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Modelo ED Fisiologia Renal 2

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ESTUDO DIRIGIDO II DE FISIOLOGIA RENAL
O que você entende por efeito unitário? Explique como tal efeito pode ser multiplicado?
A hipertonicidade medular é formada ao longo do ramo ascendente da alça de Henle, que é impermeável à água, reabsorve NaCl- e o gradiente transtubular de 200 mOsm = efeito unitário, que possui a capacidade que concentrar urina. O ramo descendente entra em equilíbrio com interstício, perdendo água. O efeito unitário está ao longo de todo o ramo ascendente. Pode ser multiplicado, pois a alça de Henle estabelece 2 tipos de gradiente osmótico: o horizontal – ramo ascendente ⇔ interstício, em equilíbrio ao ramo descendente; e o vertical – junção corticomedular ⇔ papila renal, esse gradiente é maior quando mais longa for a alça e é dependente do fluxo tubular. Quando o fluxo está elevado não há equilíbrio no ramo descendente com o interstício, fazendo o gradiente vertical diminuir, já quando o fluxo é zero o gradiente vertical não é formado, não havendo multiplicação do efeito unitário.
Especifique a localização dos sensores de volume e tonicidade no organismo e as respectivas vias eferentes. Quais são os fatores de ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona? 
Os sensores de volume são os miócitos atriais, que a partir da sua deformação ocorre liberação do peptídeo atrial natriurético (PAN). Já os de tonicidade, são chamados de osmorreceptores localizados no hipotálamo agem na neurohipófise, liberando ADH que cai na circulação. O SRAA é ativado por redução do volume circulatório efeito, podendo ser causado por uma hemorragia, desencadeando a diminuição da pressão arterial, detectada pelo SNA-simpático (barorreceptores). Além disso, pode ocorrer redução da perfusão renal, que são sensíveis ao estiramento e a concentração de cloreto de sódio detectada pelas células da mácula densa. Estes três fatores levam ao aumento da produção de renina que age no angiotensinogênio, formando Ang I que pela ECA vira Ang II, que contrai a arteríola renal, agindo na aldosterona que retém Na+, preservando água no corpo e mantendo o volume sanguíneo. 
Explique o efeito da angiotensina II sobre a lavagem papilar? Seu efeito, em última instância promove aumento ou diminuição da reabsorção de água? Angiotesina II tem efeito central? Se sim, explique.
A angiotensina II é um peptídeo que participa do SRAA contrai a arteríola renal, diminuindo o fluxo de sangue nos vasos retos, levando a queda da lavagem papilar, resultando em um aumento da absorção de água e Na+ nos túbulos renais. A Ang II não possui apenas um efeito localizado, ela tem ação também no SN, estimulando o centro da sede quando há um aumento da osmolaridade no sangue, aumenta a liberação de ADH pela neurohipófise e age também nas suprarrenais provocando a liberação da aldosterona.
Qual o efeito do Peptídeo Atrial Natriurético? Em qual situação, seus níveis poderiam estar elevados ou reduzidos?
O Peptídeo Atrial Natriurético é liberado pelos cardiomióctios do átrio direito do coração quando há um aumento do volume sanguíneo, estirando esse átrio e provocando sua liberação. É responsável por um aumento no ritmo de filtração glomerular, para tentar eliminar o excesso de água e Na+ no organismo, mantendo os níveis normais do volume sanguíneo. Com isso, diminui também a pressão arterial, logo, está aumentado em caso de hipervolemia e diminuído em casos de hipovolemia, apresentando-se antagonista a Ang II.
O aumento de ADH se deve somente a osmolaridade? Indique outros fatores que podem aumentar a concentração de ADH. Especifique os receptores de ADH, quanto a sua localização e função. 
A queda do volume ou da pressão do sangue também estimula a secreção de ADH. Os receptores responsáveis por essa resposta estão localizados tanto no local de baixa pressão do sistema circulatório (átrio esquerdo e vasos pulmonares), como no de alta pressão (arco aórtico e seio carotídeo). O ADH é um polipeptídio produzido pelo hipotálamo e secretado pela adenohipófise em casos de aumento da osmolaridade pelo sinal de barorreceptores, equilibrando a quantidade de líquidos corporais, promovendo excreção através da urina. Porém esse hormônio também pode ser liberado em casos de hipotensão severa, com os níveis de ADH elevados, há vasoconstricção da arteríola, o que leva ao aumento da resistência periférica, logo a pressão arterial aumenta, por isso, também é chamado de vasopressina. O receptor V1 está localizado no endotélio de vasos sistémicos e tem como função a vasoconstricção e agregação plaquetária. O receptor V2 é encontrado na membrana basolateral das células do ducto coletor responsável pela mobilização dos canais aquaporinas para a superfície celular.
Especifique os distúrbios ácido-bases, quanto ao aumento ou diminuição de CO2 ou HCO3- e qual seria a resposta compensatória? Qual a importância da hemoglobina no tamponamento do pH plasmático? Explique a participação das células intercalares alfa e beta no controle do pH plasmático. Este controle ocorre a curto ou longo prazo, explique.
O CO2 é um ácido volátil, está em equilíbrio na fase gasosa e liquida no organismo, os não-voláteis são eliminados pelo rim, como os orgânicos (cetoácidos) e inorgânicos (ácido sulfúrico). Em caso de acidose, ou seja, diminuição do pH sanguíneo o individuo respira de forma mais ofegante, hiperventila, na tentativa de exalar o CO2 extra pelo pulmão. No caso de alcalose, onde o pH do sangue aumenta, o NH3 aumenta, pelo catabolismo de proteínas, nesta situação o organismo retém o CO2 para diminuir o pH. O CO2 é transportado pelo organismo na forma de HCO3-.
CO2 (d) + H2O ⇔ H2CO3
H2CO3 ⇔ H+ + HCO3-
A hemoglobina funciona como um tampão proteína, pois quando desligada do Oxigênio, em seu estado desox, capita o H+ que se liga nos grupos imidazólicos da proteína. Logo, um indivíduo com anemia possui menos hemoglobina, sendo assim, liga-se menos ao H+ e tem maior variação do pH sanguíneo pela queda da capacidade de tamponamento. As células intercalares participam do controle do pH plasmático de diferentes formas: célula intercalar alfa – secreta H+ e reabsorve bicarbonato agindo na acidose, libera NH3 (base) e H+ (ácido) pelos transportadores apicais, formando sais de amônio (NH4+), neutralizando também a urina; célula intercalar beta – age reabsorvendo H+ e secretando bicarbonato em casos de alcalose.

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