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AÇÃO DE INDENIZAÇÃO CONTRA CREDICARD E MASTERCARD Copia

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Exmº. Sr. Dr. Juiz Conciliador do Juizado de Defesa do Consumidor de Feira de Santana, Bahia
 ANA MARIA SANTANA PINHO, brasileira, divorciada, Comerciante, nascida em 31/10/1971, portadora de RG 04272581-80 e CPF 562.851.755-00, residente e domiciliado na Av. Sampaio, 335, Centro, Feira de Santana, Bahia, Fones: (75) 623-4087, ora Acionante, por seu advogado infra firmado, constituído na forma da procuração inclusa, vem perante a V.Exa., propor Ação Idenizatória de Danos Morais e Materiais contra CREDICARD INTERNATIONAL, ora Acionada, com endereço na Av. Estados Unidos, nº 397, Edifício Cidade do Salvador, 2º andar, Sala 212, comércio, Salvador, Bahia, fones: (071) 326-9270 e 3483-0222, pelos motivos de fato e de direito a seguir delineados:
						Preliminarmente esclarece que foi ajuizada uma queixa nesta Especializada no dia 10.07.2003, sendo tombada sob o nº JDCFS-TAT-0790/03, com a audiência designada para o dia 28/10/2003, não logrando êxito a conciliação. Em seguida, o processo foi para o Juízo de Direito deste Juizado, sendo arquivado no dia 28/04/2004, pelo fato da Autora não ter comparecido, pelo motivo de ter se confundido com o dia e data da audiência.
						Acontece que, após o arquivamento do processo, a Autora, ao fazer a consulta junto ao SERASA, constatou que a parte Ré retirou seu nome das Entidades Protetoras de Crédito. Por tal motivo, a acionante achou que o problema já tinha sido solucionado.
Agora, a Autora tornou-se surpresa quando foi novamente notificada de que seu nome estava registrado tanto na SERASA como no SPC, como faz prova os documentos que ora se juntam.
Antes da discussão do feito, a Autora requer seja liminarmente retirado o seu nome do SERASA e do SPC, tendo em vista a necessidade de manter o seu comércio funcionando, pois necessita utilizar do crediário para aquisição de mercadorias.
Inicialmente, esclarece que a Acionante teve os seus documentos furtados no dia 30/11/2002, como faz prova a Certidão que se encontra no processo de nº JDCFS-TAT-0790/03, expedida pela Secretária de Segurança Pública – 1º Coordenadoria de Polícia de Feira de Santana, entre eles o cartão de crédito Credicard Mastercard Internacional.
Dada a dificuldade de retirar os documentos que se encontram acostados no processo acima referenciado, e para melhor elucidação dos fatos, se faz necessário expedição de ofício á Secretaria para que desentranhe os aludidos documentos, visto que estes são de suma importância no presente feito.
 Acontece que, o larápio utilizou o referenciado cartão de crédito para compra e abastecimento de veículo em postos de gasolina, que chegou ao montante de R$ 1.023,02, como faz prova a Proposta de pagamento encaminhada pela Acionada..
 A Acionante foi ameaçada por várias vezes pela Acionada para pagar o valor acima mencionado, sob pena de seu nome ser encaminhado ao Serviço de Proteção ao Crédito ou SERASA. Por motivo de tal pressão a Autora efetuou o pagamento de uma parcela no valor de R$ 160,00.
Se não bastasse isto, as comunicações enviadas a ela pela Acionada, por telefone e por cartas, têm lhe trazido grandes constrangimentos e dano moral, visto Ter sempre honrado as suas obrigações junto as Entidades Financeiras, as quais tem mantido contratos, inclusive com esta.
Caberia a Acionada segurar o cartão de crédito da Acionante e disto ela não se desvencilhou de fazer, agora vem de forma arbitrária querer, por pressão, que a Autora venha pagar conta que, na verdade, ela não deve, visto que a fatura apresentada trata-se de débitos ocorridos após o furto do aludido cartão de crédito.
Contudo, a Acionada desrespeitou a norma legal ao ameaçar a Acionante a pagar débitos que, na verdade, ela não contraiu, e com isto viera causar-lhe grandes danos morais na comunidade onde vive. Por esse motivo, a parte Ré deve ser condenada ao pagamento de Danos Morais a serem arbitrados por esse MM. Juízo.
Existem vários ensinamentos quanto ao caso em tela, dentre eles, apresentamos abaixo dois que estão em consonância com o requerimento do Acionante, como seja:
“A esse respeito é preciso esclarecer que o direito não repara a dor, a mágoa, o sofrimento ou a angústia, mas apenas aqueles danos que resultarem da privação de um bem sobre o qual o lesado teria interesse reconhecido juridicamente. O lesado pode pleitear uma indenização pecuniária em razão de dano moral, sem pedir um preço para sua dor, mas um lenitivo que atenue, futuro, superando o déficit acarretado pelo o dano”. Profª Maria Helena Diniz, In Dano Moral e o Direito do Trabalho, Valdir Florindo, Ed. Ltr, pág. 102.
 
 “Que o montante das indenizações deve ser algo inibidor, para impedir investidas do gênero. Por isso, deve o Juiz ser rigoroso e arbitrar cifras consideráveis, posto que o objetivo também é o castigo do autor. O montante da indenização deve traduzir-se em advertência ao lesante e a sociedade, de que comportamento dessa ordem não se tolerará.” Profº João Casillo - Dano à pessoa e sua indenização. Ed. RT, 2ª Edição, pág. 137. In Dano Moral e o Direito, Vladir Florindo, Ed. LTR, pág. 110.
					Na forma da legislação vigente e pertinente, o valor do dano moral causado por erro da Acionada será arbitrado pelo MM Juízo do feito.
					Ex positis, requer a V. Exa. se digne inicialmente transformar em termo a presente Ação, condenando a Acionada a pagar os Danos Morais que causaram a Acionante grandes constrangimentos quanto a fatos alheios a sua vontade.
					Dá-se valor a causa em R$ 9.000
					E. Deferimento
					Feira de Santana, 30 de Novembro de 2005
					_______________________________
 Bel. Geraldo Oliveira
 OAB/Ba – 9.458

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