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1 2 PRESIDENTE DA REPÚBLICA Luiz Inácio Lula da Silva MINISTRO DA EDUCAÇÃO Fernando Haddad GOVERNADOR DO ESTADO Wellington Dias REITOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ Luiz de Sousa Santos Júnior SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DO PIAUÍ Antonio José Medeiros SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA DO MEC Carlos Eduardo Bielschowsky DIRETOR DE POLITICAS PUBLICAS PARA EaD Hélio Chaves COORDENADORIA GERAL DA UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL Celso Costa COORDENADOR GERAL DO CENTRO DE EDUCAÇÃO ABERTA A DISTÂNCIA DA UFPI Gildásio Guedes Fernandes SUPERITENDÊNTE DE EDUCAÇÃO SUPERIOR NO ESTADO Eliane Mendonça COORDENADOR DO CURSO DE FÍSICA NA MODALIDADE EAD Miguel Arcanjo Costa COODENADORA DE MATERIAL DIDÁTICO DO CEAD/UFPI Cleidinalva Maria Barbosa Oliveira DIAGRAMADOR Joaquim Carvalho de Aguiar Neto 3 Este texto é destinado aos alunos aprendizes que cursam o Programa de Educação a Distância da Universidade Aberta do Piauí (UAPI) vinculada ao consórcio formado pela Universidade Federal do Piauí (UFPI), Universidade Estadual do Piauí (UESPI), Centro Federal Tecnológico do Piauí (CEFET), com o apoio do Governo do estado do Piauí, através da Secretaria de Educação. O texto é composto de três unidades, contendo itens e subitens, que discorrem sobre: Estudo dos Movimentos e Leis Newton, Estudo Estático de Mola e Forças de contato e Estudo do Trabalho e Energia e Movimento Harmônico Simples. Na unidade 1, introduzimos as normas e informações gerais sobre o laboratório. Apresentamos o modelo para a realização dos relatórios das práticas que serão realizadas. Por fim temos os roteiros dos três primeiros experimento da disciplina: estudo dos movimento, composição de forças e determinação do “g” no plano inclinado. Na unidade 2, apresentamos mais quatro roteiros das práticas seguintes: Movimento de Projéteis, Estudo Estático de Mola, Forças de Atrito Estático e de Atrito cinético e Movimento de corpos submetidos a Resistência do ar. Na unidade 3, introduzimos vários conceitos importantes no estudo da mecânica Newtoniana, que descrevem temas de grande importância no campo da Física a saber: Trabalho e Energia, O Pêndulo Matemático e o Estudo do Movimento Harmônico Simples. Em todas as três unidades indicamos alguns livros mais avançados e links para um maior aprofundamento dos conteúdos abordados neste roteiro. 4 1 MOVIMENTO, FORÇAS E O PLANO INCLINADO 07 1.1 Normas de Laboratório 07 1.2 Modelo para Relatórios 08 1.3.Experimento I:Estudo Dos Movimento 12 1.4.Experimento Ii: Composição De Forças 16 1.5.Experimento Iii: Determinação no G no Plano Inclinado 19 1.6 Referencias Bibliográficas 24 2 PROJÉTIL, MOLA, ATRITO E RESISTÊNCIA DO AR 27 2.1 Experiência: “Movimento de Projétil” 27 2.2 Prática: Ensaio Estático de Mola 31 2.3 Experiência: “Atrito Estático d Atrito Cinético 36 2.4 Experiência: “Resistência do Ar” 43 2.5 Bibliografia 48 TRABALHO E ENERGIA, PÊNDULO MATEMÁTICO E MOVIMENTO HARMÔNICO SIMPLES 51 3.1.Experimento viii: Trabalho e energia 51 3.2.Experimento ix: O pêndulo matemático 57 3.3.Experimento x: O movimento harmônico simples 62 3.4.Bibliografia 71 5 6 1 MOVIMENTO, FORÇAS E O PLANO INCLINADO 07 1.1 Normas de Laboratório 07 1.2 Modelos para Relatórios 08 1.3 Experimento I: Estudo Dos Movimento 12 1.4 Experimento II: Composição De Forças 16 1.5 Experimento III: Determinação no G no Plano Inclinado 19 1.6 Referencias Bibliográficas 24 7 1 MOVIMENTO, FORÇAS E O PLANO INCLINADO 1.1 Normas de Laboratório Neste item abordaremos as INFORMAÇÕES E NORMAS importantes para os alunos seguirem e para um bom andamento das atividades práticas de laboratório. • No primeiro dia de aula, serão designadas as experiências que deverão ser realizadas por cada estudante durante o semestre. • Observação: - As equipes ou grupos de trabalho assim como as turmas são definitivos. Não poderá haver mudanças posteriores. • Cada estudante receberá com antecedência o roteiro com o qual deverá estudar a experiência a realizar na aula seguinte.O roteiro está na própria apostila da disciplina. • Ao iniciar a aula de laboratório, cada estudante receberá um protocolo experimental onde deverão ser agrupados todos os dados referentes à realização da experiência. • Este protocolo, utilizado para a elaboração do relatório, será devidamente rubricado pelo professor, e servirá de documento comprobatório da realização da experiência pelo estudante. Para suas anotações use somente caneta e as folhas em branco adicionais. • Será atribuído nota que levará em conta estudos preliminares da experiência assim como a participação do estudante durante a aula. Esta nota será indicada no protocolo, no fim da experiência. • 4. Após a conclusão do experimento, o estudante deverá entregar o relatório no início da aula seguinte. • Este relatório deverá conter: • Finalidade da experiência: conceitos físicos envolvidos; descrição sucinta do instrumental utilizado e das diversas etapas de realização. 8 • Medidas efetuadas com a avaliação respectiva dos erros, cálculos intermediários e resultados. • Análise dos resultados, discussão e conclusão. 1.2 Modelo para Relatórios 1.2.1 Introdução No relatório devem constar os objetivos da experiência feita. Se for o caso, cite experiências do mesmo contexto que, entretanto, não foram feitas na sua prática. Exemplo Prática 1 Dê o nome do experimento. Objetivo Estudar o circuito de ressonância em série (em alta freqüência). Teoria Caso seja incluída uma parte teórica no relatório, esta deve ser uma apresentação concisa de resultados de seus estudos sobre o assunto. Observações: - O relatório é individual; - Os cálculos devem ser explicitados ( deduza as expressões utilizadas no seu trabalho ); - O relatório deverá ter boa apresentação; - No caso de circuitos onde aparelhos sensíveis possam ser facilmente danificados, nunca 9 Deduza as expressões que você usará mais tarde. Se você usar expressões tiradas de livros, mencione esse fato. Cite os livros. Todo símbolo algébrico deve ser explicado. Experiência Descreva o equipamento e a experiência, de tal maneira que alguém que não a conheça poderia refazê-la tente supor essa terceira pessoa e não o mestre, o qual, é claro, conhece a sua experiência. Se você improvisou ou inventou algum truque experimental coloque-o no relatório. Todas as descrições devem vir acompanhadas de figuras (esboço ou esquema). Resultados Apresente os resultados de maneira sucinta, clara e completa. Apresente todos os dados que usou, as medidas e aqueles retirados de tabelas, livros, de tal maneira que quem tiver alguma dúvida possa verificar seus cálculos. Não informe detalhes do cálculo. Sempre que possível, faça tabelas e procure colocar seus resultados em gráfico. Evite informar excesso de algarismos que nada significam em seus resultados, pois isto é uma das maiores demonstrações de ignorância em matéria de experimentação quantitativa. Exemplo: 1,0 / 0,30 = 3,3 e não 3,3333333 8,88 /4,44 = 2,00 e não 2 e nem 2,000000 2 = 1,4 ; 0,2 = 1,41 ; 00,2 = 1,414 Discussão Mesmo se o resultado não for o que você esperava, continue. Aproveite para discutir as eventuais razõesda discrepância. 10 Entretanto, antes de iniciar lembre-se a maior parte dos resultados discrepantes são devidos a simples erro de conta. Mesmo se o resultado for bom procure analisá-lo e discutir eventuais melhorias da experiência. Ao ser calculado um resultado baseado em medidas e uma expressão, deve ser conhecido como o erro de cada medida se propaga no resultado final. Todo resultado deve ser indicado juntamente com a precisão da medida na forma m ± Δm. As medidas nunca são feitas com precisão absoluta. Exemplo: - Se o diâmetro de uma barra de aço é dado como 56,47 ± 0,02 mm, isto significa que o valor verdadeiro é muito pouco provavelmente menor do que 56,45 mm ou maior do que 56,49 mm. A incerteza fracional é de (0,02 mm)/(56,47 mm) ou aproximadamente, 0,00035; o erro percentual é de (0,00035)(100%), aproximadamente 0,035%. Conclusão Sempre que possível, procure apresentar um resumo conclusivo do seu trabalho. Exemplo Circuito RLC em série Conclusão: - No circuito de corrente alternada, no qual estejam conectados uma bobina, um condensador e um resistor em Nota: discussão de resultados só é completa, quando se compara o resultado obtido e o esperado. 11 série, circula uma corrente notável somente quando a freqüência natural ωo do circuito coincide com a freqüência ω da fonte externa. Referências As publicações consultadas devem ser relacionadas com respectiva numeração para que possa ser citada no texto. Quando, no texto houver referências a uma determinada publicação, o número desta deve constar entre colchetes, logo após o parágrafo ou trecho a que se refere. As publicações devem ser relacionadas como segue: - Sobrenome do autor, iniciais do nome, título da obra, volume, editora, local de publicação, ano. Exemplo Livros: [1] Murray & Spiegel, Probabilidade e Estatística, Ed. McGraw- Hill, Rio de Janeiro, 1981. Resnick, R., Halliday,D. Física. Brasil, Livros Técnicos e Científicos, 1979, vol.1. Artigos de periódicos: Storer, J. H. Bird (1995), Scientific American 186, 88-94. Internet: www.phywe.de : site onde podemos encontrar relação de material de ensaio experimental. IMPORTANTE Se for necessário use outro esquema, o importante é que o conteúdo aqui sugerido conste do seu relatório 12 1.3 EXPERIMENTO I: estudo dos movimentos 1.3.1 Introdução O trilho de ar é uma longa faixa oca de alumínio com pequenas janelas em sua superfície. O ar soprado para fora destas janelas provê uma almofada de ar sobre a qual o planador pode avançar com pouco atrito. O equipamento, pista de ar e planador, funciona melhor se estiver limpo e em bom estado. Se a superfície de contato mostrar sujeira ondulação ou “nicks”, informe o seu tutor antes de continuar. Sujeira, imperfeição pode resultar danos à superfície da pista e do planador. Para evitar riscar, tenha cuidado com o equipamento. A regra mais importante é esta: em nenhum momento o planador deve ser colocado na pista se o ventilador não estiver em funcionamento. A figura I.1 mostra o aparato experimental de um trilho de ar com o planador colocado antes dos dois foto sensores separados da distância S. A equação de movimento para uma massa pontual m sujeita a uma força F é: pela lei de Newton ∑F = m · a onde a = d2r/dt2 é a aceleração. A velocidade v é obtida pela ação da força constante e é dada em função do tempo t pela expressão: v(t) = (F/m) t Figura I.1. Mostra o aparato experimental de um trilho de ar. 13 Assumindo que v(0) = 0; r(0)=0 A posição r da massa m é dada por r(t) = ½ (F/m) t2 No presente caso o movimento é unidimensional e a força produzida pelo peso de massa m1 é: F = m1· g onde g é a aceleração gravitacional. A velocidade é v(t) = m1· g / (m1 + m2)·t e a posição é s(t) = 1/2 m1· g/(m1+m2)· t2 Objetivo Estudar o movimento acelerado de um planador em um trilho de ar. Material Trilho de ar, planadores de várias massas, suporte para o peso acelerador, polia, sensores, cronômetro. Procedimento a)Distância em função do tempo para o movimento uniformemente acelerado em linha reta. 1. Posicione um dos sensores próximo ao planador, de modo que em t = 0 s, v(0) = 0 m/s o sensor acione o cronômetro. 2. Posicione o segundo sensor de modo que sejam obtidas diferentes leituras de t e complete a tabela I.1. 3. Faça o gráfico s versus t, para isto use um analisador gráfico qualquer. O que poderá ser obtido é mostrado na fig.I.2. 14 4. Com o de ajuste de retas (regression lines) para os valores medidos, use a equação Y = AXB para obter o valor do expoente e calcule o valor para a aceleração gravitacional g. b) Aceleração em função da massa 1. Para determinar a aceleração em função da massa, a massa do planador é aumentada sucessivamente em 20g (10 de cada lado), como sugere a tabela I.2. 2. Com o de ajuste de retas (regression lines) para os valores medidos, use a equação Y = AXB para obter o valor do expoente. O que poderá ser obtido é ilustrado na fig.I.3. (m) (s) 1 2 s(m) t (s) 1 2 Figura I.2. Mostra o que é esperado para o experimento. Tabela I.1. Para preencher com os valores medidos no experimento. Figura I.3.Mostra o é esperado no experimento. Tabela I.2. Para preencher com os valores medidos no experimento s t m m m m For Evaluation Only. Copyright (c) by Foxit Software Company, 2004 - 2007 Edited by Foxit PDF Editor 15 c)Aceleração em função da força 1. Para medir a aceleração em função da força, a massa total permanece constante. Sucessivamente 2g (1g de cada lado) são transferidos do planador para o encaixe acelerador; a massa aceleradora não deve exceder 20g. O peso acelerador deve ser pequeno em comparação com o peso do planador. O sistema funciona melhor mantendo o planador com velocidade muito reduzida em todos os momentos. Tome dado para pelo menos quatro diferentes massas do planador, quatro pesos aceleradores diferentes e complete a tabela I.3. 2. Com o de ajuste de retas (regression lines) para os valores medidos, use a equação Y = AXB para obter o valor do expoente. O que poderá ser obtido é mostrado na fig.I. s (m) t (s) m 1 m 2 Figura I.4. Mostra o que é esperado no experimento. Tabela I.3. Para preencher com os valores medidos no experimento. 16 Exercícios 1. Como devemos proceder experimentalmente usando o aparato desta prática para obtermos a velocidade instantânea do planador. 2. Com base nas suas medidas quais os erros que você aponta como os mais prováveis que foram cometidos. 3. Como você deve proceder para evitar os possíveis erros de medidas. 1.4 EXPERIMENTO II: Composição de forças 1.4.1 Introdução. Uma unidade usual para força é quilograma-força, que se representa pelo símbolo 1Kgf. Esta unidade é o peso de um objeto, denominado quilograma-padrão, que é guardado naRepartição Internacional de Pesos e Medidas, em Paris, na França. O quilograma-força (1Kgf) é a força que a Terra exerce sobre o quilograma-padrão (isto é, o seu peso) ao nível do mar. O Kgf não é a unidade de força do SI, a unidade de força nesse sistema é denominada 1newton = 1N. A relação entre essas duas unidades é: 1Kgf = 9,8N. Portanto, a força de 1N é aproximadamente igual a 0,1Kgf (praticamente igual à força que a Terra exerce sobre um pacote de 100g). O sistema para estudo quantitativo da composição e decomposição das forças consiste numa placa circular com escala em graus angulares e onde se podem fixar dinamômetros e pesos. 17 Objetivo Estudar a composição de forças. Material -Dinamômetros -Círculo em graus angulares -Suporte para pesos -Conjunto de pesos (2 x 5 g, 2 x 10 g, 2 x 20 g e 2 x 50 g). Procedimento a) Composição de forças 1. Fixe os dinamômetros em uma disposição como sugere o esquema da seguinte figura I.5. Os dinamômetros são conectados próximo ao círculo graduado. Dado que o sistema se encontra em equilíbrio a soma vetorial das forças dá a resultante que é em módulo igual à terceira força com sua mesma direção e de sentido contrário. Figura I.5. Vemos como devemos montar o nosso sistema para a composição de forças e o diagrama de corpo livre das forças em composição. 18 Figura I.6. Montagem do sistema de decomposição de forças. 2. Ajuste a posição de cada dinamômetro de modo que não encoste na placa. Com um pincel rotulador e desde uma posicão perpendicular a mesa, marque a posição central e mediante uma suave linha as direções das três forças. Seja extremamente cuidadoso para evitar erro de paralaxe, que neste experimento é importante. 3. Marque no painel as direções das forças envolvidas.F 4. aça a composição gráfica de D1 e D2 e verifique qual é a aproximação a D3 5. Meça o ângulo entre D1 e D2 e calcule: D3 = (D12 + D22 + 2 D1 D2 cosα )1/2. Compare este valor com o valor experimental D3. 6. Mantenha o mesmo ângulo entre D1 e D2. Para cada valor de P utilizado, calcule D3 = (D12 + D22 + 2 D1 D2 cosα)1/2. 7. Compare este valor com o valor experimental D3. b) Decomposição de forças 1. Fixe os dinamômetros em uma disposição como sugere o esquema da seguinte figura. 2. O procedimento é análogo ao anterior, exceto pelo fato de que o paralelogramo de forças constitui um retângulo, sendo a força F decomposta em dois componentes 3. Com o resultado de suas anotações, construa o paralelogramo de Forças. A figura I.6 mostra como devemos montar o nosso sistema para decomposição de forças. 19 Faça a leitura nos dinamômetros dos valores das forças em decomposição e verifique a validade da expressão que nos dá a força resultante do nosso sistema. Exercícios 1. Forme outro sistema diferente de composição de forças. Esquematize em diagrama de corpo livre as forças envolvidas. 2. Faça as suas medidas para as forças de seu sistema e verifique a validade da expressão para a resultante das forças. 1.5 EXPERIMENTO III: Determinação do G no Plano inclinado 1.5.1 Introdução A pista de ar serve como uma superfície quase sem atrito. Quando uma das extremidades é erguida, o aparato experimental torna-se um plano inclinado (ver fig. I.7). Segundo a teoria, a uma aceleração de um objeto devido à gravidade que estabelece um ângulo de inclinação gsinθ = a,onde θ é o angulo de inclinação do plano . A idéia principal do presente experimento é dupla: primeiro, para verificar que a aceleração é proporcional a sinθ, e em segundo lugar, a encontrar o valor de g, a aceleração em queda livre. 20 A aceleração que estabelece a pista encontra-se inclinada para cada um dos cinco ângulos medidos, o t tempo necessário para o planador a deslizar para medir a distância D estabelece o comprimento da pista, e, utilizando a fórmula a =2D/t², para obter g construímos o gráfico de am versus senθ e com o ajuste de retas obtemos seu valor. A colisão entre a mola e o planador nos pára-choques na parte de baixo da pista não é perfeitamente elástica, isto é, o planador rebate em baixa velocidade e menos energia cinética do que havia pouco antes do colisão. Ao provar este fato de o planador rebater uma distância D0 <D. A energia potencial do planador no que diz respeito a parte de baixo da pista pouco antes do lançamento é mg D sin θ, enquanto que a energia potencial após rebote é mg D0 sin θ. Sejam também as energias cinéticas apenas imediatamente antes (K) e imediatamente depois (K0 da colisão, respectivamente. A fração da perda de energia é então: (K-K0)/K=1-K/K0=1-D/D0. Que não será levada em conta neste experimento, pois este não é objetivo da nossa prática no momento. Veja na figura I.7 como você deve fazer com o trilho de ar para que o mesmo se torne um plano inclinado. A mesa elevatória deve ser colocado numa das extremidades do trilho. Material -Trilho de ar; planador, sensores fotoelétricos, mesa elevatória, cronomêtro digital. Figura I.7. Mostra o esquema de montagem do equipamento para a prática do plano inclinado. 21 Procedimento Determinando a aceleração da gravidade “g” 1. Verifique se o trilho de ar está monitorado em nível suficientemente (horizontal). Ele deve está Ok para o planador, pelo menos, 10 segundos para mover toda a pista, não importa em qual fim, é colocado. Se não for suficientemente nivelado veja com tutor. 2. Medida: a) A distância D do planador que se move para ir de um extremo da pista para a outra. D=_____m. b) A distância entre a base L que apoia o trilho de ar da pista. E a altura H do plano. Para o cálculo do seno do ângulo teta. L=_____m. 3. Coloque um espaçador sob a única faixa apoio. Com o ar ligado, coloque o planador na extremidade superior com cerca de um milímetro entre o planador e do estacionamento do trilho de ar. Pegar prática alguns horários para se acostumar à partida do cronomêtro no momento em que o planador é liberado, e parada do cronomêtro quando ele bate na primavera, no extremo inferior. No caso de cronomêtro digital com sensores fotoelétricos não precisamos da prática citada, pois ele já faz isto por nós. 4. A tabela I.4 devemos ir preenchendo com os valores medidos na experiência. Faça as medidas pelo menos duas vezes para cada uma das acelerações da tabela. Depois ache a aceleração média (am). 22 ltura(H) t(s) a1(m/s²) a2(m/s²) a3(m/s²) am(m/s²) sen θ =H/L 0.06m 0.08m 0.10m 0.13m 0.15m Tabela I.4. Vemos os locais para nossas medidas. Com os dados experimentais da tabela I.4 construir o gráfico de am versus senθ , usando um programa analisador gráfico qualquer.. Faça o ajuste de retas dos pontos experimentais. A reta tangente neste caso fornecerá o valor da aceleração da gravidade “g”. Analise de resultados já feitos para que vocês tenham uma idéia iniciar do que vão obter neste experimento. A tabela I.5 fornecem os dados de tal experimento. Altura(H) t(s) a1(m/s²) a2(m/s²) a3(m/s²) am(m/s²) sen θ =H/L 0.06m 0.08m 0.10m 0.13m 0.15m Tabela I.5. Vemos os dados obtidos para nossas medidas.Lembre-se de fazer pelo menos duas vezes cada media antes de preencher as tabelas, faça com calma e precisão. 23 A figura I.8 mostra o gráfico de uma experiência feito pelos nossos alunos. Veja se você consegui reproduzir no seu experimento. Fazendo o gráfico de am versus sen θ achamos para g o valor ____m/s². Que é bem menor que o valor correto de g que é 9,81m/s². Exercícios 1. Se o atrito foi eliminado, quais são as forças exercidas sobre o planador? 2. Traçar o Diagrama de Corpo Livre do planador. 3. Encontrar e aplicar Segunda Lei de Newton para determinar: 0.04 0.06 0.08 0.10 0.3 0.6 0.9 am Linear Fit of am am (m /s 2 ) sen (º) Equation y = a + b*x Adj. R-Square 0.92109 Value Standard Error am Intercept -0.27491 0.12283 am Slope 12.65165 1.83196 Figura I.8. Vemos o gráfico esperado no experimento. 24 a) Relação algébrica entre a aceleração, g e θ o ângulo da pista. b) Use o fato de que sin θ = H / L de expressar uma em termos da outra algebricamente. c) Que tipo de gráfico que você espera de a versus senθ? 3. Calcule o erro cometido na suas medidas de g. Compare com outros valores encontrados na literatura. Que fatores você observou que contribuíram para os erros cometidos no experimento. 1.6 BIBLIOGRAFIA (1)RESNICK, Robert. HALLIDAY, David. KRANE, Kenneth S. Física 1 , 5ª ed,Rio de Janeiro, (2003) (2)Manual de experiências VERNIER , 1998 , Physics with Computers. (3)PHYWE,Experimental Literature Physics;Dr. Ludolf von Alvensleben (4)H. Moysés Nussenzveig, Curso de Física Básica;Mecânica, Editora Edgard Blucher Ltd 25 26 2 PROJÉTIL, MOLA, ATRITO E RESISTÊNCIA DO AR 27 2.1 Experiência: “Movimento de Projétil” 27 2.2 Prática: Ensaio Estático de Mola 31 2.3 Experiência: “Atrito Estático d Atrito Cinético 36 2.4 Experiência: “Resistência do Ar” 43 2.5 Bibliografia 48 27 2 PROJÉTIL, MOLA, ATRITO E RESISTÊNCIA DO AR 2.1 EXPERIÊNCIA : “MOVIMENTO DE PROJÉTIL” Objetivo Na experiência em questão, estudaremos o lançamento de projétil, sendo demonstrado como se calcula a distância real de impacto do projétil. Também será examinado experimentalmente a “margem de erro” da experiência, tendo em vista que não está sendo levado em conta o atrito (onde será estudado mais tarde), a inércia e a resistência do ar. Introdução Se soltarmos uma esfera, a partir do repouso, do alto de um plano inclinado, a esfera realiza um movimento retilíneo uniformemente acelerado entre os pontos A e B, um movimento retilíneo uniforme entre B e C e um movimento bidimensional entre C e D. O que consiste na composição de um movimento retilíneo uniforme na direção horizontal e de um movimento de queda livre na direção vertical. Desprezando o atrito entre as duas superfícies e a resistência do ar, alem da inércia rotacional da bola, podemos calcular a posição de impacto da bola com as equações de movimento em relação a X e Y. 28 Supondo a situação ideal, em que a esfera realiza um movimento de rolamento (sem escorregar), a velocidade com que deixa o ponto C pode ser obtida a partir da conservação da energia mecânica do sistema. A energia mecânica total no ponto A e no ponto C devem ser iguais. Material ¾ 3 Hastes; 1 Bola de sinuca; 2 sensores fotoelétricos ; 3 tripés; 1 rolo de fita durex ou gomada; 1 Folha de papel; 1 Rolo de fio de nylon; 1 Calha; Cronometro Procedimentos ¾ Monte uma rampa sobre uma mesa com uma calha, de modo que o ângulo θ formado permita o rolamento da bola, e escape pela borda da mesa. A rampa deve apresentar um desnível não muito grande. ¾ Na borda de saída da bola, coloque uma folha de papel fixado com fita durex. ¾ Conecte os dois sensores fotoelétricos no cronômetro digital, nas portas 1 e 2. Meça a distãncia entre os sensores fotoelétricos . ¾ Marque uma posição na rampa de onde a bola será largada - para melhor precisão, coloque um objeto nesta posição a fim de delimitar o ponto de largada. ¾ Cuidadosamente meça a distância do topo de mesa para o chão e registre a altura da mesa h, utilizando-se de uma pequena massa amarrada em um fio. 29 ¾ Prepare a coleta soltando a bola de sinuca ¾ Coloque o papel carbono no solo próximo da mesa de modo que a bola possa atingi-lo. ¾ Solte a bola do ponto inicial (observe que será registrada no cronômetro o tempo), marque no papel carbono o local de impacto e repita esta operação 10 vezes. Meça o ponto de impacto máximo e mínimo. ¾ No gráfico da velocidade versus tempo determinam-se os valores máximo, mínimo e médio, clicando no botão estatística. ¾ Em cada uma das medidas você irá registrar o tempo de queda da bola. Dividindo a distância entre os sensores fotoelétricos pelo tempo encontramos a velocidade. Resultados Complete as lacunas das tabelas com as medidas e cálculos realizadas: Ten. V (m/s) xΔ (m) ∆t(seg) Velocidade Máxima 1 Velocidade Mínima 2 velocidade média 3 Altura da mesa 4 Ponto pré-determinado do impacto 5 Distância mínima do ponto de impacto 6 Distância máxima do ponto de impacto 7 Distância real do ponto do impacto 8 9 10 No analisador gráfico faça o esboço de tentativas versus velocidade. Faça a analise estatística e obtenha os valores médio, máximo e mínimo da velocidade. 30 O que podemos esperar do resultado é mostrado na figura. EXERCÍCIOS 1. Demonstre a expressão acima utilizado as equações para o movimento da bola nas coordenadas horizontal e vertical? 2. Verifique experimentalmente como variará a velocidade da bola quando a mesma é largada de diferentes posições ao longo da rampa? 3. Realize quatro medidas e esboce o gráfico de v versus tentativa. Figura II.1.2. Mostra o que é obtido no experimento. 31 2.2 EXPERIMENTO: ENSAIO ESTÁTICO DE MOLA Objetivo Determinar a constante elástica de uma mola helicoidal e estudar a elongação de um elástico de borracha(Histerese). Material • Um Tripé , uma escala milímetrada, uma garra de mesa, duas mola helicoidal, um elástico de borracha, um Dinamômetro, cinco pesos de 50g, Um suporte para os pesos. Introdução O conceito de histerese esta ligada a sistemas não lineares onde o comportamento depende tanto do estado de solicitação atual quanto de sua história passada. Este tipo de fenômeno aparece em muitas áreas tais como elasticidade, plasticidade, oscilações em rede cristalinas, etc. A sua característica fundamental consiste na existência de curvas, relacionadas a solicitação (força, tensão, etc.) com a resposta do sistema (deformação, deslocamento etc.), que dependem da historia passada do sistema e que formam ciclos fechados quando a solicitação varia contínua e periodicamente com a amplitude suficientemente grande. Isto é, quando se faz à solicitação variar ciclicamente, o sistema responde de modo que o aspecto do gráfico resposta versus solicitação seja uma curva durante o carregamento (aumento de solicitação) não coincide com o do descarregamento. Nesta prática a validade da lei de Hooke é estudada para duas molas helicoidais com diferentes constantes elásticas. Para comparação, estuda-se um elástico de borracha, para o qual não há proporcionalidade entre a força exercida e a elongação resultante, embora submetido às mesmas forças. 32 A lei a ser representada é F = kr. As forças F e as elongações medidas se correspondem conforme a ser tabulados,a partir do experimento. Mediante “Analisador Gráfico” construir o gráfico ( F versus r) e a partir dele estudar a elongação da mola. Podemos também ver o fenômeno da histerese quando esboçarmos seu gráfico. Procedimento A mola helicoidal é submetida a um ensaio estático de tração. Para estudar a elongação da mola, prenda uma das extremidades da mola no dinamômetro e na outra o suporte dos pesos. No experimento zerar a extremidade do suporte de pesos. Veja figura II.2.3 o aparato experimental utilizada. Varie os pesos de 50 em 50g até 250g e obtenha em uma escala milimetrada paralela à mola, as diferenças entre as posições sucessivas assumidas pela mola, conforme varie, crescente ou decrescentemente a força. Preencha a tabela 1 com os resultados das medidas para a mola 1 e depois preencha a tabela 2 para a mola 2. Substituindo a mola pelo elástico de borracha faça o mesmo procedimento acima e preencha a tabela 3. Figura II.2.3. Mostra o esquemático da disposição do equipamento experimental. 33 Resultados 1. mola 1 Preencher a tabela 1 abaixo. Massa(g) Elongação crescente(mm) Elongação decrescente(mm) Força(N) 50 100 150 200 250 Esboçar o gráfico Fx r no analisador gráfico e faça o ajuste linear. 2. mola 2 Preencher a tabela 2 abaixo. Massa(g) Elongação crescente(mm) Elongação decrescente(mm) Força(N) 50 100 150 200 250 Esboçar o gráfico Fx r no analisador gráfico e faça o ajuste linear. 34 3. elástico Preencher a tabela 3 abaixo. Massa(g) Elongação crescente(mm) Elongação decrescente(mm) Força(N) 50 100 150 200 250 Esboçar o gráfico Fx r no analisador gráfico Exercícios 1. Relate em que(ais) circunstância(s) ocorre o fenômeno de histerese. 2. Pelos pontos obtidos nos gráficos 1 e 2 traçar a reta média; seu coeficiente angular representa a constante elástica k. Verifique se as molas obedecem a lei linear de força. 3. Determine a constante elástica de cada uma das molas; 4. Obtenha a curva característica do elástico de borracha, com o contínuo aumenta da força. 5. Obtenha a curva característica do elástico de borracha, com o gradual declínio da força. 35 A figura abaixo mostra um esboço do que é esperado neste experimento. Figura II.2.3 Mostra o que é esperado no experimento. 36 2.3 EXPERIMENTO: “Atrito Estático E Atrito Cinético” Introdução Quando tentamos abrir uma vidraça emperrada, há uma força, trocada entre a vidraça e o batente, que se opõe ao movimento. Essa força que surge devido ao deslizamento de um corpo sobre o outro é chamado de FORÇA DE ATRITO. Ela se divide em duas, que são as Forças de Atrito Cinético e de Atrito Estático. Nesta prática, mostraremos como funciona o Atrito, seja ele na forma de Atrito Cinético ou de Atrito Estático. A 3ª lei de Newton estabelece que a interação entre dois corpos se traduza por duas forças iguais em módulo, de sentido oposto e cada uma aplicada num dos corpos, designada por par ação-reação. Numa interação por contacto estas forças: (1) impedem que os corpos se interpenetrem e (2) impedem ou opõe-se ao movimento em qualquer direção tangencial à superfície de contacto. A componente da força de interação normal à superfície de contacto - relacionada com (1) - designa-se reação normal e a componente tangencial - relacionada com (2) - designa-se força de atrito. Se há movimento relativo dos corpos numa direção tangencial à superfície de contacto o atrito é cinético. Se não há movimento relativo o atrito é estático. As características das forças de atrito entre duas superfícies dependem de diversos fatores e são em geral estabelecidas experimentalmente. O cociente entre o módulo da força de atrito e o módulo da força normal é chamado de coeficiente de atrito, onde podemos classificar em dois tipos: coeficiente de atrito cinético e coeficiente de atrito estático. As leis que regem o comportamento da força de atrito são totalmente empíricas. Elas funcionam de modo aproximado e são, mesmo assim, muito úteis na vida prática, pois o fenômeno do atrito é muito complexo. Podemos concluir que o atrito é um fenômeno que se, por um lado, prejudica aparentemente o deslocamento dos 37 corpos, é o responsável também por uma série de ocorrências favoráveis. A figura sugere um modo experimental de como se encontrar as forças de atrito através de um plano inclinado. Logo abaixo vemos o diagrama de forças que agem no bloco de madeira. A figura mostra a mudança de regime estático para cinético. Bem como o pico da força de atrito estático e a parte do movimento a velocidade constante onde temos o atrito cinético. A tabela II.3.1 mostra os valores aproximados para o atrito de diversos tipos de superfícies. Materiais Coeficiente de Atrito estático Coeficiente de atrito cinético Aço com aço 0,74 0,57 Alumínio com aço 0,61 0,47 Latão com aço 0,51 0,44 Vidro com vidro 0,94 0,40 Borracha com concreto(úmido) 0,30 0,25 Tabela II.3.1. Valores aproximado dos coeficientes de atrito. Na figura II.3.2 vemos como método alternativo de obtermos de uma maneira simples as força de atrito estático e de atrito cinético. Para tanto devemos ir colocando pequenas arruelas de massa conhecidas até o bloco de madeira inicie o movimento esta é sua força de atrito estático. Depois colocamos mais arruelas até o bloco deslizar no plano com movimento retilíneo uniforme aí temos o regime dinâmico e obtemos a força de atrito cinético. Figura II.3.2 Mostra o esquemático do experimento. 38 O diagrama de corpo livre é mostrado todas as forças que atuam no bloco de madeira no plano inclinado. Temos Fe força de atrito; T tração no fio; P o peso do bloco de madeira com suas componentes Px e Py e N é força normal. O comportamento esperados para os regimes de forças de atrito estático e de força de atrito cinético é esboçado no gráfico II.3.4 abaixo. Objetivos Determinar a relação entre a força de atrito estático e o peso do objeto; Medir os coeficientes de atrito estático e cinético de um Figura II.3.3.Mostra as forças que atuam no bloco de madeira Figura II.3.4.Mostra os dois tipos de forças de atrito 39 bloco; Usar o sensor de movimento para medir o coeficiente de atrito cinético e comparar com os valores previamente medidos pelo dinamômetro. Material Microcomputador; Interface; Barbante de algodão ; Graphical Analysis do Windows; Detector de Movimento; Dinamômetro ; Bloco de madeira; Jogo da massa . Procedimentos Parte I: Achar a massa do bloco de madeira. Massa do bloco kg 1. Meça com o Dinamômetro a massa do bloco e grave na tabela de dados; 2. Amarre uma corda ao gancho do dinamômetro. Puxe o dinamômetro dando pequeno soco no bloco. Prenda o dinamômetro no bloco através da corda; 3. Puxando o bloco com velocidade constante uma vez que o mesmo comesse a se mover. Anote o valor da força no dinamômetro. Parte II: VARIANDO A FORÇA NORMAL DO BLOCO 4. Ache o valor máximo da força que ocorre quando o bloco começar a deslizar; 40 5. Repita as etapas 2 a 4 para mais duas medidas. 6. Adicione massas sobre o bloco que totalize 150g. Repita as etapas 2 a 4; 7. Repita para as massas adicionais dos valores 200g, 250g e 300g; ParteIII: COEFICIENTE DE ATRITO CINÉTICA 8. Conecte o detector de movimento na Interface, 9. Coloque detector de movimento longe do bloco de madeira; 10. Clique em COLETAR para começar a coletar os dados. O gráfico da velocidade deve ter uma parcela com uma seção linear diminuindo, que vai corresponder ao movimento deslizante do bloco; 11. Selecione uma região velocidade x tempo que mostre a velocidade diminuindo. Escolha a seção linear. A inclinação do gráfico é a aceleração. Ache este valor clicando na tela de regressão linear; 12. Repita as etapas 9 e 11 quatro ou mais vezes; 13. Coloque 500g no bloco. Prenda as massas para que não se mova. Repita 9-11cinco vezes. Resultados Os resultados obtidos nos experimentos seguindo os procedimentos acima devem ser preenchidos com seus respetivos valores nas tabelas abaixo. 41 Tabela II.3.2: Preencher com as medidas realizadas na prática parte II para os valores de força de atrito estático. Massa total (g) Força Normal (N) Pico Atrito Estático Atrito Estático Médio (N) Tentat 1 Tentat 2 Tentat 3 Tabela II.3.3: Preencher com as medidas sugeridas na prática parte II para os valores obtidos para as forças de atrito cinético. Massa total (g) Força Normal (N) Pico Atrito Estático Atrito Estático Médio (N)Tentat 1 Tentat 2 Tentat 3 Construir os gráficos das tabelas II.3.2 e II.3.3 acima. Força de atrito x Força normal faça o ajuste de retas para os dois gráficos. Utilizando os procedimentos experimentais da parte III realizados preencher com as medidas obtidos as duas tabelas abaixo. 42 Tabela II.3.4a: Bloco sem massa adicional. Preencha a tabela com as medidas obtidas. Tentativas Aceleração (m/ s2 ) Força de atrito cinético(N) μK 1 2 3 4 5 Coeficiente de Atrito cinético médio μKm: Tabela II.3.4b: Bloco com adição de 500g de massa. Preencha a tabela com as medidas obtidas. Tentativas Aceleração (m/ s2 ) Força de atrito cinético(N) μK 1 2 3 4 5 Coeficiente de Atrito cinético médio μKm: 43 O que é esperado é mostrado na figura II.3.4. 2.4 EXPERIÊNCIA : “RESISTÊNCIA DO AR” Introdução A resistência do ar, essencialmente, uma força de contato que se opõe ao movimento de um projétil. Relaciona-se com a velocidade relativa do ar, com a forma e dimensões do projétil e com as características físicas do ar (densidade, pressão, temperatura). As gotas de chuva caem de nuvens cuja altura h acima do solo é de aproximadamente de 2km. Usando a nossa equação para corpos em queda livre, esperamos que a gota de chuva atinja o solo com uma velocidade ./2002 smghv ≈= Impacto com projéteis, mesmo gotas de chuva, que tenha esta velocidade podem ser letais; Figura II.3.4. Mostra uma medida em que foram obtidos no experimento 44 como as gotas de chuva se movem com velocidades muito menores, obviamente cometemos um erro de cálculo. O erro decorre de termos desprezados os efeitos da força de atrito do ar nas gotas que caem. Esta força de atrito é um exemplo de força de arrasto, também chamada de força de “Resistência do Ar”, exercida sobre qualquer objeto que se mova através de um meio fluido. Forças de arrasto provocam efeitos numa variedade de objetos, como bolas de beisebol, que se desviam consideravelmente da trajetória ideal (sem resistência); os esquiadores, ao descer uma montanha, tentam dar forma aerodinâmica aos seus corpos e posições para reduzi-la. Os líquidos e os gases opõem forças contra corpos em movimento em seu interior. São forças que tem papel análogo ao do atrito entre sólidos. 45 Analisando-se especificamente a força de Resistência do Ar oferecida contra corpos em movimento, conclui-se que sua intensidade é proporcional na maioria dos casos ao quadrado da velocidade do corpo. OBJETIVOS Observar o efeito da resistência do ar sobre os filtros; determinar como a velocidade terminal dos filtros é afetada pela massa e pela resistência do ar; Escolher entre os modelos competitivos de força é melhor para descrever a resistência do ar; MATERIAL • Windows PC; interface; Detector de movimento ou cronômetro ; 6 filtros(quentinhas); Graphical Analysis PROCEDIMENTOS • Conecte o detector de movimento ao computador; Figura II.4. 2 Mostra como a resistência do ar R varia com o formato do corpo. 46 • Deixe o detector de movimento há uns 2,3m de altura do chão, apontando abaixo. • Prepare o computador para coletar os dados. • Coloque o filtro na palma de sua mão e segure aproximadamente 0,5 m debaixo do detector de movimento. • Quando o detector de movimento começar a clicar, Clique em coletar para começar as medidas. Observação retire a mão tão depressa quanto possível da vigia do detector de movimento de forma que só o movimento do filtro é registrado no gráfico. • Se o movimento do filtro for muito irregular para adquirir um gráfico liso, repita a experiência. Com prática, o filtro cairá quase direto com pequeno movimento de lado. • Determine a velocidade do filtro do declínio vs distância cronometrada pelo gráfico, fitando a parte mais linear da reta com regressão linear; Ou com o cronometro dividindo a distância da queda pelo tempo gasto você tem a velocidade. Realize para o experimento mais duas tentativas, para a mesma medida. Depois ache o valor médio. • Repetir a experiência para dois, três, quatro, cinco e seis filtros. RESULTADOS Utilizando os procedimentos acima vá colocando seus resultados na tabela II.4.1 com as medidas do experimento. Depois ache o valor médio de suas medidas e por ultimo eleve ao quadrado o seu valor médio. 47 filtro(nf) vt1 (m/s) vt2 (m/s) vt3 (m/s) vtm (m/s) vtm² (m²/s²) 1 2 3 4 5 6 II.4.6a.Construir os gráficos de vtmx nf e de (vtm)2 x nf; Faça os ajustes de reta dos gráficos e tire suas conclusões. Use um analisador gráfico qualquer para esboçar vtm , (vtm)2 versus nf. A figura mostra o gráfico do comportamento esperado para este experimento. No primeiro gráfico o ajuste é linear e no segundo gráfico o ajuste é polinomial do 2º grau. Veja quais dos dois melhor representam o movimento de resistência do ar. Este resultado não está muito bom, pois os alunos não tiveram o cuidado de refazer várias vezes as medidas do experimento, Em Física experimental devemos ter a cautela na aquisição dos dados experimentais pois é deles que se tiram muitos bom resultados que nos fornecem o que é esperado na teoria. Figura II.4. 3. Mostra o que é esperado no experimento. 48 2.5 Bibliografia: RESNICK, Robert. HALLIDAY, David. KRANE, Kenneth S. Física 1, 5ª ed,Rio de Janeiro, (2003) Manual de experiências VERNIER , 1998 , Physics with Computers. PHYWE,Experimental Literature Physics;Dr. Ludolf von Alvensleben H. Moysés Nussenzveig, Curso de Física Básica; Oscilações e Ondas, Fluidos, Calor, Editora Edgard Blucher Ltda 49 50 TRABALHO E ENERGIA, PÊNDULO MATEMÁTICO E MOVIMENTO HARMÔNICO SIMPLES 51 3.1.Experimento viii: Trabalho e energia 51 3.2.Experimento ix: O pêndulo matemático 57 3.3.Experimento x: O movimento harmônico simples 62 3.4. Bibliografia71 51 3 TRABALHO E ENERGIA, PÊNDULO MATEMÁTICO E MOVIMENTO HARMÔNICO SIMPLES 3.1. Experimento VIII: Trabalho e Energia Parte I Trabalho de uma força constante Introdução Quando uma bola rola em um plano inclinado ele aumenta a sua velocidade, pois a energia potencial gravitacional vai sendo convertida em energias cinética enquanto ela desce. Para verificar se houve conservação de energia devemos comparar a energia potencial que a bola libera enquanto rola no plano inclinado com a sua energia cinética no final do plano. As equações para calcular estas duas energias são: E c = 2 2mv e E hPpg .= Neste trabalho o peso da bola deve ser usado em Newton porque o quilograma é a unidade de medida de massa no sistema internacional e a unidade de medida de força deve ser do mesmo sistema para que os cálculos sejam possíveis. Objetivo Verificar se ocorre a conversão de energia potencial gravitacional em energia cinética de uma bola. Calcular o trabalho realizado pela bola no trajeto d da mesa. Material Uma bola(rolete); dois sensores fotoelétricos; cronômetro e uma tábua de madeira. 52 Procedimento Para medir a velocidade com que a bola desce o plano inclinado basta dividir a distância d pelo tempo t registrado pelo cronômetro na passagem da bola pelos sensores fotoelétricos. A figura mostra o dispositivo experimental para está prática, onde vemos a bola descendo o plano inclinado de uma altura h e a distância d entre os sensores. Resultados Faça o lançamento da bola descendo o plano inclinado e calcule a energia potencial gravitacional e energia cinética e verifique a conversão. Realize três tentativas para o experimento. A tabela 3.1 para uso das medidas realizadas. Altura(m) V(m/s) Epg(J) Ec(J) Em(J) Figura 3.1. Mostra o aparato experimental. 53 Tabela 3.1. Resultados obtidos no experimento Para o cálculo do trabalho realizado meça o massa da bola. Como sabemos da segunda lei de Newton que F=ma. No MRUV temos h=v0t+1/2at² e vo=0 a bola parte do repouso, temos que a = 2h/t².Substituindo na expressão do trabalho W=F.d, achamos o trabalho realizado pela bola descendo o plano inclinado. Outra forma de se determinar o trabalho realizado é utilizando o trilho de ar. Neste usamos o planador como corpo que desce a rampa abaixo. Medimos tempo que o mesmo gasta na descida da distância D entre os sensores. A figura 3.2 mostra o esquemático como devemos montar o equipamento. Resultado Para este experimento faça as medidas três vezes. Preencher a tabela 3.2 com as suas medidas. Altura h D(m) a(m/s²) Trabalho(J) Energia(J) Tabela 3.2 Para uso na prática pelos estudantes. Para uma força conserva- tiva e constante o trabalho se define como: W=F.x Figura 3.2. Mostra como devemos montar o equipamento para a prática do trabalho e energia. 54 Parte II: Trabalho De Uma Força Não Constante Introdução A força possui duas características fundamentais em Física: ela é capaz de acelerar um corpo ou deformar um corpo elástico. A figura 3.3 acima mostra que o corpo está inicialmente na posição A. Ao aplicarmos uma força F1 ela levará o corpo para a posição B e aparece uma força F2, cuja função é estabelecer o equilíbrio do sistema. Daí o nome de força restauradora. Para deformar uma mola de uma elongação X, é necessário um trabalho que dado por =Δ−=Δ= pp EondeKxKxEW ,22 2 1 2 2 variação da energia potencial elástica. A figura 3.3 acima mostra que o corpo está inicialmente na posição A e logo que seja aplicado uma força ela e deslocado para a posição B. Trabalho W de uma força não constante é dado por: ∫= 2 1 ).( x x dxxFW 55 Objetivo Comprovar que o trabalho realizado por uma força elástica é igual à variação da energia potencial elástica. Material Uma mola, um dinamômetro de 2N, um prego e um pedaço de tábua. Procedimento A figura 3.4 mostra como se deve colocar a mola ligada ao dinamômetro para que se faça as medidas da deformação de mola. Puxe a dinamômetro com os valores de forças pedidos conforme tabela 3.3 a seguir e anote os valores da deformação correspondente. Figura 3.4. Mostra como devemos montar o sistema para aquisição dos dados experimentais. 3.1.II.5.Resultado Preencher a tabela 3.3 a seguir com as medidas realizados. 56 Força(N) 0,0 0,3 0,5 0,7 0,9 1,2 1,4 1,6 deformação(m) Tabela 3.3 Medidas realizadas no experimento. Exercícios 1. 1.Construir o gráfico de F versus deformação da mola. Achar a constante elástica K=____N/m. Faça o ajuste de retas no seu gráfico. 2. 2.Calcule o trabalho total W para deformar a mola através da área sob o gráfico; 3. 3.Calcule também a variação de energia potencial elástica da mola ∆Ep=______J; 4. 4.Compare os valores encontrados em 2 e 3; 5. 5.Escolha no gráfico os valores de x1 e x2 corresponde as forças 0,3 e 1,2N e calcule o trabalho neste intervalo. W=_____J; 6. 6.Calcule também a variação da energia potencial elástica neste intervalo. ∆Ep=______J; 7. Compare os valores encontrados em 5 e 6; _______________________________________________________ 57 x l P θ θ Posição de Equilíbrio A C m 3.2.EXPERIÊNCIA IX: “PÊNDULO MATEMÁTICO” Introdução Um pêndulo matemático é o corpo ideal que consiste de uma partícula suspensa por um fio inextensível e de massa desprezível. Quando afastado de sua posição de equilíbrio e largado, o pêndulo oscilará em um plano vertical sob a ação da gravidade. Mostraremos estas afirmações no decorrer desta experiência. Teoria O pêndulo matemático consiste de um pequeno corpo de massa m suspenso em um ponto fixo por um fio inextensível e de peso desprezível. Quando afastado de sua posição de equilíbrio e abandonado, o corpo oscila em torno desta posição. Na figura abaixo, desprezando-se a resistência do ar, estão representadas as forças que atuam sobre a massa: a tração T do fio e peso P. Na figura temos os seguintes elementos: • l é o comprimento do fio. Você sabia que? Alguns valores de g medidos empiricamente são: no equador g=9,78m/s²; nos pólos g=9,85m/s² e 10km de altitude g=9,75m/s². Foto sensor que mede o tempo de oscilação do pêndulo Figura 3.5. Mostra a aspecto físico de um pêndulo simples e seus principais elementos constituintes conforme citamos abaixo. 58 • x é a projeção do movimento da massa sobre o eixo horizontal. • θ é o ângulo formado entre a posição de equilíbrio e o ponto de máxima extensão, medido em radianos. • T é a força tração na corda. • P é a força peso. • Pt é a força restauradora. • m é a massa pendular A componente tangencial do peso, Pt , é a força restauradora do movimento oscilatório do pêndulo e sua intensidade é dada por: Desta equação vemos que o pêndulo simples não é rigorosamente um movimento harmônico simples, pois Pt não é diretamente proporcional a elongação x . Lembre-se, o M.H.S é caracterizado por uma força restauradora cujo módulo é diretamente proporcional a elongação x, como para o oscilador massa – mola, onde a força restauradora é dada pela Lei de Hooke: →→ −= xkF . Por outro lado, para pequenas amplitudesde oscilação (θ < 10o ), o valor do arco BC na figura 1 é praticamente igual a projeção do movimento da massa sobre o eixo horizontal x , sendo o triângulo ABC praticamente retângulo, e conseqüentemente sen (θ) ≅ x /l . Substituindo este resultado na equação (1) temos a seguinte equação para a componente tangencial da força na condição de pequenas oscilações: (considerando o ângulo < 10o) Pt ≅ P sen θ = m g sen θ Eq.1 59 Objetivos Medir os períodos do pêndulo em função da amplitude , do comprimento e da massa; Material Sensor fotoelétrico;cronômetro digital; 2,1m de fio ; 2 Garras com pino; 1 Tripé; seis massas de 50g; disco óptico(ou transferido 360º). Procedimentos ¾ Use um fio de barbante para pendurar uma massa de 200g na haste de 0,3m horizontal. Este arranjo permitirá que a massa balance; ¾ Ative o sensor fotoelétrico; ¾ Deixe o comprimento do pendulo em 1m; ¾ Conecte o sensor fotoelétrico ao cronomêtro na porta apropriada ¾ e em seguida posicione de modo que a massa ative o sensor enquanto balanceia. ¾ Ative o sensor, agora você pode desempenhar uma medição de experiência do período de seu pendulo. ¾ Puxe a massa na vertical e libere-a; ¾ Para medir o período para cinco balanços; Pt ≅ m g x /l Eq.2 60 Resultados PARTE I: Com a massa de 200g realize as medidas preenchendo a tabela; Construir o gráfico de T x θ com ajuste de reta; PARTE II Repetir o procedimento acima para uma amplitude de 10o e comprimento do pendulo de 1,0m; Massa(g) Período Médio (s) 100 150 200 300 Construir o gráfico de T x M com ajuste de reta; PARTE III Repetir o procedimento acima para uma amplitude de 10o Amplitude (°) Período Médio (s) 2° 5° 10° 15° 20° Fique sabendo: Se o desvio padrão de sua medida for pequeno significa que a precisão de sua estimativa foi boa. 61 L(m) Tm (s) L2(m2) Tm2(s2) 1,0 0,9 0,8 0,7 0,6 0,5 Construir os gráficos de T x l , de T2 x l e de T x l2 com os ajustes de retas; Determinar o valor de g para a experiência realizada usando os dados da tabela da parte III e o gráfico de T2 x l; Use a expressão T = 2π g l ou T2 = 4π2. g l .O gráfico com ajuste de retas dá um valor M. Para achar g = 4π2/M . Se o valor for próximo de 9,8m/s², seus resultados experimentais estão bons e se ficar muito distante desse valor você deve repetir a prática novamente. A figura 3.6 mostra um exemplo de resultados obtidos num dos experimentos feito na UFPI. O valor de g=10.12m/s² é um pouco acima do valor esperado, mas não deixa se ser um bom resultado. Lembre-se que: A estimativa final de g= gg Δ+ Não se esqueça que: Δg(%) =100%Δg/g. 62 0.4 0.6 0.8 1.0 1 2 3 4 T² Linear Fit of T² T² (s ²) L (m) Equation y = a + Adj. R-Squ 0.9975 Value Standard E T² Intercep -0.326 0.06714 T² Slope 3.9 0.08729 3.3. EXPERIÊNCIA X: MOVIMENTO HARMÔNICO SIMPLES INTRODUÇÃO: Muitas coisas vibram ou oscilam na natureza, de forma harmônica, repetindo quantidades cinemáticas no tempo. Vibração de um garfo e movimento da criança num balanço de um parque são situações de MHS. Todo movimento que se repete em intervalos de tempo iguais é chamado de periódico ou harmônico, mais precisamente, poderíamos dizer que no movimento periódico o móvel repete a trajetória, velocidade e aceleração no tempo. Como exemplos, citamos: a) o movimento circular uniforme b) o movimento da Terra em torno do Sol c) o movimento de um pêndulo d) o movimento de uma lâmina vibrante e) o movimento de uma massa presa à extremidade de uma mola, etc. Sistema massa-mola. Outro esquemático do sistema de medida do experimento vemos o fotosensor+mola+mas sa+cronomêtro, Figura 3.6. Mostra o que é esperado no experimento. 63 As equações do movimento periódico são expressas a partir de funções periódicas, limitadas. De um modo geral os movimentos periódicos compostos podem ser tratados como superposição de movimentos periódicos mais simples, cujas funções horárias são senos e cosenos trigonométricos. Movimento Harmônico Simples Um movimento é dito oscilatório ou vibratório quando o móvel se desloca periodicamente sobre uma mesma trajetória, indo e vindo para um lado e para outro em relação a uma posição média de equilíbrio. Essa posição é o ponto sobre a trajetória, para o qual a resultante das forças que agem sobre o móvel, quando aí passa, é nula. Desse tipo são: o movimento de um pêndulo, o movimento de uma lâmina vibrante, o movimento de um corpo preso a extremidade de uma mola e o movimento vibratório de um átomo em relação ao centro de massa da molécula que o contém. Vejamos, para fixar a idéia, o movimento realizado por uma régua plástica presa à extremidade de uma mesa e posta a oscilar por ação de uma força externa. Na figura 3.7 temos o ponto 0 como sendo a posição de equilíbrio. Na medida em que tiramos a régua dessa posição e a aproximamos do ponto A uma força na régua, de caráter elástico tende a conduzi-la de volta à posição de equilíbrio; quanto mais nos aproximarmos de A, é claro que afastando-nos do 0, essa força - a que chamamos força restauradora - cresce. Se largarmos a régua em A, por ação da força restauradora, ela começa a retornar ao ponto 0. Na medida em que esse retorno ocorre, a velocidade da régua cresce e ao chegar no equilíbrio, em função da inércia, ela não pára, movimentando-se, então, em direção a B. Entretanto, no momento em que passar de 0, novamente surge a força restauradora que fará a sua velocidade decrescer até se anular no ponto B, onde a Figura 3.7 Mostra o MHS de uma régua plástica. 64 força será máxima. A partir desse ponto a régua retorna a 0 com velocidade crescente. Aí chegando novamente, não pára, devido a inércia. E assim a régua continuará oscilando até cessar o movimento em função do atrito. Aliás, os movimentos oscilatórios que conhecemos não apresentam a característica da periodicidade devido ao atrito. As oscilações que nos são comuns são as que chamamos movimentos oscilatórios amortecidos. Portanto, para que possamos estudar esse movimento iremos sempre desprezar qualquer forma de atrito. Período e Freqüência Período (T) de um movimento periódico é o tempo decorrido entre duas passagens consecutivas do móvel por um mesmo ponto da trajetória (apresentando as mesmas características cinemáticas). Como se trata de um intervalo de tempo, a unidade de período é o segundo no SI. Freqüência (f) de um movimento periódico é o inverso do período. A freqüência representa o número de vezes que o móvel passa por um mesmo ponto da trajetória, com as mesmas características cinemáticas na unidade de tempo. A unidade de freqüência é o inverso da unidade de tempo ou seja 1/segundo. Esta unidade no SI é também chamada "Hertz" (Hz). 1 s-1= 1 Hz Se o móvel oscila em torno de sua posição de equilíbrio por ação de uma força que seja proporcional às elongações, então o movimento oscilatório é dito harmônico simples. Assim, sendo o corpo deslocado "x", do equilíbrio, por ação de uma força restauradora F, essa será dada por: F = -k x (1) Saiba mais nos sites: física.net ou adorofisica 65 onde o sinal (-1) indica que o sentido da força será contrário ao deslocamento Observamos que a força restauradoraé tal que é sempre dirigida para a posição de equilíbrio, sendo por isso, algumas vezes, chamada força central. Figura 3.8.Vemos o aparato experimental da prática. Mola mais peso no suporte e o sonar. Objetivos • Medir a posição e velocidade em função do tempo para um sistema massa-mola. • Comparar e observar o movimento de um sistema massa mola com o modelo matemático de um oscilador Harmônico simples. • Determinar a amplitude o período e a constante de fase observada no movimento Harmônico simples. Materiais • Windows PC • Interface 66 • Detector de movimento(sonar) • Massas de(4x50g) 200-g e (6X50g)300-g • Mola • Cronômetro digital ou foto sensores Procedimento 1. Prenda a mola na horizontal e pendure a massa nela como mostra a figura 3.8, meça sua posição de equilíbrio em relação ao detetor de movimento e anote na tabela de dados; 2. Conecte o detetor de movimento(sonar) na porta da Interface ou foto sensor no cronômetro digital; 3. Coloque o detetor de movimento abaixo da massa ou foto sensor paralelamente aos pesos; 4. Abra o arquivo “Exp” na pasta correspondente. Gráficos de distancia vs. tempo e velocidade vs. tempo serão mostrados; 5. Puxe a massa 1,0cm (este é o valor da amplitude) para baixo (tomando cuidado de não derrubá-la), solte-a,e a seguir clique em iniciar espere que os 10 segundos de coleta acabem; ou conte 10 oscilações e anote o tempo. 6. No menu analyze clique em Statistics, anote os valores máximo e mínimo na tabela de dados; para obter a amplitude (vmax.- vmin)/2=A 7. No menu analyze clique em Examine, coloque o cursor em um dos picos superiores do gráfico posição x tempo e anote o valor do tempo, depois coloque o cursor no próximo pico superior e anote o valor do tempo;T=(t1-t2) s e f=1/T; 8. Calcule o valor do período, da freqüência e da velocidade angular. anote na tabela de dados; 67 9. no menu analyze clique em Automatic curve fit escolha a opção sine e depois clique em Try Fit e depois em ok 10. Anote a equação e os valores de A, B, C e D que serão fornecidos pelo computador na parte inferior da tabela 3.4. 11. Repita os passos anteriores com a massa de 150-g, movendo com uma amplitude maior que na primeira tentativa. 12. Mude a massa para 200 g e repita passos preliminares. Use uma amplitude de aproximadamente 3 cm. Guarde uma boa tentativa feita com esta 200-g massa na tela. Resultados Preencher a tabela 3.4 com os resultados obtidos no experimento na parte superior e depois do ajuste da função seno os valores correspondentes teóricos na parte inferior. Massa y0 A T f=1/T unid (g) (cm) (cm) (s) (Hz) 1 150 2 150 3 200 D A T=1/f B/2π 1 150 2 150 3 200 Tabela 3.3.1. Dados experimentais obtidos e ajuste da função seno. Com os dados da função seno preencher com os valores teórico obtidos através do ajuste a parte inferior da tabela 3.3.2. Respectivamente temos os gráficos obtidos para a posição x tempo em cada tentativa: 68 Temos agora, respectivamente, os gráficos da velocidade x tempo em cada caso: Observemos que a velocidade está sempre defasada em relação a velocidade. Isso pode ser visto pelas equações da posição e velocidade de uma onda, pois aquela é traduzida por uma função coseno e esta por uma função seno. É de nosso conhecimento que estas duas funções são defasadas de π/2 rad. Isso pode ser observado nos gráficos acima. Continuando a análise dos gráficos da velocidade x tempo e posição x tempo, observamos que quando a velocidade é máxima, a posição é mínima, ou seja, no ponto de equilíbrio a energia cinética do sistema é máxima. Quando a amplitude é máxima a energia cinética é mínima e a energia potencial é máxima. Isso pode ser visto com as equações de energia. Através da tabela confirmamos que a freqüência depende da massa do corpo, sendo dada pela expressão já conhecida : onde k é a constante da mola. Outro dado importante é obtido pela análise do período e freqüência nas duas primeiras tentativas, onde amplitude foi variada e o período não variou e consequentemente a freqüência também não. Olhemos para o gráfico da posição x tempo para a terceira tentativa. Utilizando a função y=Asen(2πf+C)+y0, posição inicial e freqüência da tabela 3.4,podemos encontrar a constante 69 de fase para a nossa curva, em t=0. Assim podemos comparar os valores experimentais e o obtido pela regressão da função feito pelo ajuste da função seno. Encontramos como valor satisfatório ______. Em seguida temos o gráfico com o curve de ajuste. Considerando a defasagem de π/2 rad da função seno em relação a co-seno , chegamos a um valor para a constante de fase, segundo o computador: θ = C= ________ O que é um valor bem satisfatório, comparando o resultado do computador como os dados medidos experimentalmente. A figura 3.9 mostra o que é esperado no experimento. Para oscilações com m=200g e m=300g respectivamente. O ajuste da função seno também é contemplado na figura onde vemos a comparação dos dados experimentais com os teóricos. Uma boa concordância é 70 observada no experimento. Com 300g Figura 3.9 Mostra o que se espera na experiência. Nestas situações experimentais acima podemos destacar os gráficos de distância versus tempo e velocidade versus tempo. Vemos também a caixa de examine onde sabemos d e t em cada instante ao longo da curva e a caixa da função estatística onde vemos os valores médios, máximos e mínimos. E por ultimo temos a caixa do ajuste da função seno. 71 3.4 Bibliografia 1)RESNICK, Robert. HALLIDAY, David. KRANE, Kenneth S. Física 1 e 2. 5 ed. Rio de Janeiro, 2003. 2)Pauli, Ronald Ulysses; Majorana Félix Savério; Heilmann, Hans Peter; Chohfi, Carlos Armando. Física 1 Mecânica. São Paulo: EPU, 1978. 3)Feynman, Richard P; Leighton; Sands, Matthew. The Feynman Lectures on Physics. V1. Addison – Wesley , 1977. 4)Nussenzveig, H. Moysés. Curso de Física básica v2. São Paulo: Edgard Blucher, 1987. 5)http://educar.sc.usp.br/licenciatura/2001/pendulo/pendulosimples _html.htm
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