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Recursos no Processo Penal

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AULA 7
RECURSOS
É o remédio jurídico voluntário que é destinado a reformar, anular, integrar ou esclarecer uma decisão judicial que se impugna. É um remédio manejado dentro do mesmo processo
O recurso é a continuidade do processo.
Observação: Muito embora o CPP coloque o HC e a Revisão criminal no rol de recursos, trata-se de verdadeira incongruência, uma vez que tais remédios não estão dentro do mesmo processo, sendo verdadeiras ações autônomas de impugnação ( ação penal não condenatória), da mesma forma o MS
Qual a finalidade do recurso?
Não só reformar ou anular a decisão judicial, mas também integrar ou esclarecer ( Embargos de declaração)
O recurso pode atacar despacho não decisório?
Não, uma vez que não possuem caráter decisório, sendo chamados de despacho de mero expediente( despacho de mera movimentação processual, ordinatórios). No despacho de mero expediente o juiz não está solucionando nada, apenas dá andamento a marcha processual. 
PRINCÍPIOS RECURSAIS
Voluntariedade
Manifestação de vontade das partes.
Obs: Diferente do processo civil, no processo penal em alguns recursos como por exemplo a apelação, o réu pode interpor recurso sem advogado, haja vista que a apresentação das razões do recurso será manejada em momento posterior, esta sim dependerá de advogado.
E se o réu desejar recorrer, mas o advogado renunciar o prazo recursal, ou seja, não querer recorrer?
Prevalece a vontade de recorrer.
Pode haver recurso independente de manifestação de vontade das partes?
Sim, são os casos de exceção a voluntariedade.
Nesses casos o juiz decide e ele mesmo submete a sua decisão a uma instância superior, chamado por alguns de recurso de ofício ou recurso ex ofício. Outros autores chamam de reexame necessário ou remessa necessária a fim de evitar uma contradição com a voluntariedade do recurso.
Casos de exceção a voluntariedade
1: Sentença concessiva de HC no primeiro grau ( art. 574, I CPP): 
O juiz terá que submeter a decisão ao Tribunal 
 Art. 574.  Os recursos serão voluntários, excetuando-se os seguintes casos, em que deverão ser interpostos, de ofício, pelo juiz:
        I - da sentença que conceder habeas corpus;
Caso a autoridade coatora seja o juiz, o HC será impetrado no Tribunal (segundo grau), neste caso não haverá reexame necessário.
 
2: Sentença de absolvição ou decisão de arquivamento dos autos de IP nos crimes contra a economia popular e saúde pública ( art. 7 da lei 1521/51) 
3: Decisão que concede a reabilitação criminal ( art. 746 CPP)
 Art. 746.  Da decisão que conceder a reabilitação haverá recurso de ofício.
Taxatividade
O rol dos recursos é taxativo, não cabendo recurso sem previsão expressa em lei.
Unirrecorribilidade 
Para cada decisão judicial haveria apenas um recurso.
Exceção: decisão do Tribunal intermediário que desafia o recurso especial e o recurso extraordinário ao mesmo tempo.
Fungibilidade
O recurso interposto equivocadamente pode ser conhecido como se fosse o recurso correto.
Cuidado: para se falar em princípio da fungibilidade será necessário dois requisitos: 
Caráter objetivo: Não haver erro grosseiro ( verificar no caso concreto, na prática)
Caráter subjetivo: o recorrente não pode estar de má-fé.
O critério utilizado pela jurisprudência para saber se o recorrente está ou não de má-fé é a tempestividade do recurso.
Vedação a reformatio in pejus
Recurso interposto exclusivamente pela defesa não poderá lhe prejudicar.
Caso o recurso seja somente da acusação, ou da acusação e defesa, o Tribunal poderá aumentar e também diminuir a pena do réu.
Vedação a reformatio in pejus indireta 
A maioria entende que é um complemento da reformatio in pejus.
Na reformatio in pejus indireta o tribunal não reformaria a decisão e sim a anularia , determinando que o processo retorne a primeira instância para que seja feito um novo julgamento. 
A nova decisão não poderá piorar a situação do réu, o juiz de primeiro grau estará adstrito ao limite da primeira condenação, pois caso contrário o recurso exclusivo da defesa estaria prejudicando indiretamente a situação do réu.
 Exceção a reformatio in pejus indireta
Quando ocorrer no Tribunal do júri.
Em sede de Tribunal do Júri, ocorrendo um vício processual, o Tribunal de Justiça pode anular a decisão do júri, alterar ( reformar) não pode.
Ao anular o júri, o Tribunal de justiça determinará um novo júri, com uma composição nova de jurados. A situação do réu poderá piorar devido a soberania dos veredictos.
EX: Primeiro júri: Homicidio simples
 Segundo júri: Homicidio qualificado
IMPEDIMENTOS RECURSAIS ( impedirá o conhecimento do recurso)
Renúncia
O recurso ainda não existe. A parte estará renunciando o direito de recorrer. Pode ser tácita ou expressa
Havendo colidência entre o réu e o seu defensor, prevalece o interesse do recurso ( súmula 705 STF)
A renúncia do réu ao direito de apelação, manifestada sem a assistência do defensor, não impede o conhecimento da apelação por este interposta.
 
Desistência
O recurso já foi interposto, porém agora quer desistir.
Obs: O MP pode renunciar, porém desistir do recurso interposto NÃO.( art. 576 CPP)
  Art. 576.  O Ministério Público não poderá desistir de recurso que haja interposto.
Deserção
Existia no art. 595 do CPP, porém mesmo antes de ser revogado, o STF já havia entendido a incompatibilidade com a CF por violação ao duplo grau de jurisdição, bem como a ampla defesa no grau recursal.
Haverá todavia deserção quando o querelante recorre e não paga as custas.
EFEITOS DO RECURSO
Devolutivo
É aquele que “devolve” algo, ou seja, quando um recurso é recebido com o efeito devolutivo, ele devolve toda matéria para reexame em instância superior, para que sentença seja anulada, reformada, ou, também, mantida. Porém os efeitos dessa sentença continuam vigentes.
Suspensivo
É aquele efeito que suspende a eficácia da decisão judicial. Suspende a aptidão para a produção de efeitos.
Regressivo ( interativo/reiterativo)
É o efeito que permite ao juiz exercer o juízo de retratação. Somente alguns recursos permitem esse recurso.
Extensivo
A decisão que beneficia o réu recorrente estende-se ao réu não recorrente desde que não esteja fundada em critérios pessoais.
Dois réus, porém só um recorre alegando prescrição. Aquele que não recorreu será também beneficiado.
RESE (RECURSO EM SENTIDO ESTRITO)
É para decisão de juiz de primeiro grau.
Hipóteses de cabimento ( 581 CPP)
Segundo a doutrina majoritária o rol é taxativo.
Art. 581.  Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença:
        I - que não receber a denúncia ou a queixa;
        II - que concluir pela incompetência do juízo;
        III - que julgar procedentes as exceções, salvo a de suspeição;
         IV – que pronunciar o réu; (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
        V - que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança, indeferir requerimento de prisão preventiva ou revogá-la, conceder liberdade provisória ou relaxar a prisão em flagrante; (Redação dada pela Lei nº 7.780, de 22.6.1989)
        VI - (Revogado pela Lei nº 11.689, de 2008)
        VII - que julgar quebrada a fiança ou perdido o seu valor;
        VIII - que decretar a prescrição ou julgar, por outro modo, extinta a punibilidade;
        IX - que indeferir o pedido de reconhecimento da prescrição ou de outra causa extintiva da punibilidade;
        X - que conceder ou negar a ordem de habeas corpus;
        XI - que conceder, negar ou revogar a suspensão condicional da pena;
        XII - que conceder, negar ou revogar livramento condicional;
        XIII - que anular o processo da instrução criminal, no todo ou em parte;
        XIV - que incluir jurado na lista geral ou desta o excluir;
        XV - que denegar a apelação ou a julgar deserta;
        XVI - que ordenar a suspensão do processo, em virtude de questão prejudicial;XVII - que decidir sobre a unificação de penas;
        XVIII - que decidir o incidente de falsidade;
        XIX - que decretar medida de segurança, depois de transitar a sentença em julgado;
        XX - que impuser medida de segurança por transgressão de outra;
        XXI - que mantiver ou substituir a medida de segurança, nos casos do art. 774;
        XXII - que revogar a medida de segurança;
        XXIII - que deixar de revogar a medida de segurança, nos casos em que a lei admita a revogação;
        XXIV - que converter a multa em detenção ou em prisão simples.
Observações
Momento da decisão e cabimento do RESE
Se a decisão for anterior à sentença condenatória ou absolutória, possivelmente o recurso cabível será o RESE. Nesse caso, deve-se verificar o rol do Artigo 581, já que nem todas as decisões anteriores comportam RESE. No processo penal vige a regra da irrecorribilidade das decisões interlocutórias. Para que se diga de maneira peremptória que cabe RESE é preciso saber o rol do Artigo 581.
No entanto, se a decisão estiver inserida na sentença condenatória ou absolutória o recurso cabível será o de apelação, ainda que somente de parte da decisão se recorra.
Quando tiver a extinção da punibilidade declarada no bojo de uma sentença condenatória ou absolutória, o recurso será a apelação por força do princípio da unirrecorribilidade.
A apelação tem o condão de absorver o RESE. Essa regra está prevista no Artigo 593, § 4º:
§ 4º - Quando cabível a apelação, não poderá ser usado o recurso em sentido estrito, ainda que somente de parte da decisão se recorra.
Se a decisão for dada pelo juízo da execução, o recurso será o de agravo em execução, mesmo que tal decisão conste do rol do Artigo 581.
( Lei de execução penal) Art. 197. Das decisões proferidas pelo Juiz caberá recurso de agravo, sem efeito suspensivo.
Entenda que nesse rol do RESE muitos incisos perderam sua razão de ser a partir da LEP porque o CPP é da década de 40 e em 1984 veio a LEP criando o recurso do agravo em execução. 
No RESE alguns dispositivos do art. 581 CPP foram tacitamente revogados.
O despacho mencionado no caput do art. 581 CPP é aquele com contéudo de decisão, pois se fosse o de mero expediente não caberia recurso.
Tomar cuidado com a palavra sentença do caput do art. 581 CPP, pois tecnicamente não cabe Rese de sentença, uma vez que tecnicamente sentença é sentença de mérito, aprecia o mérito para condenar ou absolver, onde caberia apelação.
Art. 581.  Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença:
        I - que não receber a denúncia ou a queixa.
O “não receber” deve-se ler como rejeitar também
Cuidado pois na lei 9099/95 ( Jecrim) caberá apelação
 ( lei 9099) Art. 82. Da decisão de rejeição da denúncia ou queixa e da sentença caberá apelação, que poderá ser julgada por turma composta de três Juízes em exercício no primeiro grau de jurisdição, reunidos na sede do Juizado.
E se o juiz receber a denuncia, caberá algum recurso?
Não, porém poderá impetrar HC que não é recurso e sim ação autônoma de impugnação para trancar ação penal.
Art. 581.  Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença:
        
         IV – que pronunciar o réu; (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
Pronuncia é a decisão que encaminha o réu a segunda fase do jurí.
Segundo a doutrina se o juiz se retratar ou caso não se retrate, mas o Tribunal de Justiça reformar a decisão chamar-se-á de DESPRONÚNCIA.
IMPRONUNCIA E ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA NO JURÍ caberá APELAÇÃO.
E a desclassificação? Não há previsão em lei sobre o recurso, sendo assim a doutrina aplica interpretação extensiva entendendo que caberia Rese.
Art. 581.  Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença:
       
        V - que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança, indeferir requerimento de prisão preventiva ou revogá-la, conceder liberdade provisória ou relaxar a prisão em flagrante; (Redação dada pela Lei nº 7.780, de 22.6.1989)
Não existe previsão de recurso para as decisões em sentido contrário ( que decretar a preventiva por exemplo), ou seja, são decisões irrecorríveis. Contudo logicamente existem instrumentos para combater essas prisões que são chamados de instrumentos de contracautela prisional, mas não é recurso. Caberá então HC, revogação da preventiva, relaxamento de prisão.
Art. 581.  Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença:
       
      XI - que conceder, negar ou revogar a suspensão condicional da pena;
É o famoso susrsis (art. 77 CP)
 Requisitos da suspensão da pena
        Art. 77 - A execução da pena privativa de liberdade, não superior a 2 (dois) anos, poderá ser suspensa, por 2 (dois) a 4 (quatro) anos, desde que: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
        I - o condenado não seja reincidente em crime doloso; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
        II - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias autorizem a concessão do benefício;(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
        III - Não seja indicada ou cabível a substituição prevista no art. 44 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
A decisão que concede sursis em regra é na sentença. E nesse caso não caberia Rese, pois a concessão do susrsis é uma parte da sentença e desta cabe apelação. Então se conceder sursis caberá apelação.
Pode acontecer de o juiz da execução penal conceder sursis no momento da unificação das penas e também negar ou revogar o sursis. Ou seja, se for o juiz da execução penal que decidir sobre o sursis, caberá agravo em execução.
Conclusão: o inciso XI do art. 581 foi tacitamente revogado em 1984 pela LEP 
Art. 581.  Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença:
        XII - que conceder, negar ou revogar livramento condicional;
Quem tem o poder de conceder, negar ou revogar o livramento condicional é o juiz da execução, não sendo cabível Rese e sim agravo a execução.
Art. 581.  Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença:
      
       XIII - que anular o processo da instrução criminal, no todo ou em parte;
Se for o Tribunal que anular, obrigatoriamente não caberá Rese.
Art. 581.  Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença:
      
       XV - que denegar a apelação ou a julgar deserta;
Não é julgar o mérito, é no caso do juiz não dar seguimento a apelação ou que a julga deserta quando por exemplo não recolhe as custas do recurso.
Art. 581.  Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença:
        
        XVII - que decidir sobre a unificação de penas;
Quem unifica é o juiz da execução, caberá agravo a execução.
        
 XIX - que decretar medida de segurança, depois de transitar a sentença em julgado;
Se transitou em julgado , quem decidirá é o juiz da execução penal, caberá agravo a execução
        XX - que impuser medida de segurança por transgressão de outra;
Se é medida de segurança é porque já está cumprindo medida de segurança e transgrediu .Quem faz isso é o juiz da execução, caberá agravo a execução.
        XXI - que mantiver ou substituir a medida de segurança, nos casos do art. 774;
        XXII - que revogar a medida de segurança;
        XXIII - que deixar de revogar a medida de segurança, nos casos em que a lei admita a revogação;
Esses três incisos também caberá agravo a execução.
        XXIV - que converter a multa em detenção ou em prisão simples.
Interposição: 05 dias
Razões: 02 dias a partir da intimação, exceção inciso XIV
Contrarazões : 02 dias a partir da intimação.
NÃO SE PODE APRESENTAR AS RAZÕES DO RESE DIRETAMENTE NO TRIBUNAL
APELAÇÃO
A apelação é o recurso por excelência do processopenal porque possibilita ao tribunal o reexame integral da matéria de fato e de direito.
Deve-se ficar atento porque não é só o Artigo 593 que trata da apelação. A Lei dos Juizados também trata. Cabe apelação nos juizados da decisão relativa à transação penal, da decisão que rejeita a peça acusatória e a decisão definitiva. Você tem apelação também prevista na Lei dos Juizados nº 9.099/95, especificamente no seu Artigo 82 (fala sobre apelação nos juizados) e também no Artigo 76, § 5º.
Além disso, também há previsão de apelação no Artigo 416, do CPP, relativo à impronúncia e à absolvição sumária.
E não se esqueça de que a apelação também será o recurso cabível contra a absolvição sumária no procedimento comum.
A absolvição sumária inserida no procedimento comum, Artigo 397 (excludente da ilicitude, da culpabilidade, atipicidade, causa extintiva da punibilidade). Lembre-se de que quanto à absolvição sumária no procedimento comum, a apelação será o recurso cabível.
Cabimento: ( 593 CPP)
  Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias:  
I - das sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas por juiz singular;   (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
        II - das decisões definitivas, ou com força de definitivas, proferidas por juiz singular nos casos não previstos no Capítulo anterior; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
        III - das decisões do Tribunal do Júri, quando:  (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
        a) ocorrer nulidade posterior à pronúncia; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
        b) for a sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa ou à decisão dos jurados; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
        c) houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da medida de segurança; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
        d) for a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos. (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
        § 1o  Se a sentença do juiz-presidente for contrária à lei expressa ou divergir das respostas dos jurados aos quesitos, o tribunal ad quem fará a devida retificação. (Incluído pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
        § 2o  Interposta a apelação com fundamento no no III, c, deste artigo, o tribunal ad quem, se Ihe der provimento, retificará a aplicação da pena ou da medida de segurança. (Incluído pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
        § 3o  Se a apelação se fundar no no III, d, deste artigo, e o tribunal ad quem se convencer de que a decisão dos jurados é manifestamente contrária à prova dos autos, dar-lhe-á provimento para sujeitar o réu a novo julgamento; não se admite, porém, pelo mesmo motivo, segunda apelação.  (Incluído pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
Prazo: 05 dias - interposição que será para o juiz de primeiro grau
Razões: 08 dias a partir da intimação
As razões podem ser oferecidas em sede de Tribunal direto, contudo já na peça de interposição deverá haver menção de que será proposta as razões no Tribunal.
Artigo 600, § 4º - Se o apelante declarar, na petição ou no termo, ao interpor a apelação, que deseja arrazoar na superior instância serão os autos remetidos ao tribunal ad quem onde será aberta vista às partes, observados os prazos legais, notificadas as partes pela publicação oficial.
Quem intimará réu para oferecer as contrarrazões?
Se as razões forem para o juiz será ele, mas se forem para o Tribunal deste será a competência.
Contrarrazões: 08 dias também
Cuidado com o Jecrim: prazo de 10 dias já com as razões.
Cuidado: Ainda que a parte pretenda apelar de um capítulo da sentença e dessa parte coubesse Rese, o recurso ainda assim será apelação. 
 AGRAVO EM EXECUÇÃO ( súmula 700 STF e LEP)
Súmula 700 STF É DE CINCO DIAS O PRAZO PARA INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO CONTRA DECISÃO DO JUIZ DA EXECUÇÃO PENAL.
Caberá agravo a execução das decisões provenientes do juízo da execução. Está previsto no Artigo 197 da LEP e será cabível em face de decisões proferidas pelo juiz da execução. Alguns doutrinadores dizem que é somente depois do trânsito em julgado, porém é bem assim, pois o juiz da execução atua também em relação a preso cautelar. Então, qualquer decisão relativa à execução penal será caso de agravo em execução.
A LEP não previu procedimento. A doutrina majoritária entende que aplica subsidiariamente o procedimento do Rese, pois é o que mais se aproxima.
Interposição: 05 dias
Razões: 02 dias após intimação para apresentar as razões.
AGRAVO DE INSTRUMENTO ( lei 8038/90)
A hipótese de cabimento seria para destrancar o processamento do recurso especial ou do recurso extraordinário que foram negados na origem. O prazo é de 05 dias.
RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL
Art. 102, II, a Cf; art. 105 II, a e b
RECURSO ESPECIAL 
Art. 105, III
RECURSO EXTRAORDINÁRIO 
Obs: Há exceção a unirrecorribilidade, pois dependendo da situação, da decisão do tribunal caberá Resp e RE quando violar casos que caibam os respectivos recurso.
EMBARGOS INFRINGENTES E DE NULIDADES (art. 609 CPP)
Majoritariamente entende-se que são sinônimos
Art. 609. Os recursos, apelações e embargos serão julgados pelos Tribunais de Justiça, câmaras ou turmas criminais, de acordo com a competência estabelecida nas leis de organização judiciária.  (Redação dada pela Lei nº 1.720-B, de 3.11.1952)
        Parágrafo único.  Quando não for unânime a decisão de segunda instância, desfavorável ao réu, admitem-se embargos infringentes e de nulidade, que poderão ser opostos dentro de 10 (dez) dias, a contar da publicação de acórdão, na forma do art. 613. Se o desacordo for parcial, os embargos serão restritos à matéria objeto de divergência. (Incluído pela Lei nº 1.720-B, de 3.11.1952)
Entende-se também que são dois recursos diferentes e que são trabalhados simultaneamente por terem os mesmos requisitos
Embargos de nulidade - Dizem respeito ao direito material, versando sobre mérito.
Embargos infringentes - Dizem respeito ao direito processual, versando sobre um vício processual que teria produzido a invalidade do processo.
Pressupostos para os embargos infringentes
Veja quais são os pressupostos para os embargos infringentes:
1º Pressuposto - Pressupõe uma decisão de tribunal.
2º Pressuposto - Decisão não unânime: a discrepância que autoriza a oposição dos embargos deve dizer respeito à conclusão do pronunciamento, e não à sua fundamentação.
Se eles concluíram da mesma forma, a decisão é unânime, pouco importando que a fundamentação seja diferente. Os desembargadores acabam concordando com os votos do demais porque sabem que, assim, não vão caber embargos infringentes e de nulidade.
3º Pressuposto - Só são cabíveis embargos em decisão não unânime de apelação, RESE, ou agravo em execução.
4º Pressuposto - Trata-se de recurso exclusivo da defesa.
O MP pode interpor? Sim, desde que em favor do acusado.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
No processo penal há um quarto vício que é a ambiguidade. No jecrim há também um quarto vício que é a dúvida
CARTA TESTEMUNHÁVEL
É um recurso para destrancar o processamento de Rese ou agravo a execução negados na origem.
Negados na origem				Recursos para destrancar
Apelação						Rese
Rese/agravo a execução				carta tetemunhável
Resp/RE						Agravo de instumento