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HISTÓRIA MODERNA: DA TRANSIÇÃO DO FEUDALISMO AS REFORMAS RELIGIOSAS Aula 2-A transição: Medievo à modernidade. 1e Tema da Apresentação AULA 2- A TRANSIÇÃO:MEDIEVO À MODERNIDADE HISTÓRIA MODERNA: Da transição do feudalismo as reformas religiosas O QUE VAMOS VER HOJE? Reforçaremos algumas reflexões sobre aspectos da transição da sociedade medieval para sociedade moderna. Estabeleceremos as principais características da sociedade do Antigo Regime. Identificaremos os agentes sociais dessa formação e consolidação do Antigo Regime. 2 Tema da Apresentação AULA 2- A TRANSIÇÃO:MEDIEVO À MODERNIDADE HISTÓRIA MODERNA: Da transição do feudalismo as reformas religiosas Relembrando algumas discussões dessa transição…… Vimos que a concepção da Idade Média como a “Idade das trevas” foi uma ideia iluminista. Por outro lado, veremos que esse mesmo iluminismo irá criticar o chamado período moderno, identificando-o como Antigo Regime. Como pensar essa sociedade do Antigo regime em termos de mobilidade social? De que forma devemos pensar essa relação de poder? A noção de Antigo Regime não é homogênea em toda a Europa 3 Tema da Apresentação AULA 2- A TRANSIÇÃO:MEDIEVO À MODERNIDADE HISTÓRIA MODERNA: Da transição do feudalismo as reformas religiosas Europa na transição (cartografia século XVI) Tema da Apresentação AULA 2- A TRANSIÇÃO:MEDIEVO À MODERNIDADE HISTÓRIA MODERNA: Da transição do feudalismo as reformas religiosas A noção de Antigo Regime: 5 O Antigo Regime herda a concepção da pirâmide social (Clero, Nobreza, povo(camponeses),incluindo, então, a burguesia). A historiografia encontra dificuldades para apontar ou demarcar esses marcos iniciais do Antigo Regime, porque não podemos concebê-lo de forma homogênea por toda a Europa. Uma grande diversidade pode ser observada nos modelos de absolutismo na Europa ocidental e oriental, tampouco há uniformidade temporal. Podemos localizar entre os séculos XV e XVII. O absolutismo espanhol sofre sua 1ª derrota em fins do século XVI O absolutismo inglês foi derrubado em meados do século XVII Segundo Perry Anderson, a história do absolutismo tem múltiplos pontos de partida e pontos finais díspares e escalonados. Tema da Apresentação AULA 2- A TRANSIÇÃO:MEDIEVO À MODERNIDADE HISTÓRIA MODERNA: Da transição do feudalismo as reformas religiosas A noção de Antigo Regime: Como pensar essas sociedades? As alterações nas “formas” de exploração feudal desde o final da época medieval estavam longe de serem desprezadas. Foram essas mudanças que modificaram a forma do Estado. O Estado absolutista era uma “nova roupagem” política. Não devendo ser pensado como unicamente um aparelho da burguesia nascente.(Anderson, 2004, p.18) 6 Segundo Manuel Hespanha, embora não se encontre na documentação histórica da Época Moderna, uma referência a “mobilidade social” pensada no sentido que a concebemos atualmente,nas sociedades do Antigo Regime, ela pode ser pensada a partir de poderes extraordinários, como o do rei que emancipa,legitima e enobrece. Tema da Apresentação AULA 2- A TRANSIÇÃO:MEDIEVO À MODERNIDADE HISTÓRIA MODERNA: Da transição do feudalismo as reformas religiosas As sociedades no Antigo Regime: A noção de sociedade estamental nos encaminha para uma divisão jurídica e para uma divisão comportamental.Nesta sociedade de ordens, o indivíduo apenas existe se inserido numa corporação ou grupo. Porque os que usaram sempre um mesmo ofício De outro não podem receber consorte, Nem os filhos terão outro exercício, Senão os de seus pais até a morte. (Camões, descrevendo os usos dos indianos de Calicute) 7 Enriquecer ou empobrecer não era um fato social decisivo, do ponto de vista da categorização. Segundo Manuel Hespanha, a riqueza não é, em si mesma, um fator decisivo de mudança social O nobre emprobrecido, continua nobre O burguês enriquecido, continua burguês Tema da Apresentação AULA 2- A TRANSIÇÃO:MEDIEVO À MODERNIDADE HISTÓRIA MODERNA: Da transição do feudalismo as reformas religiosas As sociedades no Antigo Regime: 8 Nesta noção de sociedade de ordens, a riqueza estava ligada a questão da honestidade. Neste Aspecto, havia uma nítida tensão entre o que o Clero entendia como honesto, que não pudesse ferir a possibilidade de acúmulo de riqueza. Os “critérios de riqueza” passam a posicionar um novo grupo social com riquezas individuais. Os impostos eram cobrados do chamado Terceiro Estado, ou seja, não incidiam sobre o clero e a nobreza. Até mesmo o controle centralizador imposto pelo modelo absolutista deve ser pensado, dentro das especificidades regionais, como já dissemos. Tema da Apresentação AULA 2- A TRANSIÇÃO:MEDIEVO À MODERNIDADE HISTÓRIA MODERNA: Da transição do feudalismo as reformas religiosas Honra, virtude e privilégios no Antigo Regime 9 Se por um lado,a burguesia compra títulos de nobreza para estabelecer-se nesse sistema estamental, por outro, não são considerados nobres de berço, não pertencem a “sociedade de corte”. Eram vistos como uma nobreza de 2a classe. Os casamentos eram grandes alianças políticas que asseguravam o fortalecimento político dos reinos católicos. Unificação da Espanha com o casamento de Fernando de Aragão e Isabel de Castela. As sociedades de ordem não são sociedades de casta. Tema da Apresentação AULA 2- A TRANSIÇÃO:MEDIEVO À MODERNIDADE HISTÓRIA MODERNA: Da transição do feudalismo as reformas religiosas Honra, virtude e privilégios no Antigo Regime 10a Ninguém adquire a nobreza por si mesmo, mas por dignidade de ofício ou por concessão real. Nobreza por letramento A “mercê” régia (pagamento do dever de gratidão) concedida pelo rei por serviços prestados de vassalagem. Há um caráter sagrado dessa realeza. O rei dentro da concepção do “corpo social” (estudaremos mais detalhadamente) é a “cabeça” que regula e organiza essa sociedade de ordens. Norbert Elias, em “A Sociedade de Corte” discute as práticas dos cerimoniais, da etiqueta, da honra e tradição que marcam esse Antigo Regime. Tema da Apresentação AULA 2- A TRANSIÇÃO:MEDIEVO À MODERNIDADE HISTÓRIA MODERNA: Da transição do feudalismo as reformas religiosas Cerimônia do “beija-mão” 11 Tema da Apresentação AULA 2- A TRANSIÇÃO:MEDIEVO À MODERNIDADE HISTÓRIA MODERNA: Da transição do feudalismo as reformas religiosas PUBLICAÇÕES 12 Tema da Apresentação AULA 2- A TRANSIÇÃO:MEDIEVO À MODERNIDADE HISTÓRIA MODERNA: Da transição do feudalismo as reformas religiosas Trecho do filme “O mercador de Veneza” (baseado na obra homônima de William Shakespeare) Reflexões: Convívio entre cristãos e judeus na Veneza do século XVI A questão da tensão entre Igreja e os “critérios” para considerar a riqueza virtuosa. 13r Tema da Apresentação AULA 2- A TRANSIÇÃO:MEDIEVO À MODERNIDADE HISTÓRIA MODERNA: Da transição do feudalismo as reformas religiosas O QUE VIMOS NA AULA 2: Estabelecemos as principais características da sociedade do Antigo regime, comparando aspectos da sociedade medieval na transição para a modernidade. Identificamos os agentes sociais dessa formação e consolidação do Antigo regime. 14 Tema da Apresentação AULA 2- A TRANSIÇÃO:MEDIEVO À MODERNIDADE HISTÓRIA MODERNA: Da transição do feudalismo as reformas religiosas AGORA É COM VOCÊ…… SUGESTÕES DE LEITURA: ANDERSON, Perry. Linhagens do Estado Absolutista. São Paulo: Brasiliense, 2004. BURKE, Peter. Cultura Popular na Idade Moderna. São Paulo: Companhia das Letras.2010 Artigo “ A mobilidade social na sociedade de Antigo Regime”, António Manuel Hespanha in: http://www.scielo.br/pdf/tem/v11n21/v11n21a09.pdf 15 Tema da Apresentação AULA 2- A TRANSIÇÃO:MEDIEVO À MODERNIDADE HISTÓRIA MODERNA: Da transição do feudalismo as reformas religiosas O QUE VEM NA PRÓXIMA AULA 3.... A economia na modernidade Conheceremos o sistema mercantil e sua consolidação. 16 Tema da Apresentação
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