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WEBS AULA PRATICA V AV2

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Web aula 15
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGREGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO Y 
	ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES PÚBLICOS, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº xxxxx, representado por seu presidente xxxxx, com endereço à xxxxx, bairro xxxx, cidade xxxx, estado xxx, e-mail xxxxx, por seu advogado xxxxx, com endereço a xxx, bairro xxx, cidade xxx, estado xxx, que indica para fins do artigo 106 do CPC, com fundamento no artigo 5º LXIX da CF/88 e artigo 1º da Lei nº 12.016/09, vem, impetrar
MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO
Em face de ato ilegal do SECRETÁRIO DE ADMINISTRAÇÃO, endereço, vinculado a pessoa jurídica de direito público o ESTADO Y, na pessoa de seu representante legal, com endereço à xxxxx, pelo fatos e fundamento de direito a seguir aduzidos:
DOS FATOS:
Trata-se de mandado de segurança coletivo, considerando que o secretário de administração do estado membro Y, com a finalidade de incentivar o aprimoramento profissional de certa categoria de servidores públicos, criou, por meio de lei específica, tabela de referencia salariais com incremento de 10% entre uma e outra, estando a mudança de referencia baseada em critérios de antiguidade e merecimento. O pagamento do mencionado percentual seria feito em seis parcelas mensais sucessivas. Vale salientar que os servidores que adquiriram todas as condições para o posicionamento na referencia salarial subsequente já haviam recebido o pagamento de tres parcelas quando sobreveio a edição de medida provisória revogando a sistemática estabelecida na lei. Assim, no mês seg
Inte a edição dessa medida o valor correspondente a quarta parcela foi excluído da folha de pagamento. Em decorrencia dessa exclusão, os servidores requereram a Secretaria estadual de planejamento e gestão a respectiva inserção na folha de pagamento, sob pena de sibmeter a questão ao poder judiciário. No entando, em resposta, o secretário indeferiu o pedido fundando nos seguintes argumentos: a)- em razão da revogadação da lei, promovida pela medida provisória, os serviores não mais teriam o direito ao recebimento do percentual; b)- seria possivel a alteração do regime remuneratório em face da ausencia de direito adqu não irido a regime juridico, conforme já reconhecido pelo STF; c)- os servidores teriam na hipotese, mera expectativa de direito, e não direito adquirido; d)- não cabe ao poder judiciário atuar em área propria do poder executivo e conceder o reajuste pleiteado, sob pena de ofensa ao principio constitucional da separação dos poderes. Assim, diante dos argumentos infundandos utilizados pelo Sr. Secretário, ora autoridade coatora, que culminou no indeferimento do pedido dos servidores, ensejando ato ilegal, não restou a impetrante outra alternatica a não ser utilizar-se do presente remédio constitucional como forma de restabelecer a justiça.
DOS FUNDAMENTOS 
Evidenciado está o cabimento do presente remédio constitucional, considerando o disposto no artigo 1º da Lei 12.016/09, bem como o artigo 5º, LXIX, e LXX, CRFB/88, diante do ato ilegal/abusivo da autoridade coatora, uma vez que o ato ora impugnado viola flagrantemente o direito líquido e certo dos servidores. Cabe salientar que o Mandado de Segurança Coletivo (artigo 5º, LXX, CRFB/88) é utilizado para facilitar o acesso de pessoas jurídicas, na defesa de interesses de seus membros ou associados, à função jurisdicional. À semelhança do mandado de segurança individual, o coletivo destina -se proteger direito líquido e certo só que de natureza corporativa, pertencente não a um indivíduo isolado, mas sim a um grupo de pessoas, no caso em tela, os servidores..., não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que houver ilegalidade ou abuso de poder perpetrado por autoridade, como poderá ser constatado nas linhas que seguem abaixo. Quanto a ilegalidade, resta plenamente comprovada, haja vista o disposto no artigo 5º inciso LXX, da CF/88, hipóteses que foram repetidas no artigo 23 da lei 12016, estando autorizados a impetrar mandado de segurança coletivo, partido político com representação de partido político com representação no congresso nacional, organização sindical, entidade de classe e associação. Quanto ao mérito, cabe de inicio salientar que embora haja entendimento consolidado na jurisprudência, de que o servidor público não tem direito adquirido a regime jurídico, podendo assim a administração pública promover legitimamente, alterações na composição dos vencimentos dos servidores, inclusive mediante a exclusão de gratificações ou reajustes, é certo que no caso em tela na ocasião da edição da medida provisória, os servidores já haviam adquirido todas as condições para o recebimento do percentual relativo a referencia salarial subseqüente tanto que já vinham percebendo o pagamento de forma parcelada. Por conseguinte, os servidores já haviam adquirido, por força da legislação específica, o direito ao recebimento do percentual, logo, não há que se falar em possibilidade de alteração do que já se foi adquirido, pois apenas o pagamento é que foi efetuado de forma parcelada, ou seja, o direito ao recebimento do percentual já havia integrado o patrimônio dos servidores, quando da edição da medida provisória, muito embora a implementação estivesse sendo feita de modo parcelado. Logo, não poderia tal espécie legislativa desrespeitar direito já incorporado ao patrimônio, e em o fazendo violou frontalmente o disposto no art. 5.º, XXXV I, da Constituição Federal, segundo o qual “a lei não prejudicará o direito adquirido”. É certo que apenas para os servidores que ainda não completaram o direito, pode, todavia, a administração retirar o benefício, sendo, no entanto, vedado fazê-lo em prejuízo dos servidores que já incorporaram o benefício. Em sede doutrinária, por adequar-se perfeitamente ao caso concreto, vale frisar ensinamento do Professor..
Ademais, não restam dúvidas também que a subtração das parcelas a que fariam jus os servidores, naturalmente implica em afronta ao disposto no art. 37, XV, da Constituição Federal, segundo o qual os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis. Isso porque, como o direito já havia sido incorporado ao patrimônio dos servidores, sua exclusão configura clara afronta ao princípio da irredutibilidade de vencimentos.
Assim, apesar de ser constitucional a modificação do regime remuneratório dos servidores, tal alteração não pode ocorrer de forma alheia à observância dos comandos constitucionais, em especial da vedação de decesso remuneratório. Portanto, restou configurado o direito líquido e certo dos servidores quanto a anulação do ato administrativo eivado de vicio e ilegalidade. 
 
DA CONCESSAO DA LIMINAR 
O fumus boni iuris constitui condição basilar para a concessão d a liminar pretendida. Como bem pode observar Vossa Ex celência, pelos fatos e fundamentos jurídicos arrolados, inquestionável é a violação do direito líquido e certo residindo o fumus boni iuris nos mencionados princípios constitucionais, e o – periculum in mora, que decorre do dano causado aos servidores. Assim, atendidos os requisitos do art. 7º, II da Lei nº 1533/51, a medida liminar deve ser concedida no sentido garantir o pagamento da 4.ª, da 5.ª e da 6.ª parcela, em razão do caráter alimentar dos valores questionados no presente remédio constitucional. 
DOS PEDIDOS 
Diante do exposto, requer: 
a) a CONCESSÃO DA MEDIDA LIMINAR para garantir o pa gamento da 4.ª, da 5.ª e da 
6.ª parcela, em razão do seu caráter alimentar; 
b) a notificação da autoridade coatora, para que, querendo, no prazo legal, preste as 
informações que entender pertinentes, conforme artigo 7º, I, da Lei nº 12.016/09; 
c) seja dada ciência d o feito ao órgão de re presentação judicial da pessoa jurídica 
interessada, para que, querendo, ingresse no feito; 
d) a intimação do IlustreMembro do Ministério Públi co, na forma do artigo 12 da Lei nº 12.016/09; 
e) que o pedido seja ao final jul gado procedente para d eclarar a nulidade do ato que 
determinou a exclusão da parcela do r eajuste na folha de pagamento, diante da o corrência de ofensa, pelo poder público, ao direito adquirido dos servidores e à irredutibilidade de vencimentos, requerend o seja concedida a se gurança para que seja assegurada aos servidores públicos a implementação do reajuste. 
f) a condenação do impetrado em custas processuais.
DAS PROVAS 
Requer a análise das provas anexadas a presente ação. 
 
DO VALOR DA CAUSA 
Dá-se à causa o valor de R$ ... (...) 
 Nestes termos, pede deferimento. Local..., data... ADVOGADO OAB/UF n.
WEB 16
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA CÍVEL DA COMARCA DE ____
DURVAL, (nacionalidade), vereador, (estado civil), portador da Cédula de Identidade n. __, inscrito no CPF sob n. __, residente e domiciliado (endereço), portador do Título de Eleitor n. __, Seção __, Zona __, cidadão em pleno gozo de seus direitos (doc. 2), nos termos do artigo 1º, § 3º, da Lei n. 4.717/65, por seu advogado inscrito na OAB/ sob n. , que esta subscreve (instrumento de mandato anexo), com endereço na __, local indicado para receber intimações (artigo 39 do Código de Processo Civil) vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no artigo 5º, LXXIII, da Constituição Federal impetrar AÇÃO POPULAR com pedido de liminar em face de ato do Prefeito do Município de __ e do Presidente da Empresa Pública “Água Para Todos”, com sede na __ (endereço), Moura Júniro, residente e domiciliado na __ (endereço), Correa, residente e domiciliado na (endereço), pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos.
I – DOS FATOS
A empresa pública “Água Para Todos”, criada para a produção dos materiais e a prestação dos serviços pertinentes à instalação de rede hidráulica no município de __, é, atualmente, presidida por Moura, autoridade coatora, que tem estreita relação de amizade com Ferreira, prefeito e igualmente autoridade coatora.
Em virtude de vultosa receita de ISS recolhida da empresa pública aos cofres do município, o presidente daquela pediu ao prefeito, como retribuição à exação, a nomeação de seu filho, Moura Júnior, independentemente de concurso público, para o cargo efetivo de analista administrativo da prefeitura municipal. O pedido foi prontamente acolhido, e o filho da autoridade coatora tomou posse, só comparecendo ao serviço ao final de cada mês para assinar o ponto.
Em contrapartida ao gesto de amizade, Moura determinou ao departamento de divulgação da empresa estatal, representado por Correa, que promovesse uma homenagem ao prefeito, em veículo de comunicação de massa, parabenizando-o por seu aniversário.
A empresa pública contratou uma produtora de mídia e um minuto em horário nobre na emissora de maior visibilidade local para a veiculação da propaganda.
No dia do aniversário do prefeito, a propaganda foi veiculada, mencionando as realizações da prefeitura municipal na gestão de Ferreira, tendo sido divulgada, por derradeiro, a seguinte mensagem: “a ‘Água Para Todos’ parabeniza o prefeito Ferreira pelo seu aniversário”.
II – DO DIREITO
A)    Da legitimidade ativa
Em primeiro lugar, convém ratificar a legitimidade ativa do autor da presente ação, com base no título de eleitor (doc. 1) e certidão atestando sua cidadania (doc. 2), estando, portanto, satisfeitas as regras exigidas pelo art. 5º, LXXIII, da CF/88 c/c o art. 1º, § 3º, da Lei n. 4.717/65.
B)    Da nulidade do ato administrativo de nomeação do servidor público Moura Júnior
Consoante já relatado, Moura Júnior, filho do presidente da empresa pública “Água Para Todos”, foi nomeado, sem concurso público, para o cargo efetivo de analista administrativo da prefeitura municipal.
Esta meio de ingresso na carreira de servidor público incompatibiliza-se com o preceituado na Lei Fundamental. De acordo com o texto constitucional, “a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou provas e títulos” (art. 37, I).
A violação a esta regra fere reiterados princípios regentes da Administração Pública, podendo-se listar: da legalidade, pois o administrador, no ato da nomeação, descumpriu os ditames legais; da impessoalidade, eis que foram concedidos privilégios inadmissíveis ao filho da autoridade coatora; da moralidade, por contrariar a ética e a moral administrativa; do concurso público, visto que se desconsiderou o critério meritocrático de ingresso no serviço público; e da eficiência, autoexplicativo (art. 37, “caput”, e inciso II, da CF/88).
Destarte, patente a lesividade aos cofres públicos e a violação aos preceitos constitucionais, o ato padece de vício de validade, merecendo o mesmo ser nulificado, bem como Moura Júnior afastado do cargo.
C)    Da nulidade do processo administrativo de contratação de propaganda
Este ato também padece de nulidade, pois a propaganda veiculada, destituída de qualquer informação de interesse público, serviu, tão somente, à promoção pessoal do prefeito, eis que lhe foram atribuídas, e não ao órgão de Chefia do Poder Executivo Municipal, a conclusão de diversas obras, restando violado o art. 39, § 1º, da CF/88.
Noutro viés, o princípio da impessoalidade também foi ignorado, devendo ser ressarcidos aos cofres públicos os valores indevidamente empregados.
D)    Conclusão
A prática destes atos administrativos está marcada por sério desvio de finalidade, isto é, não foram realizados à vista do interesse público, mas apenas do particular. Assim, além do rol de princípios anteriormente listado, contrariou-se, outrossim, lembrando das palavras do eminente Celso Antônio Bandeira de Mello, uma das pedras de toque do Direito Administrativo, qual seja, o princípio da indisponibilidade do interesse público, limitador da atividade administrativa, que exalta a probidade na gestão da maquia pública, sempre à luz do interesse de seu titular, o povo.
III – DA LIMINAR
Demonstrada a existência do “fumus boni iuris”, consubstanciado na nulidade dos referidos atos administrativos, e do “periculum in mora”, qual seja, o perigo de se onerar ainda mais os cofres públicos caso as medidas ilegais perdurem, é cabível a concessão da liminar para suspender a nomeação do servidor público Moura Júnior e, por conseguinte, afastá-lo do cargo.
IV – DO PEDIDO
Diante do exposto, requer o Impetrante:
a) a concessão da liminar para suspender o ato de nomeação do servidor Moura Júnior junto à Prefeitura Municipal, bem como afastá-lo do cargo;
b) seja determinada a citação dos impetrados para contestar, sob pena de revelia (art. 7º, I, “a”, da Lei n. 4.717/65);
c) seja determinada a intimação do membro do Ministério Público do Estado de __ (arts. 6º, § 4º, e 7º, I, “a”, da Lei n. 4.717/65);
d) seja determinada a juntada das seguintes documentações: cópia do ato de nomeação do servidor público Moura Júnior e do processo administrativo de contratação de propaganda;
e) ao final, seja julgado procedente o pedido, confirmando a liminar e determinando a nulidade dos atos administrativos;
f) sejam condenados os impetrados ao pagamento das custas e honorários advocatícios (art. 12 da Lei n. 4.717/65), bem como ao ressarcimento das perdas e danos (art. 11 da Lei n. 4.717/65);
Protesta provar o alegado por todos os meios admitidos em Direito.
Dá-se à causa o valor de R$ __
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local e data
__________________
(Assinatura do Advogado)

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