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Entrevista Psicológica

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A ENTREVISTA 
PSICOLÓGICA 
 
Professora Janine Pacheco da Luz 
 
CONCEITOS BÁSICOS E OBJETIVOS DA 
ENTREVISTA PSICOLÓGICA 
 A entrevista psicológica é uma conversação dirigida a um 
propósito definido de avaliação (com fins de realizar uma 
investigação, diagnóstico, entre outros objetivos 
psicológicos). 
 
 A entrevista é um instrumento de trabalho não somente 
para o psicólogo, como também para outros profissionais: 
psiquiatra, assistente social, sociólogo, enfermeiro, 
profissional de recursos humanos etc. Já a entrevista 
psicológica é um instrumento exclusivo dos psicólogos. 
(Bleger,1989) 
 
 Função básica = prover o avaliador de subsídios técnicos 
acerca da conduta do candidato, completando os dados 
obtidos pelos demais instrumentos utilizados. 
 
CARACTERÍSTICAS 
 
 A entrevista é um instrumento fundamental do 
método clínico e é uma técnica de investigação 
científica em psicologia: tem procedimentos e regras. 
 
 Deve ser planejada e sistematizada para não 
correr o risco de ser ineficaz e ineficiente, por isso 
devemos reforçar alguns cuidados básicos do trabalho 
com o seu instrumental. 
 
 A entrevista está sujeita a interpretações subjetivas 
do examinador: valores, estereótipos, preconceitos. 
 
 
CONCEITOS BÁSICOS 
 Consulta: assistência profissional; 
 
 Entrevista: é um procedimento técnico por meio 
de uma conversação dirigida, com um propósito 
definido de avaliação; 
 
 Anamnese: do grego ana (remontar) + mnesis 
(memória), ou seja, é a evocação voluntária do 
passado. 
 
 
 
RAPPORT 
 Ao iniciar suas atividades de avaliação, seja em 
qual área for, o psicólogo deve realizar esta técnica 
que se ajusta ao seu papel de oferecer as condições 
psicológicas favoráveis ao manejo da assistência 
individual ou grupal. Quando se trata, 
principalmente, de seleção, é necessário que o 
examinador procure, em breves minutos, 
desmistificar alguns conceitos ou deturpações que, 
em geral, pairam no imaginário do senso comum, 
não somente sobre testes psicológicos, mas também 
em relação a quase todos os campos dessa atuação 
profissional. 
 
 
A ENTREVISTA PSICOLÓGICA VARIA DE 
ACORDO COM SUA FINALIDADE: 
 
 Clínica 
 Encaminhamento (triagem) 
 Seleção de pessoal 
 Psicodiagnóstico 
 Pesquisa 
 Hospitalar, etc. 
 
A ENTREVISTA PSICOLÓGICA NA 
PSICOLOGIA CLÍNICA 
 É um conjunto informal de primeiros encontros 
entre o cliente e o profissional que é orientada 
conforme a abordagem clínica deste. 
Basicamente, são procedimentos que irão 
permitir a orientação posterior que o psicólogo 
vai dar para o atendimento clínico. A função das 
técnicas utilizadas nestes momentos iniciais visa 
ainda fortalecer um vínculo de confiança entre 
ambos, bem como buscar um contrato 
psicoterapêutico onde os objetivos do 
atendimento estejam claros. 
 
A ENTREVISTA PSICOLÓGICA NA 
TRIAGEM E NA SELEÇÃO DE PESSOAL 
 Encaminhamento (triagem): utilizada para o 
conhecimento dos pontos principais do caso com intuito 
de efetuar um encaminhamento. 
 
 Seleção de Pessoal : Possibilita o contato direto com 
o candidato, bem como a identificação de sua 
capacitação para exercer o cargo. Seu objetivo é 
selecionar a pessoa que atende melhor às exigências 
para o cargo. 
A ENTREVISTA PSICOLÓGICA NO 
PSICODIAGNÓSTICO 
 É um conjunto de técnicas de investigação, de 
tempo delimitado, dirigido por um entrevistador 
treinado, que utiliza conhecimentos psicológicos, 
em uma relação profissional, com o objetivo de 
descrever e avaliar aspectos pessoais, relacionais 
ou sistêmicos, em um processo que visa a fazer 
recomendações, encaminhamentos ou propor 
algum tipo de intervenção em benefício da pessoa 
entrevistada. (Cunha,2003, cap. 5). 
A ENTREVISTA PSICOLÓGICA NA 
PESQUISA 
 A entrevista em pesquisa é um tipo de 
comunicação entre um pesquisador que pretende 
colher informações sobre fenômenos e indivíduos 
que detenham essas informações e possam emiti-
las. As informações colhidas são indicadores de 
variáveis que se pretende estudar. Possuem 
objetivos bem definidos e estratégia de trabalho. 
 
A ENTREVISTA PSICOLÓGICA NA ÁREA 
HOSPITALAR 
 Constitui-se em um roteiro de avaliação 
psicológica que visa apresentar os dados do 
paciente de forma objetiva ao psicólogo e à equipe 
de saúde. Tem como objetivo facilitar a leitura da 
condição de relação da pessoa com sua doença e 
internação. Sua utilização possui uma função 
terapêutica na medida em que possibilita ao 
paciente a verbalização, manifestação, reflexão e 
confrontamento com questões pertinentes ao 
processo de vida, doença, internação e 
tratamento, podendo favorecer melhor elaboração 
e adaptação à condição de “ser” ou “estar” doente. 
Difere do psicodiagnóstico porque avalia um 
momento específico da vida da pessoa. 
TIPOS DE ENTREVISTA 
 
 Fechada ou Estruturada ou Diretiva ou Sistemática: É aquela 
onde você já tem uma série de informações pré-estabelecidas. 
 
 Aberta ou Não-diretiva ou não-estruturada ou não-sistemática: 
O entrevistado escolhe por onde vai começar a falar. As perguntas são 
de caráter geral, objetivando colher maior número de informações. A 
diferença é que aqui você não tem questões a priori sobre o sujeito. A 
não diretividade encoraja o sujeito a se expressar do modo que desejar e 
os comentários feitos por ele são o material que o entrevistador usa 
para avaliar a sua opinião e sua atitude em relação a alguma coisa. 
Apesar de não ter uma ordenação rígida, há um objetivo específico a ser 
atingido. Cabe ao entrevistador intervir, quando necessário, no sentido 
de reconduzir o sujeito ao assunto de interesse. 
 
 Entrevista Mista ou Semi-diretiva ou Semi-estruturada: Pode 
acontecer que muitos dados deixam de ser falados na entrevista aberta, 
então o entrevistador deve esclarecê-los através da investigação mais 
sistemática. Assim, na entrevista mista a entrevista estruturada segue-
se à não estruturada com o objetivo de melhorar a qualidade e a 
quantidade das informações colhidas. Pode ser feita, também, a partir 
de uma pauta contendo apenas algumas questões, mas com espaço para 
novas falas. 
 
ETAPAS DA INVESTIGAÇÃO 
 A chave da entrevista está na investigação que se 
realiza durante o seu transcurso. 
 
 As etapas da investigação são nítidas e sucessivas: 
 observação; 
 hipótese; 
 verificação 
 
 As observações são sempre registradas em função de 
hipóteses que o observador vai emitindo. 
 
O ENQUADRAMENTO 
 
 Para obter o campo particular de entrevista, devemos 
ter um enquadramento rígido, onde possamos 
transformar determinadas variáveis em constantes. 
 O enquadramento funciona como uma espécie de 
padronização da situação estímulo que oferecemos ao 
entrevistado. 
 O enquadramento é uma forma de se manter 
constante determinadas variáveis: 
· Objetivo 
· Lugar 
· Tempo 
· Honorários 
· Papel 
· Contrato 
 
O PAPEL DO ENTREVISTADOR 
 
O objetivo de trabalho do psicólogo é outro ser humano, portanto, ele 
precisa reconhecer que: 
 
 Deve ter consciência de que vai ser depositário dos problemas íntimos do 
paciente mediante as sucessivas entrevistas ou através dos instrumentos 
que planeja usar. Para suportar essa sobrecarga afetiva, diariamente, 
precisa ter recursos de personalidade e aprender a elaborar as emoções que 
surgem ao longo deste processo; 
 
 Precisa entender que não é mais um testólogo, como antigamente. 
 
 Precisa ter noção de como lidar com os familiaresdo paciente e saber 
preservar o sigilo das informações recebidas, mesmo quando menor, levar 
sempre em consideração o seu bem-estar. 
 
 Neutralidade - O psicólogo deve estar preparado para não se deixar 
manipular, envolver ou seduzir pelos familiares e/ou pelo paciente, muito 
menos “tomar partido”. Qualquer informação a ser transmitida deve ser 
primeiramente do conhecimento do examinando. (Ver o código de ética). 
 
O ENTREVISTADOR DEVE SER CAPAZ DE: 
 
 Estar presente para o outro e poder ouvi-lo sem a interferência 
de questões pessoais; 
 Ajudar o entrevistado a se sentir à vontade e a desenvolver 
uma aliança de trabalho; 
 Facilitar a expressão dos motivos que levaram a pessoa a ser 
encaminhada; 
 Buscar esclarecimento para colocações vagas ou incompletas; 
 Gentilmente confrontar esquivas e contradições; 
 Tolerar a ansiedade relacionada aos temas evocados na 
entrevista; 
 Reconhecer defesas e modos de estruturação do paciente, 
especialmente quando elas atuam na relação com o 
entrevistador; 
 Compreender os seus processos transferenciais; 
 Assumir iniciativa em momentos de impasse; 
 Dominar as técnicas que utiliza dá e comunica segurança ao 
entrevistador. 
 
 
TRANSFERÊNCIA E 
CONTRATRANSFERÊNCIA 
 A transferência e a contratransferência são fenômenos que 
estão presentes em toda relação interpessoal, inclusive na 
entrevista. 
 A transferência é designada pela psicanálise como um 
processo através do qual os desejos inconscientes se 
atualizam sobre determinados objetos, num certo tipo de 
relação estabelecida, eminentemente, no quadro da relação 
analítica. 
 Na transferência, o entrevistado atribui papéis ao 
entrevistador, e se comporta em função dos mesmos, 
transfere situações e modelos para a realidade presente e 
desconhecida, e tende à configurar esta última como 
situação já conhecida, repetitiva. 
TRANSFERÊNCIA E 
CONTRATRANSFERÊNCIA 
 Na contratransferência, emerge do entrevistador reações 
que se originam do campo psicológico em que se estrutura 
a entrevista. Porém, se constitui, quando bem conduzida, 
num indício de grande significação e valor para orientar o 
entrevistador no estudo que realiza. Seu manejo requer 
preparação, experiência e um alto grau de equilíbrio 
mental, para que possa ser utilizada com validade e 
eficiência. 
 Na contratransferência, as emoções vividas pelo analista 
são consideradas reativas às do paciente, vinculando-se, 
portanto, ao passado deste último, e não dizendo respeito 
diretamente à pessoa do analista.

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