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Legislaçao aplicada 3

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TEMA 1 - IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO
O imposto de importação é de competência da União, conforme o Art. 153, I, da Constituição Federal. Conforme já estudado na aula anterior, a Constituição Federal não cria o tributo, apenas estabelece a competência para sua criação. Por isso, o imposto de importação tem sua hipótese de incidência definida pelo Decreto-Lei nº. 37 de 1966.
O imposto de importação pode ter sua alíquota alterada sem que se respeite ao interregno de 90 dias ou de publicação da lei no ano anterior ao aumento, o que possibilita que produtos que tenham apenas ingressado no território nacional, mas não tenham sido declarados no registro, contem com duas possíveis alíquotas.
TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO. MERCADORIA EM TRÂNSITO DESTINADA AO PARAGUAI. AVARIA OU EXTRAVIO. ISENÇÃO. IRRESPONSABILIDADE DO TRANSPORTADOR. PRECEDENTES. 
Não obstante o fato gerador do imposto de importação se dê com a entrada da mercadoria estrangeira em território nacional, torna-se necessária a fixação de um critério temporal a que se atribua a exatidão e certeza para se completar o inteiro desenho do fato gerador. Assim, embora o fato gerador do tributo se dê com a entrada da mercadoria em território nacional, ele apenas se aperfeiçoa com o registro da Declaração de Importação no caso de regime comum e, nos termos precisos do parágrafo único, do Art. 1º, do Decreto-Lei nº 37/66, "com a entrada no território nacional a mercadoria que contar como tendo sido importada e cuja a falta seja apurada pela autoridade aduaneira". (...) (REsp 362.910/PR, Rel. Ministro JOSÉ DELGADO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 16/04/2002, DJ 13/05/2002, p. 161).
Portanto, o fato gerador (momento em que se considera implementada a hipótese de incidência) do imposto de importação é composto por um
 critério espacial, com a entrada da mercadoria em território nacional, 
critério temporal, que ocorre com o registro da Declaração de Importação. Somente com o aperfeiçoamento de ambos os critérios é que se considera efetivado o fato gerador.
TEMA 2 - IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS (IPI)
O imposto sobre produtos industrializados também é um tributo federal, ou seja, de competência da União.
 É um tributo que não incide apenas no comércio exterior, mais propriamente na importação já que a exportação é imune, mas tem sua principal função tributar a industrialização de produtos nacionais também.
Neste sentido, diz-se que a incidência do IPI na importação se deve à necessária nivelação de tributação dos produtos importados com os nacionais
Caso não fossem tributados pelo IPI, os produtos importados teriam uma vantagem em relação aos nacionais.
Apesar da industrialização não ocorrer em território nacional, o IPI incidirá também sobre os produtos industrializados importados.
A hipótese de incidência do IPI está na Lei nº. 4.502/64, contudo, a Constituição Federal traz alguns limites à sua incidência: será seletivo e não cumulativo.
A seletividade diz respeito à essencialidade do produto e a alíquota aplicada. Quanto mais essencial o produto ao ser humano, menor deve ser sua alíquota
Outra determinação constitucional é que o imposto seja não-cumulativo, ou seja, não será cobrado novamente na próxima etapa da industrialização.
IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS – IMPORTAÇÃO DE BENS PARA USO PRÓPRIO – CONSUMIDOR FINAL. Incide, na importação de bens para uso próprio, o Imposto sobre Produtos Industrializados, sendo neutro o fato de tratar-se de consumidor final. (RE 723651, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em 04/02/2016, PROCESSO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-164 DIVULG 04-08-2016 PUBLIC 05-08-2016).
Assim, o Supremo Tribunal Federal a manutenção da incidência do IPI no caso resguarda o princípio da isonomia ao assegurar igualdade de condições tributárias entre o fabricante nacional e o fornecedor estrangeiro.
TEMA 3: PIS/PASEP E COFINS
A Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep), e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) somente passaram a ser exigidas na importação a partir de 2004, em razão da inclusão do inciso IV no Art. 195 e modificação no inciso II do §2º do Art. 149 da Constituição Federal pela Emenda Constitucional nº. 42 de 19 de dezembro de 2003:
Portanto, assim como o IPI, a incidência do PIS/PASEP e COFINS na importação teve a função de equalizar a tributação incidente sobre os produtos internos e importados. Essencial consignar que a referida Medida Provisória foi convertida na Lei nº. 10.865/2004
Ambos os tributos têm a mesma hipótese de incidência do imposto de importação: a entrada em território nacional e o registro da Declaração de Importação.
A base de cálculo das contribuições restou alterada pela Medida Provisória nº. 615/2013, convertida na Lei nº. 12.865/2013, que passou a ser o valor aduaneiro.
Interessante conhecer dos motivos da Medida Provisória nº. 668/2015, que alterou as alíquotas:
 . Em face da recente decisão do Supremo Tribunal Federal - STF que entendeu inconstitucional parcela da base de cálculo da Contribuição para o PIS/PASEPImportação e da COFINS-Importação incidente na importação de mercadorias, faz-se necessário adequar o marco legal de regência dessas contribuições. Ressalte-se, preliminarmente, que a decisão do STF já se encontra plasmada na legislação tributária federal. A Lei nº 12.865, de 9 de outubro de 2013, alterou a base de cálculo da Contribuição para o PIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação, adequando-a aos ditames do acórdão exarado
. 3. Com o intuito de evitar-se que a importação de mercadorias passe a gozar de tributação mais favorecida do que aquele incidente sobre os produtos nacionais, desprotegendo as empresas instaladas no País, torna-se necessário elevar as alíquotas da Contribuição para o PIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação. O aumento proposto apenas repõe a arrecadação dessas contribuições ao patamar existente previamente à decisão do STF e à consequente alteração legislativa
Portanto, o objeto do aumento das alíquotas foi a proteção das empresas nacionais.
TEMA 4 - IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS (ICMS)
O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação é o único tributo que não pertence à União que incide sobre a importação.
Outra celeuma decidida pelo Supremo Tribunal Federal diz respeito à incidência do ICMS na importação por leasing (arrendamento mercantil). O contrato por arrendamento mercantil é uma operação complexa, pois trata-se de uma locação com opção de compra ou renovação ao final do prazo determinado. Assim, se ao final do prazo do contrato o arrendatário renovação a locação ou devolve o bom não há transferência de propriedade. Assim, não há que se falar em mercadoria, como exige a Constituição para que se aperfeiçoe a hipótese de incidência.
TEMA 5 - DEMAIS TRIBUTOS
AFRMM, adicional ao frete para renovação da marinha mercante, é um tributo decorrente de operação interna necessária à importação. Sua natureza jurídica foi debatida na doutrina, tida por alguns como imposto, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a AFRMM como contribuição parafiscal ou especial da espécie de intervenção no domínio econômico
Para que haja a incidência da contribuição, indispensável a contratação de transporte aquaviário. Assim, caso a importação se dê por meio de transporte rodoviário ou aéreo, não haverá a sua cobrança.
Em relação ao transporte aquaviário, também incide a Taxa de Utilização do MERCANTE, sistema de Controle da Arrecadação do Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante – AFRMM. O sistema visa a arrecadação e fiscalização desse único tributo.
A mera utilização do sistema não é fato gerador do tributo, o que revela a impropriedade da denominação legal da taxa. Para incidência da taxa, devese obter o registrodo conhecimento de carga no sistema Mercante.
Por isso, o fato gerador do tributo é o momento da emissão do número de registro do conhecimento de carga no sistema Mercante (§ 1º do Art. 37 da Lei nº 10.893/2004).
Seguindo em frente na tributação, a CIDE combustível é a outra contribuição sobre o domínio econômico incidente no comércio exterior. Tratase de Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a importação e a comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados, e álcool etílico combustível.
Por fim, o último tributo incidente sobre o comércio exterior é a taxa de utilização do sistema Siscomex. 
Esta taxa passou a ser cobrada em 1º de janeiro de 1999 por conta da Medida Provisória nº. 1.725/1998, convertida na Lei nº. 9.716/1998. 
Assim como a taxa Mercante, a simples utilização do sistema não gera a cobrança da taxa, por isso, o fato gerador ocorre com o registro da declaração da importação (Art. 3º, § 1º, da Lei nº. 9.716/1998).
 Desnecessário que a importação se dê a título definitivo, qualquer tipo de regime aduaneiro (comum ou especial) a que seja submetido gera a incidência da taxa.
 Ambas as taxas, Mercante e Siscomex, são devidas em razão do Poder de Polícia da União.

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