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Olá, caro aluno! Seja bem-vindo à disciplina de Gestão Financeira! • Moeda e meios de pagamento • Regime de caixa e de competência • Capital e controle financeiro • Gestão financeira e suas ferramentas de controle Bons estudos O que é uma empresa? Bem, uma empresa pode ser vista como sendo uma forma organizada de recursos produtivos. Esses recursos são organizados de modo a gerarem retornos econômicos e financeiros, isto é, para gerarem lucro e caixa. Pode parecer uma questão simples, mas fazer com que uma empresa traga retornos financeiros é uma tarefa que exige paciência, pensamento estratégico e atenção com o que acontece no mercado. Eis a importância do gestor financeiro para uma empresa: prestar atenção nas tendências de mercado para que a empresa esteja preparada para agradar todo tipo de cliente e, ainda, organizar a estrutura interna da empresa para que ela se adapte às tendências do mercado. Moeda A moeda nem sempre foi assim como você vê atualmente, um pedaço de metal que você troca por outros itens. Há muitos séculos, quando havia excedente de produção de gêneros alimentícios, uma aldeia oferecia aquele excedente a outra aldeia, em troca de algum item que ela não tivesse. Mas, para que tal relação comercial tivesse êxito, uma aldeia deveria ter interesse naquilo que a outra oferecia, e assim era estabelecido o preço dos itens: de acordo com o interesse das aldeias em cada item. A contabilidade trabalha com a comparação de seus elementos positivos e negativos, formando a equação fundamental da contabilidade, que considera o conceito de patrimônio como o conjunto de bens, direitos e obrigações com terceiros acrescido de capital próprio. Ativo (bens + direitos) = Passivo Exigível (obrigações) + Patrimônio Líquido (capital próprio) Assim, a situação patrimonial líquida da empresa pode apresentar-se como positiva, negativa ou nula. Veja se você compreendeu a diferença entre essas três situações patrimoniais analisando os balanços apresentados a seguir. Chegamos ao fim de nosso primeiro encontro da disciplina de Gestão Financeira. Com esta aula, pudemos entender o que é a moeda e como ela impacta nas transações de uma empresa, como a contabilidade mensura as operações de uma empresa, como o capital é obtido para financiar os investimentos realizados e, ainda, o que é a gestão financeira e quais as suas ferramentas de controle. Aula 2 Olá, caro aluno! Estamos iniciando mais uma aula de Gestão Financeira! Nesta aula, vamos estabelecer a distinção teórica entre: • Receitas e gastos • Tipos de gastos • Tipos de custos • Tipos de despesas Na aula anterior, você pôde entender o que é uma empresa e qual a função do gestor financeiro na empresa, certo? Agora, você entenderá o que é uma receita e o que são gastos. Será que gastos e despesas são a mesma coisa? Esta aula vai abordar quatro pontos: receitas, gastos, custos e despesas. O que é receita? Se levarmos em consideração seu significado no latim, podemos dizer que receita significa “receber”. Segundo a ótica financeira, remete ao recebimento e ativos financeiros (forma efetiva ou de direito). A receita de uma empresa é mensurada e expressa em valores monetários e pode ter duas origens distintas: Atividade operacional: ocorre quando a receita provém do produto da atividade da organização. Atividade não-operacional: ocorre quando a receita não provém do produto da atividade da organização, e sim da venda de meios de produção ou outros recursos. O que são gastos? Pela ótica contábil, trata-se de um sacrifício, expresso em valores monetários, ao se adquirir um produto, bem ou serviço. Realizado pela promessa de entrega ou efetiva entrega de um ativo. Os gastos podem ser: Investimentos: São representados pelos gastos ativados – isto é, aqueles reconhecidos no ativo, como infraestrutura, imobilizados etc. São importantes: na gestão financeira, é necessário avaliar o impacto do investimento na capacidade de pagamento da empresa! Custos: São gastos realizados que são consumidos por uma entidade no processo de transformação (produção), como por exemplo: matéria-prima, máquinas, mão de obra direta e indireta. Mas atenção: os gastos com custos, não resultam em redução do patrimônio, pois estes são incorporados aos produtos produzidos! Despesas: São gastos realizados que são consumidos por uma entidade para sustentar as atividades administrativas, comerciais e financeiras da entidade. De modo geral, despesas são todos os gastos que uma entidade incorre para gerar receita. Bom, vimos o que são gastos. Agora, vamos ver o que são custos? Existem várias formas de classificar os custos, ou seja, os gastos produtivos. Dentre estas, destacam-se: Diretos : São gastos realizados que são facilmente apropriados aos bens e serviços que são produzidos pela entidade, como matéria-prima, embalagem, mão de obra direta etc. Fluxo variável: São gastos realizados que não podem ser associados aos bens e serviços de forma tão fácil, pois exigem uma alocação por rateio, por exemplo, depreciação e serviços de manutenção. Hibridos: São gastos realizados que, no curto prazo, apresentam comportamento misto de qualidade variável e fixa, por exemplo: mão de obra terceirizada, que implica em mensalidade e horas trabalhadas. E quanto às despesas? As despesas, por sua vez, são classificadas entre: Operacionais: São aquelas atividades que estão associados ao objetivo fim da entidade que, neste sentido, envolvem gastos administrativos, comerciais e financeiros. Não operacionais: São todos os outros gastos que não se enquadram com o objetivo fim da entidade, como, por exemplo, o dispêndio na venda de um terreno ou de um carro por uma empresa têxtil. De natureza fixa e variáveis: Despesas de natureza fixa são as despesas classificadas segundo o impacto gerado pelo nível de venda (quantidade ou receita). Nesse sentido, considera-se uma despesa de natureza fixa aquela em que não há impacto no nível de venda e variável a despesa em que houver impacto no nível de venda. Será que gastos e despesas são a mesma coisa? E o que dizer sobre o lucro e a receita? E quanto aos custos? Clique em iniciar para testar o quanto você sabe sobre cada um desses fundamentos e, também, para ver se você consegue diferenciá-los. Custo é uma saída de capital que é consumida por uma entidade no processo de produção. Entretanto, eles não resultam em redução do patrimônio, pois estes são incorporados aos produtos produzidos! Despesa é uma saída de capital consumida por uma entidade para sustentar as atividades administrativas, comerciais e financeiras da entidade. De modo geral, representa todos os gastos que uma entidade incorre para gerar receita. Lucro consiste na diferença entre a receita e as despesas da organização! Gasto é um sacrifício, de modo geral, expresso em valores monetários, ao se adquirir um produto, bem ou serviço. Realizado pela promessa de entrega ou efetiva entrega de um ativo. Receita remete ao recebimento e ativos financeiros (forma efetiva ou de direito), sendo mensurada e expressa em valores monetários e tendo origem em atividade operacional ou atividade não-operacional. Aula 3 Olá, caro aluno! Está preparado para iniciar a terceira aula de Gestão Financeira? O foco desta aula estará voltado para o estudo da identidade e da estrutura orçamentária, para o orçamento e a gestão financeira, bem como à resistência à sua implantação e, por fim, trataremos sobre o orçamento e empresas de pequeno e médio porte. O que significa, para você, fazer um orçamento? Para muitas pessoas, fazer um orçamento significa, pura e simplesmente, fazer uma cotação de preços visando a aquisição de determinado bem ou serviço. Você concorda com essa afirmação? É claro que o conceito de orçamento não é tão simples assim. Todo o planejamento financeiro parte de um orçamento, e todas as etapas de um processo produtivo têm como base um orçamento preestabelecido. Você sabia que, mesmo na máquina pública o orçamento possui papel de destaque? Imagine como seria uma cidade que não tivesse suas receitas e despesas organizadas em um orçamento. O que é, finalmente, um orçamento? O orçamento é uma ferramenta de planejamento e controle constituída por projeções sobre o comportamento de receitas, gastos e resultados, conforme variáveis presentes em certo horizonte temporal. Um orçamento é uma projeção sistêmica, sendo assim, a participação de todos é um fator imprescindível para seu sucesso e, também, do planejamento estratégico e operacional de uma entidade. Geralmente, são considerados os dados de um ano civil, ou seja, de janeiro a dezembro, para a execução de um orçamento, mas outros períodos podem ser considerados, dependendo do projeto a ser desenvolvido. A sobrevivência das empresas e organizações depende significantemente de planejamento. Ele é um processo construtivo indispensável para qualquer negócio. Nesse sentido, o orçamento é um processo fundamental e deve ser elaborado com cautela e precisão. O que pudemos aprender com esta aula? Resumidamente, aprendemos que o orçamento é uma visão sistêmica das atividades de uma empresa. Ele permite a realização efetiva do planejamento financeiro ao possibilitar o controle dos recursos envolvidos em curto, médio e longo prazo. Por esta característica, o processo orçamentário permite que a gestão financeira realize análises com maior precisão, tanto sobre os investimentos a realizar como, também, sobre as formas de financiamentos possíveis. Aula 4 Olá, caro aluno! Vamos iniciar nossa quarta aula de Gestão Financeira? O foco desta aula estará voltado para o estudo do fluxo de caixa. O que você sabe sobre esse assunto? Bem, com esta aula você verá diferentes percepções sobre esse assunto, entenderá a relação entre o orçamento (assunto de nossa última aula) e o Fluxo de caixa, e entenderá como funciona um DFC, ou seja, um Demonstrativo de Fluxo de Caixa, além de relacioná-lo com os conceitos da Engenharia Econômica. O ativo com maior liquidez em uma empresa é exatamente seu caixa, pois diz respeito à movimentação e disponibilidade de numerários na empresa. Nesse sentido, é muito importante que haja um controle eficaz do caixa, de modo que sua movimentação não traga surpresas negativas, como discrepâncias nos demonstrativos contábeis, por exemplo. Eis a importância do fluxo de caixa: controlar a entrada e saída de numerários, auxiliando na segurança financeira da empresa. O fluxo de caixa é uma ótima ferramenta para auxiliar o gestor nas tomadas de decisões. É por meio dessa análise que os custos fixos e variáveis ficam evidentes, permitindo, dessa forma, um controle efetivo sobre determinadas questões empresariais. É importante, também, fazer uma projeção de fluxo de caixa demonstrando todos os pagamentos e recebimentos esperados em um determinado período de tempo. Essa projeção é importante porque o gestor necessita ter uma visão geral sobre todas as funções da empresa, a fim de prever o que será possível gastar no futuro, dependendo do que se consome hoje. O Fluxo de Caixa é uma ferramenta tão eficaz que é adaptada por muitas pessoas para ser empregado no dia a dia. É comum encontrar pessoas que façam o registro das entradas e saídas de capital em suas contas bancárias, bem como pessoas que, utilizando esse controle, fazem projeções financeiras de seus gastos e investimentos. Você é uma dessas pessoas? Costuma registrar as entradas e saídas de dinheiro de sua conta bancária, e, com isso, planejar o futuro? Podemos dizer que o fluxo de caixa pode ser tratado de diferentes formas, e que cada forma busca suprir um tipo de informação gerencial e, neste sentido, uma gestão eficaz precisa dominar todas elas para poder atingir a meta da empresa. Aula 5 Olá, caro aluno! Estamos iniciando, neste momento, a quinta aula de Gestão Financeira! Trabalharemos a questão do Capital de Giro (CG) sob seus mais variados aspectos: o Capital de giro líquido; a Gestão do capital de giro, com seus estoques e direitos a receber e, por fim, vamos buscar entender o ciclo operacional. Se levarmos em consideração tudo o que estudamos até agora nessa disciplina, podemos dizer que o diagnóstico antecipado de cenários financeiros, sejam eles positivos ou negativos, é uma iniciativa imprescindível para o sucesso de qualquer entidade, com ou sem fins lucrativos. Entretanto, fazer previsões não é o suficiente: é preciso perceber os pontos fracos de um negócio e pensar medidas para corrigi-los, não é mesmo? Mas, o que fazer? O que observar, no âmbito da Gestão Financeira, para que a empresa se mantenha em situação de liquidez? Bem, você já deve saber que algumas projeções são feitas para um futuro próximo, quase imediato, enquanto outras dizem respeito a um futuro distante. Isso depende da movimentação de capital que a decisão implica. Por exemplo, decisões cotidianas implicam em constante movimentação de capital, enquanto decisões de longo prazo, feitas esporadicamente, implicam em grande movimentação de capital, mas em menor frequência. Nosso foco, nesta aula, será a análise das previsões do futuro próximo, ou seja, analisaremos as previsões referentes a decisões operacionais, como pagamento de fornecedores, despesas, impostos, salários, encargos sociais etc., ou seja, decisões tomadas pelo Gestor financeiro diariamente e que demandam rentabilidade. Vimos, então, que o CG é um contexto de curto prazo que é aderente ao objetivo principal da entidade. Sendo assim, sua gestão exige decisões constantes sobre as atividades operacionais da organização. Portanto, capital de giro é o valor do volume total de recursos que circulam durante a atividade operacional da entidade, quando se considera ano fiscal contábil. O capital de giro precisa ser financiado ou por recursos de curto prazo e/ou por recursos de longo prazo, os quais, por sua vez, são oriundos do capital próprio ou de terceiros, certo? Então, temos o Capital de Giro Líquido quando se desconta do CG o valor financiado por recurso de curto prazo. Resumidamente, Capital de Giro Líquido, ou Capital Circulante Líquido (CCL), é o valor do volume de recursos que circulam no curto prazo, os quais foram oriundos da estrutura de capital da empresa. CGL = AC – PC A escassez de recursos para o cumprimento, dentro do prazo, das obrigações geradas pelas atividades operacionais de uma empresa pode ter várias causas. Entre elas, podemos citar a redução das vendas, a elevação dos custos de produção, o aumento das despesas administrativas e mesmo o investimento excessivo em itens do imobilizado com recursos circulantes. E quais seriam as consequências da escassez de recursos e do não cumprimento dessas obrigações? O trabalho do Gestor Financeiro está dividido entre decisões de longo prazo (aquelas que não são tomadas com frequência) e atividades de curto prazo (aquelas tarefas cotidianas, como o pagamento dos colaboradores da empresa, por exemplo). Aos custos oriundos das atividades cotidianas damos o nome de Capital de Giro (CG). No Balanço Patrimonial (BP), esses custos estão concentrados em dois grupos: no Ativo Circulante e no Passivo Circulante. Você saberia identificar os recursos pertencentes ao passivo e ao ativo em um BP? Saberia dizer se os passivos e ativos são circulantes ou não circulantes? Vamos verificar! Ativo circulante: Caixa, Banco, Contas a receber, Estoques, Despesas antecipadas Passivo circulante: Fornecedores, Salários a pagar, Encargos sociais a pagar, Impostos a pagar, Empréstimos a pagar Ativo não circulante: Realizável a longo prazo, Investimentos, Imobilizado, Intangível Patrimônio líquido: Capital social, Reservas de lucro Aula 6 Olá, caro aluno! Com esta aula concluiremos a disciplina de Gestão Financeira! Nessa sexta aula, trabalharemos a relação entre tempo e dinheiro, analisaremos a Taxa Interna de Retorno, o Valor Presente Líquido e o Payback. Ao longo desta disciplina você pôde conhecer algumas das principais atribuições de um Gestor Financeiro. Nesta aula não será diferente: vamos entender a questão da análise de riscos e investimentos, algo que exige dos gestores financeiros muita cautela, para garantir que o investimento será lucrativo e, também, para garantir que a rentabilidade gerada pelo investimento seja maior que o montante investido. Para avaliar se um investimento é viável para a empresa, o Gestor Financeiro deverá analisar alguns aspectos: 1. Lucro contábil ou financeiro gerado pelo projeto 2. Seu tempo de retorno 3. Sua taxa de retorno. Sendo assim, quanto maior for a quantidade de dados que ele tiver sobre determinado investimento, mais fácil será para analisar sua viabilidade e menor serão os riscos! Já deve estar claro para você que a decisão por projetos de investimento deve sempre ser precedida por um estudo de viabilidade econômica e financeira, não é? Mas talvez você não saiba que a viabilidade econômicapode ser medida pelos resultados averiguados pela contabilidade, enquanto a viabilidade financeira, ao contrário, é medida pelo regime de caixa. Com esse estudo de viabilidade, chegamos a um índice chamado de TMA (Taxa Mínima de Atratividade), que representa o retorno obtido com aquele investimento. Além disso, ao fazermos projeções de rentabilidade, devemos ter em conta o fator tempo. Como assim? Bem, você há de convir que os preços dos bens de consumo aumentam com o passar do tempo, certo? Então, não podemos fazer uma projeção de lucros pensando no custo atual de um item a ser comercializado futuramente, mas, sim, no custo que ele terá quando esse item for comercializado! Esse cálculo resulta no indicador do VPL (Valor Presente Líquido), que leva em consideração o fator tempo nas projeções. Agora está na hora de você conhecer um pouco mais sobre a Taxa Interna de Retorno (TIR). Ela é muito importante, pois os seus conceitos auxiliam na determinação do custo de um financiamento, que é bem comum nos dias atuais, não é mesmo? Vamos lá, responda algumas questões e aprenda ainda mais! Lembre-se, seja sempre atento ao responder! Chegamos ao fim de nossa sexta aula e, consequentemente, da disciplina de Gestão Financeira. Nesta aula foram abordadas algumas das principais técnicas de análise de investimento e, neste sentido, convém ressaltar que estas não são excludentes entre si, elas são elementos complementares de uma avaliação financeira, uma vez que a decisão sobre um investimento exige que inúmeras variáveis sejam consideradas, tais como: • Valor investido • Conduta do fluxo de caixa • Tempo de retorno • Custo do capital investido Olá, caro aluno! Olá, caro aluno! (1) Olá, caro aluno! (2) Olá, caro aluno! (3) Olá, caro aluno! (4) Olá, caro aluno! (5)
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