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2 Os efeitos da violência domestica e psicológica nas mulheres e nos seus filhos. (Salvo Automaticamente)

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O interesse nesse artigo é retratar os efeitos psicológicos da violência doméstica na mulher e no âmbito familiar. A violência doméstica recebeu esse nome por acontecer dentro do seu lar e muitas das vezes o agressor ser seu marido ou alguém manteve uma relação íntima com a vítima. A lei que ampara as mulheres vitima de violência doméstica é a Lei Maria da penha que tem como objetivo: 
 [...] objetivando combater a violência doméstica, pela qual se “configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial” (Lei 11.340/06, Art. 5°)
É importante destacar que a violência doméstica vai muito além da agressão física e a Lei Maria da Penha abordar as seguintes categorias como abuso contra a mulher, sendo elas classificadas como: violência patrimonial, sexual, física, moral e psicológica. Vemos que a violência cometida gera varias consequências para a mulher, vamos aborda no artigo a violência psicológica, por se tão pouco retratada e merecendo uma atenção especial, pois podem trazer prejuízos em longo e curto prazo para essa mulher. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a violência psicológica é entendida como:
[...] Qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação. ’’ 
Cabe ressaltar que algumas razões sobre agressões as mulheres está associada pelo abuso de álcool, droga, desemprego, ciúmes, insegurança, diante desses fatores os homens cometem a agressão como uma forma de tentar se manter superior sobre a mulher. O Ministério da Saúde (2011) delineia os impactos que a violência sexual acarreta para as vítimas. Entre as principais consequências estão lesões físicas, impacto psicológico, também são citados os danos à saúde mental, como ansiedade, depressão, suicídio e acrescentam outros aspectos, como sentimentos de medo da morte, sensação de solidão, vergonha e culpa. Quando essas consequências não são identificadas com antecedência, podem causar perdas na qualidade de vida da mulher sendo visíveis em vários âmbitos da sua vida. E para que se chegue a raízes do problema da violência doméstica é necessário romper com o mito que a família é uma instituição intocável, embora que esses atos violentos estão sendo cada vez mais presente no contexto familiar. E que com o rompimento do mito e do silencio, as denuncias tornem cada vez presentes, que cheguem a essas autoridades competentes a fim de que se tomem cautelas necessárias para amparar essa mulher e a família que sofre junto. ( SILVA, 1992)
Portanto, a violência intrafamiliar é aquela se refere a todas as formas de abuso que acontecem entre os membros de uma família, caracteriza as diferenças de poder entre estes e podem envolver a relação de abuso que incluem condutas de uma das partes em prejudicar o outro. Esse outro está referindo-se ao filho que por muitas das vezes presencia a agressão ou quando retornam a suas casas se deparam com sua mãe ferida, e novamente esse prejudicar vai gerando tanto em curto ou longo prazo um trauma ou um transtorno na vida dele. De acordo com Azevedo, a violência psicológica no âmbito familiar ocorre quando alguém de importância sentimental da criança faz com que se sinta incapaz, suas necessidades emocionais e desejos não tenha importância. :
 As crianças vítimas de violência formam no Brasil um país chamado infância que está longe de ser risonho e 
- infância pobre, vítima da violência social mais ampla; 
- infância tortura; vítima da violência - infância fracassada; vítima da violência escolar; 
- infância vitimada, vítima da violência doméstica. 
(...) todas elas compõem o quadro perverso da infância violada, isto é daquelas crianças que tem cotidianamente violados seus direitos de pessoa humana e de cidadão. (AZEVEDO,1997, p. 233)
É pensando nessa infância violada, ou prestes a ser violada, que precisamos rever certos conceitos e estratégias de ação, pois a violência pode causar danos irreparáveis nos desenvolvimentos físico e psíquico de crianças e adolescentes. Muitas vezes, por tratar-se de um fenômeno polêmico que desestrutura o padrão familiar acaba sendo de difícil constatação, ficando assim, camuflado entre quatro paredes do que chamam de lar. O ambiente familiar é um dos grandes influenciadores no comportamento infantil, para que tenha uma fase de desenvolvimento equilibrada, é preciso que o ambiente familiar tenha condições saudáveis e psicológicas para que ocorra seu desenvolvimento e quando esse desenvolvimento não acontece e os filhos são expostos à violência conjugal, podem trazer consequências em torno da vida deles, podendo gerar transtornos na infância, adolescência e a vida adulta. Podemos entender que quando a exposição passa a ser vivenciada pelos filhos, agrega mais uma violência dentro da domestica, que tornasse uma violência intrafamiliar que é definida como :
 [...] Toda ação ou omissão que prejudique o bem-estar, a integridade física, psicológica ou a liberdade e o direito ao pleno desenvolvimento de outro membro da família. Pode ser cometida dentro ou fora de casa por algum membro da família, incluindo pessoas que passam a assumir função parental, ainda que sem laços de consanguinidade, e em relação de poder à outra. 
 ( Lei Maria da Penha, 11.340/2006) 
Uma criança que nasce em um lar violento está exposta a fatores de risco ao seu desenvolvimento. De modo geral, mesmo não sendo vítima direta da violência, a criança pode apresentar problemas em decorrência da exposição à violência conjugal. Além disso, a vítima precisa se proteger e proteger as crianças que testemunharam a violência. Portanto, criança internaliza tudo o que vê, o que sente e o que ouve, se ela convive com isso crescerá tendo isso é como um relacionamento normal e agirá ou como o agressor ou como a vítima. (Koller,1999)
De acordo com o que foi revisado sobre os feitos da violência doméstica nas crianças são inúmeras consequências negativas que crianças desencadeiam como a ter pesadelos e problemas para dormir, incapacidade de aprender, incapacidade de construir e manter relações interpessoais saudáveis, ter problemas na escolar, como déficits de atenção, hiperatividade, desenvolver transtornos alimentares, tendências agressivas perante situações normais, carências de afeto, humor infeliz e depressivo, sintomas psicossomáticos. ( ABRAMOVITCH, S.; MAIA, M.C.; CHENIAUX, E.; 2008)
E também nos mostra a negligência que é caracterizada pela omissão de ato o qual os pais deveriam ter com os filhos. Ou seja, a omissão dos atos necessários aos cuidados essenciais ao seu desenvolvimento, é o não provimento das necessidades físicas e emocionais. Rejeição, isolamento, intimidação são comportamentos parentais prejudiciais às vítimas da violência psicológica.	Comment by User: 
 [...] Decorre da omissão, quando o sujeito causador do dano deixa de observar o dever de cuidado. É um comportamento passivo, ao contrário do que ocorre na imprudência, onde há um fazer sem cautela, insensato. Caracteriza a negligência, por exemplo, quando o motorista trafega com os pneus do veículo em situação precária.
 (Art. 18, II do CP)
De forma geral podemos dizer que toda criança que sofre violência nos primeiros anos de vida pode ter o seu desenvolvimento cerebral comprometido. Após um longo período vivenciado ou presenciado a violência à criança terá seu sistema imunológicoe nervoso afetado o que resulta em inaptidões sociais cognitivas. A maioria das crianças apresenta problemas sociais e baixa autoestima o que gera descuido com o próprio corpo, e em longo prazo podem gerar alucinações, baixo desempenho no trabalho e até gerar problemas de violência em relacionamentos futuros. ( MARKHAM, Úrsula.) 
A compreensão e a visibilidade sobre a violência doméstica ainda são muito prejudicadas por várias razões. As notificações de violência não são vistas como necessárias para muitos profissionais, somente as de média e intensa gravidade que chegam aos hospitais ou centros de saúde e muitas dessas situações que ali chegam, não são diagnosticados como tal pelos profissionais, seja por falta de formação para esse diagnóstico, seja por falta de interesse de entrar em questões não biológicas. Em suma importância, a violência doméstica, psicologia, sexual e qualquer outra que se trate internamente continua sendo tratada como problema do âmbito íntimo e privado das famílias.	Comment by User: 
Sendo assim quando falamos da violência psicológica vista pelos olhos dos filhos, torna-se necessário em defender o direito constitucional de que todas as crianças que devem ser salvas de toda forma de violência, crueldade e opressão para que tenham uma vida digna, enquanto seres humanos em desenvolvimento. (Constituição Federal,1988)
 Abordamos no artigo uma revisão de literatura e encontramos grande dificuldade para se trabalhar com o tema, porque existe pouca exposição do tema, são poucos artigos que trabalham como Violência Psicológica no âmbito familiar. O que muito se retrata e o abuso sexual infantil, que ocorre dentro do lar e por muita das vezes também o que comete o abuso é o pai. Vendo isso existe uma necessidade de falar sobre, uma necessidade de mostra o lado dessa criança que em algumas vezes é se deixado de lado.
 JUSTIFICATIVA
Nos últimos anos o número de casos de agressões às mulheres tem crescido e com isso tem gerado uma preocupação relevante para a sociedade. A violência doméstica é um termo muito abrangente e por isso vamos delimitar o tema e falaremos a respeito da violência psicológica sofrida no âmbito intrafamiliar. E sendo o principal foco nesse artigo é retratar os efeitos da violência doméstica psicológica nos filhos, que a exposição gera um transtorno que às vezes torna se visível ou não, então com a Terapia Cognitiva Comportamental nos psicólogos podemos trabalhar para amenizar o transtorno e sofrimento que trás esse filho ou essa mulher. 
OBJETIVOS 
Temos o foco em abordas as seguintes questões: Como essa criança fica após presenciar ou saber da violência cometida e quais são os traumas que podem aparecer tanto em curto ou logo prazo de sua vida? Quais são os danos também que podem causar ao seu psicológico, voltado nas patologias? E em relação à família, como fica esse âmbito familiar após a agressão? Então baseado nisso, existe uma necessidade de falar sobre o assunto de mostrar os efeitos e suas consequências. E também teremos abordagem Terapia Cognitiva Comportamental, trabalhando as questões psicológicas. 
Referencias Bibliográficas
MARKHAM, Ursula. Traumas de infância: esclarecendo dúvidas. São Paulo:Ágora, 2000, 135p vai estar no texto
Ministério da Saúde 2001
Lei Maria da Penha (LEI 11.340/2006) 
ONU. Organização das Nações Unidas. Resolução da Assembléia das Nações Unidas. Local: 1985
Koller, S. H. (1999). Violência doméstica: uma visão ecológica. In: AMENCAR (Org.). Violência doméstica (32-42). Brasília: UNICEF.
SILVA, Marlise Vinagre. Violência contra a mulher: quem mete a colher? São Paulo: Cortez, 1992. p. 52-104.
ABRANCHES, C.D.; ASSIS, S.G. de. (2011) A Invisibilidade da Violência Psicológica na Infância e Adolescência no Contexto Familiar. Caderno de Saúde Pública. Vol.27, nº 05. Rio de Janeiro, maio, 2011. 
ABRAMOVITCH, S.; MAIA, M.C.; CHENIAUX, E.; (2008) Transtornos de Déficit de Atenção e do Comportamento Disruptivo: Associação com Abuso físico na Infância.

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