasa, tampa e sela as embalagens de suco); • Móveis e utensílios diversos. Sabe-se que, na implantação da linha de produção, o fornecedor dos equipamentos é responsável pelo transporte, instalação e capacitação inicial dos colaboradores. Nesse sentido, foram elencados dois fornecedores para os equipamentos: • Fornecedor A – propôs a instalação de um sistema de extração com capacidade de processamento de 650 kg de fruta por hora, o que equivale a 300 litros de suco por hora. Para isso, serão necessários 4 4 colaboradores por turno (8 horas). O valor total da solução ficou orçado em R$ 800.000,00. • Fornecedor B – apresentou uma proposta na qual serão processados cerca de 1.500 kg de fruta por hora, o que equivale a 700 litros de suco por hora. Para isso, serão necessários 6 colaboradores por turno (8 horas). O valor total desta solução foi estabelecido em R$ 1.200.000,00. Ambos os fornecedores garantiram que a unidade de extração terá condições de operar a partir de janeiro do próximo ano. A depreciação das máquinas e dos equipamentos ocorrerá em dez anos pelo método linear. O suco de laranja será envasado em garrafas de 300, 500 ou 1.000 mililitros (ml). O custo unitário da embalagem ficou estimado em R$ 0,45, R$ 0,72 e R$ 0,95, respectivamente. A demanda projetada aponta para o consumo de toda a produção, considerando que 60% deverá ser de embalagens de 300 ml, 30% em garrafas de 500 ml e apenas 10% da demanda foi prevista para as embalagens de 1 litro. O preço de venda médio deve manter as médias de: R$ 1,90 para garrafas de 300 ml; R$ 3,00 para as garrafas de 500 ml; e R$ 5,90 para as embalagens de 1 litro. Os impostos foram estimados em: 12% sobre a Receita e 10% sobre os Lucros. DESAFIO PROFISSIONAL A diretoria da Acadêmica Agropecuária decidiu pela integração vertical por considerar que o valor agregado do suco de laranja é muito maior do que o da a fruta in natura. Assim, com a implantação da estrutura para a extração do suco, a diretoria espera uma considerável elevação nos retornos deste produto, uma vez que o montante de investimento necessário já está devidamente alocado no orçamento anual da empresa. 5 O seu Desafio Profissional é analisar as diversas alternativas de implantação desta linha de produção e elaborar o plano de ação para este projeto. Não se trata de um projeto de análise de investimentos, uma vez que a decisão de fazer já está tomada; trata-se, portanto, de um projeto de implantação, no qual as diversas possibilidades devem ser verificadas e várias decisões devem ser tomadas para que o objetivo final seja atingido, ou seja, obter a maior lucratividade possível com a atividade (plantio da laranja, extração e comercialização do suco). Para construir o seu Desafio Profissional, será necessário seguir os seguintes passos: Passo 1 Neste passo, sua equipe deve comparar as opções de aquisição das máquinas e equipamentos e verificar a capacidade de produção em cada caso. Cabe ressaltar que é muito importante verificar como a alternativa de cada fornecedor pode ser utilizada para atender a toda a demanda que foi projetada. Passo 2 Neste passo, sua equipe deve programar a produção mensal. Verifique a produção de laranja mensal (de janeiro a dezembro) e compare com as alternativas de cada fornecedor. É importante determinar se haverá capacidade ociosa em algum período, uma vez que é possível tanto adquirir mais fruta no mercado para a extraçãocomo também a extração e o envase de suco para outras fazendas na região. Passo 3 Neste passo é necessário estabelecer os turnos de trabalho, o quadro funcional com os cargos e salários dos colaboradores. Cabe ressaltar que os custos 6 de horas extras, adicionais noturnos e encargos sociais também devem ser previstos. É importante que seja estabelecido como será o processo de recrutamento, seleção e capacitação dos colaboradores, bem como definidas questões como transporte, alimentação e demais condições necessárias ao conforto dos colaboradores. Todos os custos e despesas com o pessoal devem ser relacionados. Passo 4 Neste passo deve-se identificar os elementos importantes de Tecnologia da Informação a serem utilizados. Relacione os processos que devem ser informatizados e os resultados que o sistema deve apresentar. Existem diversos sistemas prontos no mercado, o importante aqui é verificar se um desses sistemas atende às necessidades de programação e controle da produção, ou se será necessário contratar uma empresa de tecnologia para desenvolver tal solução. Novamente, deve-se relacionar os custos de cada alternativa e indicar a decisão final que foi tomada. Passo 5 Neste passo a equipe deverá reunir as informações financeiras e elaborar um relatório indicando o total de investimento e projetar uma Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) para cada alterativa, considerando os custos e a lucratividade caso fosse adotada a estrutura proposta pelo Fornecedor A e pelo Fornecedor B. Todas as informações sobre turnos de trabalho, folha de pagamento, custos variáveis e fixos, bem como as despesas, devem ser analisados. Recomenda-se a adoção do Custeio Direto (utilização do conceito de margem de contribuição) como forma de proporcionar melhores detalhes para a tomada de decisão. Para finalizar este passo, deve-se identificar a melhor alternativa e argumentar sobre a decisão de implantá-la. 7 ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA Definir uma estratégia de integração é muito importante, uma vez que as ações a serem realizadas são dependentes da estratégia que foi definida. A Integração Horizontal ocorre quando a empresa decide realizar apenas as atividades mais importantes para o processo produtivo, terceirizando todas as atividades restantes. Por sua vez, a Integração Vertical é utilizada para se adquirir maior independência durante as etapas do processo produtivo. Neste contexto, integrar verticalmente significa passar a executar internamente atividades do processo produtivo que eram executadas por outras empresas. A Integração Vertical possui as vantagens de proporcionar a independência de terceiros para as atividades que foram verticalizadas, bem como uma maior autonomia em suas decisões, ao se considerar que mais etapas são realizadas internamente, portanto, maior será a abrangência das decisões. No entanto, a vantagem mais significativa na Integração Vertical é o substancial aumento nos lucros, uma vez que os lucros que pertenceriam as outras empresas da cadeia produtiva, serão agora retidos pela empresa que se verticalizou. Cabe ressaltar que existem, obviamente, desvantagens na verticalização, dentre elas são geralmente citadas a necessidade de maiores investimentos, uma vez que a estrutura organizacional ficará cada vez maior, bem como a desvantagem de tornar a empresa menos flexível, ou seja, “sair” de uma atividade que foi verticalizada geralmente não é um processo simples, e certamente será muito custoso para a empresa. Seja uma fábrica verticalizada ou horizontalizada, é necessário que se estabeleça a capacidade de produção desta unidade. Neste sentido, capacidade é o máximo que pode ser produzido em determinado período de tempo, enquanto que volume é a quantidade que está sendo produzida em um determinado período. 8 Por sua vez, o volume produzido é geralmente determinado pela previsão de demanda. A demanda futura de um empreendimento é utilizada para se decidir sobre a capacidade de produção de uma instalação por um longo período de tempo. Deve-se analisar, ainda, as futuras possibilidades de expansão ou de redução da estrutura, como forma de se adequar a mudanças relevantes no comportamento do consumidor. Uma vez que a demanda foi estabelecida, deve-se buscar as alternativas com relação a localização e layout da planta (unidade fabril). Pelo menos uma das alternativas deverá satisfazer a todos os objetivos que foram estabelecidos. Para isso, um modelo analítico deve ser elaborado, de forma que uma análise quantitativa seja empregada. A análise da demanda e a definição da capacidade produtiva de uma instalação fabril é sempre acompanhada de uma avaliação econômico-financeira (análise quantitativa), na qual são estabelecidos os patamares de retornos que são esperados pelos acionistas. O processo de implantação de uma unidade produtiva envolve definições sobre o Planejamento e Controle da Produção (PCP), o qual, por sua vez, trata da transformação das informações sobre vendas previstas, capacidade e modo de produzir em ordens de fabricação. Atualmente, o PCP se traduz em um Sistema de Informações Gerenciais (SIG) com o objetivo de disponibilizar informações sobre o quê, quanto, quando e com quais recursos produzir. Essas informações são essenciais para uma correta tomada de decisões. Essas decisões afetam a produtividade e, como consequência, o desempenho da empresa. De maneira resumida, um PCP eficiente conta com a adoção de algumas técnicas, como: Previsão de demanda; Planejamento da produção (o quê e quanto); Programação da produção (quando e como); Controle da produção (comparação entre o que foi planejado e o que foi realmente executado); e Gestão dos estoques, a fim de que os materiais estejam no lugar, na quantidade, na qualidade e no tempo 9 corretos, para que a programação da produção possa ser realizada como foi planejada. Uma ferramenta importante são os sistemas Enterprise Resource Planning (ERP) os quais permitem a implementação do Manufacturing Resource Planning II (MRP-II), uma ferramenta de planejamento em que as necessidades de matéria- prima, mão de obra, equipamentos, e o lead time (tempo disponível para vender, produzir e entregar) são consideradas para a correta emissão das ordens de produção. Um ERP permite a elaboração da Lista de matérias (BOM), bem como o controle integrado de estoques, gerenciamento das compras e definição e acompanhamento do Plano mestre de produção. Com isso são alcançadas as seguintes vantagens: um ERP é uma ferramenta de planejamento; um ERP é uma ferramenta de simulação (análise de diversos cenários); um ERP é focado em custos; e um ERP reduz a influência na linha de produção dos sistemas informais. Por último, mas não menos importante, é necessária a elaboração dos demonstrativos financeiros projetados do período que está sendo analisado. A Demonstração do Resultado do Exercício Projetada é o relatório financeiro essencial para a execução deste Desafio Profissional. Como o objetivo é a tomada de decisões, pode ser utilizada uma estrutura de DRE com a adoção do Custeio Direto. Desta maneira, a estrutura da DRE pode seguir o seguinte modelo: Receita Líquida (sem os impostos sobre a Receita) (-) Custos variáveis (=) Margem de Contribuição (-) Custos fixos e despesas (=) Lucro Operacional (-) Impostos (sobre o Lucro) (=) Lucro líquido. Essa estrutura é simples e funcional para se identificar qual das alternativas (Fornecedor A ou B) é mais lucrativa e, assim, possibilita o melhor retorno para osacionistas. Ela certamente pode ser ampliada para uma análise por produto, ou seja, 10 verificar qual dos itens (garrafa de 300 ml, 500 ml ou 1.000 ml) é mais vantajosa, contudo o detalhamento da DRE por produto não é essencial para que o objetivo deste Desafio Profissional seja atingido. Bom estudo! POSTAGEM DO DESAFIO PROFISSIONAL Postar no Ambiente Virtual a versão final do Desafio Profissional em arquivo único no formato .doc/.docx (Word), para a avaliação do tutor a distância. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO Desafio Profissional: Nota – 0 a 4 pontos. Observância à padronização e às orientações para a construção do projeto. PADRONIZAÇÃO A atividade deve ser estruturada de acordo com a seguinte padronização: 1. Em páginas de formato A4; 2. com margens esquerda e superior de 3 cm, direita e inferior de 2 cm; 3. fonte Times New Roman ou Arial tamanho 12, cor preta; 4. espaçamento entre linhas de 1,5; 5. se houver citações com mais de três linhas, elas devem ser em fonte tamanho 10, com um recuo de 4 cm da margem esquerda e espaçamento simples entre linhas; 6. com capa, contendo: 6.1. nome de sua Unidade de Ensino, Curso e Disciplinas; 6.2. nome completo e RA do(a) aluno(a); 6.3. título da atividade; 6.4. nome do Tutor(a) a Distância (EAD); 6.5. cidade e data da entrega, apresentação ou publicação. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 11 ASSAF NETO, Alexandre. Finanças corporativas e valor. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2005. MARTINS, E. Contabilidade de Custos. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2009. MARTINS, Petrônio Garcia; ALT, Paulo Renato Campos. Administração de materiais e recursos patrimoniais. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. MARTINS, Petrônio Garcia; LAUGENI, Fernando P. Administração da produção. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2006. MEGLIORINI, Evandir. Administração financeira: uma abordagem brasileira. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009. O’BRIEN, J. A. Sistemas de informação e as decisões gerenciais na era da Internet. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2004. COMO CITAR ESTE DESAFIO PROFISSIONAL BUENO, Wellington. Desafio Profissional de Administração. [On-line]. Valinhos, 2016. p. 01-11. Disponível em: <www.anhanguera.edu.br/cead>. Acesso em: jul. 2016.
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