Buscar

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO CONTRA CONCESSIONÁRIA DE CARRO Copia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EXMO(A). SR(A). DR(A). JUIZ(A) DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR DA COMARCA DE FEIRA DE SANTANA - BA.
				LUÍS FERNANDO SUZART PINTO, brasileiro, solteiro, advogado, inscrito no CPF/MF sob o nº 779.184.525-34, domiciliado na Avenida João Leal Sales, 598, Centro, Milagres (BA), advogando em causa própria, vem, perante V. Exa., propor AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS e MATERIAIS, pelo rito da Lei nº 9.099/95, em face da MARVEL – MANUTENÇÃO E REVENDA DE VEÍCULOS LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº 13.564.042/0001-05, com sede na Avenida Reitor Miguel Calmon, 1977, Vale do Canela, Salvador (BA), CEP 40.110-100, e FIAT AUTOMÓVEIS S/A, situada na Rodovia Fernão Dias, Km 429, Betim (MG), CEP 32501-970, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:
				I – DOS FATOS
				No dia 27/11/2008 o Autor comprou das Rés o veículo FIAT Stilo Sporting Dualogic, chassi nº 9bd19251r93083843, ano/modelo 2008/2009, cor preta, emplacado sob JRW 7225, pagando o valor de R$ 61.250,00 (sessenta e um mil, duzentos e cinqüenta reais), conforme fotocópia da Nota Fiscal em anexo (DOC. 01).
				O veículo possui como principais itens de série e opcionais, tidos como atrativo: ar condicionado digital, direção elétrica, vidros e travas elétricas nas 04 (quatro) portas, motor 1.8, rodas em liga leve aro 17”, som mp3, teto solar elétrico e câmbio automático.
		
				Ocorre que o veículo em questão veio de fábrica com diversos defeitos, e, logo com 02 (dois) dias de comprado já apresentava defeitos, vez que veio com o painel interno de instrumentos defeituoso e console do câmbio de marchas com visível defeito estético, fato que fez o Autor dar entrada em seu veículo em 06/12/2008 (DOC. 02).
				No primeiro mês de comprado o veículo acumulava diversos defeitos, com o banco do carona trepidando, banco traseiro com forte barulho quando ocupado, tampão traseiro batendo, grilos no painel, vidros estalando, teto solar batendo e fazendo barulho.
				Desta forma, nos dois primeiros meses o carro não parece se tratar de carro novo, devido a falta de qualidade e os defeitos acima descritos.
				Ocorre que, em 24/02/2009, feriado de carnaval, por volta das 22:00, ao viajar com a família para o distrito de Guarajuba, em Camaçari (BA), tal situação tornou-se insustentável, quando, aos 7.300 km, o veículo quebrou, passando a não trocar as marchas automaticamente, ficando somente na primeira marcha.
				Assim, o Autor, não acreditando no que estava acontecendo, face ao altíssimo preço pago pelo veículo, encostou o veículo para dar nova partida, para ver se o problema persistia.
				Entretanto, o veículo não mais funcionou, sequer sendo possível dar a partida no veículo.
				Deste modo, a primeira atitude do Autor foi telefonar para FIAT – segunda Ré, para tentar auxílio da moradora, sendo atendido pelo Sr. Eduardo.
				No entanto, a Segunda Ré recusou-se a prestar assistência, mesmo com a assistência contratual de 01 (um) ano, sob o argumento de que o Autor não residia na cidade de Milagres (BA) e por isso não seria concedido um taxi para o local.
				O Autor foi desrespeitado pelo atendente, que exigiu para a concessão do táxi um comprovante de residência, o que era impossível, em razão das condições e o local em que se encontrava.
				Desta forma, o atende relatou, ainda, que a Segunda Ré somente era obrigada a levar o veículo a uma oficina mais próxima, sugerindo uma oficina em Camaçari (BA) e não uma concessionária FIAT.
				Neste sentido, o Autor viu-se obrigado a utilizar o seu seguro Bradesco, que lhe forneceu um táxi até a cidade de Milagres (BA) e rebocando o veículo até a primeira Ré, nos termos da declaração em anexo (DOC. 03).
				Na oportunidade, convém ressaltar que o Autor trabalha e reside na cidade de Milagres (BA), conforme comprova o comprovante de residência em anexo (DOC. 04).
				Na quarta-feira de cinzas, 25/02/2009, o veículo deu entrada na primeira Ré, ficando o Autor a pé, desprovido de seu veículo automotor, que com 02 (dois) meses de comprado, pelo altíssimo valor acima relatado, já não funcionava mais.
				O Autor mais uma vez solicitou um carro reserva para a Segunda Ré, o que foi prontamente negado, sob o argumento de que somente era obrigada a conceder o veículo reserva após 48 (quarenta e oito) horas após o veículo estar na concessionária.
				Assim, após as sobreditas 48 (quarenta e oito) horas do veículo na concessionária, e quase 72 (setenta e duas) horas após a pane do veículo, o Autor solicitou novamente o veículo reserva, sendo mais uma vez negado.
				Mesmo depois de diversas ligações, sem qualquer resposta ou satisfação das Rés, em 28/02/2009, o Autor compareceu à sede da primeira Ré para retirar o veículo, quando foi surpreendido por novos problemas.
				No período em que o veículo esteve sendo consertado (DOC. 05), a segunda Ré efetuou a troca do console e o painel interno do veículo, danificando outras peças do veículo, vez que o veículo apresentava-se com uma fenda em porta objetos próximo ao volante, com a manopla do câmbio de marchas arranhada, com uma nova fenda próximo ao cambio de marchas, estando amassado o local em 02 (dois) lugares, além de estar com a moldura do teto solar completamente solta, tudo registrado pelas fotografias em anexo (DOC. 06).
				Além do referido acima, outros problemas persistem tais como o excesso de barulho relatado acima, em diversos locais do veículo.
				Ao perceber que o veículo encontra-se neste péssimo estado, tentou um acordo com a primeira Ré, a qual disse somente trocaria o veículo com o deságio de 20 % (vinte por cento), valor equivalente a R$ 12.250 (doze mil, duzentos e cinqüenta reais).
				Portanto, não restou outra alternativa ao Autor senão ingressar com a presente medida.
				Deste modo, a atitude das Rés causou grande constrangimento no Autor, que teve o seu veículo danificado, se desgastando com ligações e investidas a referida concessionária, sendo enganado ao pagar um valor bem alto por um veículo sem qualidade.
				Observe-se que, caso não fosse a seguradora contratada pelo Autor, o mesmo teria ficado no meio da rua, em local ermo, estando submetido a ação de meliantes.
				Vale acrescentar, também, que o Autor faz a opção de trocar seus veículos por um zero quilometro, em média, a cada 18 (dezoito) meses, visando não se submeter ao que passou em 24/02/2009, vez que chegou em Milagres (BA), somente às 04:00 do dia 25/02/2009, tudo causado pela pane no seu veículo.
				Com efeito, tal atitude do Autor, ao trocar freqüentemente seus veículos por veículos novos, sempre deu certo, com exceção desta última, pois comprou um veículo da FIAT.
				A atitude das Rés prejudicou a moral do Autor, recebendo reclamações em seu trabalho, notadamente causada pela ausência de seu veículo, tendo que faltar a uma reunião, sendo advertido pelos seus superiores (DOC. 07).
				Impende ressaltar, ainda, que o Autor possui grande zelo pelo seu veículo, não possuindo, até então, qualquer dano ou arranhão, significando o referido automóvel um símbolo de vitória, fruto do seu trabalho, fazendo a manutenção periódica, nos termos do documento anexo (DOC. 08). 
				A irresignação do Autor fora relatada para as Rés, que disseram que tomariam providencias, mas os defeitos não foram sanados (DOC. 09).
				Por fim, acrescenta que, somado a tudo isto a FIAT ofereceu um cartão de crédito ao Autor, com anuidade gratuita por um ano e, após 02 (dois) meses passou a ser cobrada a anuidade, tudo documentado em anexo (DOC. 11).
				Desta forma, tal atitude deixou o Autor bastante chateado, mormente pela falta de compromisso dos Réus, mormente por ter comprado um produto bastante caro, em que valor não corresponde a qualidade oferecida.
				II – DO DIREITO/DANO MORAL E MATERIAL
			A Constituição Federal, através do inciso X, doartigo 5º, consagra a intagibilidade dos direitos à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem das pessoas, ao mesmo passo em que assegura ao ofendido, expressamente, o direito à indenização tanto pelo dano material como pelo dano moral decorrente da violação.
Ao ler mencionada disposição, assim concluiu José Afonso da Silva�:
“A vida humana não é apenas um conjunto de elementos materiais. Integram-na, outrossim, valores imateriais, como os morais. A Constituição empresta muita importância à moral como valor ético-social da pessoa e da família, que se impõe no respeito dos meios de comunicação social (art. 221, IV). Ela, mais que as outras, realçou o valor da moral individual sintetiza a honra da pessoa, o bom nome, a boa fama, a reputação que integram a vida humana como dimensão imaterial. Ela e seus componentes são atributos sem os quais a pessoa fica reduzida a uma condição animal de pequena significação. Daí porque o respeito à integridade moral do indivíduo assume feição de direito fundamental”.
Nesse sentido, ainda, são os escólios de Vilson Rodrigues Alves�, segundo quem:
“Dá-se esse dano apatrimonial se ocorre dor, seja fisíca (dor-sensação), seja moral (dor-sentimento), em face de violação a bem jurídico tutelado, sem repercussão patrimonial.
Esse bem, tutelado pelo ordenamento jurídico, é a esfera ética da pessoa, de modo que nele, dano moral, há acusação de intranquilidade, de ofensa à honra, à consideração social, no renome: a provocação de renome a gerar depressão da energia para a vida.”
A reparabilidade do dano exclusivamente moral, por sua vez hoje não guarda mais controvérsia, esta que persistira, em parte da doutrina e jurisprudência, no período anterior à entrada em vigor da Constituição Federal de 1988, a qual, suplantando as incertezas, expressamente agasalhou a sua indenização (art. 5º., V e X).
Mas, se no plano teórico e legal a reparabilidade do dano moral encontrar-se-ia pacificada, o mesmo não se poderia constatar no âmbito de quantificação dessa reparação, justamente pela crença na inexistência de parâmetros legais específicos.
Muitos autores até alertariam não se tratar de mera omissão legislativa, que poderia ter sido suprida de tão insistente que se fez essa discussão. Em verdade, queriam crer, tal representaria verdadeira opção legislativa, conferida pela dificuldade de se atribuir valor a um patrimônio exclusivamente subjetivo.
Não se poderia deixar de considerar, entretanto, que a indenização prestar-se-ia não ao restabelecimento de um status quo ante o desestabilizado pelo abalo moral, senão ao percebimento de um quantum, como que verdadeira expressão da solidariedade do Estado ao ofendido, e que se traduz na censura econômica imposta ao ofensor.
Nesse mesmo sentido, vale a transcrição de excerto do voto do Ministro Oscar Corrêa�:
“Não se trata de pecunia doloris ou pretium doloris, que não se pode avaliar e pagar; mas a satisfação de ordem moral, que não ressarce prejuízos e danos e abalos e atribulações irresarcíveis, mas representa a consagração e o reconhecimento, pelo direito, do valor e importância desse bem, que se deve proteger tanto quanto, senão mais do que os bens materiais e interesses que a lei protege.”
			A seu tempo, e com a mesma propriedade, Caio Mário da Silva Pereira� esclarece que:
“O dano deve ser reparado, e que o seu fundamento está no fato de que o indivíduo é titular de direitos de personalidade que não podem impunemente atingidos.”
			Detectado o ato ilícito e o dano indenizável daquele proveniente, 
			Neste sentido, vale lembrar que pela atitude das rés, o Autor teve que viajar em um táxi, chegando as 04:00, correndo o risco de ser assaltado, faltando a uma reunião no dia seguinte e recebendo uma advertência em seu trabalho, tudo isto por ter sido enganado, vez que comprou um produto de má qualidade, que não representa o valor pago.
				Ademais, é importante ressaltar que o Autor poderia ter pago com a vida, visto que pagou caro para ter um veículo com câmbio automático e, devido a falhas no sistema, o que está deveras comprovado, poderia ter morrido em uma ultrapassagem.
			No que concerne à indenização motivada pelo evento ato ilícito, quer comissivo, quer omissivo, o ordenamento jurídico pátrio não chegou, para os caso sob exame, a um critério único para a fixação do quantum indenizatório. Destarte, seguindo a orientação doutrinária, espera-se que se condene a Ré a pagar, nas palavras do Professor Bittar, “um valor de desestímulo” na reparação, fundamentando sua teoria na doutrina dos punitive and exemplary damages do direito anglo americano, devendo ser considerado para tanto o fato do Réu ser uma instituição de grande porte e, portanto, detentora de milhões como patrimônio.
			Voltando aos ensinamentos de Caio Mário da Silva Pereira, é de se salientar que “o problema de sua reparação deve ser posto em termos de que a reparação do dano moral, a par do caráter punitivo imposto ao infrator, tem de assumir sentido compensatório”, ou seja, a soma em dinheiro paga pelo infrator é para que ele sinta de alguma maneira o mal que praticou à vítima.
			Observe, ainda, que a segunda Ré tinha por obrigação fornecer o táxi e carro reserva, conforme disposto em seu sistema de assistência, o CONFIAT, conforme fotocópia anexa. (DOC. 10)
			De efeito, a indenização tem de ser paga em dinheiro, para que os Réus, instituições de alto renome, sinta de alguma forma o dano que praticou, sabendo-se, de antemão, que o valor fixado jamais será suficiente para compensar integralmente a perda.
			Observe-se que, mesmo que haja reparos no veículo, os danos morais e materiais persistem, tendo em vista que se trata de um carro novo, mas constando com serviços de motor e parte interna, sendo impossível se retornar ao estado de zero quilometro.
				Deveras, se a condenação, em casos tais, for insignificante para o Réu, por certo pagará como um deboche, com o sentimento de que “comprou” por preço módico a moral, o constrangimento sofrido pelo Autor. Por esta razão, a condenação imposta deve ser significativa para que a Ré perceba a gravidade de seu ato, desestimulando-a a tornar a praticá-lo, seja contra o Autor, seja contra o resto de sua clientela; consumidores em geral.
				Para tanto, deve-se considerar o fato do Réu possuir condições de arcar com indenização em quantia não inferior ao teto máximo, equivalente a 40 (quarenta) salários mínimo, ou seja R$ 18.600,00 (dezoito mil e seiscentos reais), até porque, em contrapartida, no outro polo encontra-se o Autor, pessoa de moral inatacável, advogado, Assessor Jurídico do Município de Milagres (BA), e, via de consequência, tem como sentir e conferir maior repúdio quando tem aqueles escancaradamente violados e menosprezados, como foi o caso.
			A par da obrigação de pagar, é justo que a Ré seja condenada pelos atos que cometera contra o Autor, atentadores de sua paz de espírito, em quantia mencionada.
			Quanto aos danos materiais, estes restaram demonstrados na parte fática da presente peça, quando o seu veículo encontra-se desvalorizado, fato expressamente mencionado pela primeira, ao dizer que a perda do seu veículo era de R$ 12.250 (doze mil, duzentos e cinqüenta reais).
			III – DA INVERSÃO DO ONUS DA PROVA
			Requer, ainda, a inversão do ônus da prova, no que couber, de modo a beneficiar o consumidor, tendo em vista que é inegável que a presente lide está situada na esfera do Direito do Consumidor.
			Este, inclusive, é o entendimento do Código de Defesa do Consumidor, Lei nº 8.078/90, conforme transcrição a seguir:
Art. 6º São direitos básicos do consumidor
.......................................................:
VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos;
VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivosou difusos, assegurada a proteção Jurídica, administrativa e técnica aos necessitados;
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências;
			Deste modo, pelas razões acima expostas, pugna pela inversão do ônus da prova em favor do Autor.
				IV - CONCLUSÃO
			Ante o exposto, requer sejam os Réus citados, no endereço indicado acima, para, querendo, conciliar ou contestar os termos da presente ação, sob pena da mesma ser julgada à revelia, aplicando-se a pena de confissão, presumindo-se verdadeiros todos os fatos ora deduzidos. 
				Requer, como prova do alegado, todos os meios de prova em direito admitidos, especialmente o depoimento pessoal do representante legal do Réu, sob pena de confissão, ouvida de suas testemunhas, juntada ulterior de documentos, inclusive em contraprova, perícia técnica, se necessário.
			Por fim pede e espera sejam as Rés condenada na a pagar ao Autor, em dinheiro, a quantia de R$ 18.600,00 (dezoito mil e seiscentos reais), à título de indenização pelos danos morais e materiais por este sofridos devido aos atos lesivos à honra dos Autores, na forma como acima demonstrado, sendo julgada PROCEDENTE, condenando-se o Réu em custas e honorários advocatícios.
			Dá à causa, para os efeitos legais, o valor de R$ 18.600,00 (dezoito mil e seiscentos reais).
				Pede deferimento.
				Milagres (BA), 18 de março de 2009.
				Luís Fernando Suzart
				 OAB/BA 17.834
Ilustração 1
31/03/2008 - 08h17 
DECISÃO 
Fiat deve indenizar consumidor por explosão do air bag 
A Fiat Automóveis S/A deve indenizar Gil Vicente Leite e sua família por acionamento e explosão indevida do air bag. A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve a decisão na qual se afirma que o não-atendimento ao recall e a falta de revisões do veículo não afasta a responsabilidade objetiva da fabricante do veículo. A decisão foi unânime. 
Gil Vicente e sua família ajuizaram ação de indenização por dano moral contra a Fiat, alegando que, quando deram partida no seu veículo, houve o acionamento e explosão do air bag, o que lhes causou dano moral. Em primeiro grau, a Fiat foi condenada a pagar R$ 16 mil a Gil Vicente, R$ 6 mil a sua mulher e R$ 3 mil a sua filha. 
Na apelação, a Fiat alegou decadência do direito, inexistência de dano moral e culpa exclusiva da família. Alternativamente, pediu a redução do valor da indenização. O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro manteve a sentença. 
No STJ, a empresa alegou que o não-atendimento ao recall e a falta de revisões do veículo nas concessionárias Fiat rompem o nexo causal, por culpa exclusiva da vítima. 
Para o relator, ministro Humberto Gomes de Barros, é evidente que houve defeito de fabricação do produto, publicamente reconhecido pela Fiat ao chamar para o recall. Além disso, o ministro destacou que o perito do juízo concluiu que um curto-circuito no sistema do air bag causou a abertura inoportuna da bolsa de proteção. 
“Houve defeito do produto fabricado pela recorrente e nexo causal entre este defeito e o dano sofrido pelos recorridos consumidores”, afirmou o ministro.
Coordenadoria de Editoria e Imprensa 
� Curso de Direito Constitucional Positivo, Editora Malheiros, 10ª edição, São Paulo, p.p. 197/198
� Responsabilidade Civil dos Estabelecimentos Bancários, Editora Bookseller, São Paulo, 1996, p.p. 121/122
� R.E. Nº 97.097, cuja íntegra consta da RTJ, vol. 108/194
� Dano Moral e sua Reparação, Forense, 1994, págs., 146/149

Continue navegando