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1 Introducao ao Direito Processual do Trabalho

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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO (PROF. MARCELO ARAUJO) 01 
UNIDADE I- INTRODUÇÃO AO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
1- Processo do trabalho:
a) Origem – a história do Processo do Trabalho está vinculada aos métodos de solução de conflitos: autodefesa, autocomposição e heterocomposição. Como visto em Direito do Trabalho, com a Revolução Industrial, houve a utilização de máquinas, em substituição ao trabalho manual, causando um desemprego da população da época, ocasionando o aviltamento dos salários e o grande lucro de poucos empresários, gerado pelas máquinas, causando assim o empobrecimento generalizado da população. Em razão desses fatos, os trabalhadores começaram consciência de seus interesses, reunindo-se e reagindo contra tal situação; começaram a reivindicar melhores condições de trabalho e salários, diminuição das jornadas excessivas de trabalho e salários e ainda contra a exploração de menores e mulheres, através de greves, surgindo assim os primeiros conflitos trabalhistas entre os proprietários das fábricas e os operários (paralisações, depredações etc). Diante deste clima hostil, decorrente do aparecimento de conflito de interesses entre proprietários das fábricas e operários, o Estado Liberal, que era abstencionista e alheio a tais conflitos, passou a interferir nas relações de trabalho, primeiro criando normas de direito material (criação e evolução do Direito do Trabalho) e posteriormente buscando fórmulas para solucionar tais conflitos, inicialmente criando normas de conciliação e posteriormente atuando como mediador. Nasce assim, timidamente, o processo do trabalho, com destaque pata as normas processuais criadas principalmente pela França, Inglaterra, Itália, Alemanha, dentre outros países.
b) Evolução histórica no Brasil – se confunde com a própria história da Justiça do Trabalho; segundo Amauri Mascaro, o Direito Processual do Trabalho, passou por três fases históricas distintas:
b.1- A primeira fase histórica do Direito Processual do Trabalho no Brasil diz respeito aos três períodos de sua institucionalização, com criação dos primeiros órgãos para a solução de conflitos trabalhistas, sendo criados no primeiro período os Conselhos Permanentes de Conciliação e Arbitragem (Lei nº 1637/1907) – criados com o objetivo de dirimir divergências entre capital e trabalho (através de conciliação e arbitragem facultativas), mas sequer foram implantados.
b.2 – Num segundo período desta primeira fase histórica, foram criados os Tribunais Rurais de São Paulo (Lei nº 1869/1922), com o objetivo de resolver controvérsias entre empregados e empregadores agrícolas, decorrentes da interpretação e execução destes contratos agrícolas, em valores até 500 mil-réis. 
b.3 – No terceiro período desta primeira fase histórica, foram criadas as Comissões Mistas de Conciliação (Decreto nº 21.364/1932), formadas por número igual de representantes de empregados e empregadores; tinham a função apenas de dirimir conflitos coletivos de trabalho, através de conciliação, não tendo competência para julgar os DC e as Juntas de Conciliação e Julgamento (Decreto nº 22.132/1932) - formadas por um Juiz Presidente e dois vogais (empregado e empregador), que tinham a função de dirimir conflitos individuais de trabalho, através de conciliação ou sentença, que era executada na Justiça Comum. 
b.4- Constitucionalização – marca a segunda fase histórica do Direito Processual do Trabalho; a CF/34 criou a Justiça do Trabalho, não como órgão do Poder judiciário, mas sim como órgão administrativo, apesar de sua função jurisdicional; a CF/37 manteve, basicamente, o texto da anterior; em 01/051941, a Justiça do Trabalho foi implantada, com 36 juntas e disposta em 03 níveis de organização -JCJ ou Juízes de Direito, Conselhos Regionais do Trabalho (atual TRT) e Conselho nacional do trabalho (atual TST); em 1943, foi criada a CLT
b.5- Reconhecimento da Justiça do Trabalho como órgão integrante do Poder Judiciário - marca a terceira fase histórica do Direito Processual do Trabalho; o Decreto-lei nº 9777/46 organizou a Justiça do trabalho como órgão do poder judiciário, sendo elevada ao plano constitucional pela CF/46 e repetida na CF/67 e na EC/69; a Lei nº 5584/70 tratou de aspectos processuais trabalhistas e da assistência judiciária gratuita (prestada por sindicatos), a CF/88 (art. 111 a 117) praticamente manteve a JT nos moldes das CF anteriores.
OBS: 
- As últimas modificações importantes no processo do trabalho foram: EC nº 24, que extinguiu a representação classista em todas as instâncias e transformou as JCJ em Varas do trabalho; Leis nº 5584/70 (assistência judiciária e unificação dos prazos recursais), 9957/00 (Rito Sumaríssimo), Lei nº 9958/00 (CCP) e a EC nº 45, que ampliou a competência da Justiça do Trabalho.
2- Conceito de Direito Processual do Trabalho – segundo Carlos Henrique B. Leite “é o ramo da ciência jurídica, constituído por um sistema de normas, de princípios, regras, e instituições próprias, que tem por objetivo promover a pacificação justa dos conflitos individuais, coletivos e difusos decorrentes direta ou indiretamente das relações de emprego e de trabalho, bem como de regular o funcionamento dos órgãos que compõem a Justiça do Trabalho”.
3- Natureza jurídica do Direito Processual do Trabalho - Segundo Ulpiano, o Direito é dividido em público e privado, sendo certo que cada ramo do Direito mantém relações com os demais ramos. A partir do momento em que o Estado avocou para si o monopólio da jurisdição, o direito processual em geral (penal, civil e trabalhista) passa a integrar o ramo do Direito Público.
OBS: 
1- Princípios- são proposições genéricas, das quais derivam as demais normas. Regras estão previstas, em sua maioria, na CLT; Instituições são entidades que criam e aplicam o processo do trabalho (Ex: Estado, a JT, DRT).
2- Eficácia no tempo – geralmente, as disposições do direito processual do trabalho entram em vigor na data de publicação da lei, com eficácia imediata, alcançando os processos em andamento. O artigo 912 da CLT estabelece que os dispositivos de caráter imperativo terão aplicação imediata às relações iniciadas, mas não consumadas, antes da vigência da CLT. Logo, segundo Renato Saraiva, os atos processuais já praticados antes da entrada em vigor da lei processual nova estão resguardados, por constituírem ato jurídico perfeito e acabado. Inexistindo disposição expressa na lei, sua vigência é a partir de 45 dias após a publicação (art. 1º, LINDB – Lei de Introdução as Normas do Direito Brasileiro).
3- Eficácia no espaço – diz respeito ao território em que vai ser aplicada a norma. A lei processual trabalhista aplica-se em todo território nacional, tanto para os nacionais como para os estrangeiros residentes no Brasil (princípio da territorialidade). Quanto a execução de sentença estrangeira no Brasil, depende de homologação do STJ (art. 105, I, “i”, da CF/88 – Juízo de Delibação).
4- Vide artigos 114 da CF/88: 651, § 2º da CLT e Lei nº 7064/82.
4- Autonomia do Direito Processual do Trabalho - existem duas correntes doutrinárias distintas sobre a matéria:
a) Teoria Monista – prega que o Direito Processual é um só. Sendo assim, o Direito Processual do Trabalho não seria regido por leis próprias ou estruturado de modo específico, não sendo, portanto, um direito autônomo, mas um mero desdobramento do processo civil.
b) Teoria Dualista – pondera que há autonomia do processo do trabalho em relação ao processo civil, pois possui regulamentação própria na CLT, utilizando subsidiariamente, segundo o artigo 769 da CLT, as normas aplicáveis do Processo Civil, em casos de omissão da CLT e compatibilidade com os princípios e singularidades do processo do trabalho (adotada pela maioria dos doutrinadores).
OBS: E 
- De acordo com o artigo 15 do NCPC e IN 39 do TST, o CPC deve ser aplicado de forma subsidiária e também de forma supletiva (complementar, aperfeiçoando e propiciando maior efetividade e justiça– ex: ônus da prova, regras de depoimento pessoal, dentre outras) ao processo do trabalho.
5- Fontes do Direito Processual do Trabalho
I) Fontes materiais – fontes potenciais do direito processual do trabalho, encontradas nos fatores (sociais, psicológicos, históricos, etc.) que ocasionam o surgimento de normas, envolvendo fatos e valores que vão influenciar a criação da norma jurídica.
II) Fontes formais – são as formas de exteriorização do direito. Divide-se em: 
a) Fontes formais diretas – abragem a lei em sentido genérico (indicadas abaixo) e o costume. 
a.1- Constituição Federal 
2.2- Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) – criada em 01/05/43 através do Decreto-lei nº 5.452.
a.3- Lei nº 5584/70 – estabelece normas procedimentais aplicáveis ao processo do trabalho.
a.4- Código de Processo Civil (Lei nº 13.105/15) – aplicado subsidiariamente (vide artigo 769 da CLT) 
a.5- Lei nº 6.830/80 – dispõe sobre a cobrança judicial da dívida ativa da Fazenda Pública; aplicada subsidiariamente na execução trabalhista.
a.6- Lei nº 7.701/88 – estabelece normas sobre a organização interna dos tribunais em processos individuais e coletivos
a.7- Lei Complementar nº 75/1993 – regulamentou o Ministério Público da União (do qual integra o Ministério Público do Trabalho)
a.8- Lei nº 7.347/85 – regulamenta a ação civil pública.
a.9- Lei nº 8078/90 – estatui o Código de Defesa do Consumidor.
a.10- Lei nº 8.069/90 – dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente.
a.11- Decreto-lei nº 779/69 – institui prerrogativas processuais à Fazenda Pública
a.12- Lei complementares, Leis Ordinárias, Medidas provisórias, Decretos Legislativos, Decretos-leis e Regimentos Internos do Tribunais (versam sobre a organização e o procedimento interno dos tribunais - TRT, TST e ainda sobre processo do trabalho, no tocante ao trâmite dos recursos e processos de competência originária). 
a.13- Súmulas Vinculantes do STF (vide artigo 103-A da CF/88)
b) Fontes formais indiretas – extraídas da doutrina e da jurisprudência (Súmulas, Precedentes Normativos, Instruções Normativas e Orientações jurisprudenciais). As Súmulas são a síntese de jurisprudência uniforme do TST e não tem efeito vinculante; os precedentes normativos contém normas e condições de trabalho acolhidas nos Dissídios Coletivos; Instrução Normativa dispõe sobre temas processuais (Ex. 22 Rec. Revista) e Orientações Jurisprudenciais revelam o entendimento predominante utilizado para a solução de determinados temas.
OBS: 
1- No tocante aos Tratados Internacionais, o SFT vinha decidindo que os mesmos, se ratificados pelo Brasil (mesmo que versassem sobre direitos humanos), ingressariam na categoria de Leis Ordinárias. Após a EC nº 45/04, os tratados internacionais sobre direitos humanos podem ter força de EC, desde que observado quórum especial no processo legislativo de ratificação (art. 5º, § 3º, CF/88).
2- Na CLT (artigo 8º) são citadas com fontes : jurisprudência, analogia, equidade e outros princípios e normas gerais de Direito (principalmente do Dir. do Trabalho), bem como, uso e costumes e o direito comparado. No entanto, para alguns autores, analogia e equidade não podem ser consideradas como fontes do Processo do Trabalho, mas sim, como métodos de integração da norma jurídica. Quanto aos princípios gerais, trata-se de uma forma de interpretação das regras jurídicas.
6- Princípios Orientadores do Processo do Trabalho:
	Os Princípios são as proposições básicas que fundamentam as ciências. Para o Direito, o princípio é seu fundamento, a base que irá informar e inspirar as normas jurídicas.
	O Direito Processual do Trabalho se rege não apenas pelos princípios gerais de Direito (Constitucional e Processual Civil), mas também por princípios próprios, específicos, peculiares e que firmam sua autonomia e espaço próprio no conjunto do Direito.
	O verdadeiro princípio do processo do trabalho (orientador) é o da proteção, no qual as regras são interpretadas mais favoravelmente ao empregado, ou seja, em caso de dúvida, vale o princípio protecionista, visando compensar a desigualdade entre empregador e empregado.
Ex: gratuidade do processo (dispensa do Reclamante ao pagamento de custas); assistência judiciária gratuita somente ao empregado (Lei nº 5584/70); inversão do ônus da prova em favor do empregado, etc. 
	Princípios não se confundem com peculiaridades, visto que essas, ao contrário dos princípios, são restritas a um ou poucos preceitos ou momentos processuais e delas não derivam nenhuma norma legal.
OBS:
- Exemplos de peculiaridades no Processo do Trabalho: dissídio coletivo, que só existe no processo judiciário do trabalho; linguagem própria (Reclamante e Reclamado); o nº de testemunhas (03 p/ cada parte nos dissídios individuais), etc.
7- Princípios norteadores do Processo do Trabalho: 
	Não há uniformidade entre os doutrinadores a respeito da existência de princípios peculiares ou próprios do direito processual do trabalho: alguns entendem que os princípios do direito processual do trabalho são os mesmos do direito processual civil, apenas ressaltando uma maior ênfase quando de sua aplicação no judiciário trabalhista (corrente adotada no presente estudo), enquanto outros doutrinadores sustentam que existem apenas dois ou três princípios peculiares do direito processual do trabalho. 
a) Princípio da Aplicação Subsidiária e Supletiva do Processo Civil ao Processo doTrabalho (IN 39/16 do TST) - De acordo com o artigo 15 do NCPC e IN 39 do TST, o CPC deve ser aplicado de forma subsidiária e também de forma supletiva (complementar, aperfeiçoando e propiciando maior efetividade e justiça – ex: ônus da prova, regras de depoimento pessoal, dentre outras) ao processo do trabalho.
b) Princípio do dispositivo ou da demanda (inércia)- segundo o artigo 2º do CPC “O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei”, ou seja, o poder de provocar a tutela jurisdicional foi entregue a própria parte interessada. 
c) Princípio da Oralidade - tal princípio destaca-se pelo predomínio da palavra falada sobre a palavra escrita, objetivando uma maior rapidez no desenvolvimento dos atos processuais. É bastante aplicado no processo do trabalho. Ex: Possibilidade de petição inicial e contestação verbal, leitura da RT em audiência, propostas conciliatórias verbais, defesa oral, interrogatório das partes, oitiva de testemunhas, razões finais orais, etc.
d) Princípio da Concentração – tem como conseqüência à concentração dos atos do processo (apresentação de defesa e produção de todas as provas), em uma só audiência, de forma única (vide artigo 849, CLT), de forma a simplificar o procedimento e agilizar o processo do trabalho.
e) Princípio da Eventualidade – incumbe ao Réu alegar na contestação, de uma só vez, toda a matéria de defesa, pois na eventual hipótese de seu primeiro fundamento ser rejeitado, o julgador apreciará os demais pontos da demanda (regra do artigo 336 do NCPC).Exceção – * Súmula nº 153, TST.
f) Princípio da celeridade processual -. Tem como finalidade garantir ao empregado a solução rápida do litígio, uma vez que a matéria versada no âmbito trabalhista é, basicamente, de natureza alimentar (salários). Os princípios acima mencionados, bem como, a obrigatoriedade de tentativa de conciliação (artigo 764, CLT) e a irrecorribilidade das decisões interlocutórias (art. 893, § 1º, CLT), acompanhadas do impulso oficial do Juiz independentemente da iniciativa das partes (art. 765, CLT), visam tornar o processo do trabalho mais célere. VIDE art. 768 da CLT (Falência)
OBS: 
- A EC. nº 45 introduziu o Artigo 5º, LXXVIII, assegurando a razoável duração do processo (Princípio da Razoabilidade e duração do processo).
g) Princípio da economia processual – redução de atos processuais.
h) Irrecorribilidade das decisões interlocutórias – as decisões interlocutórias (artigo 203 NCPC) são irrecorríveis de imediato(vide artigo 793, § 1º, da CLT e Súmula 214 do TST).
i) Busca da verdade real – derivado do princípio da primazia da realidade (artigo 765 da CLT).
j) Conciliação (artigo 764 da CLT - natureza conciliatória do Processo do Trabalho)- de acordo com a regra do artigo 764 da CLT (obrigatoriedade de tentativa de conciliação) os Juízes e Tribunais do Trabalho devem tentar a solução conciliatória dos dissídios (individuais e coletivos), onde ambas as partes cedem, a fim de compor amigavelmente a lide, sendo cabível em qualquer fase processual. No processo do trabalho (dissídios individuais), a tentativa de conciliação geralmente é na audiência, antes da apresentação de defesa (regra do artigo 846, caput, da CLT) e renovada após as razões finais (regra do artigo 850 da CLT). A ausência de uma ou ambas as propostas conciliatórias gera a nulidade absoluta do processo e a reabertura da instrução processual. O acordo judicial, devidamente homologado em Juízo, tem valor de sentença irrecorrível, só podendo ser desconstituído através de Ação Rescisória (vide artigo 831, par. único, e 846 da CLT, Súmulas nº 100 e 259 do TST E artigo 966 do NCPC).
k) Normatização Coletiva – artigo 114, §º 2º, CF/88 (Poder Normativo da justiça do Trabalho)
l) Extrapetição – possibilidade de condenação em pedidos não constantes na petição inicial (artigo 496 da CLT e Súmula 396 do TST)
m) Princípio da simplicidade das formas– decorre dos princípios da instrumentalidade e da oralidade. 
n) Princípio da Gratuidade - Lei nº 5584/70 (vide artigos 14/16) e artigo 790, § 3º, da CLT 
o) Princípio do Jus Postulandi (capacidade postulatória da parte - art. 791 da CLT) – no processo do trabalho, é o direito que a pessoa tem de estar em juízo (empregado ou empregador), requerendo e praticando pessoalmente todos os atos autorizados para o exercício do direito de ação, independentemente de patrocínio de advogado. É admitido somente no âmbito da Justiça do trabalho (Vide Súmulas 219, 329 e 425 do TST)
OBS:- 
1- Outros princípios observados no processo do trabalho:Inquisitivo (artigo 765 da CLT); Devido Processo Legal (art. 5º, LIV e LV, CF); Contraditório e Ampla Defesa (art. 5º, LV, CF); Duplo Grau de Jurisdição (art. 5º, LV, CF); Lealdade processual (art. 77 NCPC); Verdade Real (art. 371 NCPC, 765 CLT e 97, IX, CF); Publicidade (art. 93, IX, CF); Motivação das decisões (art. 93, IX, CF); Inafastabilidade da Jurisdição (art. 5º, XXXV, CF e 3º NCPC), Instrumentalidade das Formas (art. 188 e 277, NCPC), Isonomia (art. 5º, CF), ônus da prova (artigos 373 do NCPC e 818 da CLT), Preclusão (artigo 795 da CLT), Estabilidade da lide (art. 329 do NCPC), Impugnação especifica (art. 341 do NCPC), Tempestividade da tutela jurisdicional (artigo 5º LXXVIII CF/88 e artigo 4º NCPC), Cooperação (artigo 6º NCPC), Igualdade processual (artigo 7º NCPC), Inalterabilidade da Demanda (artigo 141 NCPC), dentre outros. 
2- Todas as normas (princípios e regras) contidas no CPC devem ser interpretadas e aplicadas conforme a CF/88.

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