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AÇÃO DE INDENIZAÇÃO CONTRA TELEMAR Copia

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Exmº. Sr. Dr. Juiz Conciliador do Juizado de Defesa do Consumidor de Feira de Santana, Bahia
 JOEMAR RIOS DE OLIVEIRA, brasileiro, solteiro, Vendedor, nascido em 15/10/1984, portador do RG 11257775-08 e CPF 018.262.365-38, filho de Maria Rios de Oliveira, residente e domiciliado na rua Miracatu, 615, Ponto Central, Feira de Santana, Bahia, Fone: (75) 8805-6007, ora Acionante, por seu advogado infra firmado, constituído na forma da procuração inclusa, vem perante a V.Exa., propor Ação Idenizatória de Danos Morais contra TELEMAR NORTE LESTE S/A, ora Acionada, com endereço na rua Silveira Martins, 355, Salvador, Bahia, pelos motivos de fato e de direito a seguir delineados:
Esclarece que o Acionante, ao tentar comprar um celular na Loja Insinuante, teve seu crédito negado, sendo informado pelos vendedores da referida loja de que seu nome possuía restrições junto ao SPC.
Surpreso e constrangido com o ocorrido, o Autor imediatamente dirigiu-se a Câmara de Dirigentes Lojistas de Feira de Santana para esclarecer o motivo da negativação de seu nome, quando tomou ciência que a responsável por tal era a empresa de telefonia acionada, TELEMAR.
Antes de tomar qualquer providência, o Autor cuidou de ligar para a referida empresa para saber o motivo da inclusão de seu nome nos cadastros do SPC. Nesse momento, ficou sabendo que devia duas contas telefônicas no valor de R$ 19,32 e R$ 68,06, ambas referentes ao telefone de número: (75) 3226-2410, completamente desconhecido pelo Acionante, com endereço à rua Sabino Silva, 736, no qual o mesmo não reside, nem tampouco conhece alguém.
Convém ressaltar que o Autor é uma pessoa idônea e nunca teve seu nome inserido em qualquer cadastro de restrição ao crédito, quitando todos os seus débitos pontualmente, com absoluta presteza. Diante do fato, o Acionante sentiu-se constrangido perante da comunidade, como seja seus amigos e vendedores da loja supracitada.
Se não bastasse isso, a restrição do nome tem trazido para o Autor diversos problemas, tendo em vista não poder abrir conta em banco ou fazer crediário, além de deixá-lo constantemente preocupado, visto Ter sempre honrado as suas obrigações junto as Entidades Financeiras as quais tem mantido contratos.
Dessa forma, a Acionada desrespeitou a norma legal ao cobrar do Acionante débitos que ele não contraiu, e com isto viera a causar-lhe grandes danos morais na comunidade onde vive. Por esse motivo, a parte Ré deve ser condenada ao pagamento de Danos Morais a serem arbitrados por esse MM. Juízo
		
Existem vários ensinamentos quanto ao caso em tela, dentre eles, apresentamos abaixo dois que estão em consonância com o requerimento do Acionante, como seja:
“A esse respeito é preciso esclarecer que o direito não repara a dor, a mágoa, o sofrimento ou a angústia, mas apenas aqueles danos que resultarem da privação de um bem sobre o qual o lesado teria interesse reconhecido juridicamente. O lesado pode pleitear uma indenização pecuniária em razão de dano moral, sem pedir um preço para sua dor, mas um lenitivo que atenue, futuro, superando o déficit acarretado pelo o dano”. Profª Maria Helena Diniz, In Dano Moral e o Direito do Trabalho, Valdir Florindo, Ed. Ltr, pág. 102.
 
“Que o montante das indenizações deve ser algo inibidor, para impedir investidas do gênero. Por isso, deve o Juiz ser rigoroso e arbitrar cifras consideráveis, posto que o objetivo também é o castigo do autor. O montante da indenização deve traduzir-se em advertência ao lesante e a sociedade, de que comportamento dessa ordem não se tolerará.” Profº João Casillo - Dano à pessoa e sua indenização. Ed. RT, 2ª Edição, pág. 137. In Dano Moral e o Direito, Vladir Florindo, Ed. LTR, pág. 110.
Diante do exposto, antes da discussão do feito, o Autor requer seja liminarmente retirado o seu nome do SERASA e do SPC, tendo em vista a presunção de seus direitos.
Na forma da legislação vigente e pertinente, o valor do dano moral causado por erro da Acionada será arbitrado pelo MM Juízo do feito.
Ex positis, requer a V. Exa. se digne inicialmente transformar em termo a presente Ação, condenando a Acionada a pagar os Danos Morais que causaram a Acionante grandes constrangimentos quanto a fatos alheios a sua vontade.
					Dá-se valor a causa em R$ 9.000
					E. Deferimento
					Feira de Santana, 20 de Dezembro de 2005
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 Bel. Geraldo Oliveira
 OAB/Ba – 9.458

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