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* * * HEMORRAGIA DIGESTIVA SEMINARIOS EM GASTROENTEROLOGIA * * * DMC, masc., 50 anos, cor branca, balconista de bar. Há 4 dias com episódios de dor epigástrica em queimação, intermitentes, aliviadas com uso de analgésicos comuns. Referiu fezes de cor preta e mal-cheirosas há 3 dias. Há 8h atrás, apresentou episódios de vômitos, sendo o último deles com aspecto de borra-de-café; Há cerca de 3h, quando estava vindo para o hospital, começou a apresentar novos episódios de vômitos, acompanhados de mal-estar e sudorese, seguidos, 30 minutos após, de hematêmese em sangue vivo, preenchendo um recipiente de 1000 ml. CASO CLÍNICO * * * INTERROGATÓRIO COMPLEMENTAR: tabagista (2 carteiras/dia) e etilista (cerca de 500ml de destilado/dia) desde os 20 anos (nas últimas 2 semanas vinha fazendo abuso alcoólico motivado por problemas particulares). Uso de antiinflamatórios 2 semanas atrás, devido a dor ocasionada ao carregar peso no local de trabalho. Nega história prévia de dor ou sangramentos anteriores. Nega queixas cardio-respiratórias e genito-urinárias. CASO CLÍNICO * * * EXAME FÍSICO: REG, mucosas descoradas, anictérico, acianótico, eritema palmar, algumas aranhas vasculares na região anterior do tórax, . AP CV: RR, BNF, PA de 90/60mmHg, FC: 100bpm; AP Resp: MVRD, s/ RA Abdômen: plano, doloroso à palpação de epigastro e HD, fígado palpável à 3cm do rebordo costal. CASO CLÍNICO * * * HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS: SÍTIO DE SANGRAMENTO; TIPO DE SANGRAMENTO; FORMA DE APRESENTAÇÃO; MEDIDAS INICIAIS EXAMES COMPLEMENTARES TRATAMENTO DEFINITIVO CASO CLÍNICO * * * HD – SÍTIOS DE SANGRAMENTO HDA Esôfago Estômago Duodeno HDB Delgado Colon, Reto e Ânus * * * HDA Varicosa Não Varicosa HDB Hematoquezia Enterorragia HD – TIPO DE SANGRAMENTO * * * HD - APRESENTAÇÃO CLINICA Hematêmese (sangue vivo ou borra-de-café) Melena – mínimo de 50 a 100ml de sangue Enterorragia (ou hematoquezia) Oculta * * * AVALIAÇÃO DA PERDA SANGUĺINEA * * * Hemorragia Digestiva Historia clínica e exame físico completos Medidas especificas de reanimação Solicitação de exames auxiliares Atos que se realizam simultaneamente Mortalidade e Morbidade Manejo Correto * * * Hemorragia Digestiva Objetivos Estabilizar hemodinamicamente o paciente Definir critérios prognósticos * * * ATENDIMENTO INICIAL Medidas Especificas (Reanimação Cardio-Circulatória): 2 acessos periféricos adequada ou veia central (choque hipovolêmico) Oxigenioterapia Pacientes idosos Hemodinamicamente instáveis Hemoglobina menor do que 10,0gr% Doença Coronariana Monitorização de Funções Vitais * * * ATENDIMENTO INICIAL NPVO Proteger vias aéreas de aspiração Uso de SNG e lavagem gástrica? * * * ATENDIMENTO SEQUENCIAL Diagnóstico Clínico-laboratorial: Hemograma; PFH; Uréia/Creatinina; Coagulograma; Endoscópico Cirúrgico Tratamento Medicamentoso * * * REPOSIÇÃO SANGUĺNEA Importância da história e do exame físico Historia prévia de anemia Doença Coronariana Hemograma e hematócrito Achados à Endoscopia * * * Critérios Clínicos de Alto Risco Idade acima de 60 anos Doenças graves associadas Hospitalizações frequentes Hematêmese ou enterorragia volumosa Melena persistente Hipotensão ortostática Pressão sistólica < 100 mm HG Pulso > 100 bpm Ressangramento Transfusões - >4U nas primeiras 24h e acima de 8 após ressangramento * * * Escore de Rockall * * * * * * TESTES DIAGNÓSTICOS 1 – Endoscopia 2 – Enema opaco 3 – Imagens radionucleares 4 – Angiografia 5 – Outros EDA CPRE Enteroscopia Colonoscopia Cápsula * * * 1 – Endoscopia 2 – Enema opaco 3 – Imagens radionucleares 4 – Angiografia 5 – Outros EDA CPRE Enteroscopia Colonoscopia Capsula TESTES DIAGNÓSTICOS * * * 1 – Endoscopia 2 – Enema opaco 3 – Imagens radionucleares 4 – Angiografia 5 – Outros EDA CPRE Enteroscopia ColonoscopiaCapsula TESTES DIAGNÓSTICOS * * * 1 – Endoscopia 2 – Enema opaco 3 – Imagens radionucleares 4 – Angiografia 5 – Outros EDA CPRE Enteroscopia ColonoscopiaCapsula TESTES DIAGNÓSTICOS * * * 1 – Endoscopia 2 – Enema opaco 3 – Imagens radionucleares 4 – Angiografia 5 – Outros EDA CPRE Enteroscopia ColonoscopiaCápsula TESTES DIAGNÓSTICOS * * * CAPSULA ENDOSCÓPICA * * * 1 – Endoscopia 2 – Enema opaco 3 – Imagens radionucleares 4 – Angiografia 5 – Outros EDA CPRE Enteroscopia ColonoscopiaCapsula TESTES DIAGNÓSTICOS * * * 1 – Endoscopia 2 – Enema opaco 3 – Imagens radionucleares 4 – Angiografia 5 – Outros EDA CPRE Enteroscopia ColonoscopiaCapsula TESTES DIAGNÓSTICOS * * * HDA - ETIOLOGIA Úlcera gástrica Úlcera duodenal Varizes de esôfago Mallory-Weiss Menos freqüentes Dieulafoy Ectasias vasculares Gastropatia hipertensiva Neoplasias Esofagite Gastrite erosiva Raras Úlcera de esôfago Duodenite erosiva Fistula aorto- entérica Hemobilia Crohn Não identificada Freqüentes * * * HDA - ETIOLOGIA Úlcera duodenal 31.4 % Varizes esofágicas 24.3 % Ulcera gástrica 15,0 % LAMGD 12.2 % Mallory Weiss 3.4 % Tumores 3.3 % Esofagite 2.8 % Ulcera de anastomose 1.3 % Outras 1.7 % Não determinadas 4.6 % Patologia Incidência % * * * HDA NÃO-VARICOSA ESOFAGITE Responde por 3% das HDAs Sangramento discreto Tratamento com IBP e medidas anti-refluxo Poucas opções endoscópicas de tratamento * * * GASTRITES Etanol AAS Antiinflamatórios Stress Sangramento discreto Boa resposta aos IBPs HDA NÃO-VARICOSA * * * MALLORY WEISS Responde por 5-10% das HDA Apenas 30% tem história de vômito Para espontaneamente em 80-90% Tratamento: Endoscópico Cirurgia HDA NÃO-VARICOSA * * * ULCERA GÁSTRICA E DUODENAL 50% das HDA Mais frequente - UD Diminuição da incidência Fatores predisponentes H.pylori AINES Etanol Anticoagulante A maioria pára espontaneamente Ressangramento Importância aspecto endoscópico Tamanho Vaso visível Coágulo aderente HDA NÃO-VARICOSA * * * ÚLCERA PÉPTICA - ESTIGMAS ENDOSCÓPICOS E INCIDÊNCIA DE RESSANGRAMENTO Estigmas Incidência Ressangramento % % Sangramento em jato 8 – 15 > 90 Sangramento babando 10-20 20-30 Vaso visível vermelho 26-55 30-51 Coágulo aderido 10-18 25-41 Pigmentação plana 12 0-5 Base limpa 36 0-2 * * * TRATAMENTO MEDICAMENTOSO HDA NÃO-VARICOSA Inibidores da Bomba de Protons (IBP) Erradicação do H. pylori Ocreotideo Somatostatina Vasopressina * * * Injeção de ag. esclerosantes Injeção de adrenalina Ligadura elástica Heater probe Laser Plasma de argônio Endoclips TRATAMENTO ENDOSCÓPICO HDA NÃO-VARICOSA * * * TRATAMENTO ENDOSCÓPICO HDA NÃO VARICOSA Soluções usadas na terapia por injeção em úlceras hemorrágicas Solução Mecanismo de ação Volume Álcool absoluto Desidratação e fixação 1 a 4 ml Etanolamina ( 1 a 5%) Trombose + lesão da íntima 5 a 20 ml Polidocanol a 1 % idem 5 ml Adrenalina 1: 10000 Vasoconstrição e agregação plaquetária 5 a 50 ml * * * TRATAMENTO ENDOSCÓPICO HDA NÃO-VARICOSA ENDOCLIPS * * * TRATAMENTO ENDOSCÓPICO HDA NÃO-VARICOSA vaso ENDOCLIPS * * * VARIZES ESOFÁGICAS Responde por 24% das HDAs Grandes perdas Imediata abordagem endoscópica Opção de tratamento: Balão de Sengstaken-Blackmore HAD VARICOSA * * * VARIZES ESOFÁGICAS * * * VARIZES ESOFÁGICAS OPÇÕES DE TRATAMENTO: - Esclerose e ligadura - Medicamentos: Terlipressina Octreotide Somatostatina - Balão de Sengstaken-Blakmore - TIPS * * * TRATAMENTO ENDOSCÓPICO DAS VARIZES DE ESÔFAGO ESCLEROSE * * * TRATAMENTO ENDOSCÓPICO DAS VARIZES DE ESÔFAGO LIGADURA ELÁSTICA * * * TRATAMENTO DAS VARIZES DE ESÔFAGO BALÃO DE SENGSTAKEN-BLACKMORE * * * TRATAMENTO DAS VARIZES DE ESÔFAGO TIPS * * * HEMORRAGIA DIGESTIVA BAIXA Varia de moderada a severa (choque) Na maioria da vezes auto-limitada Hospitalizações correspondem a 1/3 das HDs Incidência > em homens (diverticulose /d. vascular) Abordagem inicial é semelhante a HDA * * * ABORDAGEM DIAGNÓSTICA E TERAPEUTICA Historia e exame físico Anuscopia e retossigmoidoscopia flexível Colonoscopia Angiografia Cirurgia HEMORRAGIA DIGESTIVA BAIXA * * * HDB – ETIOLOGIA COMUNS Diverticulose Hemorróidas Ectasias vasculares * * * COMUNS Diverticulose Hemorroidas Ectasias vasculares Internas Externas HDB – ETIOLOGIA * * * COMUNS Diverticulose Hemorróidas Ectasias vasculares HDB – ETIOLOGIA * * * POUCO FREQUENTE Neoplasia – Pólipos D.I.I. Delgado Angiodisplasias D. Meckel Crohn Fístula HDB – ETIOLOGIA * * * POUCO FREQUENTE Neoplasia – Pólipos D.I.I. Delgado Angiodisplasias D. Meckel Crohn Fístula Crohn R.C.U. I. HDB – ETIOLOGIA * * * HDB – ETIOLOGIA RARAS Úlceras de colon Varizes de reto * * * HDB – TERAPÊUTICA ENDOSCOPICA Injeção de ag. esclerosantes Injeção de adrenalina Ligadura elástica Heater probe Laser Plasma de argônio * * * CONCLUSÕES 1 – Abordagem inicial deve ser voltada as condições hemodinâmicas 2 – A endoscopia é o procedimento de escolha para o diagnóstico inicial 3 - Métodos alternativos para diagnóstico e tratamento deverão ser individualizados 4 – Valorizar sempre o menor sinal de hemorragia digestiva
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