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RESENHA ( TAREFA 02 )

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ 
ANDRÉ OLIVEIRA DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESENHA CRÍTICA DA UNIDADE IV: VISÃO HISTÓRICA DA EDUCAÇÃO 
PIAUIENSE, DA OBRA HISTORIA DA EDUCAÇÃO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FLORIANO 
OUTUBRO/2017 
QUEIROZ, Marta Maria Azevedo. História da Educação. Teresina: EDUFPI, 2008. p 119-
137. 
 Resenhado por André Oliveira dos Santos 
Curso de geografia da UFPI 
 
 A autora é professora da Universidade Federal do Piauí, do centro de ciências da 
educação, no curso de pedagogia e no mestrado em comunicação social. É coordenadora do 
núcleo de estudos, pesquisa e extensão sobre infância e educação da criança - NEPEIEC. 
Possui doutorado em comunicação social pela Universidade do vale do Rio dos Sinos 
(UNISINOS), mestrado em educação pela Universidade Federal do Piauí. Especialização em 
psicopedagogia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e graduação em pedagogia pela 
Universidade Estadual do Piauí. Linhas de trabalho: educação infantil, criança/infância, 
consumo e mídia. 
 A unidade IV possui seus conteúdos distribuídos em tópicos sendo um tópico principal 
com tema Educação no Piauí: do período colonial ao início do período republicano, que por 
sua vez está subdividido em outros três tópicos são eles: Educação no Piauí Colonial, 
Educação no Piauí Imperial e Educação no Piauí Republicano, que são apresentados de forma 
bem didática e de maneira simples, que facilita o aprendizado do leitor. 
 A autora, no primeiro tópico, que se refere ao tema Educação no Piauí: do período 
colonial ao início do período republicano, mostra apenas de forma introdutória a origem da 
colonização do estado do Piauí, onde relata que Domingos Afonso Mafrense e seu irmão 
Julião Afonso, vindos do estado da Bahia, durante uma expedição perceberam que a região 
era propícia para a criação de gado, trataram logo de instalar suas fazendas, dando início ao 
processo de colonização deste Estado em seguida faz um breve relato sobre alguns dos 
obstáculos que motivaram o atraso para acontecer a educação formal no Piauí, que vinham 
deste a desinteresse dos habitantes até a falta de estímulo salarial para os profissionais. 
 No tópico seguinte é dada uma ênfase especial a Educação no Piauí Colonial, onde a 
autora relata que houve um total descaso com a educação formal nesse estado por parte de 
quem tinha essa responsabilidade, embora tenham sido constantes as reclamações sobre o 
estado de abandono em que se encontrava a educação, a Coroa portuguesa permanecia 
indiferente aos apelos dos governantes da distante Capitania do Piauí, obrigando o seu povo a 
permanecer na ignorância. 
 Esse período foi marcado apenas de expectativas de que a educação formal se 
alavancasse, mas que na realidade não eram concretizados e havia de fato nesse período, 
apenas uma escola publica em funcionamento no Piauí, pois para alguns historiadores, as 
escolas dessa época apenas entraram em funcionamento alguns anos após sua criação e logo 
fecharam; para outros, porém, elas não chegaram a funcionar de fato e afirma que essa se 
constituiu a realidade educacional do Piauí Colônia, a autora finaliza o tema dizendo que 
podemos afirmar que neste período o ensino público não se estruturou formalmente e que 
quase a totalidade da população era analfabeta. 
 Em Seguida a autora aborda o tópico com tema: Educação no Piauí imperial, 
primeiramente a ele faz um relato da atuação de um personagem considerado por muitos 
historiadores como o primeiro mestre-escola do Piauí, Padre Marcos de Araújo Costa, 
fundador de uma escola chamada boa esperança, localizada em uma fazenda de mesmo nome 
na cidade de Jaicós, considerado como a primeira escola a existir de fato no estado. 
 No mesmo tópico a autora faz um breve relato de fatos históricos relacionados à nova 
fase da educação no Piauí, como a Independência do Brasil, em 07 de setembro de 1822, 
quando o Brasil deixou a condição de colônia e entrou em uma nova fase de sua história, um 
fato marcante dessa época foi criação da primeira constituição brasileira outorgada 1824 por 
Dom Pedro I, o Imperador do Brasil, principalmente em seu artigo 179, item 32, que tratava 
sobre a educação, estabelecendo os princípios da gratuidade do ensino e universalidade da 
instrução pública, que veio a ser regulamentada pela Lei de 15 de outubro de 1827, que ficou 
conhecida como Lei Geral do Ensino. Foi nesse período que no Piauí, iniciou um processo de 
criação de muitas escolas publicas. 
 A Lei Geral do Ensino trouxe algumas inovações, dentre elas, a disseminação do 
ensino, determinando que fossem criadas escolas de primeiras letras em todas as cidades, vilas 
e lugarejos mais populosos do país; essa lei dentre outras recomendações indicava a adoção 
do método mutuo ou Lancaster, que se tratava de utilizar alunos que se destacam dos demais 
como alunos monitores, responsáveis por contribuir para o ensino do restante do grupo. 
 No Piauí, como em muitas escolas brasileiras, a adoção desse método não logrou êxito, 
principalmente pela falta de conhecimento e domínio em sua aplicação, cominando por parte 
da maioria das escolas da época, na adoção de outro método denominado método simples ou 
individual onde o professor, numa mesma classe, atendia alunos em estágios diferentes, 
ensinando-os individualmente de acordo com o ritmo de cada um, que levou as autoridades 
provinciais à aprovação da Lei Provincial nº 86, de 20 de setembro de 1838, permitindo que 
as cadeiras de primeiras letras funcionassem interinamente utilizando o método simples. 
 A situação da educação no Piauí que já não estava boa piorou após a publicação do ato 
adicional de 6 de agosto de 1834 alterando a Constituição Imperial, responsabilizando as 
províncias pelo ensino primário e secundário. O ato adicional veio complicar a situação de 
precariedade da educação no Piauí, pois sendo uma província pobre não tinha condições de 
responsabilizar-se sozinha pela promoção da instrução pública. 
 No mesmo tópico a autora fala de outro importante personagem da educação 
piauiense, Dr. Zacarias de Góis e Vasconcelos, que Em 28 de julho de 1845, assumiu o 
comando da Província do Piauí, imbuído do propósito de melhorar a situação do ensino 
público e uma das principais mudanças educacionais promovidas por ele foi, a substituição do 
método simples e do método Lancaster por o método simultâneo. 
 O método simultâneo consistia em uma ação pedagógica focada no professor que 
deveria separar seus alunos em grupos menores, conforme o grau de desenvolvimento de cada 
um, outro grande feito durante o governo de Zacarias de Góis foi a fundação do Liceu 
Provincial. Essa foi a primeira instituição de ensino secundário do Piauí criada, em 4 de 
outubro de 1845, em Oeiras, capital da Província e que em 1852, a capital do Piauí foi 
transferida para Teresina e para a nova capital também foi o Liceu. 
 A autora finalizando o tópico afirmando que a educação no Piauí chegou ao final do 
Império sem conhecer grandes avanços, mostrando que a situação era de abandono, pois o 
ensino seguia o modelo de aulas avulsas, com frequência irregular, carência de professores 
habilitados, falta de materiais didáticos e outros obstáculos que permaneceram 
intransponíveis. 
 No ultimo tópico a autora aborda o tema: Educação no Piauí Republicano, que inicia 
falando do contexto histórico, pois no final do século XIX foi marcado por um acontecimento 
importantepara a vida política do país – a proclamação da República, em 15 de novembro de 
1889. Acompanhando o clima de reformas o Piauí também estruturou as suas escolas, mas 
nos primeiros anos de regime republicano, as iniciativas legais do governo não conseguiram 
sanar com os problemas educacionais, pois continuava a mesma deficiência do regime 
imperial. 
 Somente em 1910, com a Lei nº 548, é que a educação piauiense começou a dar sinais 
de avanços. Dentre outros aspectos, essa lei tratava: da laicidade, gratuidade e liberdade do 
ensino; divisão do ensino em primário, normal e profissional etc. Com base nesta lei foram 
criados, no Piauí, a Escola Normal Oficial e os Grupos Escolares, onde a escola normal tinha 
a função de formar as professoras que seriam encaminhadas para os grupos escolares, que 
eram grupos formados por classes seriadas que reuniam alunos conforme o grau de 
adiantamento de cada um. 
 Nesta época foi criada a Escola Normal Oficial, em Teresina, seu ensino era voltado 
para a formação de professores, se consolidou e disseminou-se no Piauí. Esta escola sofreu 
várias modificações ao longo de sua trajetória no embalo das reformas educacionais ocorridas 
em âmbito federal e estadual, quando recebeu outras denominações: de Escola Normal Oficial 
passou a ser chamado de Escola Normal “Antonino Freire” em homenagem a um de seus 
idealizadores, onde hoje funciona com nome de instituto superior de educação. 
 A autora finaliza dizendo que apesar dos avanços obtidos, o Piauí precisa melhorar a 
qualidade do ensino ofertado aos seus cidadãos, em todos os níveis, sem o qual não será 
possível atender a demanda de recursos humanos cada vez mais qualificados para acompanhar 
as mudanças em curso. 
 De um modo geral, a autora norteia sua obra em diversos fatos e acontecimentos 
históricos, como a independência do Brasil e a proclamação da republica, fatos que são 
relacionados de alguma forma com a educação piauiense, sendo o conteúdo coerente com 
tema da unidade IV: Visão histórica da educação piauiense, que Introduzem seus leitores a 
historia da educação piauiense e especificamente abordando de maneira clara e simples em 
seus quatro tópicos, que mostram a historia da educação no Piauí do período colonial, 
passando pelo período imperial e finalizando no início do período republicano, mas o que uni 
todos esses temas é infelizmente o descaso da autoridades e porque não dizer da sociedade da 
época com o educação piauiense. 
 A unidade IV com tema a historia da educação piauiense da obra historia da educação, 
de autoria de Marta Maria Azevedo Queiroz, é uma introdução aos conteúdos da área de 
educação no Piauí e são mostrados apenas de maneira superficial e introduzem os seus 
leitores ao conhecimento básico sobre a educação piauiense, pois tem um conteúdo genérico 
sendo indicado para alunos que estão tendo a oportunidade de ter um primeiro contato com 
essa disciplina. 
 Com tudo o conteúdo é voltado principalmente aos alunos matriculados em um curso na 
área de licenciatura, especialmente aos alunos do ensino EAD, pois o material é digitalizado e 
é apresentado de maneira bem simples e clara, através de um conjunto de meios didáticos, que 
dão o suporte necessário ao bom aprendizado de um aluno do ensino a distancia.

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