Buscar

Questionário de PC

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Questão 2: Considere os itens abaixo:
I. O pluralismo é a marca desta concepção. (F )
II. É orientada para a integração e o controle social da sociedade e da política. (F )
III. Seus teóricos questionam e buscam substituir a democracia representativa por outro sistema político que permita maior envolvimento dos indivíduos na gestão pública. ( F )
IV. Objetiva o fortalecimento da sociedade civil de modo a evitar as ingerências do Estado. ( V )
Sobre a concepção liberal de Participação Social, indique (V) para as afirmações verdadeiras e (F) para as afirmações falsas e assinale abaixo a alternativa correta:
a) V; V; V; F. b) F; V; F; V. c) V; F; V; F. d) F; F; F; V. e) F; F; F; F.
Questão 3: Dentre as concepções de Participação Social, a concepção democrática é aquela que tem como princípio regulador ___________. Segundo esta interpretação, a participação é um fenômeno desenvolvido _____ na Sociedade Civil ______ no Plano Institucional. Assinale a alternativa que contém as palavras adequadas para preencher as lacunas das frases acima:
a) O Bem Comum; apenas; e não.
 b) A Vontade Geral; apenas; e não. 
c) A Soberania Popular; tanto; quanto. 
d) O Bem Comum; tanto; quanto.
 e) A Soberania Popular; apenas; e não.
Questão 4: Sobre os Conselhos é correto afirmar que várias propostas, elaboradas especialmente nos anos 1980, estruturam-se segundo os pressupostos da participação:
a) Corporativa-comunitária. 
b) Democrática. 
c) Liberal. 
d) Revolucionária. 
e) Corporativa.
Questão 5: Na concepção democrático-radical, a participação é vista como possibilidade de criar uma cultura de dividir as responsabilidades no processo político. Neste processo, muitas são as lutas pela sua efetivação dentro do governo. Dentre as quais é possível destacar:
a) Desenvolvimento do ideal da competição dentro da sociedade civil e o respeito às hierarquias no interior do Estado.
b) Estímulo, de cima para baixo, da promoção de programas que visem diluir os conflitos sociais.
c) Promoção da integração dos órgãos representativos da sociedade aos órgãos deliberativos e administrativos do Estado.
d) Constituição de uma linguagem democrática não excludente nos espaços participativos. O acesso dos cidadãos a todo tipo de informação que lhe diga respeito e o estímulo ao desenvolvimento de meios democráticos de comunicações.
e) Desenvolvimento do ideal da competição dentro da sociedade civil e o acesso dos cidadãos a todo tipo de informação que lhe diga respeito.
Questão 6: As concepções “clássicas” de participação social possuem delimitações bem claras entre si. Identifique as principais características das concepções “liberal” e “revolucionária”, destacando como estas características se evidenciam na forma de organização da participação social em cada caso.
Concepção Liberal
- Garantia das liberdades Individuais.
- Objetivo da participação = fortalecimento da sociedade civil de forma a evitar ingerências do Estado.
- Reformar a estrutura da democracia representativa.
- Melhorar a qualidade da democracia nos marcos das relações capitalistas.
- Igualdade entre todos os membros da sociedade.
Concepção Revolucionária
- Participação = coletivos organizados para lutar contra as relações de dominação e pela divisão do poder político.
- Nos marcos do ordenamento jurídico vigente ou por canais paralelos.
- Teóricos que questionam e buscam substituir a democracia representativa por outro sistema.
Questão 7: Durante a última gestão do atual governo municipal, você constatou que houve uma deteriorização da qualidade dos serviços públicos no seu bairro, principalmente no que diz respeito à manutenção das vias públicas. Resolve conversar com seus vizinhos e, percebendo que a insatisfação é compartilhada, vocês resolvem se reunir para discutir o problema e procuram formas de se organizar e levar esta questão até o poder público em busca de soluções. 
Considerando as concepções clássicas de Participação Social que você estudou nesta aula, é possível afirmar que a situação exemplificada acima seria típica de uma forma autoritária? Justifique.
Conforme você estudou, a concepção autoritária de Participação Social é orientada para o controle da sociedade e da política, ou seja, a margem para a atuação e organização social de forma autônoma é praticamente nula, vinculada quase sempre à demonstração de apoio ao governo. Assim, a situação apresentada nesta questão não pode ser considerada típica deste tipo de concepção. 
Questão 8: “O estabelecimento de um regime democrático garante o exercício da participação cidadã, ou seja, de uma sociedade civil ativa, propositiva e com poder de decisão nos processos políticos de uma dada sociedade”. Você concorda com esta afirmação? Por quê?
 Existem diversas concepções sobre Participação Social, cujos significados variam de acordo com seu paradigma explicativo. Sem adjetivar o regime democrático em questão, “liberal-representativo”, “participativo”, “Estado de Bem-Estar Social”, não é possível afirmar que o tipo de participação social que será encontrado será o presente na afirmação da questão.
Questão 9: Em 18 de novembro de 2011, a então presidenta da república do Brasil, Dilma Rousseff, sancionou a Lei n. 12.527 que ficou conhecida como a “Lei de Acesso à Informação”. Leia o texto da referida lei. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ ato2011-2014/2011/lei/l12527.htm>. Acesso em: 2 jan. 2014. Pesquise na internet notícias sobre a mesma. Reflita e faça uma análise sobre a importância desta lei, localizando-a no contexto teórico abordado nesta aula.
De acordo com a concepção democrático-radical, a Participação Social é vista como uma possibilidade de criar uma cultura de divisão de responsabilidades, ou seja, de instituir uma construção coletiva de processos políticos. Envolvendo, também, portanto, a divisão de responsabilidades dentro do governo. Como você viu, este processo envolve lutas em várias frentes entre elas a democratização do acesso às informações, incluindo a instituição de uma linguagem não excludente. Dentro deste contexto você deverá inserir sua análise sobre a “Lei do Acesso à Informação”.
Questão 10: Leia o artigo: MANCUSO, W. P.; GOZETTO, A. C. O. Lobby: discussão introdutória sobre oito questões-chave. Disponível em: <http://www.acicate.com.br/portas/lobby. pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014. O lobby pode ser categorizado como típico de qual concepção de Participação Social? Quais são as características encontradas no texto que permitiram que você chegasse a esta conclusão? AGORAÉASUAVEZ
O lobby é típico da concepção democrática (representativa) de Participação Social. As características presentes no artigo indicado que estão em consonância com a teoria apresentada são:
- Sistema Representativo, via processo eleitoral é o critério fundamental de organização.
- As entidades organizadas formalmente que praticam lobby procuram influenciar as decisões públicas, sem geralmente aspirar à gestão direta do poder público.
- A presença do ideal da concepção liberal de competição no interior da sociedade civil.
concepção autoritária, que é praticada em regimes autoritários; a concepção revolucionária, que possui o objetivo de lutar contra as relações de dominação e pela divisão do poder político; a concepção democrática, que considera a participação como fenômeno que ocorre na sociedade civil e também nas instituições formais políticas, além de defender a competição dentro da sociedade civil e o respeito às hierarquias dentro do Estado. De acordo com Gohn (2001, p. 17) as interpretações apresentadas “[...] não são monolíticas; elas geraram historicamente, outras interpretações a partir de composições como: liberal/comunitária; liberal-corporativa; autoritária (de direita e de esquerda); revolucionária (gradual ou por ato de força); democrática/radical etc.)”. Ao apresentar as “Teorias sociopolíticas sobre a participação”, a autora aponta a obra de Pateman (1992) que aborda a “participação” na teoria da democracia moderna e define quehouve uma redução no conceito de participação na teoria contemporânea da democracia e explica que isso se deve ao fato de que os teóricos contemporâneos da democracia possuem a compreensão de que a participação deve ser limitada para não prejudicar a estabilidade do sistema democrático. Como Pateman (1992), Gohn (2001), em uma linha histórica, assinala os diferentes teóricos que contribuíram para o debate sobre a participação. Na área da ciência política, a autora aponta estudos de Pizzorno em que a participação está relacionada à solidariedade e pode ter o objetivo de manter ou modificar os interesses dominantes do sistema. Dentro da mesma área, Dalari aponta os trabalhos de conscientização e de organização como formas de participação, além de diferenciar a participação formal da participação real. O Dicionário de política organizado por Bobbio assinala três formas de participação política: presencial (com comportamentos receptivos ou passivos), 
ativação (delegação de atividades a um indivíduo que as desenvolve) e participação (o indivíduo contribui com a decisão política) e, segundo este autor, o voto é o tipo de participação mais valorizado nas democracias.
Na sociologia, a autora traz a contribuição de Stassen (1999) que entende que a participação está relacionada à integração, ou seja, participar 
significa estar integrado e, não participar, significa estar excluído; e ainda, em alguns casos, aprender a participar significa que a pessoa pode ser integrada. Gohn (2001) aponta ainda para a discussão da participação na área educacional e, apoiada nos autores Paulo Freire e Samuel Alinsky, apresenta a participação em processos que visam transformar a realidade. No segundo capítulo do livro, a autora apresenta as “Teorias a respeito de governo local, poder local, esfera pública e governança local”, que são Rev. Fac. Educ. (Univ. do Estado de Mato Grosso), Vol. 24, Ano 13, n.2, p. 203-208, jul./dez. 2015FILIPE, F. A.; BERTAGNA, R. H. 205 conceitos que tratam da gestão de bens públicos. As teorias sobre “Governo local” são subdivididas em duas categorias: as empíricas e as normativas. As normativas defendem o aumento na participação dos cidadãos e, as empíricas, são pautadas no elitismo democrático, dando ênfase na governabilidade, de forma que a participação não é central. O “Poder local” é mais abrangente que o conceito de governo local. No caso brasileiro, antes o poder local era delimitado a uma região, como por exemplo, quando havia os coronéis que detinham certo poder na esfera local, mas a partir da década de 90, com a contribuição da cultura “[...] o poder local passa a ser visto, de um lado como a sede político-administrativa do governo municipal [...] e, de outro, pelas novas formas de participação e organização popular.” (GOHN, 2001, p. 38). Com essa redefinição, o poder local passa a ser sinônimo de força social, no sentido de empoderar a comunidade. A “Esfera pública” é o espaço de interação e de debate de problemas coletivos de diferentes grupos organizados da sociedade. Com o alargamento da esfera pública pelas políticas neoliberais, constitui-se o conceito de governança. A “Governança local” se refere a um sistema de governo em que há envolvimento de organizações públicas estatais e não estatais e privadas (parcerias). Esse conceito, para autora é de suma importância para o entendimento acerca dos conselhos gestores, assunto central da obra. A primeira parte da obra é muito importante para compreensão da segunda parte, momento em que a autora faz uma “análise sobre realidades concretas”, pois os conceitos apresentados, fundamentados e discutidos anteriormente permitem um olhar diferenciado e aprofundado sobre o foco do estudo – os conselhos gestores. A segunda parte se inicia com o terceiro capítulo intitulado “Cenário da participação em práticas de gestão da coisa pública no Brasil no final do milênio: as mudanças no caráter do associativismo e nas políticas públicas”. A autora assinala que a partir da década de 1980, com os movimentos populares, iniciam-se os processos de participação dos indivíduos e, os agentes de participação eram as pessoas excluídas (a luta se dava pelos direitos sociais, econômicos e políticos das camadas populares), o que possibilitou a discussão acerca da forma de organização de canais de participação com o delineamento sobre os conselhos gestores. Trazendo um panorama brasileiro, Gohn (2001) aponta alguns momentos que são importantes para o entendimento da construção dos conselhos gestores. O final dos anos 1970 marca o fim da ditadura com protestos para democratização da sociedade brasileira e, a criação de conselhos comunitários para atuar junto à administração. Entre o final dos anos 1970 e parte dos anos 1980 foram criados os conselhos populares, que eram de esquerda ou se contrapunham à ditadura. Em 1990, houve a institucionalização dos conselhos gestores que estão previstos na Constituição de 1988 e em outras leis do país. A partir do surgimento desse novo paradigma na gestão dos bens públicos nos anos de 1990, a autora detalha as mudanças que ocorreram no período, com a ascensão de partidos de oposição às elites, o que ocasionou um novo debate e uma requalificação da temática “participação”. Nos anos de 1990, a participação comunitária e a participação popular cedem lugar à participação cidadã (tendência à institucionalização) e, à participação social (a mobilização é redefinida não no sentido de protesto, mas no sentido de reivindicar objetivos comuns). Desta forma, no capítulo terceiro, a principal contribuição está no entendimento da autora referente ao exercício da democracia como um processo e, como tal, a necessidade de tempo para a sua construção. No quarto capítulo intitulado “Conselhos populares e participação popular”, a autora aborda as formas históricas de conselhos assinalando que suas origens devem datar os clãs visigodos. Assim, aponta alguns conselhos que se tornaram famosos, tais como: a Comuna de Paris, os conselhos dos sovietes russos, os conselhos operários da Alemanha, os conselhos operários da Itália e, os mais conhecidos conselhos operários da Hungria, Polônia e Iugoslávia. Segundo a autora, os conselhos americanos servem como “[...] lobbies de pressão, ou como estruturas auxiliares da administração pública.” (GOHN, 2001, p. 73). No caso do Brasil, no século XX, a autora aponta três tipos de conselhos: os criados pelo poder executivo (os conselhos comunitários), os populares (conselhos populares) e os institucionalizados (criados por leis), sendo que últimos são o objeto de análise da autora. Acerca dos conselhos comunitários a autora traz o exemplo de São Paulo apontando várias experiências interessantes para estudo. Sobre os conselhos populares a autora destaca dois exemplos que foram significativos: os conselhos populares de Campinas que datam do início dos anos 1980 e, o conselho de saúde, criado em 1976. Ainda sobre os conselhos populares, a autora destaca os que foram criados na administração petista de 1989 a 1992, apontando que em São Paulo entre 1989 e 1992 foram criados vários conselhos consultivos. Nessa esteira, a autora aborda o debate acerca do responsável pela criação dos Conselhos Populares, da sua composição interna, de seu poder efetivo. Para finalizar o capítulo a autora traz uma discussão sobre os Conselhos de Representantes (CRs), que no município de São Paulo foi proposto em 1989 pela Lei Orgânica, tendo como competência a participação do planejamento do município e do Plano Diretor do município. No entanto, de acordo com a autora, estes mecanismos ficaram no papel até o ano 2000 aguardando regulamentação da Câmara Municipal. Nesse ano, a temática voltou para o debate e uma vereadora elaborou uma proposta de CR tratando-o como esfera pública não estatal, com caráter público, com funcionamento sem presidente, na forma de um colegiado com coordenadores temáticos, constituindo-se também como fórum de elaboração do orçamento participativo (OP). No quinto capítulo os “Conselhos gestores no urbano:impactos, limites e possibilidades”, a autora aponta o caráter interinstitucional e papel mediador entre Estado/sociedade desses mecanismos. A importância dos conselhos gestores para a autora está relacionada ao estabelecimento de canais de participação frutos de luta e demandas populares e de pressões da sociedade civil pela redemocratização do Brasil. Importante salientar que esses conselhos dependem de leis ordinárias estaduais e municipais para implementação e que “[...] a lei federal preconiza seu caráter deliberativo.” (GOHN, 2001, p. 92) Outro ponto importante destacado são os aspectos frágeis dos conselhos gestores, que ainda precisam de reflexão. São eles: 1) falta uma definição de competências e funções; 2) necessidade de elaborar instrumentos jurídicos que deem sustentação às suas ações; 3) definição da participação do representante; 4) necessidade de capacitação dos conselheiros; 5) igualdade de participação (acesso a informações).Também são apresentadas as categorias dos conselhos gestores. São elas: 1) Que se relacionam diretamente à questão urbana (meio ambiente, moradia, etc.); 2) Que decorrem de prestação de serviços públicos (saúde, educação, transportes etc.); 3) Que abrangem políticas focalizadas (idosos, crianças e adolescentes etc.); 4) Área da cultura. No sexto capítulo a autora aborda “Os conselhos municipais na área da educação”, com foco no ensino fundamental. De acordo com a autora, no campo educacional a partir dos anos de 1990, o princípio da democracia participativa tem orientado a criação de estruturas participativas, se destacando diferentes tipos de conselho (nacionais estaduais e municipais). O Conselho Municipal de Educação, o Conselho de Alimentação Escolar e o Conselho de Acompanhamento e Controle Social do FUNDEF são citados como exemplos. Alguns problemas apontados pela autora merecem destaque no que tange aos conselhos na educação, tais como: nomeação do chefe do executivo em conselhos municipais (um ponto de fragilidade); a necessidade de superação dos limites técnico-burocráticos; a necessidade da abertura da escola a toda
comunidade escolar. Ainda que a autora apresente várias dificuldades e desafios envolvendo os conselhos de educação, concordamos com a mesma que esses canais de participação se constituem como espaços de decisão que devem ser ocupados pela sociedade. Nas Considerações finais, a autora faz um breve balanço sobre os conselhos e que podem servir a duas finalidades: como instrumentos ou mecanismos de colaboração (para os liberais); como vias ou possibilidades de mudança no sentido da democratização das relações de poder (para esquerda). Nesse sentido, a autora discute que esses mecanismos podem servir tanto como instrumentos de participação, como uma estrutura burocrática ou, ainda, como “abafador” de conflitos em esquemas pré-definidos, ou seja, podem alavancar ou estagnar processos participativos. Tais canais de participação são frutos de conquistas populares e devem ser utilizados não como mera instância consultiva, mas ter capacidade de decisão. Para finalizar, Gohn (2001) indica a necessidade de pesquisas sobre a temática, por se tratarem de fenômenos recentes e, portanto, suas considerações tenderam a argumentar mais sobre as potencialidades e as virtualidades dos conselhos. A leitura da obra possibilita a compreensão não apenas do funcionamento dos conselhos gestores, mas também e, principalmente, de como esses canais de participação foram sendo constituídos ao longo do tempo, as lutas travadas, suas vicissitudes e fragilidades e a sua importância para efetivação da participação social. Em relação ao campo educacional, a obra nos faz compreender que os conselhos gestores são espaços de suma importância, pois, possuem a potencialidade de transformação por meio da elaboração coletiva de políticas públicas. Esses espaços são de aprendizagem, de negociação, do exercício de diálogo, e, de fortalecimento da cidadania. Ressalta-se ainda que, para que os conselhos sejam ativos e possuam um caráter transformador, ou seja, para que seja efetivado o controle social, é imprescindível que haja qualidade na participação. 
Questão 1:
Ao longo desta aula você pode acompanhar o processo que desencadeou a organização da Sociedade Civil na década de 1980. Neste processo, verificou-se a emergência de políticas neoliberais, impostas aos países em desenvolvimento, que tomaram corpo da formulação do Consenso de Washington. Contextualize e aponte os principais elementos desta diretriz político-econômica que foi o Consenso de Washington. 
Espécie de consenso estabelecido entre países centrais, fundamentado em afirmações de economistas destes países, que projetava o diagnóstico da natureza da crise latino-americana, assim como de reformas que seriam necessárias para superá-la. Suas 10 regras foram formuladas pensando serem capazes de promover a estabilização da economia por meio do ajuste fiscal e da adoção de políticas econômicas ortodoxas com centralidade no mercado, assim como afirmando a necessidade de forte redução do Estado.
Questão 2:
Considerando os teóricos clássicos estudados que pensaram o tema da participação, marque a alternativa correta:
a) Para John Stuart Mill, a participação deveria ser direta de cada cidadão no processo de tomada de decisões.
b) Alexis de Tocqueville destaca a função integrativa da participação.
c) Com análises sobre o sistema político dos Estados Unidos, o marxismo acredita que o estado social democrático é inevitável.
d) Jean Jacques Rousseau, devido às características da sua doutrina sobre a Vontade Geral, é considerado o teórico por excelência da participação.
e) Para Alexis de Tocqueville, as experiências dos movimentos sociais são de importância ímpar para o desenvolvimento de uma democracia representativa.
Questão 3:
Considere os seguintes itens:
I. Restrita ao procedimento eleitoral de escolha dos representantes.
II. Importante para que as demandas dos diversos segmentos sociais sejam consideradas no processo de formulação de políticas.
III. Elitismo democrático.
IV.Uma possibilidade de decidir, a partir da deliberação e consenso, os rumos políticos de uma sociedade.
Das características acima, quais NÃO dizem respeito à democracia liberal-representativa a participação?
a) II e IV.
b) I e IV.
c) II e III.
d) Apenas I.
e) I, II e III.
Questão 4:
As teorias ______ sobre o governo local assumem como enfoque prioritário a análise da _______, destacando a atuação _____.
Assinale a alternativa que contém as palavras adequadas para preencher as lacunas das frases acima:
a) Contra hegemônicas; governabilidade; das elites dirigentes.
b) Tradicionais; governabilidade; das elites dirigentes.
c) Marxistas; sociedade de massas; dos governantes.
d) Elitistas; sociedade; dos movimentos sociais.
e) Democráticas; sociedade; das ONGs.
Questão 5:
A concepção democrática de Joseph Shumpeter foi pensada e formulada num contexto:
a) De emergência da sociedade de massas.
b) De emergência da sociedade civil.
c) De crise fiscal do Estado.
d) De protagonismo dos movimentos sociais.
e) De intensificação da globalização.
Questão 6:
O retorno da participação social à centralidade da teoria democrática promoveu, também, a alteração do conceito de cidadania em voga. De cidadãos meramente consumidores, a cidadania passa a significar “direito a ter direitos”. Explique o significado desta alteração. 
No modelo de democracia liberal-representativa os cidadãos são considerados meramente consumidores por serem, supostamente, parte de uma sociedade de massa irracional cuja única possibilidade de atuação política seria o voto. Diversos fatores levaram a uma mudança deste paradigma, a participação social voltou a ter centralidade e a participação da sociedade civil em instâncias de tomada de decisão impuseram esta nova realidade de construção e constante atualização das noções de direito.
Questão 7:
Pesquise sobre a conjuntura política e econômica na América Latina nas décadas de 1970 e 1980, tantoem artigos acadêmicos quanto em notícias na internet, buscando destacar dois fatos importantes que caracterizam o período quanto ao tema aqui estudado.
- Elevada inflação e os planos de estabilização econômica, tentados pelos governos.
- Crise do Petróleo e seus efeitos.
- Pauperização da sociedade e proliferação de organizações e de forças sociais de base.
Questão 8:
Pensando que você é um/a gestor/a no início do século XX, atuante, conforme o projeto político hegemônico da época, estaria entre as suas preocupações ouvir os cidadãos e chamá-los para discutir os rumos e as diretrizes políticas do governo? Com base no que foi estudado nesta aula, justifique sua resposta. 
 Todo o contexto de emergência das sociedades de massa, de ocorrência de regimes totalitários, possibilitaram a hegemonia de um projeto político elitista que, justificando com a suposta incapacidade de participação decisória dos indivíduos, o processo de decisão deveria ser monopólio das elites dirigentes e, aos cidadãos, caberia apenas o poder de voto.
Questão 9:
Como a organização dos movimentos sociais e das forças sociais de base pode contribuir para um pluralismo na política? 
Com a organização dos movimentos sociais e das forças sociais de base, temas que eram até então marginalizados e passavam longe da arena política, passam a ter centralidade. Com a participação e protagonismo destes diversos segmentos, existe a possibilidade de reformulação de políticas e, inclusive, de direitos, que passam a assegurar conquistas de diversos grupos até então invisíveis política e socialmente.
Questão 10:
Para Fiori (1995 apud GOHN, 2011, p. 37), a governabilidade seria uma categoria “estratégica” associada à agenda político-econômica liberal conservadora. Diante de tudo o que você estudou até agora, você concorda com esta afirmação? Justifique utilizando os argumentos do autor, mas, também, fazendo uma reflexão particular.
Sim. Conforme colocado pelo autor, esta categoria acaba funcionando como um receituário cujo objetivo é diminuir a dinâmica do processo democrático, contendo as demandas sociais. Conforme estudado amplamente até aqui, este artifício de diluir as demandas sociais, canalizando a participação apenas por meio do processo eleitoral é uma concepção elitista que, para monopolizar os processos de tomada de decisão, respalda-se no pressuposto de que a sociedade seria incapaz de agir racionalmente e imprimir de forma organizada as suas demandas.
Atividade 1
• Das características abaixo, quais NÃO dizem respeito à democracia liberal representativa a participação?
• I. Restrita ao procedimento eleitoral de escolha dos representantes. 
• II. Importante para que as demandas dos diversos segmentos sociais sejam consideradas no processo de formulação de políticas.
• III. Elitismo democrático.
• IV. Uma possibilidade de decidir, a partir da deliberação e consenso, os rumos políticos de uma sociedade.
Atividade 2
• O retorno da participação social à centralidade da teoria democrática promoveu, também, a alteração do conceito de cidadania em voga. De cidadãos meramente consumidores, a cidadania passa a significar “direito a ter direitos”. Explique o significado desta alteração.
No modelo de democracia liberal-representativa os cidadãos são considerados meramente consumidores por serem, supostamente, parte de uma sociedade de massa irracional cuja única possibilidade de atuação política seria o voto. Diversos fatores levaram a uma mudança deste paradigma, a participação social voltou a ter centralidade e a participação da sociedade civil em instâncias de tomada de decisão impuseram esta nova realidade de construção e constante atualização das noções de direito.
Atividade 3
• Como a organização dos movimentos sociais e das forças sociais de base pode contribuir para um pluralismo na política?
Com a organização dos movimentos sociais e das forças sociais de base, temas que eram até então marginalizados e passavam longe da arena política, passam a ter centralidade. Com a participação e protagonismo destes diversos segmentos, existe a possibilidade de reformulação de políticas e, inclusive, de direitos, que passam a assegurar conquistas de diversos grupos até então invisíveis política e socialmente.
Atividade 4
• A concepção democrática de Joseph Shumpeter foi pensada e formulada num contexto:
a) De emergência da sociedade de massas.
b) De emergência da sociedade civil.
c) De crise fiscal do Estado.
d) De protagonismo dos Movimentos sociais.
e) De intensificação da globalização.

Outros materiais