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Aluno: Giorgio Curzi de Mendonça
DIREITO CIVIL IV - CCJ0015 
Título 
SEMANA 3 
Descrição 
Caso Concreto Marcelo move ação reivindicatória em face de Rodrigo em 2015, afirmando ser proprietário de determinado imóvel, desde 2012. Porém, deixa de instruir a inicial com a escritura pública devidamente registrada, eis que não a possui. Rodrigo apresenta contestação na qual sustenta deter a posse do imóvel desde 2008, posse que lhe fora transmitida com a morte de sua mãe, possuidora mansa e pacífica do imóvel, desde 1998, com justo título e animus domini. Alega Rodrigo, em seu favor, a exceção de usucapião, requerendo a improcedência do pedido com o reconhecimento da prescrição aquisitiva, invocando, alternativamente, o direito de retenção por benfeitorias úteis, e protestando por prova testemunhal. Em audiência de conciliação considerou o magistrado estar comprovada a matéria de direito, inexistindo matéria de fato a ser considerada. Denega a produção de provas testemunhal e profere sentença de procedência do pedido inicial, sob os seguintes argumentos: a) que não cabe discussão acerca da posse ad usucapionem e que restou comprovado o domínio do autor; b) que, por ser a posse um estado de fato, não é possível a sua transmissão; c) que não cabe o direito de retenção por benfeitorias, pois se trata de possuidor de má fé. Diante do caso concreto, pergunta-se:
Como advogado(a) de Rodrigo, que direitos sustentaria para fundamentar sua defesa?
Segundo o Art. 1.206 do Código Civil, a posse é transmitida aos seus herdeiros, portanto Rodrigo tem direito a posse por sucessão, já que sua mãe possuía justo título e animus domini.
Sem discutir a questão da usucapião, terá Emerson direito à posse do bem? Por quê? 
ANULADA
Como fica o direito de retenção por benfeitorias? 
Se a decisão for mantida, Rodrigo não terá direito de retenção por ser possuidor de má-fé, o mesmo terá direito apenas ao ressarcimento pelas benfeitorias necessárias realizadas no imóvel. 
Caso fosse considerado possuidor de boa-fé, Rodrigo teria direito de retenção, bem como à indenização das benfeitorias necessárias e úteis realizadas no imóvel, vide Art. 1219 do CC.
E o direito aos frutos? 
Rodrigo terá direito a restituição pelas despesas da produção e custeio, porém não tem direito aos frutos por ser possuidor de má-fé, vide Art. 1.216 do CC.
Caso fosse considerado possuidor de boa-fé, Rodrigo teria direito ao frutos percebidos enquanto a boa-fé durasse, bem como a dedução dos frutos por antecipação das despesas com a produção, vide Art. 1.214 e 1.214 P.u. do CC.
Questão objetiva 
1 - O possuidor de má fé: 
(a) Não tem direito à indenização independentemente do tipo de benfeitoria que tenha realizado no imóvel. 
(b) Tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e das úteis, mas só pode reter o imóvel em razão das necessárias. 
(c) Tem direito à indenização só das benfeitorias necessárias, mas não tem direito de retenção do imóvel.
(d) Tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e das úteis sem direito de retenção do imóvel. 
(e) Tem direito à indenização só das benfeitorias necessárias com direito de retenção do imóvel. 
Questão objetiva 
2 - Assinale a alternativa incorreta: 
(a) O possuidor tem direito de ser mantido na posse em caso de turbação.
(b) Considera-se possuidor aquele que, achando-se em relação de dependência para com outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou instruções. 
(c) O Código Civil reconhece como injusta a posse que for violenta, clandestina ou precária. 
(d) A posse poderá ser desmembrada em direta e indireta.
JURISPRUDÊNCIA PARA O CASO CONCRETO
Processo
AC 12020001421 ES 012020001421
Orgão Julgador
SEGUNDA CÂMARA CÍVEL
Publicação
28/11/2006
Julgamento
31 de Outubro de 2006
Relator
ÁLVARO MANOEL ROSINDO BOURGUIGNON
Andamento do Processo
Ver no tribunal
Ementa
APELAÇAO CÍVEL Nº 12020001421APELANTE:CARLOS JORGE RODRIGUESAPELADO:ESCELSA S/ARELATOR: DES. SUBST. FERNANDO ESTEVAM BRAVIN RUY DIREITO CIVIL. AÇAO DE REINTEGRAÇAO DE POSSE. REQUISITOS DO ART. 927, DO CPC PRESENTES. POSSE PRETÉRITA. ESBULHO POSSESSÓRIO. PERDA DA POSSE. ARGÜIÇAO DE EVENTUAL DIREITO DE RETENÇAO POR BENFEITORIAS. ARTS. 1219, 1201 E 1202, CC/02. INEXISTÊNCIA DE POSSE DE BOAFÉ. POSSUIDOR NAO IGNORAVA O VÍCIO. INEXISTÊNCIA DE DIREITO DE RETENÇAO. LAUDO PERICIAL. ÁREA CONSTRUÍDA DENTRO E FORA DA FAIXA DE SERVIDAO. NECESSIDADE DE DELIMITAÇAO DO PROVIMENTO JUDICIAL. APELAÇAO CONHECIDA. NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO. DELIMITAÇAO DA ORDEM JUDICIAL.
1. Estando presentes os requisitos necessários ao deferimento da reintegração de posse, prescritos no art. 927, do CPC (I - a sua posse pretérita;
II - a turbação ou o esbulho praticado pelo réu;
III - a data da turbação ou do esbulho;
IV - a continuação da posse, embora turbada na ação de manutenção; a perda da posse na ação de reintegração), a medida judicial deve ser deferida.2. A argüição do recorrente de que éadquirente de boa-fé, trazendo para tanto os contratos de compra e venda firmado com terceiros, não merece qualquer relevância no que diz respeito à proteção possessória, eis que, como cediço, é vedada a exceção de domínio nas ações possessórias.3. Para que seja reconhecida a existência de eventual de retenção por benfeitorias, deve ser comprovada a existência de posse de boa-fé (arts. 1219, Art. 1.201 e 1202, CC/02), requisito este ausente no caso vertente, eis que o possuidor não ignorava o vício ou obstáculo que impede a aquisição da coisa.4. O laudo pericial especificou quais eram as áreas construídas que encontravam-se dentro e fora da respectiva área de servidão, razão pela qual o provimento judicial deve especificar com clareza qual a área que será objeto do provimento reintegratório (somente aquela constante na área de servidão).6. Recurso de apelo conhecido, e não provido.
Acordão
à unanimidade, em negar provimento ao recurso.

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