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UNIVERSIDADE ESTACIO DE SÁ MARIA APARECIDA KUSTER AZEVEDO Prática de Ensino e Estágio Supervisionado em Docência dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental VILA VELHA 2017 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Prática de Ensino e Estágio Supervisionado em Docência dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental Relatório exigido como parte dos requisitos para conclusão da disciplina de Prática de Estágio Supervisionado em Docência dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental sob a orientação do Professor Maria de Fátima Fernandes Rodrigues. Curso: Pedagogia VILA VELHA 2017 AGRADECIMENTOS Agradeço em primeiro lugar a Deus que iluminou o meu caminho durante esta caminhada e sem ele nada seria possível. É difícil agradecer todas as pessoas que de algum modo, nos momentos serenos e apreensivos, fizeram ou fazem parte da minha vida. Mas não posso jamais deixar de agradecer ao meu esposo: Gleidson dos Santos, que sempre acreditou em mim, me incentivou e permaneceu ao meu lado independente das circunstâncias. A minha maravilhosa mãe: Verônica, pois sinto-me honrada por tê-la ao meu lado. Os momentos mais significativos e marcantes são os que passamos junto em família e tudo que a Senhora me ensinou ficaram eternizados na minha memória. Você foi e sempre será a melhor coisa que aconteceu na minha vida. Dedico esta, bem como todas as minhas demais conquistas, a minha tia Rita da Penha, e a minha filha Verônica Kuster Azevedo. Querida família, obrigada por fazerem parte da minha vida. "Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo". Paulo Freire. SUMÁRIO INTRODUÇÃO...........................................................................................................03 1. CAPÍTULO I: CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA E DA TURMA OBSERVADA.............................................................................................................04 1.1 – ESCOLA............................................................................................................04 1.2 - CONTEXTO SOCIOECONÔMICO....................................................................04 1.3 - ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO.................................................................05 1.4 - PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO..............................................................05 1.5 - AVALIAÇÃO.......................................................................................................06 1.5.1 - CARACTERIZAÇÃO DA TURMA E DO TRABALHO DO PROFESSOR.....06 1.6 - CIÊNCIAS: CONHECENDO O CICLO DA ÁGUA NA NATUREZA.................07 1.7 - LÍNGUA PORTUGUESA: O ENSINO DA LATERALIDADE DURANTE A ALFABETIZAÇÃO.....................................................................................................10 1.8 - MÚSICA: FACILITADORA DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO...............13 CAPITULO II: DESENVOLVIMENTO E ANÁLISE DAS ATIVIDADES OBSERVADAS E REALIZADAS...............................................................................16 CAPITULO III: CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................17 INTRODUÇÃO Este relatório irá descrever minha experiência de estágio nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, tendo sido esta realizada na EMEF “Arcílio Tononi”, situada no Bairro Primavera, no município de Viana/ES, no horário vespertino. O estagio supervisionado em Pedagogia tem como objetivo proporcionar ao acadêmico conhecimento acerca da estrutura e funcionamento de uma escola; momento de observação e análise dos aspectos referentes às práticas docentes: planos de aula, posturas e condutas docentes, disciplina escolar; bem como planejamento e execução das atividades pedagógicas numa turma. Além disso, visa relacionar teoria e prática; possibilitar os estagiários auxiliarem os professores nas atividades propostas em sala de aula, oferecendo suporte nas atividades individuais e grupais e analisar o Projeto Pedagógico, verificando a relação com a turma observada. Para melhor organização do relatório de estágio, este foi dividido em capítulos. No primeiro, descrevemos a caracterização da escola e da turma observada. Já no segundo capítulo relatamos o desenvolvimento e análise das atividades observadas e realizadas. O terceiro capítulo, refere-se às considerações finais do referido trabalho. Quanto as minhas expectativas ao iniciar o estágio, estava em dúvida se realmente me adaptaria ao cotidiano de uma escola, se os conhecimentos adquiridos durante a graduação embasariam a minha prática pedagógica e se conseguiria me tornar uma professora crítica, propositiva, criativa e preocupada com a transformação da realidade social dos alunos com os quais irei desenvolver minha práxis. CAPÍTULO I: CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA E DA TURMA OBSERVADA 1.1 – ESCOLA A EMEF “Arcílio Tononi”, está situada na rua: Teresinha Pereira Abranches, n: 21, Bairro Primavera - Viana/ES. Essa escola foi criada em 1982, a partir da resolução nº 41/75. O público desta unidade educacional são crianças com faixa etária entre 06 a 09 anos de idade, que cursam da 1º ano ao 4º ano do ensino fundamental. O nome essa escola é uma homenagem ao professor Arcílio Tononi, que nasceu em 1917, em São João de Petrópolis (Barracão), município de Santa Tereza e faleceu em 1981, na cidade de Viana, lugar onde lecionou por muitos anos e desenvolveu um trabalho pedagógico que fez parte da história da educação vianense. 1.2 - CONTEXTO SOCIOECONÔMICO Informamos que, os equipamentos públicos, existentes nesse bairro, são: EMEF “Arcílio Tononi”, Unidade de Saúde e Correio. Há também, bares; igreja Católica; igrejas Evangélicas; Mercearias; loja de roupa; uma farmácia, uma barbearia; salões de beleza; locadora e lanchonete. Ressaltamos que, essa unidade de ensino, está localizada num bairro popular, de característica residencial, formado por moradores antigos e tradicionais, cuja maioria da população possui baixa renda e escolaridade. Além disso, a comunidade enfrenta os seguintes desafios: Falta de uma área de lazer; ONGS (Organização não governamental), centro de convivência para terceira idade; apresenta alguns pontos viciados de lixo e alto índice de drogatização. Quanto às condições de saneamento básico, destacamos que este bairro encontra- se em boas condições, as ruas são pavimentadas, a coleta de lixo ocorre 02 vezes por semana. Embora, a iluminação pública deixe a desejar em alguns pontos do bairro. 1.3 - ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO Quanto à infra-estrutura desta unidade de ensino, destacamos 05 salas de aulas; 01 Laboratório de informática; 01 Sala de recursos multifuncionais para Atendimento Educacional Especializado (AEE); 01 Sala de Professores; 01 Sala de Secretaria; 01 Sala dos Pedagogos; 01 Sala para a Gestora Escolar, 01 Biblioteca, 01 Cozinha; 01 Despensa, 01 Almoxarifado; 05 Banheiros; 01 Quadra de Esportes e Pátio. Em relação aos equipamentos, essa escolapossui computadores (administrativos e para os alunos); televisão; Copiadora; equipamento de som; impressora; equipamentos de multimídia (Data Show); aparelho de DVD; retroprojetor; fax e câmera fotográfica com filmadora. Essa escola possui 30 funcionários, sendo 02 Auxiliares de Serviços Gerais, 02 merendeiras; 03 Coordenadoras; 03 Pedagogas; 14 Professores; 01 Diretora; 03 Auxiliares Administrativos e 02 Vigilantes. Atualmente, essa escola atende 287 alunos, que cursam do 1º ao 4º Ano, sendo estes atendidos no horário matutino ou vespertino. Quanto às festividades realizadas nessa EMEF, fomos informados que comemoram algumas datas, tais como: dia da família na escola, festa junina e dia das crianças. No momento, funciona o Projeto Escola Aberta, que tem como objetivo ocupar as unidades escolares aos finais de semana, oferecendo atividades educativas, culturais, esportivas, formação inicial para a geração de renda à população do entorno. Esse projeto, desperta na comunidade o interesse em ocupar a escola. Ressaltamos que, essa unidade educacional teve a maior nota do IDEB em Viana. Além disso, essa escola possui a missão de formar cidadãos críticos. Por isso, a gestora busca democratizar as informações. 1.4 - PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Apesar de existir nesta escola o Projeto Político Pedagógico (PPP), percebo que, a maior parte dos docentes, que aqui lecionam, não possuem conhecimento acerca deste documento que é o eixo norteador de todo trabalho que deve ser desenvolvido na EMEF "Arcílio Tononi". Contudo, as pedagogas desta unidade de ensino, por serem efetivas e terem compreensão acerca do funcionamento da escola e de todo o seu aparato teórico, metodológico e legislativo conseguem implementar atividades didáticas que estejam em consonância com a proposta do PPP. Com relação ao Projeto Político Pedagógico, observei que este precisa ser atualizado e o corpo docente atual deve se apropriar deste instrumento a fim de desenvolverem a prática pedagógica em conformidade com o referido documento. 1.5 - AVALIAÇÃO 1.5.1 - CARACTERIZAÇÃO DA TURMA E DO TRABALHO DO PROFESSOR Em relação ao trabalho com a turma na sala de aula, informamos que a professora busca proporcionar uma interação entre os discentes com o conhecimento, mostrando-os a relação existente com o cotidiano. Além disso, ela também atua como facilitadora do processo de aprendizagem, ao buscar deixá-los descobrir novos saberes. Muitas atividades desenvolvidas em sala de aula são realizadas em grupo, como forma de despertar a colaboração e a interação entre os alunos, a fim de que compartilhem e socializem o conhecimento adquirido, já que as crianças aprendem umas com as outras, pois falam a mesma linguagem. Como forma de atrair a participação dos alunos, a professora propõe atividades desafiadoras, prepara as aulas com antecedência, a fim de tornar o conteúdo programado mais interessante e contextualizado com a realidade das crianças, propõe debates, organiza roda de conversa e escolhe musicas relacionadas ao tema abordado. Através dos acertos e erros, os alunos constroem as suas interpretações de mundo. Por essa razão, são importantes as atividades em que o professor seja somente um mediador, cabendo aos alunos o planejamento e a execução, o que os levará a decidir e a vivenciar o resultado de suas experiências. A postura do educador diante do erro dos discentes deve ser o de analisá-lo sob diferentes perspectivas, sendo assim, não se trata de negá-lo ou justificá-lo, nem de evitá-lo e sim problematizá-lo, transformando-o em uma situação de aprendizagem. O educador precisa ter um olhar diferenciado sobre os erros, pois eles são hipóteses construídas acerca de um determinado conhecimento (MACEDO, 1994). Como forma de obter domínio sobre a turma, no início do ano letivo, a professora estabeleceu regras de convivência entre os alunos, tendo sido estas pactuadas entre as crianças, devendo ser respeitadas e em casos de descumprimento, o mesmo fica na sala com a professora após o horário da saída, não havendo melhoria no comportamento os responsáveis são acionados. Além disso, a educadora estabeleceu uma rotina com a turma, isso lhes proporcionou uma maior segurança durante a aprendizagem. Ela sabe como envolver os alunos na tarefa e acolhe as demandas apresentadas pelos discentes. Quando os alunos começam a dispersar, a professora sabe como intervir e em alguns casos apaga a luz para chamar a atenção de todos, propõe o jogo do silêncio, utiliza um apito, cola no caderno dos alunos com bom comportamento uma estrelinha, que no final são revestidas em pontos para os alunos. As mobílias estão em bom estado de conservação, há um cantinho da leitura, cronograma com a rotina da sala de aula, os armários são enfeitados com objetos que fazem parte do cotidiano infantil. No armário, tem fantoche, cola quente, EVA, pedaços de TNT, rádio e aparelho de DVD. 1.6 - CIÊNCIAS: CONHECENDO O CICLO DA ÁGUA NA NATUREZA PLANEJAMENTO Finalidade da atividade: despertar o interesse infantil pela preservação dos recursos hídricos. INTRODUÇÃO A escassez de água é um problema de ordem global. No mundo, aproximadamente 750 milhões as pessoas não possuem acesso à água potável. Apesar do Brasil, armazenar 12% da água doce do planeta, o país enfrenta uma crise hídrica, devido ao desperdício e poluição dos nossos mananciais. Nas últimas décadas, o desperdício de água tem gerado inúmeros problemas ambientais, por isso, a preservação e o uso racional desse recurso tem despertado o interesse das autoridades públicas, sendo necessário promover uma reeducação em relação à utilização desse recurso, pelo comércio, indústria, residência e produção agrícola. Já a poluição hídrica representa uma ameaça à qualidade da água, bem como a saúde e o meio ambiente. As águas fluviais são utilizadas para o abastecimento, produção de alimentos, produção industrial, uso doméstico, plantações, fonte de energia, e meio de transporte. Hoje, sabemos que a água é fonte de vida, porque precisamos dela para beber, cozinhar, lavar, se banhar, dentre outras atividades. Os animais também necessitam de água para realizar diversas funções vitais e as plantas fazerem a fotossíntese. Por isso, ensinar sobre a preservação da água deve ser uma tarefa divertida, educativa e que promove a sensibilização e uma nova relação com esse elemento que é essencial para a vida dos seres vivos. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Conhecer o ciclo da água na natureza; Reconhecer a importância da água para a vida humana; Discutir em sala de aula a importância do ciclo da água para o meio ambiente; Mostrar os diferentes estados físicos da água; Apresentar de forma diferente e prazerosa, informações para seu aprendizado; Chamar a atenção do aluno para o uso correto da água; PÚBLICO ALVO: Alunos de seis anos, e que estejam cursando a 1º série do Ensino Fundamental. TEMPO ESTIMADO: Uma semana. ETAPAS PREVISTAS Conversa sobre o tema em questão; levantamento de questionamentos; Atividades xerografadas; pesquisas no laboratório de informática; leitura e interpretação de histórias; vídeos sobre o ciclo da água; aula-passeio; confecção de cartazes; ensaios de músicas; registros através de desenhos; confecção de um Mural com ação de desperdício da água e construção de maquetes; MATERIAL NECESSÁRIO: Data Show; gravuras; folder; texto; lápis de cor; folha de papel A4; lápisde escrever e borracha. Além disso, utilizamos a sala de vídeo, sala de aula e estação de tratamento de água. DESENVOLVIMENTO Inicialmente, como forma de despertar o interesse pelo Tema: O ciclo da água na natureza. Fizemos perguntas aos alunos, tais como, de onde vem à água? Como ela chega até nossa casa pronta para o consumo? Como a utilizamos? Como podemos economizá-la evitando o risco de o recurso faltar no futuro? A fim de que os alunos pudesse a partir de suas vivencias pudessem se expressarem e contribuírem com o andamento da aula. Em seguida, foi realizada uma conversa com os alunos sobre a importância da água para o desenvolvimento da vida, tanto dos serem humanos, quanto das plantas e animais. Para isso, utilizamos gravuras. Além disso, realizamos a leitura do texto “A História de uma Gotinha de Água” em forma de jogral. Exibimos o vídeo, sobre o ciclo da água, com aproximadamente sete minutos de duração. Também realizamos uma visita à estação de tratamento de água da cidade para conhecer o processo pelo qual a água passa antes de chegar as nossas residências. Como uma das atividades avaliativas, propomos aos estudantes que fizessem ilustrações sobre o ciclo da água, para apresentarem aos demais colegas. AVALIAÇÃO A avaliação ocorreu através das ilustrações nas quais os alunos puderam expressar, de uma forma clara, bem como explicar a sua ilustração para os colegas. Também mediante os registros da participação e interesse de cada discente, examinamos as produções e observamos as atitudes de colaboração entre os alunos. 1.7 - LÍNGUA PORTUGUESA: O ENSINO DA LATERALIDADE DURANTE A ALFABETIZAÇÃO OBJETIVO GERAL: Ensinar as crianças com dificuldade de aprendizagem o conceito de lateralidade, tendo como eixo norteador as atividades lúdicas. INTRODUÇÃO Quando estudamos sobre a importância da psicomotricidade enquanto elemento da prática pedagógica, precisamos primeiramente compreender que o desenvolvimento infantil perpassa pela aprendizagem do seu corpo, que serve como ponto de partida e parâmetro para que ela possa se referenciar no ambiente que vive. Por isso, a criança necessita pegar os objetos, manuseá-los, jogá-los, agarrá-los, lançá-los para frente, para trás, para dentro e fora de determinado lugar. No que tange ao processo acadêmico das crianças, trabalhar a lateralidade juntamente com o esquema corporal, são fundamentais para que haja o sucesso na jornada escolar. Na atualidade, observamos que um elemento importante no processo de alfabetização infantil é o conhecimento acerca da lateralidade, que deve ocorrer por volta de 3-4 anos. O ensino da lateralidade tem como finalidade mostrar para as crianças o uso preferencial que as pessoas fazem com relação às duas partes do corpo, que estão organizadas em quatro instâncias: mão, pé, olho e ouvido. Os pequeninos precisam compreender e distinguir o seu lado direito e esquerdo, e devem ser estimulados com jogos e atividades que lhes mostrem, sem forçar, essa diferença. Constatamos que, nas séries iniciais, a falta de um conceito bem definido com relação à lateralidade atrapalha na aprendizagem no ato da leitura e escrita, pois as crianças vivenciam uma confusão na orientação espacial. Um exemplo claro isso, ocorre na hora de distingui à posição das seguintes letras p-q; b-d. Existem crianças, que por apresentarem essa defasagem, não conseguem assimilar que, na nossa cultura escrevemos da esquerda para direita. Portanto, a criança cuja noção de lateralidade foi mal trabalhada desrespeita esse sentido, porque não percebe que sua escrita ocorre no modo espelho, ou seja, ao invés de escrever casa, ela pode escrever saca, ou R de maneira contrária Я, e assim por diante. É fundamental que os educadores ao utilizarem as brincadeiras presentes no universo infantil, como método pedagógico, tenham nessa proposta uma metodologia diferenciada de aprender, e não se limitem a um momento de lazer e recreação. Através das atividades lúdicas, observamos que, as crianças aprendem a respeitar regras e condutas, estabelecem afetividade, expressam o que pensam e sentem. O desenho infantil é marcado de muitos significados e expressam acerca do seu desenvolvimento intelectual, bem como mostra o estágio maturacional da criança. Logo, ressaltamos o uso de jogos e brincadeiras como estratégia para que as crianças aprendam o conceito de lateralidade (direita, esquerda, subir e descer) e estímulo de sentidos (audição, tato, visão e equilíbrio), já que presenciamos muitos professores com dificuldade de ensinarem esse conceito nas séries iniciais do Ensino Fundamental. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Despertar o interesse infantil pela aprendizagem; Contribuir de forma lúdica para que as crianças saibam efetivar o conceito de lateralidade; Proporcionar uma vivência prazerosa entre alunos e educadores; MATERIAIS/RECURSOS Quadra da escola; cartolina; tesoura; velcro; elástico; lápis de cor ou tinta guache, vídeo, atividade xerocopiada; Data Show, aparelho de som e CD. TEMPO ESTIMADO: 03 dias DESENVOLVIMENTO O jogo consiste no trabalho das percepções infantis. Dessa forma, achamos relevante motivarmos os alunos para a importância da aprendizagem, oportunizando-os um momento para falarem das dificuldades e o que pensam da escola, envolvendo-os em atividades artísticas, tudo com o objetivo de desenvolver o seu estado físico e mental, por intermédio das emoções. Ao criar uma competição entre os participantes, que foram divididos em duas equipes, sendo elas representadas pelas cores amarela e laranja. Iniciamos a brincadeira, escolhendo quatro participantes, sendo que dois membros de equipes distintas, tiveram os olhos cobertos por uma venda, enquanto que os outros dois colegas de seus respectivos grupos atuariam como coordenadores a fim de guiar os alunos vendados para cumprirem determinadas tarefas. Na cartolina foi desenhado o rosto de uma figura humana bem grande, porém o desenho não estava finalizado, já que a tarefa das crianças tinha como finalidade encaixar a parte que estava faltando na figura, tais como olhos, boca, nariz e orelhas. Percebemos que, as crianças que eram os coordenadores, precisaram visualizar as peças do rosto de forma que completasse o desenho com as partes ausentes. Ambas as duplas foram trabalhadas na questão da lateralidade, porque tiveram que distinguir quais peças representavam as orelhas e os olhos, sendo estes, esquerdo e direito para que o rosto fosse montado com perfeição. Tanto a criança que comandou quanto a que foi orientada obtiveram noções adequadas de direção para que pudessem cumprir com a tarefa proposta. Quando a criança, com os olhos vendados, recebeu uma peça do rosto, ela descobriu de qual parte se trata pelo tato. Além disso, o tato serviu para que a criança colocasse a peça no lugar correto. A criança ficou atenta também às coordenadas do parceiro. AVALIAÇÃO Por meio dessa atividade lúdica, foi possível constatar que, houve uma significativa mudança na aprendizagem das crianças que estavam com dificuldade de ler e escrever. Antes de ser aplicada a nova proposta educativa, os alunos ficavam muito tensos ao tentarem realizar as tarefas que eram propostas na sala de aula. O que acabava interferindo também na sua alto-estima. Contudo, o jogo proposto trabalhou a coordenação motora, ao coordenar os movimentos para que as orientações fossem seguidas. Também buscou trabalhar diversas habilidades, tais como: percepções, atenção e a coordenação motora, além de promoveruma maior interação entre os alunos e professores. Ressaltamos que, em virtude da defasagem cognitiva dos educandos, esse jogo foi aplicado junto às crianças de 06 anos, mas o ideal que fosse desenvolvido com a faixa etária de três a quatro anos. 1.8 - MÚSICA: FACILITADORA DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO OBJETIVO GERAL Estimular a apreciação musical dos alunos; INTRODUÇÃO A música sempre esteve presente na história da humanidade. Por isso, pesquisas antropológicas evidenciam sua forte influência na cultura de cada sociedade. Percebemos, que a linguagem musical é universal e os sons produzidos verbalizam emoções e são formas de expressar os sentimentos mais profundos, aqueles que dificilmente seriam manifestados por palavras. Ela ainda estimula a mente humana, pois promove uma sensação de bem-estar, facilita a concentração, aguça a percepção auditiva e o raciocínio voltado para o pensamento filosófico (BRITO, 2003). De acordo com os documentos do Referencial Curricular para a Educação Infantil (RCNEI): A música é a linguagem que se traduz em formas sonoras capazes de expressar e comunicar sensações, sentimentos e pensamentos, por meio da organização e relacionamento expressivo entre o som e o silêncio. A música está presente em todas as culturas, nas mais diversas situações: festas e comemorações, rituais religiosos, manifestações cívicas, políticas etc (BRASIL, 1998, p. 45). Ao analisarmos a música enquanto facilitadora da aprendizagem infantil, constatamos que a linguagem musical é importante para o desenvolvimento das crianças, pois é algo intrínseco a elas, já que antes do nascimento, as crianças possuem contato com o universo sonoro, através dos sons produzidos pelo corpo da mãe e também pela sonorização da voz materna (FEIJÓ, 2002). Nas unidades de educação infantil, a musicalização infantil deve ser trabalhada pelo educador com a intenção de facilitar a expressão, equilíbrio, auto-estima e autoconhecimento das crianças, além disso, é um meio de integração social. Nota- se o quanto, a música potencializa a educação dos pequeninos, contribuindo para o seu desenvolvimento psicomotor, cognitivo, linguístico e socioafetivo. OBJETIVO ESPECÍFICO Despertar a sensibilidade auditiva das crianças; Aprimorar a formação de pessoas com um estilo musical mais apurado; Influenciar na construção de uma autoestima positiva dos alunos; METODOLOGIA A metodologia de ensino contempla: palestra sobre apreciação musical, vídeos educativos, formação de uma bandinha rítmica; trabalhar os sons corporais; elaboração teatral, contação de histórias; criação de instrumentos não convencionais; resgate de ciranda e possibilitar as crianças assistirem a apresentação de uma orquestra. TEMPO ESTIMADO: 4 meses; sendo realizada 01 aula semanal; MATERIAL NECESSÁRIO: Data Show; materiais reciclados, livros; TNT; EVA; textos; ingresso para o concerto e ônibus. DESENVOLVIMENTO A professora de música deu uma palestra muito didática falando sobre a importância da musicalização enquanto estratégia de alfabetização infantil, tendo sido esta voltada para os educadores do 1º, 2º e 3º ano do ensino fundamental, pedagogos, coordenadores e direção da escola. Além disso, ela apresentou a proposta do seu trabalho. Esse momento foi muito enriquecedor. Pena que não tive a oportunidade de participar de tudo. Como forma de aguçar a curiosidade infantil pela música, iniciamos a aprendizagem pelos sons corporais. Essa experiência deixou todos animados e os alunos aprenderam rapidamente os movimentos que foram solicitados, inclusive propuseram alguns movimentos. As crianças assistiram vídeos educativos que mostraram o quanto à música faz parte do nosso cotidiano, depois fizeram desenhos e cantaram algumas cantigas de roda. Elas também assistiram a um concerto musical para crianças. Participaram de encenação teatral: como chapeuzinho vermelho e os três porquinhos, cujos sons eram os destaque das peças. Os dois momentos de contação de história, também deixaram as crianças muito eufóricas e entusiasmadas, pois cantaram, fizeram parte das histórias e dentre os recursos pedagógicos utilizados destacamos: fantoches, dedoches, fantasias, músicas e vídeos. Outra situação que desperta muita atenção das crianças foi à confecção de instrumentos musicais não convencionais, sendo estes feitos de material reciclado. Cada aluno confeccionou o seu instrumento, tais como: tambor; chocalho; pandeiro; violão; xilofone e reco-reco. Depois, os discentes foram agrupados de acordo com o seu instrumento e ensaiaram a música: cai, cai balão e borboletinha. Esse ensaio deu inicio a formação da bandinha rítmica estrelas do amanhã. AVALIAÇÃO A avaliação dessa atividade foi realizada, a partir do envolvimento e cumprimento de todas as etapas do projeto. As habilidades individuais, bem como as percepções auditivas dos alunos foram levadas em consideração. CAPITULO II: DESENVOLVIMENTO E ANÁLISE DAS ATIVIDADES OBSERVADAS E REALIZADAS Através da realização deste trabalho, foi possível compreender o quanto as contribuições teóricas de Piaget, Vygotsky e Wallon concernentes ao desenvolvimento humano, deixam transparecer que durante o processo de ensino- aprendizagem escolar, o aluno participa ativamente da construção do conhecimento. Por isso, acredito que, toda construção teórica acerca da aprendizagem humana é relevante, como forma de nortear a prática pedagógica, a fim de tornar a aprendizagem significativa. A teoria construtivista de Piaget teve grande relevância para o campo da educação, ao constatamos que seus estudos possibilitaram a construção de um novo olhar sobre a infância, ele conseguiu comprovar que as crianças assimilam o conhecimento diferente dos adultos, pois a relação que estabelece com o saber depende das atividades desafiadoras que lhes são oferecidas, sendo necessário respeitar o seu estágio maturacional, baseando-se nas fases de seu desenvolvimento. Já Vygotsky, acreditava que, o desenvolvimento e a aprendizagem eram indissociáveis, um misto entre o físico, afetivo e cognitivo, pois as relações interpessoais interferem no modo de ser, pensar e agir das crianças. Na sua concepção, tanto o professor quanto o aluno, são vistos como agentes de transformação social. O pesquisador Wallon, ao estudar a criança, verificou que a inteligência não é o principal componente do seu desenvolvimento, ele defende que o cérebro precisa de três grandes estímulos, tais como: motora, afetiva e cognitiva, elas coexistem e atuam de forma integrada. CAPITULO III CONSIDERAÇÕES FINAIS A realização deste estágio foi muito gratificante, as situações vivenciadas me proporcionaram uma visão de como resolver os conflitos e desafios, bem como agir em um ambiente escolar, levando em conta o papel que exerço enquanto educadora, e que a prática desenvolvida como professora pode despertar nos alunos o prazer pelo conhecimento e uma visão crítica e reflexiva acerca da sociedade na qual estamos inseridos. A partir da leitura e reflexão acerca do papel do educador durante sua prática pedagógica nas séries iniciais do ensino fundamental, informo que uma das contribuições pessoais suscitada foi o rompimento com uma visão preconceituosa, de que o diferente, ou seja, os alunos com diferentes necessidades educacionais deveriam ser agrupado em um determinado local, a fim de facilitar o trabalho dos profissionais. Além disso, o autor Gramsci, menciona que a transformação socialocorre quando mudamos a nossa maneira de olhar e nos relacionarmos com o mundo. Sendo assim, compreendo que o conhecimento acerca de uma determinada realidade, associado à maneira como interferimos na mesma, são elementos fundamentais para a formulação de um novo conceito em educação e formação cidadã dos alunos. No que tange ao acréscimo profissional, menciono que conhecer os desafios e possibilidades vivenciados pelos profissionais de pedagogia que atuam no ensino fundamental, me possibilitou desenvolver uma atuação diferenciada no sentido de ocupar espaços para fomentarmos a discussão, bem como traçarmos estratégias para diminuirmos as barreiras existentes entre a legislação e o ambiente escolar, cujo qual, na maioria das vezes, não possibilita a real inclusão dos alunos com diferentes necessidades educacionais. Realizar o estágio supervisionado superou as minhas expectativas, pois avalio que consegui cumprir as atividades propostas com êxito, dando o suporte necessário a professora regente, tendo uma empatia com as crianças e demais funcionários da escola. Além disso, consegui propor algumas atividades de acordo com o material didático escolhido para nortear a construção do conhecimento infantil. Soma-se a isso o fato de ter me identificado com o trabalho desenvolvido pelo professor alfabetizador. O estágio também me proporcionou se deparar com os diferentes contextos sociais vivenciado pelas crianças e como a sua trajetória de vida interfere na sua aprendizagem escolar. Isso me fez perceber que enquanto professora que atua como facilitadora do processo de ensino-aprendizagem, tenho que conhecer a realidade individual de cada aluno, a fim de que o conhecimento possa ser significativo para a sua formação cidadã. O estágio na verdade, me possibilitou compartilhar conhecimento e aprendi muito com as crianças, com as quais tive a oportunidade de trabalhar. Os alunos gostam de fazer parte da construção do conhecimento, são críticos e querem atividades que façam parte da sua realidade pessoal. Percebi o quanto é importante ouvir os alunos e ter uma relação afetiva com os mesmos. Durante o estágio, avaliei que a formação continuada é um importante elemento para que o professor possa repensar a sua prática profissional. Portanto, resta-nos empenho, dedicação e aceitação, pois mudar o modelo que aí está posto, romper com o paradigma tradicional, eliminar barreiras, constitui-se num grande desafio. Por isso, sugiro que os profissionais da educação invistam na sua qualificação profissional.
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