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PETIÇÃO FREDERICO PRATICA SIMULADA

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DA CAPITAL/CE
 FREDERICO, brasileiro, casado, soldador, portador do RG: XXXXXXXXXXXX-X, inscrito no CPF sob o nº XXXXXXXX-XX, residente e domiciliado na Rua Governador Sampaio, n° XXX, Centro de Fortaleza/CE, por intermédio do seu advogado legalmente constituído, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência com fundamento nos artigos 178 do CC e artigo 461 e parágrafos do NCPC propor a presente;
AÇÃO ANULATÓRIA DE NEGÓCIO JURÍDICO
 Em face de GEOVANA, brasileira, solteira, enfermeira, portadora do RG n° XXXXXXXXXXXX-X, inscrita no CPF sob o n° XXXXXXXXX-XX residente e domiciliada na Rua: XX, Quadra: XX, Casa: XX, Centro de Salvador/BA, tudo pelos fatos e fundamentos jurídicos abaixo aduzidos:
I. INICIALMENTE 
 Cumpre desde logo demonstrar a competência desta Comarca para conhecer e julgar a presente causa, uma vez que o autor reside em área sob jurisdição desta Unidade.
II. DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
 O promovente requer que seja deferida a gratuidade da justiça, uma vez que sua situação financeira não permite arcar com os ônus processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo de seu sustento e de seus familiares, O pedido pode ser feito mediante afirmação na própria petição inicial, conforme a literalidade da Lei 1.060/50, com alterações introduzidas pela Lei nº 7.510/86 nos termos do art. 5º, LXXIV, da CF e do art. 4º da Lei 1.060/50 (Estabelece normas para a concessão de assistência judiciária aos necessitados), que dizem:
Art. 5º, LXXIV, CF. “o Estado prestará assistência jurídica integral a gratuita aos que comprovem insuficiência de recursos.” 
Lei 1.060/50, art. 4º. “A parte gozará dos benefícios da assistência judiciária, mediante simples afirmação, na própria petição inicial, de que não está em condições de pagar as custas do processo e os honorários de advogado, sem prejuízo próprio ou de sua família.” 
 Igualmente o artigo. 99 do Novo Código de Processo Civil que prevê a possibilidade do pedido ser realizado na própria exordial: 
art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de terceiro no processo ou em recurso.
 Pelo exposto, com base na garantia jurídica que a lei oferece, requer o autor, a concessão do benefício da justiça gratuita, em todos os seus termos, a fim que sejam isentos de qualquer ônus decorrente do presente feito.
III. DOS FATOS
 
 O autor, após receber várias ameaças por telefone sobe a integridade física de sua filha, que havia sido sequestrada, após dias da exigência do resgate que era no valor de 300,000,00 (trezentos mil reais), Frederico recebe a orelha de sua filha junto de um bilhete, que dizia que o resgate deveria ser pago ou sua filha iria ser devolvida morta. No curso dos dias, Frederico, desesperado com tal situação conseguiu só uma parte do resgate, sua prima Geovana, sabendo dos fatos, surge como compradora do imóvel colocado à venda por parte de Frederico para pagamento do resgate, imóvel avaliado em 280,000,00 (duzentos e oitenta mil reais). Sendo que Geovana por se prevalecer do momento pagou apenas 80,000,00 (oitenta mil reais) pelo imóvel. Acontece que logo depois da celebração do contrato, a polícia envolvida no caso consegue resgatar a filha do Frederico com vida e sem ser necessário o pagamento pelo resgate. Sendo assim, não necessário a venda do imóvel.
IV. DO DIREITO
 Como é sabido, a validade de qualquer negócio jurídico requer, como elementos essências: 1° Agente Capaz, 2° Objeto Licito, possível, determinado ou determinável, e 3° Forma Prescrita ou não Defesa em Lei, nos termos do art. 104 do Código Civil.
Conforme conceito de ineficácia: 
 “Em sentido estrito definir-se-á, coerentemente, pela circunstância de depender, não de uma falta ou irregularidade dos elementos internos do negócio, mas de alguma circunstância extrínseca que, conjuntamente com o negócio, integra a situação complexa produtiva de efeitos jurídicos”
 Portanto, significa dizer que o negócio jurídico em questão foi celebrado, está invalido, mas a sua eficácia depende de um termo, condição ou encargo, que seria o pagamento do resgate, que não seria naquele momento mais necessário, assim verificamos que teremos apenas a existência e validade do negócio jurídico, mas não teremos alcançado sua eficácia”. 
 Ainda devemos levar em consideração o estado de perigo de sua filha, que estava sendo ameaçada de morte, haja vista que para o ordenamento jurídico nos termos do artigo 156 do Código Civil, o estado de perigo está prescrito em lei, sem deixar de citar também o art. 171 do mesmo código que fala da anulação do negócio jurídico.
 Estabelece o art. 156 do Código Civil que configura-se o estado de perigo, quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecimento pela outra parte, assume obrigação onerosa.
 Na hipótese presente o estado de perigo é manifesto pelas próprias circunstâncias narradas, havendo, portanto, motivo justo e suficiente para que se declare a anulação do negócio jurídico que ocorreu entre as partes em data consistente na aceitação pelas condições impostas que era para o pagamento do resgate de sua filha.
O art. 171 do Código Civil prevê que além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico... 
III - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.
V. DOS PEDIDOS 
 Sendo assim, a AUTOR vem requerer à Vossa Excelência: 
 1. A citação do réu para apresentar contestação, no prazo legal sob pena de preclusão, revelia e confissão; 
 2. Que seja julgado procedente o pedido, para o fim de decretar a anulação do negócio jurídico da ação; 
 3. A condenação do réu as custas processuais e honorários advocatícios no patamar de 20% sobre o valor da causa.
VI- DO VALOR DA CAUSA 
 
 Dá a causa o valor de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais). 
Nestes Termos, 
Pede deferimento. 
 
 
Local, Fortaleza 31 de agosto de 2017. 
 
 Nome do advogado 
 OAB nº

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