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FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ DE GOIÁS
CURSO DE PSICOLOGIA
LAIZY CONCEIÇÃO DOS SANTOS
PRISCILA MOREIRA DA SILVA FERREIRA
AVERSÃO SEXUAL FEMININA: A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO
Goiânia
2017
LAIZY CONCEIÇÃO DOS SANTOS
PRISCILA MOREIRA DA SILVA FERREIRA
AVERSÃO SEXUAL FEMININA: A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO
Artigo apresentado ao Curso de Psicologia da Faculdade Estácio de Sá de Goiás como requisito parcial para obtenção do grau de Psicólogo.
Orientador: Profª. Me. Mariana Brasil Orientador de campo: Prof. Me. Rodrigo Dueti.
Goiânia
2017
FOLHA DE APROVAÇÃO
Artigo Científico intitulado A AVERSAO SEXUAL FEMININA A IMPORTANCIA DO CONHECIMENTO, de autoria da acadêmica Laizy Conceição dos santos e Priscila Moreira da Silva Ferreira defendido e aprovado em 22 de Novembro de 2017, pela banca examinadora constituída pelos seguintes professores:
___________________________________________________________________
Prof. Me. Rodrigo Dueti- Orientador de campo
___________________________________________________________________
Prof. Me. Mariana Brasil – Orientadora
___________________________________________________________________
Prof. Me. Carolina Freitas - Convidada
 A AVERSAO SEXUAL FEMININA A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO
		LAIZY CONCEIÇAO DOS SANTOS
					PRISCILA MOREIRA DA SILVA FERREIRA
Resumo
O presente trabalho permitiu nos mostrar que o transtorno aversivo sexual e ausência de prazer sexual caracteriza-se pela aversão que faz a pessoa sentir um medo irracional de toda e qualquer situação erótica que a envolva. Dessa forma, é impossível ela vivenciar o prazer apresentando, medo, fuga, fobia, podendo chegar ao orgasmo, mas evita o ato. Em virtude a esse tema contribuíram para os pacientes atendidos no Núcleo de Estudos e Atendimentos em Sexualidade (NEAS) desenvolvido no serviço de Psicologia Aplicada na Faculdade Estácio de Sá de Goiás FESGO. Ressaltando a diferença do desejo sexual hipoativo da aversão sexual, ambos estão associados.
PALAVRAS-CHAVES: Aversão sexual, Sexualidade, Disfunção sexual.
Abstract
The present work has allowed us to prove that the sexual aversion is an aversion that makes the person feel an irrational fear of any and every situation erotic that involves. In this way, it is impossible to it experiencing the pleasure presenting, fear, leakage, phobia, which may reach the orgasm, but avoids the act. Due to this issue contributed to the patients treated at the core of Studies and handles in sexuality (Eecs) developed in the Department of Applied Psychology in College Estácio de Sá de Goiás FESGO.
KEY WORDS: Sexual Aversion, Sexuality, Sexual Dysfunctio�
INTRODUÇÃO 
Conforme o livro do amor a autora descreve a relação entre homens e mulheres, desde a pré-história à renascença no qual ignoravam a participação do homem na procriação, não eram os homens que fecundavam, e acreditavam que as mulheres que geravam vidas através das aguas e não pela penetração. Poucas vezes na história da sexualidade e na terapia sexual as mulheres eram consideradas sagradas. (LINS, 2012).
Segundo a mesma autora no decorrer da história a mulher foi sempre tratada de forma inferior ao homem, sendo vista de forma negativa e pecaminosa pela sociedade, sendo que o único objetivo era alcançar o casamento. As mulheres sofriam desde que descobriram que elas não eram as únicas responsáveis pela reprodução, depois dessa descoberta as mulheres eram submissas e invisíveis na sexualidade. (LINS, 2012).
Para Gozzo et al. (2000), a cultura do sexo era ligada com a visão limitada a reprodução. Sendo assim, o prazer seria considerado como algo oculto e pecaminoso pela sociedade. Considerando a nossa contemporaneidade, o sexo não é apenas limitado a reprodução, ele ultrapassa as concepções.
Como nos aponta Diamantino et al. (1993 apud GOZZO et al., 2000) a sexualidade feminina durante muitos anos, era centralizada em um padrão moral. A mulher era legitimada pela concepção do casamento, entendido como um evento vitalício e um fator determinante do comportamento sexual, pelo cumprimento da função de ser reprodutora. Questões sobre sexo eram assim censuradas pela sociedade.
Segundo Pechorro et al. (2009), a satisfação sexual nas mulheres envolveria um processamento de informações, modulado por diversos determinantes como questões biológicas e psicológicas. Reconhecendo este processo como um modelo de resposta da satisfação sexual, a desconsideração por esses fatores poderia implicar alguns aspectos ao sujeito, como por exemplo, o sofrimento ou dificuldade interpessoal, a qual pode se encontrar o aumento da incidência da insatisfação sexual.
Através dos estudos realizados por Masters e Johnson (1960), um modelo para a compreensão da resposta sexual humana descreveu o ciclo da resposta sexual como linear definido tanto para homens como para mulheres, esse modelo foi classificado em quatro fases, excitação, platô, orgásmica e resolução. (ABDO, 2012).
Na década de 70 Helen Kaplan notou que o modelo de resposta sexual estaria incompleto, por isso apontou como complemento a fase do desejo como contribuição a terceira fase. (CAVALCANTI; CAVALCANTI, 2012).
Para Rosemary Basson o modelo circular da resposta sexual é dividido em neutralidade sexual, excitação sexual, desejo e excitação e satisfação sexual. No entanto a resposta sexual começa em um estado de neutralidade, e não através do desejo espontâneo. (ABDO, 2012).		
De acordo com o Manual Diagnostico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V 2014, 302.72), a aversão sexual está inserido dentro dos transtornos do interesse/excitação sexual feminina, apresenta uma ausência ou redução significativa do interesse sexual. As dificuldades de relacionamentos e transtornos do humor, também estão relacionadas ao transtorno. Os sintomas podem variar entre ausência de sensações genitais, redução do pensamento e fantasias, e iniciativa reduzida de atividade sexual.
Reconhecendo esses fatores apresentados sobre a insatisfação sexual, Trindade e Ferreria (2008) nos apresentam alguns fatores que podem causar esta aversão sexual, sendo eles, situações do cotidiano feminino, como por exemplo, o trabalho, o cansaço, incluindo inúmeras preocupações que circundam esse universo. Sendo assim, muitas mulheres queixam-se que preferem descansar a ter uma relação sexual, e em muitos casos chegando a evitar qualquer ato sexual.
O interesse pelo tema surgiu em virtude dos números casos de pacientes atendidas no Núcleo de Estudos e Atendimentos em Sexualidade (NEAS), da Faculdade de Psicologia da Estácio de Sá de Goiás, sobre o assunto do desejo hipoativo/aversivo. De acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID-10, F52.1), aversão sexual apresenta falta de fantasias, desconforto sexual, pensamentos negativos, que determina medo ou ansiedade para que a atividade sexual seja evitada.
Para o campo acadêmico este tema colabora com a literatura científica sobre o assunto, pois é escassa a produção de trabalhos científicos na Psicologia e suas abordagens com temas relacionados a aversão sexual feminina.
Lucas et. AL (2009) enfatizam a importância de se diferenciar o desejo sexual hipoativo, da aversão sexual. Segundo o dicionário Aurélio a aversão significa repugnância para com alguém ou alguma coisa, antipatia e ódio. Ressalta que ambos podem ser associados, contudo, a aversão sexual distingue-se pôr o sujeito apresentar medo ou fuga, podendo ser devido a acontecimentos traumáticos, sendo assim, o sujeito pode chegar ao orgasmo, mas apresenta uma evitação do ato. Enquanto o desejo sexual hipoativo, está relacionada à ausência da implicação sexual.
Este estudo tem como objetivo provocar o conhecimento sobre aversão sexual feminina, buscando estabelecer uma compreensão maior, ampliando o conhecimento sobre o tema pesquisado para contribuição com estratégias e auxilio da aversão sexual.Elaborar uma pesquisa bibliográfica sobre a aversão sexual e seus aspectos, oferecer estratégias positivas para entender a aversão sexual feminina, e proporcionar uma contribuição para um enriquecimento interno esclarecer as dúvidas das mulheres em relação a aversão sexual.
REFERENCIAL TEÓRICO 
A área da sexualidade teve um forte marco sobre o determinismo biológico, o que nos traz uma visão do papel sexual de homens e de mulheres. A partir disto, observa-se a expressão do comportamento definido por questões socioculturais, nas quais a mulher apresenta um comportamento mais frágil, e o homem mais agressivo (TRINDADE; FERREIRA,2008).
Para Lucas et al. (2009), apesar dos fatores sociocultural, psicológicos, e biológicos, para que ocorra um comportamento sexual saudável, existem outros fatores que podem afetar aspectos sexuais do relacionamento conjugal.
Como nos aponta Meston e Bradford (2007 apud LUCAS et al. 2009) a construção de fantasias e crenças, muitas vezes impostas pelo próprio indivíduo, podem influenciar a resposta ao desejo sexual. No entanto, é reconhecido que mulheres que internalizam, fatores negativos sobre a sexualidade, como por exemplo, questões cognitivas, fisiológicas ou sociais, podem interferir de forma significativa no funcionamento sexual.
A sexualidade é uma parte integrante da nossa saúde e qualidade de vida, e pode afetar o modo como nos relacionamos com os outros, influenciados por aspectos religiosos e culturais. (RIBEIRO; MAGALHÃES; MOTA,2013).
As disfunções sexuais, em contrapeso, distinguem-se por ausência, exagero, desconforto e/ou dor na expressão e no acréscimo desse ciclo, o que afeta uma ou mais das fases deste. Quanto mais precocemente acontecer o comprometimento desse ciclo, mais perda acarretará à resposta sexual e mais complicados serão o quadro clínico e respectivos prognóstico e tratamento (Abdo, 2004). A disfunção sexual entende-se uma relação, em que o sujeito não consegue lidar de forma saudável nas questões sexuais, se tornando insatisfatória para si e seu cônjuge. (RIBEIRO; MAGALHÃES&MOTA,2013).
Segundo Abdo a disfunção sexual é um bloqueio na resposta sexual, podendo ocorrer isolada ou combinada (chegando a atrapalhar o desejo, excitação e orgasmo), ser primária (ao longo da vida), secundária (adquirida), generalizada (com qualquer parceira), situacional (em determinada situações). (ABDO, 2012).
De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V, 2014, p.423). As disfunções sexuais formam um grupo heterogêneo de transtornos que, em geral, se caracterizam por uma perturbação clinicamente significativa na capacidade de uma pessoa responder sexualmente ou de experimentar prazer sexual. Um mesmo indivíduo poderá ter várias disfunções sexuais ao mesmo tempo. Nesses casos, todas as disfunções deverão ser diagnosticadas.
A CID-10 (1993), classificação proposta pela Organização Mundial da Saúde (OMS) conceitua a disfunção sexual como aquela não causada por transtorno ou doença orgânica e se classifica em dez tipos, entre elas a aversão sexual e ausência de prazer sexual, que se distingue pela anedonia sexual, ou seja, uma perda da sensibilidade do prazer que é considerado uma disfunção sexual que torna inviável a sensação de prazer, ao indivíduo.
Todos esses sentimentos ressaltados anteriormente podem contribuir para o desencadeamento da aversão sexual, caracterizada pelo CID-10, 1993 (F52.1) como um “ medo ou ansiedade para que a atividade sexual seja evitada, quer as respostas sexuais ocorram normalmente. ” Segundo a Classificação Internacional de Transtornos Mentais e de Comportamento do (CID-10, F52.1, 1993 p.189). A aversão sexual, é perspectiva de interação sexual com parceiro e é associada a fortes sentimentos negativos e produz medo ou ansiedade suficientes para que a atividade sexual seja evitada.
Masters e Johnson em 1966 foram os primeiros a estudar a fisiologia sexual, onde representaram o modelo da resposta sexual conforme figura 1, que foi divido em quatro fases, sendo excitação (o estimulo pode ser tanto físico quanto psicológico), platô (curto ou longo período preparando homens e mulheres para o orgasmo), orgasmo (contrações musculares seguidas por um brusco relaxamento) e resolução (retoma o estado de ausência de estimulação sexual). (CAVALCANTI E CAVALCANTI, 2012).
Fig:1 Modelo de Resposta Sexual Masters e Johnson
 Em 1970 Helen Kaplan corroborando com os estudos de Masters e Johnson, a mesma propôs terceira fase complementando de forma significativa o modelo de resposta sexual. Antes de serem excitadas as pessoas têm desejos e defende que o desejo é necessário para provocar a excitação sexual e a resposta orgásmica posterior. Sendo assim considerou as seguintes fases, conforme figura 2, desejo sexual (através da visão, audição, olfato e etc, que são mobilizados por fantasias e pensamentos que ativa o desejo). Excitação (inclui no ato sexual, durante toda a relação a excitação está acontecendo), orgasmo: é o ponto alto da relação. E por último a resolução (é o descanso após o orgasmo). (ABDO, 2012).
 FIG:2 Modelo de Resposta Sexual elen Kaplan 
Rosemary Basson (2000) conforme a figura 3, enfatiza que o modelo de resposta sexual feminino é distinto do masculino, esclarecendo melhor a motivação sexual das mulheres partindo de um estado de neutralidade, sendo que para elas o contato, intimidade o desejo de agradar o parceiro é mais importante que apetite sexual. (CAVALCANTI; CAVALCANTI, 2012).
Pesquisas e a observação clínica acarretaram que o modelo ciclo de sexual não corresponde ao que de fato ocorre, algumas mulheres não têm desejo espontâneo e também não dão significância ao ato sexual, algumas dessas mulheres iniciam o ato sexual apenas para agradar seus parceiros, e não por elas sentirem o desejo. (Leiblum,2000). 
Rosemary Basson (2000) apresenta seis etapas sobre o modelo circular da resposta sexual são eles: intimidade emocional (se a mulher não consegue chegar ao orgasmo, mas se sente satisfeita com os toques, carinhos do seu parceiro, então ocorre a intimidade emocional), neutralidade sexual (a excitação pode ser resgatada, e a mulher pode se sentir envolvida com o parceiro), excitação sexual (depois desta mulher receber estímulos por parte do seu parceiro, é instigada a excitação sexual), desejo responsivo e excitação sexual (num casamento duradouro, de muitos anos, o desejo sexual “espontâneo” pode ser substituído pelo desejo responsivo e consequentemente ocorrerá a excitação Sexual), desejo sexual “espontâneo”: (uma mulher pode iniciar uma relação sexual nem sempre com o desejo real, mas ao ser tocada pode “ despertar” o desejo). Satisfação emocional e Física (Engloba a fase do orgasmo).
A figura abaixo corrobora de forma gráfica o modelo circular da resposta sexual feminina, podendo iniciar de qualquer etapa.
Fig: 3 Modelo circular de ciclo de resposta sexual (adaptada de Basson, 2001).
Alguns fatores podem causar a aversão sexual, tais como a ansiedade, estresse, depressão, problemas de relacionamento não resolvidos, fobia, medo, história de abuso sexual ou físico, e fatores multifatoriais. O tratamento é feito através de psicoterapia breve com base em terapia sexual. A terapia sexual é o tratamento das disfunções sexuais e inadequações, trabalhando com técnicas gerais e específicas. Como por exemplo a aversão sexual que trabalha as técnicas de focagem das sensações (está ligada aos órgãos dos sentidos), autofocagem (pode ser realizado antes ou durante o banho morno na qual o indivíduo vai de encontro consigo mesmo sentindo seu corpo na percepção é mais tátil), e treino de fantasia (é um exercício imaginário da pessoa, contendo cenário e personagens). (CAVALCANTI E CAVALCANTI, 2012).
MÉTODO
3.1	 Tipo de pesquisa
A pesquisa realizada possui caráter exploratório e bibliográfico. De acordo com Gil (2002), a pesquisa exploratória, proporciona uma maior familiaridade entre o pesquisador com o problema pesquisa. Seu planejamentoé flexível, possibilitando a consideração de variados aspectos relacionado, ao fato estudado e também tem a finalidade colocar o pesquisador em contato sobre o determinado assunto, com levantamento de referências teóricas já analisadas. Tem como objetivo, recolher as informações sobre o problema, a busca de resultados.
Andrade (2002) destaca que a pesquisa exploratória traz alguns objetivos primordiais, como: acarretar maiores informações sobre o tema que será investigado; garantir a delimitação do assunto de pesquisa; orientar o objetivos e hipóteses; ou expor um novo tipo de enfoque sobre o tema. 
3.2	 Instrumentos
Esse estudo foi realizado no período de agosto de 2017 a novembro de 2017. Os critérios de inclusão de artigos para revisão bibliográfica serão artigos de 2008 – 2013, e idioma português. Usando como instrumentos para coleta de dados: livros e banco de dados: google acadêmico scielo, pepsic. E os critérios de exclusão deste estudo foram: artigos em língua estrangeira, e artigos incompletos.
As palavras-chaves utilizadas nas coletas de dados foram: aversão sexual, sexualidade e disfunção sexual.
3.3	 Procedimentos 
	Foram analisados os artigos encontrados, buscando estabelecer uma compreensão maior, ampliando o conhecimento sobre o tema pesquisado para contribuição com estratégias e auxilio da aversão sexual. Os artigos foram comparados e analisados através do método de pesquisa exploratória bibliográfica, buscando uma compreensão mais sistêmica das características da aversão sexual.
	Para esta pesquisa foram feitas buscas nos bancos de dados e Google Acadêmico, Scielo, e livros.
 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Foram encontrados 7 artigos publicados no período de 2000 a 2013, que atendiam os critérios de escolha, sendo todos de origem nacional. 
Quadro 1. Relação de artigos utilizados como referência
	11
	CARMITA ABDO
	Sexualidade humana e seus transtornos.
	 2012
	 Livro
	Livro
	22
	CAVALCANTI E CAVALCANTI
	Tratamento Clínico das Inadequações Sexuais.
	 2012
	 Livro
	Livro
	33
	TRINDADE E FERREIRA.
	Sexualidade feminina: questões do cotidiano das mulheres
	 2008
	 Artigo
	Scielo
	44
	GOZZO 
OLIVEIRA.
	Sexualidade feminina: compreendendo seu significado.
	 2000
	 Artigo
	Scielo
	55
	LUCAS; OLIVEIRA; MONTEIRO.
	Perturbação do desejo sexual hipoativo: prevalência, diagnóstico e tratamento.
	2009
	Artigo
	 Google Acadêmico
	66
	PECHORRO; DINIZ; VIEIRA.
	Satisfação sexual feminina: relação com o funcionamento sexual e comportamentos sexuais.
	2009
	Artigo
	 Scielo
	77
	RIBEIRO; MAGALHAES; MOTA.
	Disfunção sexual feminina em idade reprodutiva prevalência e fatores associados.
	2013
	Artigo
	 Scielo
	8
8
	ABDO;
FLEURY
	Aspectos diagnósticos e terapêuticos das disfunções sexuais femininas.
	2006
	Artigo
	 Google Acadêmico 
Dentre os artigos foi possível perceber que as amostras utilizadas foram com mulheres acima de 18 anos com vidas sexuais ativa. Os contextos encontrados foram amostra com 152 mulheres na faixa etária entre 26-70 anos, em que viviam em ambiente urbano (distrito de Lisboa). 
Foram selecionadas através de um processo intencional por conveniência, sendo recrutadas em instituições de ensino superior (instituto superior de psicologia aplicada, universidade internacional da terceira idade, universidade de Lisboa para terceira idade, em hospitais (funcionárias do Hospital de Santa Maria e Hospital Pulido Valente). Foi construído um questionário de comportamentos sexuais na qual se questionavam os participantes se eram sexualmente ativas, procedimentos praticados e a frequência. Pechorro chegou à conclusão que as mulheres valorizam mais outros aspectos como bem-estar, intimidade, do que a atividade sexual em si. (PECHORRO et al, 2009).
Trindade e Ferreira (2008), realizaram uma pesquisa qualitativa na qual foram entrevistadas 18 mulheres de uma Unidade de Saúde de Vila Vela em Espirito Santo, entre o mês de novembro de 2006 e julho de 2007, aplicaram o método de pesquisa assistencial. Foram trabalhados pequenos grupos. Utilizaram um roteiro para discussões com algumas perguntas relacionadas a sexualidade, e autoestima que aprimorou para a organização dos temas sobre a relação sexual, a pratica, o orgasmo e a gravidez. Concluíram que essas mulheres teriam que buscar maior autonomia em relação a sexualidade, através do diálogo com seus parceiros, que são consideradas passivas e submissas na relação, esperando que essas atitudes partam unicamente do homem. 
O tema abordado por Ribeiro, Magalhaes e Mota (2013), tratou de um estudo observacional, transversal e analítico, em que foi feito no local de Unidade de Saúde familiar, Novo Cuidar, e o Centro de Saúde de Fafe, com mulheres entre 18 a 58 anos, aplicaram um questionário de autorresposta, foram usados também alguns testes. A perturbação do orgasmo foi o índice com maior prevalência nos resultados, e a aversão sexual com a porcentagem de 14% numa amostra de 214 participantes. A conclusão é que metade dessas mulheres com algumas disfunções sexuais não consideram como um problema, mas o profissional devera está atento, já que a sexualidade da mulher é complexa e multifatorial.
Gozzo et al, (2000) em seus estudos sobre a sexualidade feminina com a participação de 8 mulheres em grupos de orientação, em que foram escolhidas de modo aleatório, duas reuniões com essas mulheres, que deveriam responder um questionário com 6 perguntas relacionadas a sexualidade, relacionamento conjugal, e vários outros. Foi concluído que essas mulheres que buscam tais grupos tem o objetivo de curar o seu problema, onde elas percebem uma dificuldade em viver a sexualidade, devido a uma falta de diálogo entre o casal.
Segundas as autoras Abdo e Fleury (2006), argumentam que o método mais eficaz de tratamento é aquele que envolve uma equipe multidisciplinar, composta por: médicos, psicólogos, fisioterapeutas, porque juntos esses profissionais discutirão e criarão estratégias para obter melhores resultados. Principalmente nos casos em que ocorre as disfunções sexuais desde o início da vida sexual. E chegaram as conclusões que há uma dificuldade em diagnosticar as mulheres com disfunção sexual, devido a inibição da paciente por não expor uma queixa clara, ou do médico por não aprofundar no devido tema. Lucas, Oliveira, Monteiro (2009) corrobora com as autoras citadas acima, que as disfunções sexuais é um bloqueio no ciclo de resposta sexual, desta forma, as causas poderão ser tanto orgânicas, quanto psicológicas.
Também é possível identificar a aversão sexual pode ser causada por meio de vários fatores psicológicos, tais como ansiedade, estresse, depressão, problemas de relacionamentos não resolvidos, fobia, medo, e questões multifatoriais. (CAVALCANTI; CAVALCANTI, 2012).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A aversão sexual que precisa ser amplamente investigada e compreendida. Os artigos científicos encontrados demostram que tem pouco artigos relacionados ao tema. Neste sentido, o terapeuta sexual é um profissional capacitado para planejar e propor mudanças de comportamento de forma a garantir uma maior qualidade de vida as mulheres na vida sexual. Identificando as principais variáveis causadas pela aversão sexual feminina. Com a análise dos dados, foi possível verificar que são multifatoriais as causas da aversão sexual. Com isso, vale ressaltar que a aversão sexual é um tema que pode ser trabalhado com técnicas especificas voltada para o comportamento do indivíduo. Foram encontradas nos artigos algumas técnicas aplicadas para o tratamento, mostrou-se eficácia nelas para o tratamento, porém foram encontrados poucos artigos relacionando a aversão sexual. Apesar dos resultados encontrados, esta pesquisa possibilitou percebera escassez de pesquisas sobre o tema. Por isso sugere-se mais pesquisa a fim de se chegar a resultados mais conclusivos a respeito da aversão sexual feminina.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABDO, Carmita. Sexualidade Humana e seus Transtornos. 4°ed. São Paulo: Leitura Médica, 2012.
ABDO, C.H.N. (org.). - Sexualidade Humana e Seus Transtornos. 2.ed. São Paulo: Lemos, 2000. 
 ABDO, C.H.N. - Ciclo de resposta sexual: menos de meio século de evolução de um conceito. Rev Diagn Tratamento 10 (4): 220-222, 2005.
Abdo, C.H.N.; Fleury, H.J. Aspectos diagnósticos e terapêuticos das disfunções sexuais femininas. São Paulo, Rev. Psiq. Clín. 33 (3); 162-167, 2006.
ANDRADE, Maria Margarida de. Como preparar trabalhos para cursos de pós-graduação: noções práticas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2002. 
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. DSM-V manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. 5° ed. Porto Alegre: Artmed, 2014. P,998. 
CAVALCANTI, Ricardo; CAVALCANTI, Mabel. Tratamento Clínico das Inadequações Sexuais. 4°ed. São Paulo: Roca,2012.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Editora, v.5,2002.
GOZZO, Thaís de Oliveira et al. Sexualidade feminina: compreendendo seu significado. Ver. Latino-am Enfermagem, v.8.n.3,2000, p.84-90.
LINS, R.N. O livro do Amor – vol. 1: Da Pré-História a Renascença, ed. Rio de Janeiro, Best Seller, 2012.
LUCAS,Catarina Oliveira et al. Pertubação do desejo sexual hipoativo: prevalência, diagnostico e tratamento. Mudanças- Psicologia da saúde. Dez.2009.p. 101-102.
PECHORRO, Pedro et al. Satisfação sexual feminina: Relação com funcionamento sexual e comportamentos sexuais. Análise psicológica, v.27, n.1,2009. p.99-108. 
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados á Saúde- CID-10. 1944.
RIBEIRO, Bárbara; MAGALHAES, Ana Teresa; MOTA, Ivone. Disfunção sexual feminina em idade reprodutiva: prevalência e fatores associados. Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, v.29, n. 1,2013, p. 16-24.
TRINDADE, Wânia Ribeiro; FERREIRA, Marcia de Assunção. Sexualidade Feminina: questões do cotidiano das mulheres. Texto contexto- enferm. Florianópolis, v. 17, n.3,2008.