Historia economica e social da idade média

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Henri Pirenne. Introdução. In: História econômica e social da idade média. São Paulo: Mestre Jou, 1973.
A partir do século V os Reinos Bárbaros manteram seu caráter mediterrânico, preservando as vias de comunicação e o comércio com o Império Bizantino, causando um prolongamento direto da Antiguidade. 
O Mar Mediterrâneo que outrora tornava possível o intenso comércio marítimo é fechado, transformado em barreira, proibindo o comércio entre as cidades, ocasionando a extinção do comércio europeu, e a decadência da urbanização, as cidades romanas se limitam a ser centro da administração católica, destituindo seu papel econômico, os mercadores que representavam um comércio de exportação e importação desapareceram a partir dos séculos VIII, a adoção da prata carolíngia assume o rompimento com a economia mediterrânica. 
‘’Em suma, o aparecimento do feudalismo, na Europa Ocidental, no decorrer do século IX, nada mais é do que a repercussão, na ordem política, do retorno da sociedade a uma civilização puramente rural’’ (PIRENNE, p. 13- História Econômica e Social da Idade Média). Nos finais do século VIII a Europa se torna agrícola, pois a rivalidade existente entre católicos e muçulmanos fecha o comércio mediterrâneo, a organização social passa a ser dependente da posse de terra, modo de produção feudal.
Na sociedade feudal os homens passam a ser definidos pela sua relação com a terra, com a decadência do escravismo o campo e a agricultura se tornam autossuficientes, há a passagem da escravidão ao colonato, o trabalhador fica preso a terra tendo que pagar tributos ao proprietário, uma relação político- legal de coação, resumindo assim o mundo medieval a servidão.
A igreja foi uma grande autoridade de poder financeiro, exercendo por meio da hierarquia o primeiro lugar, cabendo à ela a conservação da leitura, da escrita e da administração, “ A finalidade do trabalho não é enriquecer, mas conservar-se na condição em que cada um nasceu, até que, desta vida mortal, passe à vida eterna. ” (PIRENNE, p. 19- História Econômica e Social da Idade Média), partindo desse princípio a igreja utilizou seu ideal econômico fundamentado na ordem social, que era a terra. Com esse ideal, não havia mobilidade social, afirmando a todo mundo o modo hierárquico da Idade Média.