Buscar

RESUMOS PARA OAB penal

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

RESUMOS PARA OAB - DIREITO PENAL 
DIREITO PENAL – RESUMOS PARA OAB 
 
TEORIA DO CRIME 
 
1) CONCEITO DE INFRAÇÃO PENAL 
a. UNITÁRIO: crime (1830 império); 
b. DUPLISTA/DUALITA/DICOTÔMICO: crime + contravenção (código penal republicado/ 1890-
dias atuais); 
c. TRIPARTIDO: crime + delito + contravenção penal 
 
EXPRESSÕES SINÔNIMAS 
CRIME CONTRAVENÇÃO 
 
DELITO 
 
 
 
CRIME-ANÃO 
CRIME-VAGABUNDO 
INFRAÇÃO LILIPUTIANA 
 
2) DIFERENÇAS ENTRE CRIME E CONTRAVENÇÃO PENAL 
a. CRITÉRIO ONTOLÓGICO: em essência não há diferença entre crime e contravenção 
b. CRITÉRIOS LEGAIS 
B.1 penas privativas e multa 
 
CRIME CONTRAVENÇÃO 
Reclusão 
Detenção 
Multa 
30 anos 
Tentativa tem redução de 1/3 a 2/3 (art 14, §1, 
CP 
Prisão 
Multa 
05 anos 
Tentativa: é impunível (art. 4º, LCP) 
B.2 TENTATIVA: 
para crime - Tentativa tem redução de 1/3 a 2/3 (art 14, §1, CP) 
para contravenção: Tentativa: é impunível (art. 4º, LCP) 
 
B.3 SURSIS: suspensão condicional da pena 
Regra: 2-4 anos 
Etário/humanitário: 4-6 anos 
 
B.4 AÇÃO PENAL: 
Contravenção: pública incondicionada e privada em caso de inércia do ministério público, a 
subsidiária da pública. 
Crime: pública condicionada, incondicionada 
Privada, exclusiva, personalíssima e subsidiária. 
3) CRIME 
a. FORMAL: descrição típica 
b. MATERIAL: crime é ameaça ou uma lesão/dano/agressão a bem jurídico. 
c. ANALÍTICO: tripartido 
Fato 
Bipartido: fato típico e ilícito 
Tripartido: típico, ilícito e culpável – (é o que prevalece no Brasil) 
Quadripartido: fato típico, ilícito, culpável e punível 
4) ESTRUTURA DO CRIME NA CONCEPÇÃO FINALISTA: 
 
Fato Típico 
Conduta: ação/omissão + voluntária + dolo/culpa + consciente + dirigibilidade 
Resultado: naturalístico (mundo real) 
Resultado: normativo ( incide no mundo jurídico) 
Nexo causal: relação de causa e efeito 
Tipicidade 
 
Ilícito 
contrário ao direito 
 
Culpável 
Imputabilidade 
Consciência da ilicitude 
Exigibilidade de conduta diversa 
 
5) FATO TÍPICO 
5.1 CONCUTA 
a) CONCEITO: comportamento humano; 
b) FORMAS: 
* ação: fazer (comissivo) 
* omissão: não fazer (crime omissivo) 
a) CLASSIFICAÇÃO DA OMISSÃO 
 
 OMISSÃO PRÓPRIA(pura): é cometida pelo sujeito que não é garantidor, responde pela simples 
omissão (art 135 CP – omissão de socorro); 
 OMISSAO IMPRÓPRIA (impura): é cometida por sujeito que é garantirdor. (art. 13, § 2º, CP) 
 
b) CAUSAS DE EXCLUSÃO DA CONDUTA 
a. COAÇÃO FÍSICA IRRESISTÍVEL: 
b. ATOS REFLEXOS: descargas elétricas, picadas de insetos, rubor, palidez casta, espirro; 
c. ESTADOS DE INCONSCIÊNCIA: sonambulismo, hipnose profunda, mal súbito; 
 
5.3 NEXO CAUSAL 
a) CONCEITO: elo 
b) TEORIAS QUE VISAM APONTAR A CAUSA DO RESUTADO – art 13 CP 
 
caput: TEORIA DOS ANTECEDENTES CAUSAIS – CONDIDIO SINE QUA NON. Condição sem 
a qual o resultado não teria ocorrido. 
A condição dos antecedentes causais é falha, pois leva a um regresso infinito. 
A causa é toda a conduta sem a qual o resultado não teria ocorrido “como” e “quando” ocorreu. 
 
§1 º: TEORIA DA CAUSALIDADE ADEQUADA: só é considerada causa, a conduta que por si 
só é apta e idônea a produzir o resultado. 
 
5.4 TIPICIDADE 
a) CONCEITO: adequação do fato à norma é o encaixe do fato frente o que está previsto em lei. 
b) CAUSAS DE EXCLUSÃO DA TIPICIDADE: 
 IMUNIDADE PARLAMENTAR MATERIAL: art. 53 CF/88 
 PRINCÍPIO DA ADEQUAÇÃO SOCIAL: trote, furar orelhas, circuncisão etc; 
 PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA: levar em consideração o desvalor da conduta e do resultado. 
a) Drogas: para usuário aplica-se o princípio da insignificância (STJ) 
b) Tráfico: STF e STJ não admitem a insignificância; 
c) Família Tributos: sonegação fiscal (lei 8.137/90) – apropriação indébita previdenciária (art. 168-
A CP) – sonegação previdenciária (art 337-A. CP) – descaminho. 
R$10.000,000 (STF/STJ) 
R$20.000,00 ( Portaria MF 75/2012) 
 
d) Roubo: mediante violência e grave ameaça, não cabe o princípio da insignificância. 
e) Ato infracional: cabe 
f) Furto: cabe, porém quando não couber e o valor for de até um salário mínimo, fala-se em furto 
privilegiado. (reduz a pena, quando for furto de pequeno valor, até 1 sm) 
 
6) ILICITUDE 
a) CONCEITO: é a contrariedade ao direito 
b) CAUSAS DE EXCLUSÃO: 
B1) LEGAIS: previstas em lei 
B1.1) GERAIS: aquelas que podem afastar a ilicitude de todo e qualquer crime: estado de 
necessidade, legitima defesa, exercício regular de direito, estrito cumprimento do dever legal (art. 
23 a 25 CP) 
B1.2 ESPECÍFICAS: aborto (art. 128, I-II, CP); interrupção de gravidez de feto anencéfalo não é 
aborto; crime contra a honra (art. 142, I-III, CP); constrangimento ilegal (art. 146, §3º CP); 
inuação de domicílio (art. 150, §3º CP); crime ambiental (art. 37, L. 9605/98) 
 
B.2) SUPRALEGAL: CONSENTIMENTO DO OFENDIDO 
* INCIDÊNCIA: bens disponíveis. Ex: honra, patrimônio 
* CAUSA DE EXCLUSÃO DE TIPICIDADE OU ILICITUDE: 
 
TIPICIDADE: é chamado de consentimento do ofendido atipificante. Quando a não aceitação da 
vítima puder se depreender do próprio tipo penal. 
Ex: art. 150, CP: entrar ou permanecer clandestina ou astuciosamente ou contra a vontade 
expressa do morador. 
 
ILICITUDE: é chamado de consentimento do ofendido justificante. 
Quando não se depreende do tipo: 
Art. 155. CP 
Momento: ate a consumação do crime. 
Capacidade: regra: maior de 18 anos, capaz mental 
 Ato sexual:14 anos 
 
6.1) ESTADO DE NECESSIDADE 
a) conceito art 24 CP 
b) pressuposto: conflito de bens jurídicos 
bem preservado, bem sacrificado: se tem igual valor = estado de necessidade 
bem preservado for a vida, e o prejudicado patrimônio = estado de necessidade 
bem preservado for patrimônio e o prejudicado a vida = não vai ter estado de necessidade, mas 
sim redução de pena (§2º) 
 
c) Espécies: 
* Real: existe conflito de bens 
*putativo: o agente “imagina” 
Se o erro for invencível, ou seja, qualquer pessoa nas mesmas circunstâncias também incidiria: 
afasta-s dolo e culpa 
Se o erro for vencível, ou seja, o agente não teria incidido se adotado mais cautela: afasta dolo, 
mas subsiste responsabilização culposa se houver previsão de modalidade culposa para o 
crime. 
*defensivo: quando é agredido o bem jurídico do causador da situação de perigo. Ex: furo no 
barco pra ganhar seguro, aí eu pego o único colete salva vidas, ele que causou se ferre. 
* Agressivo: quando é ferido o bem jurídico de terceiro inocente. Ex: andando numa rua deserta, 
ouço gritos de socorro, visualizo fumaça e um prédio em chamas. Toca a campainha do vizinho, 
ele não atende, arrombo a porta, subo na sacada e salvo a pessoa que estava no prédio em 
chamas. 
Embora afaste a responsabilidade penal, subsiste a responsabilização civil cabendo ação de 
regresso contra o causador da situação de risco. 
 Proprio: salvar-se 
 De terceiro: salvar terceiro 
 
d) NÃO PODEM INVOCAR O ESTADO DE NECESSIDADE 
 Causador da situação de risco: 
 Dever de enfrentar 
 
1.2 LEGÍTIMA DEFESA 
a) Conceito: art. 25 CP 
b) Requisitos: 
*injusta agressão 
*atual ou iminente 
*direito próprio ou alheio 
* meios necessários 
*moderação 
Ausente qualquer dos requisitos não se aplica legítima defesa. 
c) Excesso: em relação a MODERAÇÃO, fala-se no excesso, que nada mais é do que a 
intensificação desnecessária da reação. Pode ser dolosa ou culposa. 
 
 TESE DE DEFESA: Excesso exculpante: é o que decorre de medo, pavor ou pânico 
comprometendo a avaliação da situação fática, excluindo a culpabilidade do agente; 
 
d) Legítima defesa contraa honra: 
 
 
2. CULPABILIDADE 
 
a) Conceito: é o juízo de censura ou reprovação da conduta; 
b) Elementos: 
a. Imputabilidade 
b. Potencial consciência da conduta 
c. Exigibilidade de conduta diversa. 
 
7.1 IMPUTABILIDADE 
a) Conceito: é a capacidade de entender o caráter ilícito da conduta (capacidade intelectiva) e de 
se determinar de acordo com este entendimento (capacidade volitiva) 
b) Causas de exclusão da imputabilidade – “inimputáveis” 
a. Distúrbios mentais (art 26 CP) 
 i. Doença mental: é a que retira por COMPLETO a capacidade do agente; 
 ii. Desenvolvimento mental INCOMPLETO: menores de 18 anos e os silvícolas não adaptados 
(índios); 
 iii. Desenvolvimento mental RETARDADO: é o que possuem os oligofrênicos (idiotas, imbecis e 
débeis mentais – baixos Q.I) e os surdos-mudos não adaptados: 
 
b. 1.1 MODO DE AFERIR: incidente de insanidade mental – art 149 CPP 
 
b.1.2 CONCLUSÕES x CONSEQUENCIAS PENAIS 
* IMPUTÁVEL: pena -> condenação 
* INIMPUTÁVEL: pena -> ocorre isenção de pena, mas aplica-se medida de segurança. (Essa 
absolvição, é chamada de imprópria: 
- medidas de segurança: 
detentiva: internação 
restritiva: ambulatorial 
 
semi imputável 
perigoso: medida de segurança SISTEMA UNITÁRIO OU VICARIANTE 
não perigoso: pena reduzida MONISTA/UNITÁRIO 
 
b.2 MENORIDADE – Art. 27 CP 
 
b.2.1 MOMENTO DE CESSAÇÃO: 00:00 hora gera a cessação 
b.2.2 CONSEQUÊNCIAS: 
 
MAIOR DE 18 ANOS: CRIME (contravenção) – PRISÃO EM FLAGRANTE – AUTO DE PRISÃO 
EM FLAGRANTE (apf) – DENÚNCIA - PENA 
 
MENOR DE 18ANOS: ATO INFRACIONAL – APREENSÃO EM FLAGRANTE – AUTO DE 
APREENSÃO EM FLAGRANTE, se não houver grave ameaça é BOLETIM DE OCORRENCIA 
CIRCUNSTANCIADO – REPRESENTAÇÃO – MEDIDAS SOCIO EDUCATIVAS (adolescentes), 
para crianças (0 a 11 anos) aplica-se MEDIDA PROTETIVA. 
 
B.3 EMBRIAGUEZ – art 28 CP 
 
a) Conceito: intoxicação aguda, decorrente do consumo de álcool, drogas ou remédios 
b) Espécies: 
 i. Álcool: alcoólica 
 ii. Drogas: toxicológica 
 iii. Remédios: medicamentosa 
 
c) Classificação: 
 
a. Acidental: 
 i. Caso fortuito: alergia a remédio, cair em depósito de vinho, boa noite cinderela 
 ii. Força maior: arma na cabeça mandando tomar 
 
b. Não acidental: 
 i. Voluntária: 
 ii. Culposa: 
 iii. Preordenada: se embriaga para cometer o crime 
 
d) Graus de embriagues: 
a. Completa: a que exclui a capacidade do agente 
b. Incompleta: é a que apenas reduz a capacidade 
 
e) Estágios ou fases da embriaguês 
a. Fase do macaco: marcada por euforia, excitação, o agente ainda detém capacidade; 
b. Fase do leão: com redução da capacidade, o agente apresenta dificuldade na avaliação fática 
c. Fase do porco: com ausência de capacidade, nesta fase o agente está tomado por sonolência 
profunda, quase entrando em coma. É chamada embriaguês letárgica ou comatosa. 
 
f) Conseqüências penais: 
a. Embriagues que gera inimputabilidade: acidental completa 
b. Embriagues que reduz a pena: acidental incompleta (a que beneficia é sempre acidental) 
c. Embriagues que não exclui a imputabilidade: não acidental voluntária e culposa 
d. Embriagues que agrava a pena: preordenada (art 61, II, “l” CP) 
 
g) Dependência ou influencia de drogas ( art 45, lei 11.343/06) 
a. Modos de aferir: 
 i. Dependência/influência: exame toxicológico 
 ii. Capacidade: incidente de insanidade mental 
b. Consequências penais: 
 i. Incapacidade absoluta: isenção de pena (art. 45 CP) isenção para qualquer crime 
 ii. Incapacidade relativa: redução de pena (art 46 CP) 
 
3. ERROS NO DIREITO PENAL 
A) ERRO DE TIPO (fato típico) 
B) ERRO DE PROIBIÇÃO (culpabilidade) 
8.1. ERRO DE TIPO 
a) conceito: é o que recai sobre algum dos elementos da estruturas do tipo penal 
 I – INCRIMINADOR: 
 II – PERMISSIVO: 
8.1.1. ERRO DE TIPO INCRIMINADOR 
A) CLASSIFICAÇÃO 
1) ESSENCIAL: é o que recai sobre elemento fundamental/essencial do tipo, aquele de que 
depende a existência do crime. 
2) ACIDENTAL: é o que recai sobre elemento secundário, acessório ou periférico do tipo penal 
que não compromete a existência do crime. 
B) CONSEQUENCIAS 
ESSENCIAL: 
INVENCÍVEL/INEVITÁVEL: é aquele em que qualquer pessoa nas mesmas circunstâncias 
incidiria, e por isso exclui o dolo e a culpa. 
VENCÍVEL/EVITÁVEL: é aquele que o agente não teria incidido se tivesse adotado mais cautela. 
Embora afaste o dolo subsiste responsabilidade culposa, mas apenas se houver previsão de 
modalidade culposa para o crime. 
Ex1: caçadores X homicídio: dois sujeitos caçando, separam-se no mato, vendo uma 
movimentação, atira contra a moita, ao chegar verifica que é seu amigo. 
DOLO: matar alguém 
VENCÍVEL: afasta o dolo e sobra a culpa 
Ex2: transportador X tráfico: carga de ENO, recebeu nota fiscal, segue caminho até seu destino, 
no meio do caminho encontra uma balança de pesagem. Na balança os policiais aparecem com 
a guia 
DOLO: transportar droga 
INVENCÍVEL: afasta dolo, sobra a culpa – não tem previsão de tráfico culposo. Não responde 
por nada. 
 
c) ERRO DE TIPO ACIDENTAL: 
Ex: Ouve barulho de madrugada e atira, era o filho voltando de uma festa. Se ele não sabia que 
o filho tava na festa: INVENCÍVEL. 
No mesmo caso, se o garoto nunca saía de casa, e o pai achava que estava dormindo: 
VENCÍVEL – afasta dolo 
1) ERRO SOBRE O OBJETO – “error in objecto”: o agente pensa que sua conduta recai sobre um 
objeto, quando na verdade atinge a outro. 
Ex: ta no banheiro, acha um “player” em cima da bancada, o dono reaparece perguntando sobre 
seu na verdade “aparelho de ouvido”. O rapaz que furtou sempre vai responder. 
 
2) ERRO SOBRE A PESSOA – “error in persona” – ( art. 20, § 3º CP): o agente acredita que sua 
conduta recai sobre uma pessoa, quando na verdade dadas as semelhanças físicas atinge a 
outra. Este erro não isenta de pena e deve se considerar como se tivesse atingido a pessoa 
pretendida. 
Ex: sob estado puerperal a mãe vai até o berçário e sufoca um bebe pensando ser o seu. 
Segundos depois uma enfermeira retorna com seu filho no colo que havia levado pra fazer o 
teste do pezinho. A mãe responderá por infanticídio. 
 
Ex2: traficante quer matar Joãozinhode 13 anos pq o traiu. O traficante mata outro garoto 
achando ser Joãozinho. O traficante na verdade matou ADÃO de 15 anos. Neste caso o 
traficante responderá por homicídio cirscuntanciado (aumento de pena). 
OBS: matar menor de 14 anos é aumento de pena. 
 
Ex: o traficante quer matar adão 15 anos. Acaba matando Joãozinho de 13 anos. Responde por 
homicídio simples. 
Nesses casos não se leva em consideração a vítima real, mas sim a VIRTUAL, a pretendida. 
 
3) ERRO SOBRE A EXECUÇÃO - “aberratio ictus” (art. 73 CP): ocorre quando por erro na 
execução “má pontaria” o agente atinge PESSOA diversa da pretendida. Considera-se como se 
tivesse atingido a vítima pretendida. (art 20, § 3º). 
 
Ex: pretende matar Joãozinho 13 anos. Atira, e acerta em Maria 30 anos, pois errou a pontaria. 
O traficante responderá por homicídio circunstanciado (agravado) 
 
 
Dolo direto: homicídio 
Dolo eventual: se sabia que poderia atingir a pessoa que estava atrás 
Culpa consciente: tinha sincera certeza que não atingiria a outra pessoa. 
Concurso material: sujeito mediante duas ações, provoca dois resultados 
Concurso formal: sujeito mediante uma ação, provoca dois resultados 
OBS: Se além do resultado previsto, o agente ferir outro bem jurídico, responderá pelos dois 
crimes em concurso formal (art. 70 CP) 
 
Concurso material 
 Art. 69 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais 
crimes, idênticos ou não, aplicam-se cumulativamente as penas privativas de liberdade em que 
haja incorrido. No caso de aplicação cumulativa de penas de reclusão e de detenção, executa-
se primeiro aquela. 
 § 1º - Na hipótese deste artigo, quando ao agente tiver sido aplicada pena privativa de 
liberdade, não suspensa, por um dos crimes, para os demais será incabível a substituição de 
que trata o art. 44 deste Código. 
 § 2º - Quando forem aplicadas penas restritivas de direitos, o condenado cumprirá 
simultaneamente as que forem compatíveis entre si e sucessivamente as demais. 
 Concurso formal 
 Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais 
crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente 
uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. As penas aplicam-se, 
entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes 
resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo anterior. 
 
4) ERRO SOBRE O RESULTADO – RESULTADO DIVERSO DO PRETENDIDO – “aberratio 
criminis” – (art. 74 CP) 
 
a. Conceito: ocorre quando por erro na execução (má pontaria), o agente atinge RESULTADO 
diverso do que pretendia 
Ex: fulana jogou uma pedra no carro do marido, a pedra quica quebra o vidro de um prédio e 
ainda atinge uma pessoa que estava lanchando. 
Aqui temos concurso formal. 
Na hipótese de atingir além do resultado pretendido outro não pretendido, o agente responde 
pelos dois crimes em concurso formal (art 70 CP) 
 
5) ERRO DE TIPO PERMISSIVO – (art. 20, § 1º CP) 
 
a. Conceito: trata-se das descriminantes putativas, ou seja: estado de necessidade putativo, 
legitima defesa putativa, exercício regular de direito putativo, ou estrito cumprimento do dever 
legal putativo. Se o erro for inevitável/invencível, afasta dolo e culpa (escusável) e se for 
evitável/vencível, afasta dolo, mas subsiste responsabilidade culposa se houver previsão 
(inescusável). 
Ex: guardas tem mandado de busca no local nº 800, chegando lá é um condomínio com 15 
casas. Se invadirem as casas sem saber a exata, estão fazendo achando que é cumprimento do 
dever legal. Mas é evitável, poderia ligar para o juiz ou advogado e entrar só na casa correta. 
6) Erro de proibição 
a. Conceito: (art. 21 CP) ocorre sobre a ilicitude do fato, embora não tenha qualquer equívoco com 
a situação fática. 
b. Espécies/conseqüências: 
 i. Invencível/inevitável: Neste caso fica afastada a culpabilidade do agente pela exclusão da 
potencial consciência da ilicitude; 
 ii. Vencível/evitável: (cautela) Neste caso não afasta a culpabilidade, mas reduz a pena. 
 
 
 
 
 
7) ERRO DE PROIBIÇÃO DIRETO 
 
Ex: sujeito chegou em casa e pegou a esposa traindo, nervoso matou os dois. O próprio marido 
chama a polícia. Ele pensa que esta praticando legítima defesa da honra. Porém isso não existe 
para honra. Sujeiro se equivoca quanto ao tipo de permissão. 
 
8) ERRO SOBRE A EXISTÊNCIA 
 
Ex2: sujeito em coma, preso na cama durante vários anos. O irmão achando que era o certo a se 
fazer, desliga todos os equipamentos. Ele achava que estava praticando eutanásia, e esta fosse 
excludente de ilicitude. 
 
9) DOLO (ART, 18, I, CP) 
 
a. TEORIA DA VONTADE: é a vontade de praticar a conduta e também o resultado. 
b. TEORIA DA REPRESENTAÇÃO: dolo é a vontade de praticar a conduta com a mera previsão 
de produzir resultado 
c. TEORIA DO ASSENTIMENTO/CONSENTIMENTO/ANUÊNCIA: dolo é a vontade de praticar a 
conduta com a previsão de produção do resultado, que o agente assume o risco em face de sua 
indiferença 
O código penal adota a TEORIA DA VONTADE para o DOLO DIRETO e a do ASSENTIMENTO 
para o DOLO EVENTUAL. 
 
PRINCÍPAIS ESPÉCIES DE DOLO: 
a) DOLO DIRETO: 
a. De 1º grau: é o dolo propriamente dito, em que o agente quer praticar a conduta e produzir 
resultado. 
b. De 2º grau: ocorre quando para alcançar seu objetivo principal o agente sabe que 
necessariamente deve ferir outros bens jurídicos 
 
b) DOLO EVENTUAL: o sujeito tem vontade de praticar a conduta e ele prevê, aceita, é indiferente 
e ele assume o risco de produzir o resultado. 
Ex: motorista que dirige sob a influência de álcool e acha que “comigo não vai acontecer” – 
CULPA CONSCIENTE. 
 
10) CULPA 
 
a. Espécies: 
CULPA INCONSCIENTE: ocorre quando o agente não prevê o que é previsível. 
Negligência 
CULPA CONSCIENTE: o agente prevê o resultado mas afirma firmemente que não vai 
ocorrer. 
No dolo eventual e na culpa consciente existe a previsão do resultado, todavia no dolo 
eventual, tem-se a indiferença quanto o resultado, já na culpa consciente acredita que não vai 
acontecer. 
11) CRIMES QUALIFICADOS PELO RESULTADO 
 CONDUTA RESULTADO 
1 DOLO DOLO 
2 DOLO CULPA 
3 CULPA CULPA 
4 CULPA DOLO 
 
Ex1: tinha intenção de machucar e causar deformidade permanente (art. 129, §2º, IV 
CP) 
Ex2: sujeito resolveu torturar o criminoso para descobrir onde ele mantinha em cativeiro 
uma criança. Durante a tortura – afogamento, o criminoso morre. (art. 1º, L 
9.455/97)PRETERDOLOSO 
Ex3: epidemia, espalhar germes patogênicos culposamente e alguém morre. (art. 267 
CP) 
Ex4: acidente de transito com feridos, tem obrigação de socorrer as pessoas, mas foge 
sem fazê-lo. Conduta culposa, resultado doloso. (art. 302, § único..) 
 
12) LATROCÍNIO: roubo/subtração seguido de morte 
Conduta: DOLO 
Resultado: pode decorrer de DOLO ou CULPA 
Ex: o sujeito foi assaltar o outro e resolveu colocar a pessoa no porta malas do carro. A vítima 
avisa que tem claustrofobia, o bandido diz: “se morrer morreu”. - DOLO 
Ex: o sujeito foi assaltar o outro e resolveu colocar a pessoa no porta malas do carro. A vítima 
avisa que tem claustrofobia, o bandido diz: “imagina, nem vais morrer, ninguém morre no meu 
porta malas” – CULPA 
ROUBO (consumado) + MORTE (consumada) = LATROCÍNIO CONSUMADO 
ROUBO(consumado) + MORTE (tentada) = LATROCÍNIO TENTADO 
ROUBO(tentado) + MORTE (tentada) = LATROCÍNIO TENTADO 
ROUBO (tentado) + MORTE ( consumada) = LATROCÍNIO CONSUMADO 
Quem manda no evento latrocínioé o resultado MORTE, e não o roubo. 
Súmula: 610 STF 
LEIS PENAIS ESPECIAIS 
I – JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS – LEI 9.099/95 
1) COMPETÊNCIA: 
 i. “RATIONE MATERIAE” (ART 60,CP) – em relação a matéria: infração de menor potencial 
ofensivo (art 61, da lei), são: contravenções penais e também crimes a que a Lei comine pena 
máxima não superior a 02 anos. Com ou sem multa, com ou sem procedimento especial; 
 ii. “RATIONE LOCCI” (ART 63 CP) – local da prática/cometimento da infração de menor potencial 
ofensivo. (teoria da atividade) 
 
2) CAUSAS DE EXCLUSÃO DA COMPETÊNCIA DO JECRIM 
 i. ART 60, § único: morte e ameaça 
 ii. ART 66, § único: não for encontrado para ser citado – não tem citação por edital no jecrim. 
 iii. ART 77, §1º: complexidade do fato não permitir a formulação da denúncia, o promotor vai 
sugerir que mande para a justiça comum. 
 iv. Art 41, lei 11.340/06 : violência e grave ameaça contra a mulher. 
 v. Foro por prerrogativa de função 
 
3) JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL FEDERAL – LEI 10.259/01 
 i. Infração de menor potencial ofensivo + art. 109 CF/88 – contravenção penal 
 
4) MEDIDAS DESCARCERIZADORAS/DESPENALIZADORAS: 
 i. Composição civil dos danos: art’s 73 a 75. Consiste na reparação dos danos sofridos pela 
vítima. Em clausulas de fazer ou não fazer, tem que ajustar valor certo para causa de eventual 
descumprimento. Não tem período depurador, pode fazer várias vezes sem intervalo; 
 ii. Transação penal: (art. 76) artigo entre autor e MP. Propostas que o promotor pode fazer: 
1. Prestação de serviço a comunidade 
2. Interrupção temporária de direito 
3. Limitação de final de semana 
4. Prestação pecuniária 
Para usuário de drogas as propostas são outras, o promotor poderá oferecer: 
1. Advertência sobre os efeitos da droga; 
2. Prestação de serviços a comunidade; 
3. Comparecimento a cursos ou a programas educativos 
Depuração: Aqui com menos de 5 anos, não pode ser beneficiado novamente pela transação 
penal. 
Recurso: apelação 
OBS: em sede de acordo em qualquer esfera, pode-se pedir QUALQUEEER VALOR! 
 
5) SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO (ART. 89 CP): 
 
a) Requisito objetivo: pena mínima não ultrapasse a 01 ano. 
b) Período de prova: fica suspenso de 02 a 04 anos 
c) Prescrição: não ocorre durante o período de prova. 
d) Representação: exigência de representação nas lesões dolosas leves e culposas. (art. 88 CP) 
ATENÇÃO: isso não se aplica em violência doméstica familiar contra a mulher – ação penal 
pública incondicionada (independente de a mulher representar vai ter ação penal) – Art. 41 Lei 
Maria da Penha – 11.340 
1) VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER – LEI 11.340/06 
a) CONFIGURAÇÃO: 
 
AMBIENTE: ART 
5º 
ART 7º VIOLÊNCIA 
Familiar 
Doméstica 
Afeto 
 
Física: lesão 
Moral: injúria 
Psicológica: perturbar a traquilidade 
Sexual: estupro 
Patrimonial: apropriação indébita 
Qualquer outra 
VIOLÊNCIA DE GÊNERO: o homem tem que ter ascendência sobre a mulher 
 
b) SUJEITO PASSIVO: só mulher 
c) SUJEITO ATIVO: homem ou mulher 
d) VEDAÇÕES: é proibido aplicar isoladamente prestação pecuniária, multa ou cesta básica. Não 
pode se resolver violência doméstica com dinheiro R$$. 
e) MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNIA: (art. 21, 22,23) – que abriga a vítima e obrigam o 
agressor. O descumprimento de medidas protetivas, é prisão preventiva. 
f) LESÃO CORPORAL: ação penal pública incondicionada 
g) INAPLICABILIDADE DA LEI 9.099/95: (art. 41 lei Maria da penha). Teve ADC 4424 e ADI 19, e 
o STF disse que o dispositivo é CONSTITUCIONAL. 
 
2) INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA 
 
a. REQUISITOS/CARACTERÍSTICAS 
 i. Crime punido c/ reclusão (1) 
 ii. Indício RAZOÁVEL de autoria ou participação 
 iii. Quando a prova não puder ser feita de outra forma(2) 
 iv. Precisa de autorização judicial 
 v. Acontece em investigação ou processo crime(3) 
 vi. Deve ser em segredo de justiça 
 vii. Deve ser em autos apartados(4) 
 viii. Com prazo: de 15 dias(5) 
 ix. Não se exige perito oficial para degravação, podendo ser nomeado perito “ad hoc” (para o 
ato); 
OBS: 1- só é possível em crime de detenção se houver conexão; 
2 – não pode ser a primeira medida de investigação; 
3 – só é possível fazer prova emprestada com autorização do juiz que decretou, e se houver 
contraditório no novo processo; 
4 – não se aplica a súmula vinculante nº 14 do STF (o advogado tem amplo acesso aos autos do 
inquérito), porque em caso de interceptação telefônica o acesso é diferido, pode ser realizado 
posteriormente; 
5 – (art 5º lei) – 15 dias, renovável por igual tempo, uma vez comprovada uma vez comprovada a 
indispensabilidade de provas. PREVALECE na jurisprudência a possibilidade de sucessivas 
prorrogações desde que devidamente fundamentadas. 
 
3) LEI DAS CONTRAVENÇÕES PENAIS – DECRETO LEI 3.688/41 
ART 1-17 – PARTE GERAL 
ART 17-55 – PARTE ESPECIAL 
A) Contravenções referente a armas, munições, explosivos: 
a. Art. 18 - 
b. Art. 19 – porte ilegal de arma. Arma de fogo, acessório ou munição, se for de uso permitido, é 
crime do art. 14; se for de uso estrito, é o art 16, ambos da lei 10.826/03 (estatuto do 
desarmamento) 
c. Art. 28 
 i. Caput: disparo de arma de fogo (art15 estatuto) 
 ii. §único: 3 contravenções: 
1. Causar deflagração perigosa (art16, § único, III) 
2. Soltar balão aceso (art 42 lei 9.605/98) 
3. Queimar fogos de artifício sem autorização, é contravenção penal. 
 
B) Contravenções referente a veículos: 
a. Direção sem habilitação – art. 32 
 i. Veículos automotores: crime do art. 309 CTB (só vai ser crime se houver perigo concreto). 
Exige perigo, súmula 720 STF; 
 ii. Embarcações a motor em águas públicas sem habilitação, é contravenção; 
 
b. Direção perigosa – art. 74: 
 i. Embriaguês ao volante: 306 
 ii. Participar de racha: 308 
 iii. Trafegar em velocidade incompatível com aquela via: 331 
Todos os 3 itens citados acima são crimes de trânsito L9.503/97 
 
c) Contravenções referentes a jogos ilícitos 
a. Jogos de azar – art. 50, só se configura se houver aposta. 
 i. Maquinas viciadas configuram estelionato 
 ii. Pirâmides, correntes, bolas de neve, cadeias e pichardismo, configuram crime contra a 
economia popular. 
b. Jogo do bicho - Art. 58. DL 6259/44i. Não cabe prisão preventiva nem temporária 
 ii. Em caso de flagrante o agente é liberado depois de assumir o compromisso de 
comparecimento ao JECRIM 
 iii. Pune-se o intermediário mesmo que não se conheçam o apostador e o banqueiro 
 
d) Simulação de qualidade de funcionário público – art 45 
 i. Só é contravenção se for pra vaidade pessoal e não estelionato; 
 ii. Pode ser inclusive praticado por funcionário publico que finge cargo que não detém. 
 
e) Exercício Ilegal/Irregular de profissão – Art. 47 
a. Para medicina, farmácia e odonto, a conduta configura o crime do artigo 282 CP 
 
f) Importunação ofensiva do pudor – art. 61 
a. Não se confunde com o estupro porque este exige violência ou grave ameaça. 
 
g) Contravenções referente a perturbações: 
a. Art. 42. Perturbação do trabalho ou sossego – paz pública – coletividade, vítima indeterminada; 
culpa/imprudência 
b. Art. 65 Perturbação da tranqüilidade – vítima determinada/tranqüilidade pessoa; dolo 
CONCURSO DE PESSOAS 
Introdução: exposição de motivos nº 25 – parte geral 
Autoria: autor 
Participação: partícipe 
CRIMES DE CONCURSO EVENTUAL/MONOSUBJETIVOS: são aqueles que podem ser 
praticados por um ou por vários agentes em concurso. 
CRIMES DE CONCURSO NECESSÁRIO/PLURISUBJETIVOS: são aqueles que só podem ser 
praticados por uma pluralidade de pessoas. 
1) De condutas paralelas: todas as condutas auxiliam-se mutuamente visando a produção de um 
resultado comum. Ex: art. 288 quadrilha ou bando; art. 35 lei 11.343/06 associação para o tráfico 
e associação de quem financia ou custeia o tráfico. 
2) De condutas convergentes: uma conduta se dirige a outra e ambas tendem a se encontrar. 
Desse encontro é que surge o resultado. Ex: bigamia. 
3) De condutas contrapostas: todos são, ao mesmo tempo, autores e vítimas. Ex: art. 137 RIXA. 
A grande diferença que existe nos crimes de concurso eventual e os de concurso necessário, é 
que nos primeiros exige-se que todos os agentes tenham capacidade de culpa. 
Ausência de capacidade de culpa desconfigura o concurso de pessoas e faz surgir a figura da 
autoria mediata. 
Nos crimes de concurso necessário ou plurisubjetivos, nem todos precisam ter capacidade de 
culpa. 
REQUISITOS DO CONCURSO DE PESSOAS 
1) Pluralidade de condutas: exigem-se, pelo menos, duas condutas: ou duas condutas principais, 
que é o caso da co-autoria,ou uma conduta principal e uma conduta acessória, que será o caso 
da autoria e da participação. Jamais haverá concurso de pessoas somente com partícipes. 
2) Relevância causal de cada uma das ações: é imprescindível que aquela determinada conduta 
tenha tido relevância na produção do resultado. Do contrário, não fará parte integrante do 
concurso de pessoas. Ex:sujeito quer matar a mulher, bate na porta do vizinho e pede uma arma 
de fogo pra matar a mulher. O sujeito não mata a mulher com a arma, mas sim com uma faca. 
Aqui não há co-autoria nem participação do vizinho. A conduta do vizinho não teve relevância 
para o resultado. 
 
Existe um momento limite em que o auxílio pode ser prestado: até a consumação do crime. 
ninguém precisa de ajuda naquele crime depois que o crime já foi consumado. 
Ex: cidadão subtraiu um celular, começa a correr. A policia pega o meliante, destrói o celular. O 
cara corre e pede abrigo em uma residência. Aqui é crime autônomo, não tem ligação com o 
furto. 
 
 Se for com pessoa: favorecimento pessoal. Pode ser lavagem de dinheiro ou receptação 
 
Antes ou durante, se tiver relevância: concurso de pessoas. Após: crime autônomo. 
 
3) Liame subjetivo ou concurso de vontades: é imprescindível que exista liame subjetivo, ou seja, a 
consciência de que se coopera para a produção de um resultado comum. No entanto, dispensa-
se o chamado ajuste prévio. 
Ex: A empregada, quer se vingar do patrão, e vê que tem um ladrão vigiando a casa, ela deixa a 
janela aberta pra facilitar o roubo. O ladrão não precisa saber que ela deixou a janela aberta, 
basta que ela saiba que facilitou para ele. 
 
Se A agiu com dolo e B ágil com culpa. Não é concurso de pessoas. Para que haja concurso de 
pessoas é imprescindível que haja identidade de elemento subjetivo, ou seja, dolo e dolo, ou 
culpa e culpa. Havendo diversidade de elemento subjetivo, desaparece o concurso de pessoas e 
surge a autoria mediata. 
Ex: pai quer matar o filho e deixa na BR. Caminhoneiro passa por cima. 
 
Ausente o liame subjetivo, desaparece o concurso de pessoas e surge a autoria colateral. Aqui, 
um não sabe da existência do outro (A e B). 
Ex: A ministra veneno para C, 15 minutos depois B faz a mesma coisa. Cada dose em separado 
não causaria a vítima (crime impossível). Se A e B tivessem agido em concurso de pessoas, 
responderiam por homicídio qualificado pelo meio cruel. 
 
4) Identidade de fato: tendo sida adotada a teoria monista, unitária ou igualitária, todos aqueles 
que concorrem para o crime, cometem o mesmo crime, na medida da sua culpabilidade – o 
crime é o mesmo para todos (art. 29 e 59 CP) 
a. Teoria Monista (art. 29, caput, CP); ADOTADA NO BRASIL 
b. Teoria Dualista: existiria um crime para o autor e um crime para o partícipe 
c. Teoria Pluralista: à multiplicidade de agentes, corresponde o real concurso de infrações. 
Existem, no código penal, exceções pluralista à teoria monista. 
 i. Art. 29, § 2º CP: o excesso produzido exclusivamente pelo autor, não se comunica ao 
partícipe. 
 ii. Art 124 e 126, CP: aborto consentido e praticado pela gestante e aborto com consentimento 
da gestante, só que praticado por terceiro. 
 iii. Art. 235, caput, § 1º CP: Bigamia; 
 iv. Art. 317 e 333: corrupção passiva e corrupção ativa 
 v. Art. 318 e 334: facilitação ao contrabando e descaminho, conduta de contrabando e 
descaminho; 
 vi. Art. 319-A e 349-A: prevaricação para ingresso de meio de comunicação em presídio 
(agente), e pessoa que ingressa para entregar (pessoa); 
 vii. Art. 342 e 343 CP: falso testemunho e pessoa que oferece vantagem a quem preste o falso 
testemunho. 
 viii. Art. 309 e 310 CTB: pessoa que dirige sem habilitação, e pessoa que entrega veículo a 
aquela que não pode dirigir. 
 ix. Art 33 e 37 lei de drogas: traficante e “aviãozinho”-vigia. 
AUTOR E PARTÍCIPE 
1) Teoria unitária: todos são considerados autores, não se conhecendo a figura do partícipe, ou 
seja, todos aqueles que concorrem para o crime, concorrem na figura principal, a de autor. Essa 
teoria no Brasil ainda é adotada aos crimes culposos. Não existe participação em crime culposo, 
são todos autores e co-autores. (art. 29, §2º CP). 
 
2) Teoria extensiva: elemento subjetivo. Autor é quem age com vontade de ser autor; é quem 
quer o fato como próprio. Partícipe é quem age com vontade de ser partícipe, é quem quer o fato 
como alheio. Ex: mulher casada teve filho fora do casamento. Pede pra tia matar.- tia é partícipe. 
 
3) Teoria restritiva: restringe o conceito deautor. Não é qualquer conduta que concorra para a 
prática do crime que irá caracterizar o conceito de autor. 
 
4) Teoria Objetivo formal: Autor: é que pratica o verbo nuclear do tipo, ou seja, aquele que 
pratica a conduta mais importante, ou seja, forja, constrange, mata, subtrai, etc. Quem concorrer 
para a infração penal, de qualquer outra forma, será considerado PARTÍCIPE, seja induzindo, 
seja instigando, seja auxiliando. É A TEORIA QUE MAIS OFERECE SEGURANÇA JURÍDICA. É 
a única teoria que explica o concurso de pessoas nos CRIMES DE MÃO PRÓPRIA(exige-se a 
pessoal e indeclinável realização da figura típica) 
 
 PONTOS NEGATIVOS 
o Essa teoria não explica o concurso de pessoas em relação a figura do autor intelectual e ao 
mandante; 
o Essa teoria não explica a autoria mediata 
 
5) Teoria objetivo material: o juiz levando em conta o caso concreto, é que decidirá quem é autor 
e quem é partícipe, ou seja, não há segurança juridica. 
 
6) Teoria do domínio do fato ou subjetiva ou objetivo final: só pode ser adotada a crimes 
dolosos. Autor é quem possui o controle final da ação, controlando todos os atos da realização 
delituosa, desde o início até a consumação. Pouco importa se praticou ou não o verbo nuclear 
do tipo. Autor é quem realiza de forma pessoal e plenamente responsável, todos os elementos 
do tipo; é quem executa o crime valendo-se de outrem como mero executor (autoria mediata), é 
co-autor funcional do fato aquele que realiza uma parte necessária do plano global, ainda que 
não se trate de um ato típico, desde que integre a resolução delitiva comum (co-autoria/co-
domínio funcional do fato). É A TEORIA ADOTADA PELO STJ. 
 
AUTORIA: 
 Autoria colateral: não se trata de concurso de pessoas, uma vez que, não existe liame 
subjetivo entre os agentes do crime, embora ambos visem a produção do mesmo resultado. 
Nesse caso, cada um responderá crime autônomo. 
 Autoria incerta: não se sabe quem é o autor, há dois autores as sem liame subjetivo 
 Autoria mediata: não é caso de concurso de pessoas respondendo somente o autor mediato, 
uma vez que o autor imediato não passa de um instrumento colocado a disposição do autor 
mediato, ou seja, 
o Casos de autoria mediata:quando o autor mediato se vale de um inimputável para a praticada 
infração penal. O inimputável em razão de doença mental ou retardo permanente. 
o Erro de tipo excusável e erro de execução inevitável: ex: pai que abandona bebe na rodovia 
para que alguém mate 
o Obediência hierárquica: (art 22 CP), desde que a ordem não seja manifestamente ilegal. 
o Coação moral irresistível:arma apontada pra cabeça, onde ela obrigada a escrever uma carta 
injuriosa. O responsável é o autor mediato. O autor imediato aqui, nem sabe o que está fazendo, 
apenas obedece para manter a vida. 
 
PARTICIPAÇÃO 
 
 Naturaza juridica: é uma conduta acessória de uma conduta principal e, por essa razão, é 
classificada como uma norma de extensão da tipicidade: 
o Espacial: porque permite com que se abarquem condutas diversas das do autor do fato e 
pessoal, porque permite com que se punam pessoas diversas do autor do fato; 
 
 Espécies de acessoriedade: 
o Mínima: o autor executa conduta típica: ex: autor age com legítima defesa e partícipe é punido. 
o Hiperacessoriedade: típica, ilícita, culpável. Ex: autor morreu, e partícipe não é punido 
o Acessoriedade limitada: típica e ilícita: ex: 
o Mínima/extremada: típica, ilícita e culpável. 
 
 Participação em crime omissivo próprio: ex: omissão de socorro, art 13 CP, somente cabe 
participação. Não confundir crime omissivo próprio e crime omissivo impróprio, ou seja, quando 
existe a posição de GARANTE. 
 Participação nos crimes omissivos impróprio: cabe tanto participação, quanto autoria, há 
posição de garante. 
 Participação de participação: é uma conduta acessória de outra conduta acessória. Ex: 
mosca do coco do cavalo do bandido. 
 Participação sucessiva: é quando o mesmo partícipe concorre de mais de uma forma para a 
conduta do autor. 
 Participação de menor importância: (art 29, §1º CP) 
 Comunicabilidade das circunstâncias elementares (art 30 CP): é um dado eventual, 
acidental, acessório do delito. A sua supressão ou alteração não causa atipicidade relativa ou 
absoluta, mas faz variar a pena. Elementar: é um dado principal, caracterizador, identificador do 
delito. A sua supressão ou alteração causa atipicidade relativa ou absoluta. 
 Elementares e circunstâncias objetivas: podem se comunicar, desde que integrem ou 
ingressem à esfera de conhecimento do co-autor ou do partícipe. Ex: peculato de funcionário 
público e particular, se particular não sabia que A era funcionário público, não responde por 
peculato, se sabia, responde. 
PRESCRIÇÃO PENAL 
Introdução: ato típico, ilícito e culpável = pena 
O crime não se apaga, o que se apaga é a possibilidade de estabelecer uma pena. (art. 107) 
Antes de sentença penal condenatória transitada em julgado: extingue-se a punibilidade e o réu 
não tem mais que cumprir pena. 
Depois da sentença penal condenatória transitada em julgado: a sentença é um título certo e 
exigível - 387, IV e 63, §único, CPP. 
Conceito: prescrição penal é a perda do poder-dever de punir do Estado pelo não exercício da 
pretensão punitiva ou da pretensão executória durante certo tempo. Binômio: tempo + inércia. 
Antes: prescrição da pretensão punitiva. 
Depois: prescrição da pretensão executória. 
O tempo sempre estará vinculado a uma pena, fala-se da pena máxima em abstrato, ou com 
base na pena em concreto. 
Art. 110, § 1º - dispõe que tem que ser aplicada uma PENA JUSTA. É a base da P.Retroativa. e 
da P.I 
Tanto a Prescrição Retroativa quanto a Prescrição Intercorrente, baseiam-se na pena em 
concreto, pela lógica será quando o juiz condena em sentença. Nascem da sentença. 
Prescrição A: tem pena aplicada. 
Prescrição Retroativa: nasce na sentença e é retroativa. Regride 
Prescrição Intercorrente: nasce na sentença e aplica-se pra frente. Evolui 
Prescrição da pretensão executória: se também tiver transitado em julgado para defesa. 
Natureza jurídica da prescrição: 
a) Penal/material: 
Fato--------------recebimento denúncia/queixa----------------------decretação da sentença penal 
condenatória 
A ação penal começa com o oferecimento da denuncia/queixa, a prescrição começa a partir da 
data do fato. 
O tempo transcorrido entre o fato e o oferecimento da denúncia, pode inclusive, ocorrer a 
prescrição, independe da existência de um processo. 
Art. 520 CPP: audiência de tentativa de reconciliação entre querelante e querelado. Se o 
querelante não aparecer não ocorre prescrição – aqui só em ação penal privada. 
Toda causa de extinção de punibilidade impede o Estado de impor uma pena 
Lei 12.234/10: 
PA - > 
Fato-------------recebimento da d/q-------------------sentença 
<- PR 
A lei 12.234 não exterminou a Prescrição retroativa. Só eliminou a parte que ia do oferecimento 
da denuncia até a sentença. 
Art. 59 CP – a pena fixada na sentença tem que ser válida tanto da prescrição que vai da 
sentença até o recebimento da denúncia, e também do recebimento até o fato. 
O prazo mínimo de prescrição penal com o advento da lei passou de 2 para 3 anos. 
Contagem do prazo: (Penal): art. 10 CP. Conta-se o dia do início e exclui-se o dia do fim 
Ex: 10/01/12 – 4 anos; 09/01/16 às 24 h 
Ex2: 31/01/12 – 1 mês; 28/02/12 às 24 h 
Para fins de contagem do prazo prescricional penal, não interessa se o mês tem 28, 29, 30 ou 31 
dias. Ou se o ano possui 365 ou 366 dias. O que importa é o espaço entre duas datas idênticas, 
retirando-se o dia do fim. 
Imprescritibilidade: 
a) crimes de racismo – lei 7717/89; 
b) ação degrupos armados que atentem contra o Estado Democrático de Direito ou à Ordem 
Constitucional - lei 7170/73; 
c) NÃO SÃO IMPRESCRITÍVEIS, somente se aplicado com o Estatuto de Roma. – crimes de 
tortura. 
Causas suspensivas – art. 116 CP 
Enquanto não resolvida em outro processo, questão de que dependa a existência do 
reconhecimento do crime. 
Questões prejudiciais: 
1,2,3,CS, 4,5,6... 
1,2,3, CI, 1,2,3... 
Espécies de prescrição: 
1) PPP – prescrição da pretensão punitiva 
 
a) Abstrata (art. 109, caput, CP): principio que vigora na PA: pior pena possível de ser aplicada 
ao réu. É a única espécie de prescrição que prescinde/independe de uma sentença penal 
condenatória. 
EX: furto simples – 1 a 4 anos 
Adota-se a pena máxima cominada em abstrato. 
Na PA fala-se da pena em abstrato, não levando-se em conta atenuantes, e se fosse utilizar 
atenuante usaria a menor 1/3. E se houvesse majorante, seria aplicada a pior. 
O intuito da PA é a pior pena 
04 anos -1/3 = 2 anos e 8 meses 
Levar a pena encontrada ao art. 109 CP -> 8 anos 
Verificar a existência de causa modificadora do prazo, que tanto pode ser a menoridade ou a 
maioridade senil – menor de 18 na época do fato ou maior de 70 na época da sentença, reduz a 
pena pela metade. 
 
Termo inicial: art. 111 CP 
Crime permanente: aqueles cuja consumação se dá ao longo do tempo: no crime continuado, ela 
tem início em cada um deles em separado.(art. 119 CP e súmula 497 do STF) 
Bigamia ou alteração de registro civil: se dá a partir do dia em que o fato se torna conhecido. 
(tem que ser conhecimento eficaz, tem que partir de alguém que tenha poder de persecução 
penal, que são: autoridade policial, MP e o juiz – Art. 40 CPP). 
Dignidade sexual de vulnerável: só começa a correr a prescrição quando a pessoa complete 18 
anos. 
Toda regra que postergue/adie o inicio de contagem será pior ao réu. 
 
b) Retroativa (art. 110, § 1º CP) 
c) Intercorrente ou subseqüente (art. 110, §1ª CP) 
SENTENÇÃO PENAL CONDENATÓRIA TRANSITADA DE JULGADO 
2) PPEX – Prescrição da pretensão executória (art. 110, caput,CP) 
OUTRAS CAUSAS SUSPENSIVAS DA PRESCRIÇÃO 
Art 53, CF/88 – imunidade parlamentar: se houver suspensão, durará até quando acabar o 
mandato. 
Art. 89, §6º lei 9.099/95 – suspensão condicional do processo 
Art.. 366 CPP – citação por edital + não comparecimento + ausência de advogado constituído = 
suspensão do processo + suspensão da prescrição. SÚMULA 415 STJ. 
Furto simples: conforme a súmula, o prazo máximo será de 4 anos – art. 109 CP 
Art. 368 CPP – citação por carta rogatória 
CAUSAS INTERRUPTIVAS DA PRESCRIÇÃO – art. 117 CP 
I – recebimento da denuncia ou queixa – somente o recebimento VÁLIDO da denúncia ou da 
queixa é que interrompe a prescrição. Se for posteriormente anulado ele perde esse efeito. 
Súmula 709 STF: salvo quando nula a decisão de primeiro grau, a decisão que dá provimento ao 
recurso contra a decisão de rejeição da denuncia ou da queixa, vale desde logo o seu 
recebimento. 
II – pela pronuncia - encerramento da primeira fase do procedimento escalonado do júri. Súmula 
191 STJ. 
III- Configuração Pronúncia 
IV – somente haverá interrupção na data do acórdão, se a sentença em primeiro grau tiver sido 
absolutória. 
 
PRESCRIÇÃO RETROATIVA – ART 110 §1º CP 
Pressupostos 
Incoerência PA 
SPC e 
Pena justa 
F------RQ/D ---------S 
- contagem do prazo – PR e PI/PS: adota-se a pena concretizada na sentença, excetuados os 
acréscimos do concurso de crimes – art. 119 CP/súmula 497 STF 
Art. 109 CP e 
Art. 115 CP (reduzido em metade) 
CAUSAS SUSPENSIVAS – ART 116 + FORA DO CP 
CAUSAS INTERRUPTIVAS – ART 117 CP: são as mesmas da PA, menos o recebimento da 
denúncia ou da queixa. 
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE 
Base legal – art 110, § 1º CP 
- pressupostos: inocorrência de PA e PR; sentença penal condenatória e pena justa. 
Causas suspensivas: não existem 
Causas interruptivas: não existem 
PRESCRIÇÃO PRETENSÃO EXECUTÓRIA – art. 110 
Pressupostos: inocorrência da ppp; 
SPCTJ 
Não satisfação da pretensão executória pelo condenado. 
A detração penal não é levada em conta: resgate da pena a ser cumprida, pelo réu preso 
provisoriamente 
Pena cumprida é pena extinta. 
TIPICIDADE DOS CRIMES 
O código penal é separado por títulos, cada título define o bem jurídico afetado. 
TÍTULO I – art 121 a 154 
Art. 121, caput CP – homicídio (simples) 
§1º privilegiado (tem redução) 
§2º qualificado – conhecer as qualificadoras (tem aumento) 
§3º modalidade culposa 
§4º 
5º - art 109, IX, CP 
Art. 122 CP – induzimento, instigação e auxílio ao suicídio, aqui não há crime culposo. 
Diz-se que só há pena se houver a morte ou lesão corporal GRAVE. 
§1º forma majorada 
Art. 123 CP – crime de infanticídio 
Estado puerperal é uma alteração hormonal que a mulher sofre durante o parto ou logo após. 
É crime próprio – art 30 CP 
É uma elementar do tipo, o terceiro que pratica tal crime, responde como se a mãe fosse. 
 
Art. 124 CP – aborto feito por si própria (auto aborto) é um crime de mão própria, só ela pode 
ser autora deste edlito. 
Gestante que culposamente bate o carro e causa o aborto, responde por aborto culposo – fato 
atípico, não tem pena. 
 
Art. 125 CP – aborto provocado por terceiro, feito dolosamente por este, sem o consentimento 
da mãe 
 
Art. 126 CP – provocar o aborto com o consentimento da gestante. 
§1º - menor de 14 anos, 
 
Art. 127 CP – aborto majorado pela lesão grave, ou aborto majorado pela morte. 
Aqui fala-se em crime PRETERDOLOSO: dolo + culpa 
 dolo na parte inicial: quer fazer o aborto 
culpa na parte final: causa lesão corporal ou acaba matando a mãe. 
SE causar dolosamente lesão corporal ou homicídio, são dois crimes autônomos: ex: aborto em 
concurso com homicídio/lesão corporal dolosa. 
Art. 128 – causa de exclusão de ilicitude. 
Art. 129 – LESÃO CORPORAL - leve 
§1º qualificada - grave 
§2º qualificada - gravíssima 
Perigo de vida, tem que ter laudo dizendo que correu perigo de vida. 
Dolo eventual: o agente não quer o resultado, produziu-o e se tornou indiferente (to nem aí) 
§3º crime preterdoloso: causar lesão mas culposamente ela acabou morrendo. 
§ 8º - crime de lesão corporal culposa cabe o perdão judicial 
Quando tem crime de trânsito, usa-se o CTB 
§9º violência doméstica – qualificada – lesão corporal qualificada pela violência doméstica. Aqui 
o agressor pode ser tanto homem quanto mulher, pode ser mãe, irmã, pai, marido, etc.Concorre 
com a lei 11.340 (Maria da Penha) 
 
Art. 135 CP– Omissão de Socorro 
§2º se for garantidor, ele responde como se tivesse praticado o ato, não como omissão. 
 
Art. 138 e 145 CP – Crimes contra a honra 
Art. 138 CALÚNIA – indivíduo dolosamente imputa a alguém falsamente um fato criminoso que 
alguém não cometeu. 
§ 3º cabe exeptio veritatis – exceção da verdade. 
 
Art. 139 – DIFAMAÇÃO – quando o autor imputa a alguém um fato que não interessa se é 
verdadeiro ou não, mas que ofende a REPUTAÇÃO da pessoa. 
p.único: só cabe exceção da verdade se for um funcionário público no exercício da função 
 
Art. 140 – INJURIA – atribuir a alguém uma qualidade negativa (corno, cadela, bêbado...) 
“caput” – homossexual é injuria simples. 
p. único: não cabe exceção de verdade. 
§2º injuria real: quando o autor tem dolo de injuriar, humilhar e ofender, ele usa de “vias de fato” 
/violência física. 
§3º injuria racial ou preconceituosa: quando meu dolo é injuriar, ofender, humilhar e para isso eu 
uso elementos referente a raça, cor, etnia, religião, deficiência, idade. 
Injuria racial é diferente de racismo (lei 7.715/89) 
Injuria: dolo do agente, ofender por causa da cor, raça, etnia racial: 
Racismo: ofende a cor por um todo, a raça por um todo, a etnia por um todo. 
O racismo é inafiançável e imprescritível. 
 
Art. 143 – retratação como forma de extinção da punibilidade– ler com o 107, VI, CP 
Retratação só cabe para injuria e difamação. Se o fizer cabe a retratação. 
 
Art. 145 – súmula 714 CTF 
 
Art.146 – constrangimento ilegal: constranger alguem mediante violência ou grave ameaça 
obrigando alguem a fazer algo a quem não esteja obrigada. 
Ex: mandar alguem mostrar os peitos, ameaçando com uma faca. 
 
Art. 148 – seqüestro e cárcere privado. 
É crime permanente: a situação de flagrância prolonga-se no tempo. 
 
Art. 149 – redução a condição análoga de escravo. 
 
Art. 155 – furto: tem que ter ânimo de ficar com o objeto para sim. 
Se furtar só para o uso, chama-se crime de uso, é atípico. 
Ex: pode cadáver ser objeto de crime de furto? A princípio não pode, a não ser que integre 
o patrimônio de uma entidade (hospital de medicina). Se cavar a cova, não é furto. 
§1º - majorada: durante repouso noturno 
§ 2º privilegiado: se furta coisa de pequeno valor e é primário, quando chegar na sentença pode 
melhorar a pena. Se for insignificante, afasta tipicidade e afasta o crime. 
§3º - furto de energia 
§4º - furto qualificado. Ex: furto qualificado pela fraude, o agente engana a vítima e aproveita-se 
da situação e subtrai. 
Ex: se o indivíduo enganar a vítima e ela enganada entregar bens para ele, é o crime do art. 171 
CP. 
 
Art. 157 – roubo 
§2º, I –emprego/uso de arma de fogo. Ameaça com arma de brinquedo é roubo simples do 
“caput”. 
§3º - roubo qualificado pela morte – latrocínio. São punidas seja praticada dolosa ou 
culposamente. Pode se dar na forma preterdolosa. 
Latrocínio consuma-se com a morte da pessoa = consumado 
 
Art. 158 – extorsão: aqui o indivíduo constrange alguém mediante violência ou grave ameaça 
buscando vantagem econômica. 
É um crime formal: crime que se considera consumado, independente do autor alcançar o 
resultado. Nos crimes formais alcançar a finalidade é mero exaurimento do crime. 
§3º extorsão qualificada = seqüestro relâmpago 
 
Art. 159 – extorsão mediante seqüestro: o indivíduo seqüestra alguém e pede recompensa 
para soltá-lo. 
É um crime formal, consuma-se independente da produção do resultado. 
É um crime permanente – flagrante prolongado. 
§1º - Se o seqüestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas, se o seqüestrado é menor de 18 
(dezoito) ou maior de 60 (sessenta) anos, ou se o crime é cometido por bando ou quadrilha. 
§2º - lesão grave – pode ser preterdoloso 
§3º - morte – pode ser preterdoloso 
§4º redução de pena. 
Art. 163 – Crime de dano. - Art 167 – o crime de dano se procede mediante queixa. 
 
Art. 168 – apropriação indébita: o agente recebe algo licitamente de alguem e se nega a 
devolver. Ex: deixo o carro no mecânico, quando vou buscar o cara vendeu meu carro. 
§1º - formas majoradas 
 
Art. 171 – estelionato: quando o agente engana a pessoa, e a pessoa enganada entrega ao 
autor a indevida vantagem econômica. 
§1º - forma privilegiada. 
§2º - formas equiparadas a estelionato. 
VI – aquele que dolosamente emite cheque sabendo que não tem fundos, ou depois de emitir, 
cancela. 
Art. 180 – receptação : quando o autor adquire, recebe, transporta, oculta, coisa que sabe que é 
produto de crime – receptação própria – crime material. 
Influi para que terceiro de boa fé adquira – receptação imprópria – crime formal. 
Receptação admite a forma culposa. – receptação privilegiada. 
Para existir receptação deve existir crime anterior praticado por terceiro 
Receptação culposa cabe perdão judicial. 
§6º forma majorada – se o bem for proveniente do Estado, município... 
 
Art. 181 ao 183 – REGRAS SOBRE IMUNIDADES DOS CRIMES CONTRA PATRIMÔNIO 
Art. 181 – imunidade no que pertine, chamada imunidade absoluta. Pessoas do 181 são isentas 
de pena. Ex: filho que furta da mãe 
Art. 182 – imunidade relativa: crime contra patrimônio. Ex: pessoasdo 182, o crime dependerá 
de representação. Ex: furto entre irmãos. 
Art. 183 – imunidades: não se aplicam os art 181 ou 182, quando houver extorção, grave 
ameaça, terceiro, ou praticado por filho contra a mãe maior de 60 anos. 
Art. 197 – 207 
Art. 208 – 212

Outros materiais